Me desespera o quanto De Palma é genial em sua flutuação de estilos, criando aqui um exercício de classudez que até pode parecer fora de época num primeiro momento (tô falando pro Lucas de 2013 essa), mas que é tão perfeito em sua elegância, em seu ritmo próprio, que não tem como não ficar de joelhos pro homem. São diversas cenas inesquecíveis, passagens memoráveis (umas dez são só do Connery), De Niro insano mais uma vez, Morricone celestial como sempre. A canastrice de Costner não passa desapercebida, infelizmente, mas aí seria o quê, o melhor filme da história? Melhor assim mesmo.
Assim, é por isso que eu respeito ao máximo a magia do cinema; só ela consegue fazer eu me envolver e me importar com uma pessoa que na vida real me daria nos nervos.
Eu realmente queria conseguir transmitir em palavras o que Goodfellas representa e significa pra mim. Só posso afirmar que não vejo nada na sétima arte que consiga ultrapassá-lo. Nada. É digno de reverência, de veneração, de amor incondicional. Dedico os dias que me restam em agradecimentos à Martin Scorsese e sua genial mão.
O problema aqui é que as cenas do jogo, ou as que envolvem a fisicalidade do esporte, são tão espetaculares que fazem o resto empalidecer. Tinha que ser 2h só de confrontos, foda-se.
Novamente temos um Shyamalan que inicialmente instiga, construindo uma narrativa na qual seus conflitos são ampliados pela atmosfera de ambiguidade também sentida pelo espectador, mas que se perde em seus minutos finais, resultando numa obra interessante do ponto de vista friamente racional, porém irregular quando se procura uma conexão mais profunda com aquele universo.
Apesar de meio Borat sem a ousadia, e meio Deby e Loide sem o texto inspirado, Eric André consegue ser divertido a ponto do filme valer os seus oitenta e poucos minutos.
Eu tenho meus receios quando o bom cinema de James Wan acaba se resvalando pro terror maximizado, quando tudo aumenta, os momentos de tensão são substituídos pelo frenesi e não há espaço pra nenhuma sugestão ou sutileza. Invocação do Mal, pra mim, sofre da mesma irregularidade tonal. O problema é que os primeiros quarenta minutos são tão maravilhosamente orquestrados, com os personagens ganhando sua forma e a mitologia forjando sua originalidade, que toda a loucura posterior fica completamente comprada pelo espectador.
Ou a linguagem cinematográfica foi revolucionada para sempre, a ponto da nossa mente neandertal ainda ser incapaz de absorver a primazia desta obra, ou essa é a pior coisa que eu já assisti em toda a minha maldita vida.
O filme até apresenta uma coesão narrativa em seu excesso de virtuosismo, já que o mesmo funciona como um reflexo tanto da vida conturbada que levava Elvis, quanto da inquietude que era seu espírito, mas não dá, eu tenho seríssimos problemas pra embarcar nas propostas visuais de Baz Luhrmann. Toda sua autoralidade, representada pelos movimentos de câmera labirintíticos e pela montagem ensandecida, só serviu pra me afastar da experiência e achar tudo um grande (e longo) aborrecimento. Austin Butler está ok, Tom Hanks está dispensável (assim como toda sua narração), e nem a trilha sonora (a não diegetica, obviamente) consegue ser funcional. Elvis Presley merecia muito mais.
Através do registro de sua lente, Sam aprende sobre sua família, sobre sua própria vida, sobre si mesmo. Sempre agoniado pelo fato caótico da existência não permitir qualquer controle, ele percebe que, na telona, um descarrilamento - assombroso à primeira vista - é, na verdade, fruto do trabalho e da visão de diversos artistas, todos empenhados em entregar uma sensação específica ao seu público. O caos controlado. Sim, o cinema é mentiroso, é falso, e os 24 frames por segundo só funcionam porque nosso cérebro foi feito para nos enganar, mas o cinema também é amor, é perdão, é salvação, é sentido.
Indo na contramão de qualquer expectativa que envolva o gênero e a década de sua realização, Peter Fonda entrega uma narrativa quieta, com personagens silenciosos e complexidades intimistas, fazendo do faroeste apenas um meio, e não uma justificativa. Nada é aclamado, até porque não há o que se aclamar. A atmosfera ressoa tristeza, mas em seu entorno tudo é lindamente filmado. Foi muito na minha alma esse aqui.
Apesar da premissa ser bem boa, sua execução não consegue se afastar de alguns modernismos óbvios, e sua conclusão é repleta de cacoetes narrativos que nos trazem à lembrança de estarmos vendo a um filme de terror e, com ele, personagens que, aparentemente, não conseguem tomar decisões que não sejam estúpidas. Ao menos o Sebastian Stan está fenomenal - sua expressão, sei lá, orgulhosa?, na cena em que ele corre pelo parque, me fez gargalhar.
É incrível a facilidade de Charlotte Wells em transformar o banal em cativante, o simples em hipnotizante. A memória costuma ser uma praga, uma maldição, mas às vezes ela te leva por caminhos agridoces que não apenas acalentam, mas também revelam. Lindas imagens, lindo filme.
Por mais que os momentos de ação sejam extremamente empolgantes, ou que as cenas de músicas sejam todas absurdas (a batalha de dança eu NUNCA MAIS vou me esquecer), as três horas passarem voando foi o que mais me pegou, simplesmente a história não cansa, não enjoa, eu tô me tremendo até agora. Taí um filme que exala vida, que exala verdade.
A obviedade é gritante, sim, e o discurso é apelativo e raso, com certeza, mas o que eu ri nessas 2h20 foi sacanagem. Uma dica: passem LONGE da sinopse.
Os Intocáveis
4.2 841 Assista AgoraMe desespera o quanto De Palma é genial em sua flutuação de estilos, criando aqui um exercício de classudez que até pode parecer fora de época num primeiro momento (tô falando pro Lucas de 2013 essa), mas que é tão perfeito em sua elegância, em seu ritmo próprio, que não tem como não ficar de joelhos pro homem. São diversas cenas inesquecíveis, passagens memoráveis (umas dez são só do Connery), De Niro insano mais uma vez, Morricone celestial como sempre. A canastrice de Costner não passa desapercebida, infelizmente, mas aí seria o quê, o melhor filme da história? Melhor assim mesmo.
O Calouro
3.6 36 Assista AgoraAssim, é por isso que eu respeito ao máximo a magia do cinema; só ela consegue fazer eu me envolver e me importar com uma pessoa que na vida real me daria nos nervos.
A Menina Silenciosa
4.0 129 Assista AgoraEsse final me arrebentou.
Os Bons Companheiros
4.4 1,2K Assista AgoraEu realmente queria conseguir transmitir em palavras o que Goodfellas representa e significa pra mim. Só posso afirmar que não vejo nada na sétima arte que consiga ultrapassá-lo. Nada. É digno de reverência, de veneração, de amor incondicional. Dedico os dias que me restam em agradecimentos à Martin Scorsese e sua genial mão.
Rollerball: Os Gladiadores do Futuro
3.1 49 Assista AgoraO problema aqui é que as cenas do jogo, ou as que envolvem a fisicalidade do esporte, são tão espetaculares que fazem o resto empalidecer. Tinha que ser 2h só de confrontos, foda-se.
Batem à Porta
3.1 562 Assista AgoraNovamente temos um Shyamalan que inicialmente instiga, construindo uma narrativa na qual seus conflitos são ampliados pela atmosfera de ambiguidade também sentida pelo espectador, mas que se perde em seus minutos finais, resultando numa obra interessante do ponto de vista friamente racional, porém irregular quando se procura uma conexão mais profunda com aquele universo.
Bad Trip
3.2 64 Assista AgoraApesar de meio Borat sem a ousadia, e meio Deby e Loide sem o texto inspirado, Eric André consegue ser divertido a ponto do filme valer os seus oitenta e poucos minutos.
Sobrenatural
3.4 2,4K Assista AgoraEu tenho meus receios quando o bom cinema de James Wan acaba se resvalando pro terror maximizado, quando tudo aumenta, os momentos de tensão são substituídos pelo frenesi e não há espaço pra nenhuma sugestão ou sutileza. Invocação do Mal, pra mim, sofre da mesma irregularidade tonal. O problema é que os primeiros quarenta minutos são tão maravilhosamente orquestrados, com os personagens ganhando sua forma e a mitologia forjando sua originalidade, que toda a loucura posterior fica completamente comprada pelo espectador.
Terror a Bordo
3.2 119 Assista AgoraAtmosfera de tensão absurda, tem umas três cenas (duas que envolvem o Sam Neil, uma que envolve um cão) que são o ápice do memorável.
ViihTube: Amiga do Inimigo
1.3 49Ou a linguagem cinematográfica foi revolucionada para sempre, a ponto da nossa mente neandertal ainda ser incapaz de absorver a primazia desta obra, ou essa é a pior coisa que eu já assisti em toda a minha maldita vida.
M3gan
3.0 797 Assista AgoraOk, não imaginei que seria tão divertido.
Elvis
3.8 759O filme até apresenta uma coesão narrativa em seu excesso de virtuosismo, já que o mesmo funciona como um reflexo tanto da vida conturbada que levava Elvis, quanto da inquietude que era seu espírito, mas não dá, eu tenho seríssimos problemas pra embarcar nas propostas visuais de Baz Luhrmann. Toda sua autoralidade, representada pelos movimentos de câmera labirintíticos e pela montagem ensandecida, só serviu pra me afastar da experiência e achar tudo um grande (e longo) aborrecimento. Austin Butler está ok, Tom Hanks está dispensável (assim como toda sua narração), e nem a trilha sonora (a não diegetica, obviamente) consegue ser funcional. Elvis Presley merecia muito mais.
Os Fabelmans
4.0 388Através do registro de sua lente, Sam aprende sobre sua família, sobre sua própria vida, sobre si mesmo. Sempre agoniado pelo fato caótico da existência não permitir qualquer controle, ele percebe que, na telona, um descarrilamento - assombroso à primeira vista - é, na verdade, fruto do trabalho e da visão de diversos artistas, todos empenhados em entregar uma sensação específica ao seu público. O caos controlado. Sim, o cinema é mentiroso, é falso, e os 24 frames por segundo só funcionam porque nosso cérebro foi feito para nos enganar, mas o cinema também é amor, é perdão, é salvação, é sentido.
Pistoleiro sem destino
3.4 7Indo na contramão de qualquer expectativa que envolva o gênero e a década de sua realização, Peter Fonda entrega uma narrativa quieta, com personagens silenciosos e complexidades intimistas, fazendo do faroeste apenas um meio, e não uma justificativa. Nada é aclamado, até porque não há o que se aclamar. A atmosfera ressoa tristeza, mas em seu entorno tudo é lindamente filmado. Foi muito na minha alma esse aqui.
Johnny & June
4.0 1,0K Assista AgoraApesar da direção de Mangold não passar do protocolar, Witherspoon e Phoenix fazem um trabalho tão absurdo que simplesmente nada mais importa.
Os Pequenos Vestígios
3.0 394 Assista AgoraUm dos trabalhos de montagem mais tenebrosos que eu já vi.
O Garoto do Futuro
3.0 166 Assista AgoraNão sei se essa é a tradução de título mais imbecil já feita, mas com certeza é a que mais me irrita.
Fresh
3.5 521 Assista AgoraApesar da premissa ser bem boa, sua execução não consegue se afastar de alguns modernismos óbvios, e sua conclusão é repleta de cacoetes narrativos que nos trazem à lembrança de estarmos vendo a um filme de terror e, com ele, personagens que, aparentemente, não conseguem tomar decisões que não sejam estúpidas. Ao menos o Sebastian Stan está fenomenal - sua expressão, sei lá, orgulhosa?, na cena em que ele corre pelo parque, me fez gargalhar.
Justiceiras
3.2 204 Assista AgoraPetição para a personagem da Sophie Turner ganhar um filme próprio: um voto.
Aftersun
4.1 703É incrível a facilidade de Charlotte Wells em transformar o banal em cativante, o simples em hipnotizante. A memória costuma ser uma praga, uma maldição, mas às vezes ela te leva por caminhos agridoces que não apenas acalentam, mas também revelam. Lindas imagens, lindo filme.
RRR: Revolta, Rebelião, Revolução
4.1 321 Assista AgoraPor mais que os momentos de ação sejam extremamente empolgantes, ou que as cenas de músicas sejam todas absurdas (a batalha de dança eu NUNCA MAIS vou me esquecer), as três horas passarem voando foi o que mais me pegou, simplesmente a história não cansa, não enjoa, eu tô me tremendo até agora. Taí um filme que exala vida, que exala verdade.
Marte Um
4.1 302 Assista AgoraA gente dá um jeito.
Hell House LLC
3.1 77O baile de favela no piano é inacreditável.
Triângulo da Tristeza
3.6 730 Assista AgoraA obviedade é gritante, sim, e o discurso é apelativo e raso, com certeza, mas o que eu ri nessas 2h20 foi sacanagem. Uma dica: passem LONGE da sinopse.