é bem executado e faz uma representação mais justa da cultura japonesa do que muitos filmes com essa mesma temática de sua época. contudo, peca no essencial, que é um roteiro fraco e uma história batida (um casal que não pode ficar junto por conta de suas diferenças étnicas e culturais). ponto postivo para o marlon brando que aqui está impecável como um soldado sedutor, gostei muito!
tecnicamente é um filme perfeito, fiquei encantado com a sutileza e elegância que transbordam em cada peça de roupa do figurino, na trilha sonora clássica e na fotografia esfumaçada e vintage. no quesito atuação, destaque óbvio para Daniel Day lewis e Viky Crieps. contudo, a trama em si demora a engatar e o final é bem decepcionante, apesar de alguns momentos reflexivos e memoráveis.
confesso que é um dos filmes do Bergman que eu menos gosto, mas ainda assim possui inúmeras qualidades. marca registrada do cineasta sueco, os diálogos são fortes, profundos e densos. nada aqui é superficial, nada é dito ao acaso, portanto é preciso estar atento a todos os detalhes e ter conhecimento histórico prévio do período retratado para compreender esta obra em toda a sua plenitude. destaque para a atuação impecável de Liv Ulmann (Manuela) e David Carradine (Abel)
com certeza, o filme do Hitchcock que menos me cativou. apresenta uma visão deturpada e caricata do comunismo (como era de se esperar em plena guerra fria), topázio tem um roteiro muito mediano, confuso e, muitas vezes, cansativo. uma pena, pois os atributos técnicos do longa (fotografia, externas e a própria escalação dos atores) são impecáveis, mas a trama em si é insossa e não convence
Amei a forma como o roteiro trabalhou temas tão importantes e delicados como o racismo institucional e o ato de fazer justiça pelas próprias mãos, tão familiar à nossa sociedade, em que o Estado é incapaz de manter a "ordem" social, e a maior prejudicada acaba sendo a população negra e pobre.
Há uma discussão muita séria sobre a validade do crime de assassinato do ponto de visto ético e moral: Carl Lee agiu em legítima defesa matando os dois jovens brancos ultraracistas pelo estupro de sua filha de 10 anos? Utlizou-se da violência como forma de proteger a si mesmo, à sua família e à comunidade (princípio pregado pelos movimentos de resistência anti-racista, como os Panteras Negras nos anos 1960)? Ou feriu os direitos humanos e o direito de defesa dos dois estupradores?O roteiro joga de forma inteligente argumentos favoráveis e contrários a estes dois pontos de vista, deixando para o espectador a missão de tecer um juízo moral do acontecimento e tirar suas próprias conclusões. A cena final é o grande trunfo do longa, extremamente comovente e tocante.
Quantos aos aspectos técnicos há pouca coisa que se deve destacar. A fotografia é simples, as técnicas de filmagem também não passam do básico, dando um foco total e completo apenas à narrativa, que apresenta alguns erros de ritmo, mas é compensada pelas boas atuações de quase todo o elenco (especialmente Samuel L. Jackson, Sandra Bulock e Kevin Spacey) e pelo desfecho compensatório.
Um filme de terror psicológico que sabe utilizar os bons elementos do gênero a seu favor. Tecnicamente é muito belo, com destaque para a fotografia em tons escuros, criando um estado permanente de tensão, expectativa, ansiedade e medo. A edição e montagem também são excelentes, não é aquele tipo de filme que demora a entregar o que o expectador realmente quer ver. A cena inicial serve de panorama para o que será retratado nas cenas posteriores, o que é ótimo em um filme de terror que busca prender nossa atenção á todo instante. A sequência musical é bem encaixada com os elementos já citados, criando bons momentos de tensão.
O enredo em si é bem simples e as cenas de terror de verdade demoram a engrenar e sinceramente, em mim não causaram nenhum medo ou mal-estar. Se você espera um filme que te deixa sem dormir por semanas, eu lamento informar, The Babadook não é para você!
A atuação da mãe e do filho são um show à parte. Essie Davis convence muito bem no papel de uma mãe que não consegue amar seu próprio filho, vivendo com uma forte depressão e estado permanente de angústia. O filho dela provavelmente sofre com TDAH, sendo muito imperativo e inquieto, além de conviver com a falta de atenção da mãe, Seu pai havia morrido no dia de seu nascimento.
Mesmo utilizando-se de uma metáfora inteligente (o monstro do filme não existe de fato, representando na verdade, a depressão da mãe), The Babadook esbarra em alguns clichês hiper saturados no gênero, além do abuso de elementos cênicos forçados e fora de contexto. O próprio monstro do filme lembra muito alguns elementos de Coraline e outros desenhos de ''terror" infantis. Todos esses pontos negativos fazem com que o fator surpresa passem longe da obra, tornando-a pouco assustadora.
O Rei da Comédia (Scorcese, 1984) narra a história de um comediante em início de carreira (Rupert Pumpkin, interpretado magistralmente por Robert DeNiro) que enxerga em um programa de humor da época, a chance de ter seu trabalho reconhecido e alcancar a fama. Pumpkin se torna um stalker lunático do apresentador do programa, Jerry Landford (uma interpretação convincente de Jerry Lewis), perseguindo-o em seu local de trabalho, chegando até mesmo a ir à casa de Jerry, sendo expulso logo em seguida. Após inúmeras tentativas frustradas de mostrar seu trabalho ao ídolo, Pumpkin se une a uma tiete de Jerry (Sandra Benhard, responsável pelos melhores alívios comicos da trama) para pôr em ação um plano no mínimo inusitado, capaz de alçar a carreira de Pumpkin ao estrelato.
Embora diferente do gênero comumente explorado em outros filmes de sucesso de Scorcese, podemos perceber alguns aspectos de o Rei da Comédia que o tornam facilmente perceptível como um trabalho do diretor, como a trilha sonora jazzistica, marcando um certo tom de suspense, e a presença de Robert De Niro no papel principal. Neste filme, o diretor abre mão de piruetas técnicas. A fotografia é básica, a montagem, edição e a transição entre as cenas não deixam a desejar, mas também não surgem como o ponto de destaque do filme, o que de certa maneira é bom, pois facilita o foco apenas no roteiro e na forma como ele vai se descortinando ao longo da trama.
Falando especificamente do roteiro, temos aqui um texto entremeado de diálogos irônicos, sarcásticos e mordazes envolvidos por atuações convincentes e bem encaixadas e situações inusitadas. O início do filme peca pelo ritmo lento e pausado, com abuso de enfoque em momentos pouco envolventes e que pouco contribuem para o entendimento da enredo. A partir do segundo ato, essa falha é corrigida e começamos a nos envolver mais com os personagens e a entender como as situações apresentadas aqui se interligam e se relacionam entre si.
Os personagens centrais (Pumpkin e Masha) são bem desenvolvidos e complexos. Rupert se apresenta inicialmente como um homem ingênuo, "sem noção" e inconveniente em alguns momentos, mas logo em seguida, vemos que na verdade ele é inteligente, astuto, perspicaz e capaz de ir às ultimas consequências para alcançar a fama. Outro traço da personalidade do humorista nos é revelado em seu monólogo final, quando por meio da piada, ele nos conta a vida difícil que levou para chegar até ali.
O Rei da Comédia é irônico, sagaz, com alta dose de humor inteligente, e com uma mensagem ainda mais atual do que na época em que o filme foi feito: a maneira como fabricamos nossos ídolos e como lidamos com os nossos quinze minutos de fama, em um mundo marcado pelas redes sociais?
É verdade que o roteiro esbarra em alguns clichês e fórmulas já saturadas dentro da indústria cinematográfica. É verdade que A Forma da Água ainda está longe de repetir o sentimento catártico e surreal reproduzido com brilhantismo em O Labirinto do Fauno. Mas o que faz do novo filme de Del Toro uma obra fantástica em todos os aspectos é a maneira como o roteiro, a técnica como a fotografia e a montagem bem marcadas e as atuações impecáveis se unem de forma coesa e coerente. Sally Hawkins consegue nos transmitir inocência, ingenuidade, pureza, amor e raiva sem emitir uma única palavra (a não ser em seus pensamentos). A fotografia em tom esverdeado nos remete repugnância, medo é nojo, tudo ao mesmo tempo. Há vários elementos aqui que fazem referências a filmes noir das décadas de 1940 e 1950. Também senti uma referência a filmes de super heróis ambientados na época e ao universo das HQ's. A trilha sonora também é outro destaque, com músicas bem encaixadas nas cenas de suspense e de romance, criando um permanente clima de tensão e encantamento respectivamente. Algo que gostei bastante foi o fato de terem incluído uma música de Carmem Miranda (uma tática de marketing, visto que Del Tora já afirmou a importância de seu filme estar nas premiações como forma de dar visibilidade ao cinema e a diretores latino americanos). Todos esses elementos combinados, enfim, contribuem para uma narrativa sólida, encantadora e tipicamente onírica. O final embora previsível, não deixa de ser lindo e de transmitir uma mensagem de maneira sutil e delicada.
Confesso que o filme ficou um pouquinho abaixo de minhas expectativas, mas ainda assim não deixa ser uma obra fantástica e uma das minhas apostas ao oscar 2018. O primeiro ato se desenvolve de uma maneira lenta, devagar quase parando. Há poucas cenas realmente relevantes aqui, apesar de bem fotografadas e bem ambientadas. Um dos destaques do filme vai para as atuações, no mínimo, memoráveis de Timothée Chalamet e Armie Harmer vivendo o jovem Elio e o estudante universitário norte-americano Oliver respectivamente. Timothée nos consegue transmitir com muita crueza e atenção aos detalhes, as emoções de ser um jovem intelectual de 17 anos, muito inteligente para a sua idade, ao mesmo tempo que enfrenta as inseguranças e descobertas dessa fase da vida. Impossível não se apaixonar por Elio e toda a juventude que ele exala. Armie Harmer também está muito bem no papel de um acadêmico igualmente inteligente, bonito, charmoso e cheio de si. A química entre os dois é muito forte, eles conseguem transmitir toda uma gama de sensações e emoções típicas de um romance de verão intenso, doce, profundo e arrebatador. As cenas de sexo se alternam pela delicadeza e a sutileza da primeira vez com a selvageria e o desejo pelo "proibido". Uma das cenas mais emblemáticas sem dúvidas é a que Elio se masturba com um pêssego e se vê constrangido quando Oliver percebe o que ele fez. Dos 50 minutos finais em diante a trama vai tomando um tom mais denso, ainda que sem perder a doçura, com destaque para a cena emocionante na qual o pai de Elio conversa com o filho, demonstrando compreensão e aceitação pelas escolhas de Elio. Em resumo, um filme que mesmo com algumas falhas, cumpre sua missão de entreter, emocionar e nos fazer refletir. Uma fotografia envolvente, roteiro bem escrito e excelentes interpretações que servem de pano de fundo apenas para o que verdadeiramente importa; o amor!
O melhor documentário sobre o Kurt que já vi. Várias linguagens envolvidas aqui: do uso de desenho animado para contar uma parte da adolescencia do vocalista do nirvana até cenas no mínimo grotescas. Uma viagem insana e surpreendente por dentro da mente de Kurt, um dos melhores músicos do século xx
A veia cômica do filme se encontra nos diálogos extremante inteligentes e com farto uso de ironia, além se desenvolver em um ritmo frenético e neurótico. O casal protagonista interpretado pelo próprio Woody Allen e por Diane Keaton, vive uma crise em seu casamento no auge de suas meias-idades, quando um mistério em torno de um suposto assassinato da mulher do vizinho, mexe com as estruturas do matrimônio dos dois. Nâo tá na minha lista dos melhores filmes do Allen, mas continua como uma comédia romântica irresistìel!
Filme belíssimo, uma metalinguagem encantadora e envolvente sobre a arte do cinema! O fato de ser um filme mudo, a fotografia em preto e branco e a trilha sonora clássica só abrilhantam ainda mais a magia da trama. Fora as ótimas atuações...
P.S: Por ser um filme mudo a dica é não desgrudar da tela um segundo se não cê perde o desenrolar dos acontecimentos :)
Filmaço! Roteiro repleto de diálogos sarcásticos, Faça a coisa certa é uma crítica contumaz à condição do negro na sociedade norte-americana. A película se passa nos anos 1980 no Brooklyn, reduto dos afro-americanos, dos latino-americanos e dos mais pobres em geral. Se você gosta de uma comédia estilo Todo mundo odeia o Chris, você DEVE assistir esse filme! Falando especificamente do roteiro: temos aqui uma história não-linear, sem início, meio e fim, marcada por vários fragmentos de narrativas distintas de múltiplos personagens. Histórias que se cruzam de maneira coesa, dando visibilidade para o coletivo. Se tivéssemos que escolher um protagonista nesse filme seria o Brooklin e os diferentes tipos humanos que ali vivem. Mais uma vez destaca-se a complexidade de seus personagens, que fogem completamente de seus esteriótipos iniciais, revelando-se muito crus e reais. Em suma, são pessoas comuns fazendo coisas comuns do dia-a-dia. Os diálogos são outro ponto forte do filme: intercala-se pensamentos banais do cotidiano com falas memoráveis anti-racistas. A fotografia com uso ostensivo de cores fortes, o figurino colorido, e a montagem em quadros também é belíssima, tornando-se a parte visual extremamente agradável e deliciosa de ver. Um filme, no fim das contas, indispensável!
Intenso, denso, profundo, arrebatador...Faltam palavras para descrever o impacto que esse documentário me causou! Apresentando várias narrativas e pontos de vista sobre a vida de Amy Whinehouse, além daqueles que julgamos conhecer através da mídia, o filme nos mostra uma garota judia, extremamente doce e sensível, que enfrenta inúmeros dramas em seu núcleo familiar e usa a música como válvula de escape para sua dor. A pressão da fama, a vida virada de ponta á cabeça pelos papparazzi, os falsos amigos que só queriam se aproveitar de seu sucesso...Tudo isso culminou no abuso de drogas e a na morte prematura de uma das maiores vozes de jazz/soul music de nossa geração. Impossível não se sentir dentro da vida dessa garota londrina comum, que nunca teve a fama como objetivo de vida. Mas impossível ainda é verter as lagrimas quando o filme termina e sua ficha realmente cai. Amy morreu para o mundo mas sua curta e intensa obra será eterna
Um dos filmes com temática antirracista mais bonitos e bem escritos que já vi, Histórias Cruzadas retrata a sociedade norte americana marcada pela segregação e exclusão racial nos anos 1960, mesma época em que a população negra deste país ia às ruas exigir seus direitos. Alguns podem argumentar que o filme exalta de maneira implícita um suposto messianismo branco, representado pela personagem de Emma Stone, a senhorita Skeeter, mas eu a vejo por um outro prisma. Eugenia Skeeter é uma menina branca de classe média-alta, que como muitas outras meninas brancas de sua geração, foi criada por uma babá negra. É interessante notar a maneira como essa desconhecida babá foi representada: uma mulher envelhecida, no auge de sua meia-idade, marcada pelos abusos e a exploração sofridos durante tantos anos por seus patrões brancos, mas que mesmo em meio á tantas agruras conseguia transmitir força e coragem à sua pupila. Podemos dizer até que a personalidade forte e intempestiva de Skeeter é fruto de seu relacionamento profundo com essa babá. Mais tarde, Skeeter se apercebe de sua posição privilegiada(a de uma jornalista branca, de classe média) e passa a utilizá-la para dar voz às pessoas mais prejudicadas em um sistema racista: os negros. A maneira como o roteiro é trabalhado aqui, as atuações bem encaixadas (destaque para a própria Emma Stone, Viola Davis e Jessica Chastain) e os personagens complexos, todos vivendo dramas muito distintos e que se encaixam de uma forma muito coesa, complementam o brilho da trama, que apesar de se utlizar de alguns clichês e esteriótipos já bem saturados, não nos faz desgrudar os olhos da tela um instante
Filme com uma estrutura narrativa muito semelhante à dos folhetins latinoamericanos, com excesso de cenas melodramáticas carregadas pelo sentimentalismo, surge como um exercício forte de atuação e filmografia. Destaque para as atuações belíssimas de Meryl Streep, no papel de uma sensitiva de aspecto angelical; Jeremy Irons, interpretando com maestria um patrón carrasco e rude e Wynona Ryder, como filha do casal protagonista, que vive uma relação de amor proibida, bem no estilo Romeu e Julieta, com um dos empregados de seu pai, Pedro Tercero, interpretado por Antonio Banderas. Apesar de longo, em nenhum momento o filme se torna cansativo, muito por conta das excelentes atuações já aqui mencionadas, muito por conta do roteiro bem elaborado, coeso e maduro, que nos transmite uma gama de emoções com muita fidelidade, sem entrar em excessos, parece até que cada emoção aqui é milimetricamente calculada. Destaque também para a parte técnica, figurino, cenários e locações impecáveis. Vale muito a pena assistir! ;0
No primeiro ato o filme se desenvolve de maneira lenta e tediosa, perdendo-se em detalhes superficiais e que em nada contribuem para o desenrolar da trama. Muitos personagens aqui são meros acessórios e poderiam facilmente serem retirados ou melhor trabalhados com um roteiro mais inteligente. Enfim, demora-se muito tempo até que finalmente possamos entender do que o filme se trata, e quando isso de fato acontece, nos decepcionamos um pouco pela falta de complexidade e insuficiência narrativa. No entanto, há que se destacar as ótimas atuações de todo o elenco principal, além das representações complexas dos personagens centrais. A fotografia, figurino e direção de arte também se superam, como é comum em praticamente todos os filmes das décadas de 1950/1960. Concluindo: vale pela atuação de Brando, Fonda e Redford e por ser um clássico dos 60s.
Difícil não se emocionar quando uma trama envolve crianças, ainda mais quando há uma mensagem tão bonita por trás: o respeito ás diferenças e o combate ao bullying nas escolas. Acho que muita gente se sentiu representada pelo drama de Augie. Muito fofinho do início ao fim! <3
Começa com um tom bem piegas e extremamente dramático, mas com o passar do tempo, vai-se tornando um documentário cada vez mais sensível, dramático, denso e profundo. Não tá na lista dos meus documentários imperdíveis, mas definitivamente está na lista daqueles que nos fazem mais humanos e respeitosos com as nossas diferenças ;)
Não gosto muito desse estilo de documentário, que parece imitar um filme ficcional, com a criação de roteiro e tudo... Algumas cenas parecem bem superficiais, pra não dizer forçadas mesmo! Vale assistir pra que possamos perceber a que ponto as igrejas evangélicas norte americanas (que servem de cópia para as pentecostais brasileiras) podem chegar para conquistar a mente das pessoas, e consequentemente, adesão política incondicional de seus fiéis. A cena em que a pastora fala sobre a importância de dar apoio político a Bush filho é bem emblemática, e serve até mesmo de alerta para que não sejamos manipulados por Malafaias, Felicianos e afins com seus discursos odiosos e anticristãos! Nota: 7,2
Filme com roteiro fraquinho e bem clichê, perde o ritmo várias vezes, tornando-se maçante e até mesmo chato. Demorei muito tempo pra assisti-lo por completo, não conseguiu prender minha atenção! A atuação apática e desinteresada da Júlia Roberts no papel de uma estrela de Hollywood é bem decepcionante, e a única atuação realmente convicente é de seu par romântico, interpretado por Hugh Bonaville. Os momentos de humor, embora raros, também funcionam muito bem e a trilha sonora é excelente. Fora isso, é uma comédia romântica bem clichê e sinceramente, não acho que justifique o hype
Sayonara
3.5 20é bem executado e faz uma representação mais justa da cultura japonesa do que muitos filmes com essa mesma temática de sua época. contudo, peca no essencial, que é um roteiro fraco e uma história batida (um casal que não pode ficar junto por conta de suas diferenças étnicas e culturais). ponto postivo para o marlon brando que aqui está impecável como um soldado sedutor, gostei muito!
Trama Fantasma
3.7 803tecnicamente é um filme perfeito, fiquei encantado com a sutileza e elegância que transbordam em cada peça de roupa do figurino, na trilha sonora clássica e na fotografia esfumaçada e vintage. no quesito atuação, destaque óbvio para Daniel Day lewis e Viky Crieps. contudo, a trama em si demora a engatar e o final é bem decepcionante, apesar de alguns momentos reflexivos e memoráveis.
nota;7,5
O Ovo da Serpente
4.0 130confesso que é um dos filmes do Bergman que eu menos gosto, mas ainda assim possui inúmeras qualidades. marca registrada do cineasta sueco, os diálogos são fortes, profundos e densos. nada aqui é superficial, nada é dito ao acaso, portanto é preciso estar atento a todos os detalhes e ter conhecimento histórico prévio do período retratado para compreender esta obra em toda a sua plenitude. destaque para a atuação impecável de Liv Ulmann (Manuela) e David Carradine (Abel)
Topázio
3.2 84 Assista Agoracom certeza, o filme do Hitchcock que menos me cativou. apresenta uma visão deturpada e caricata do comunismo (como era de se esperar em plena guerra fria), topázio tem um roteiro muito mediano, confuso e, muitas vezes, cansativo. uma pena, pois os atributos técnicos do longa (fotografia, externas e a própria escalação dos atores) são impecáveis, mas a trama em si é insossa e não convence
nota: 6,0
Tempo de Matar
4.1 565Amei a forma como o roteiro trabalhou temas tão importantes e delicados como o racismo institucional e o ato de fazer justiça pelas próprias mãos, tão familiar à nossa sociedade, em que o Estado é incapaz de manter a "ordem" social, e a maior prejudicada acaba sendo a população negra e pobre.
Há uma discussão muita séria sobre a validade do crime de assassinato do ponto de visto ético e moral: Carl Lee agiu em legítima defesa matando os dois jovens brancos ultraracistas pelo estupro de sua filha de 10 anos? Utlizou-se da violência como forma de proteger a si mesmo, à sua família e à comunidade (princípio pregado pelos movimentos de resistência anti-racista, como os Panteras Negras nos anos 1960)? Ou feriu os direitos humanos e o direito de defesa dos dois estupradores?O roteiro joga de forma inteligente argumentos favoráveis e contrários a estes dois pontos de vista, deixando para o espectador a missão de tecer um juízo moral do acontecimento e tirar suas próprias conclusões. A cena final é o grande trunfo do longa, extremamente comovente e tocante.
Quantos aos aspectos técnicos há pouca coisa que se deve destacar. A fotografia é simples, as técnicas de filmagem também não passam do básico, dando um foco total e completo apenas à narrativa, que apresenta alguns erros de ritmo, mas é compensada pelas boas atuações de quase todo o elenco (especialmente Samuel L. Jackson, Sandra Bulock e Kevin Spacey) e pelo desfecho compensatório.
Nota: 8
Na Mira do Chefe
3.7 360infelizmente dormi da metade para o fim. porém é um bom filme de comédia!
O Babadook
3.5 2,0KUm filme de terror psicológico que sabe utilizar os bons elementos do gênero a seu favor. Tecnicamente é muito belo, com destaque para a fotografia em tons escuros, criando um estado permanente de tensão, expectativa, ansiedade e medo. A edição e montagem também são excelentes, não é aquele tipo de filme que demora a entregar o que o expectador realmente quer ver. A cena inicial serve de panorama para o que será retratado nas cenas posteriores, o que é ótimo em um filme de terror que busca prender nossa atenção á todo instante. A sequência musical é bem encaixada com os elementos já citados, criando bons momentos de tensão.
O enredo em si é bem simples e as cenas de terror de verdade demoram a engrenar e sinceramente, em mim não causaram nenhum medo ou mal-estar. Se você espera um filme que te deixa sem dormir por semanas, eu lamento informar, The Babadook não é para você!
A atuação da mãe e do filho são um show à parte. Essie Davis convence muito bem no papel de uma mãe que não consegue amar seu próprio filho, vivendo com uma forte depressão e estado permanente de angústia. O filho dela provavelmente sofre com TDAH, sendo muito imperativo e inquieto, além de conviver com a falta de atenção da mãe, Seu pai havia morrido no dia de seu nascimento.
Mesmo utilizando-se de uma metáfora inteligente (o monstro do filme não existe de fato, representando na verdade, a depressão da mãe), The Babadook esbarra em alguns clichês hiper saturados no gênero, além do abuso de elementos cênicos forçados e fora de contexto. O próprio monstro do filme lembra muito alguns elementos de Coraline e outros desenhos de ''terror" infantis. Todos esses pontos negativos fazem com que o fator surpresa passem longe da obra, tornando-a pouco assustadora.
Nota: 6,5
O Rei da Comédia
4.0 366 Assista AgoraO Rei da Comédia (Scorcese, 1984) narra a história de um comediante em início de carreira (Rupert Pumpkin, interpretado magistralmente por Robert DeNiro) que enxerga em um programa de humor da época, a chance de ter seu trabalho reconhecido e alcancar a fama. Pumpkin se torna um stalker lunático do apresentador do programa, Jerry Landford (uma interpretação convincente de Jerry Lewis), perseguindo-o em seu local de trabalho, chegando até mesmo a ir à casa de Jerry, sendo expulso logo em seguida. Após inúmeras tentativas frustradas de mostrar seu trabalho ao ídolo, Pumpkin se une a uma tiete de Jerry (Sandra Benhard, responsável pelos melhores alívios comicos da trama) para pôr em ação um plano no mínimo inusitado, capaz de alçar a carreira de Pumpkin ao estrelato.
Embora diferente do gênero comumente explorado em outros filmes de sucesso de Scorcese, podemos perceber alguns aspectos de o Rei da Comédia que o tornam facilmente perceptível como um trabalho do diretor, como a trilha sonora jazzistica, marcando um certo tom de suspense, e a presença de Robert De Niro no papel principal. Neste filme, o diretor abre mão de piruetas técnicas. A fotografia é básica, a montagem, edição e a transição entre as cenas não deixam a desejar, mas também não surgem como o ponto de destaque do filme, o que de certa maneira é bom, pois facilita o foco apenas no roteiro e na forma como ele vai se descortinando ao longo da trama.
Falando especificamente do roteiro, temos aqui um texto entremeado de diálogos irônicos, sarcásticos e mordazes envolvidos por atuações convincentes e bem encaixadas e situações inusitadas. O início do filme peca pelo ritmo lento e pausado, com abuso de enfoque em momentos pouco envolventes e que pouco contribuem para o entendimento da enredo. A partir do segundo ato, essa falha é corrigida e começamos a nos envolver mais com os personagens e a entender como as situações apresentadas aqui se interligam e se relacionam entre si.
Os personagens centrais (Pumpkin e Masha) são bem desenvolvidos e complexos. Rupert se apresenta inicialmente como um homem ingênuo, "sem noção" e inconveniente em alguns momentos, mas logo em seguida, vemos que na verdade ele é inteligente, astuto, perspicaz e capaz de ir às ultimas consequências para alcançar a fama. Outro traço da personalidade do humorista nos é revelado em seu monólogo final, quando por meio da piada, ele nos conta a vida difícil que levou para chegar até ali.
O Rei da Comédia é irônico, sagaz, com alta dose de humor inteligente, e com uma mensagem ainda mais atual do que na época em que o filme foi feito: a maneira como fabricamos nossos ídolos e como lidamos com os nossos quinze minutos de fama, em um mundo marcado pelas redes sociais?
Nota: 7,9
A Forma da Água
3.9 2,7KÉ verdade que o roteiro esbarra em alguns clichês e fórmulas já saturadas dentro da indústria cinematográfica. É verdade que A Forma da Água ainda está longe de repetir o sentimento catártico e surreal reproduzido com brilhantismo em O Labirinto do Fauno. Mas o que faz do novo filme de Del Toro uma obra fantástica em todos os aspectos é a maneira como o roteiro, a técnica como a fotografia e a montagem bem marcadas e as atuações impecáveis se unem de forma coesa e coerente. Sally Hawkins consegue nos transmitir inocência, ingenuidade, pureza, amor e raiva sem emitir uma única palavra (a não ser em seus pensamentos). A fotografia em tom esverdeado nos remete repugnância, medo é nojo, tudo ao mesmo tempo. Há vários elementos aqui que fazem referências a filmes noir das décadas de 1940 e 1950. Também senti uma referência a filmes de super heróis ambientados na época e ao universo das HQ's. A trilha sonora também é outro destaque, com músicas bem encaixadas nas cenas de suspense e de romance, criando um permanente clima de tensão e encantamento respectivamente. Algo que gostei bastante foi o fato de terem incluído uma música de Carmem Miranda (uma tática de marketing, visto que Del Tora já afirmou a importância de seu filme estar nas premiações como forma de dar visibilidade ao cinema e a diretores latino americanos). Todos esses elementos combinados, enfim, contribuem para uma narrativa sólida, encantadora e tipicamente onírica. O final embora previsível, não deixa de ser lindo e de transmitir uma mensagem de maneira sutil e delicada.
Nota: 9,4
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6KConfesso que o filme ficou um pouquinho abaixo de minhas expectativas, mas ainda assim não deixa ser uma obra fantástica e uma das minhas apostas ao oscar 2018. O primeiro ato se desenvolve de uma maneira lenta, devagar quase parando. Há poucas cenas realmente relevantes aqui, apesar de bem fotografadas e bem ambientadas. Um dos destaques do filme vai para as atuações, no mínimo, memoráveis de Timothée Chalamet e Armie Harmer vivendo o jovem Elio e o estudante universitário norte-americano Oliver respectivamente. Timothée nos consegue transmitir com muita crueza e atenção aos detalhes, as emoções de ser um jovem intelectual de 17 anos, muito inteligente para a sua idade, ao mesmo tempo que enfrenta as inseguranças e descobertas dessa fase da vida. Impossível não se apaixonar por Elio e toda a juventude que ele exala. Armie Harmer também está muito bem no papel de um acadêmico igualmente inteligente, bonito, charmoso e cheio de si. A química entre os dois é muito forte, eles conseguem transmitir toda uma gama de sensações e emoções típicas de um romance de verão intenso, doce, profundo e arrebatador. As cenas de sexo se alternam pela delicadeza e a sutileza da primeira vez com a selvageria e o desejo pelo "proibido". Uma das cenas mais emblemáticas sem dúvidas é a que Elio se masturba com um pêssego e se vê constrangido quando Oliver percebe o que ele fez. Dos 50 minutos finais em diante a trama vai tomando um tom mais denso, ainda que sem perder a doçura, com destaque para a cena emocionante na qual o pai de Elio conversa com o filho, demonstrando compreensão e aceitação pelas escolhas de Elio. Em resumo, um filme que mesmo com algumas falhas, cumpre sua missão de entreter, emocionar e nos fazer refletir. Uma fotografia envolvente, roteiro bem escrito e excelentes interpretações que servem de pano de fundo apenas para o que verdadeiramente importa; o amor!
Cobain: Montage of Heck
4.2 344O melhor documentário sobre o Kurt que já vi. Várias linguagens envolvidas aqui: do uso de desenho animado para contar uma parte da adolescencia do vocalista do nirvana até cenas no mínimo grotescas. Uma viagem insana e surpreendente por dentro da mente de Kurt, um dos melhores músicos do século xx
Um Misterioso Assassinato em Manhattan
3.9 183A veia cômica do filme se encontra nos diálogos extremante inteligentes e com farto uso de ironia, além se desenvolver em um ritmo frenético e neurótico. O casal protagonista interpretado pelo próprio Woody Allen e por Diane Keaton, vive uma crise em seu casamento no auge de suas meias-idades, quando um mistério em torno de um suposto assassinato da mulher do vizinho, mexe com as estruturas do matrimônio dos dois. Nâo tá na minha lista dos melhores filmes do Allen, mas continua como uma comédia romântica irresistìel!
NOTA: 7,1
O Artista
4.2 2,1KFilme belíssimo, uma metalinguagem encantadora e envolvente sobre a arte do cinema! O fato de ser um filme mudo, a fotografia em preto e branco e a trilha sonora clássica só abrilhantam ainda mais a magia da trama. Fora as ótimas atuações...
P.S: Por ser um filme mudo a dica é não desgrudar da tela um segundo se não cê perde o desenrolar dos acontecimentos :)
nota: 9
Faça a Coisa Certa
4.2 398Filmaço! Roteiro repleto de diálogos sarcásticos, Faça a coisa certa é uma crítica contumaz à condição do negro na sociedade norte-americana. A película se passa nos anos 1980 no Brooklyn, reduto dos afro-americanos, dos latino-americanos e dos mais pobres em geral. Se você gosta de uma comédia estilo Todo mundo odeia o Chris, você DEVE assistir esse filme! Falando especificamente do roteiro: temos aqui uma história não-linear, sem início, meio e fim, marcada por vários fragmentos de narrativas distintas de múltiplos personagens. Histórias que se cruzam de maneira coesa, dando visibilidade para o coletivo. Se tivéssemos que escolher um protagonista nesse filme seria o Brooklin e os diferentes tipos humanos que ali vivem. Mais uma vez destaca-se a complexidade de seus personagens, que fogem completamente de seus esteriótipos iniciais, revelando-se muito crus e reais. Em suma, são pessoas comuns fazendo coisas comuns do dia-a-dia. Os diálogos são outro ponto forte do filme: intercala-se pensamentos banais do cotidiano com falas memoráveis anti-racistas. A fotografia com uso ostensivo de cores fortes, o figurino colorido, e a montagem em quadros também é belíssima, tornando-se a parte visual extremamente agradável e deliciosa de ver. Um filme, no fim das contas, indispensável!
Nota: 8,0
Amy
4.4 1,0KIntenso, denso, profundo, arrebatador...Faltam palavras para descrever o impacto que esse documentário me causou! Apresentando várias narrativas e pontos de vista sobre a vida de Amy Whinehouse, além daqueles que julgamos conhecer através da mídia, o filme nos mostra uma garota judia, extremamente doce e sensível, que enfrenta inúmeros dramas em seu núcleo familiar e usa a música como válvula de escape para sua dor. A pressão da fama, a vida virada de ponta á cabeça pelos papparazzi, os falsos amigos que só queriam se aproveitar de seu sucesso...Tudo isso culminou no abuso de drogas e a na morte prematura de uma das maiores vozes de jazz/soul music de nossa geração. Impossível não se sentir dentro da vida dessa garota londrina comum, que nunca teve a fama como objetivo de vida. Mas impossível ainda é verter as lagrimas quando o filme termina e sua ficha realmente cai. Amy morreu para o mundo mas sua curta e intensa obra será eterna
Histórias Cruzadas
4.4 3,8KUm dos filmes com temática antirracista mais bonitos e bem escritos que já vi, Histórias Cruzadas retrata a sociedade norte americana marcada pela segregação e exclusão racial nos anos 1960, mesma época em que a população negra deste país ia às ruas exigir seus direitos. Alguns podem argumentar que o filme exalta de maneira implícita um suposto messianismo branco, representado pela personagem de Emma Stone, a senhorita Skeeter, mas eu a vejo por um outro prisma. Eugenia Skeeter é uma menina branca de classe média-alta, que como muitas outras meninas brancas de sua geração, foi criada por uma babá negra. É interessante notar a maneira como essa desconhecida babá foi representada: uma mulher envelhecida, no auge de sua meia-idade, marcada pelos abusos e a exploração sofridos durante tantos anos por seus patrões brancos, mas que mesmo em meio á tantas agruras conseguia transmitir força e coragem à sua pupila. Podemos dizer até que a personalidade forte e intempestiva de Skeeter é fruto de seu relacionamento profundo com essa babá. Mais tarde, Skeeter se apercebe de sua posição privilegiada(a de uma jornalista branca, de classe média) e passa a utilizá-la para dar voz às pessoas mais prejudicadas em um sistema racista: os negros. A maneira como o roteiro é trabalhado aqui, as atuações bem encaixadas (destaque para a própria Emma Stone, Viola Davis e Jessica Chastain) e os personagens complexos, todos vivendo dramas muito distintos e que se encaixam de uma forma muito coesa, complementam o brilho da trama, que apesar de se utlizar de alguns clichês e esteriótipos já bem saturados, não nos faz desgrudar os olhos da tela um instante
Nota:8,5
A Casa dos Espíritos
3.9 449Filme com uma estrutura narrativa muito semelhante à dos folhetins latinoamericanos, com excesso de cenas melodramáticas carregadas pelo sentimentalismo, surge como um exercício forte de atuação e filmografia. Destaque para as atuações belíssimas de Meryl Streep, no papel de uma sensitiva de aspecto angelical; Jeremy Irons, interpretando com maestria um patrón carrasco e rude e Wynona Ryder, como filha do casal protagonista, que vive uma relação de amor proibida, bem no estilo Romeu e Julieta, com um dos empregados de seu pai, Pedro Tercero, interpretado por Antonio Banderas. Apesar de longo, em nenhum momento o filme se torna cansativo, muito por conta das excelentes atuações já aqui mencionadas, muito por conta do roteiro bem elaborado, coeso e maduro, que nos transmite uma gama de emoções com muita fidelidade, sem entrar em excessos, parece até que cada emoção aqui é milimetricamente calculada. Destaque também para a parte técnica, figurino, cenários e locações impecáveis. Vale muito a pena assistir! ;0
Nota: 7,5
Caçada Humana
3.7 45No primeiro ato o filme se desenvolve de maneira lenta e tediosa, perdendo-se em detalhes superficiais e que em nada contribuem para o desenrolar da trama. Muitos personagens aqui são meros acessórios e poderiam facilmente serem retirados ou melhor trabalhados com um roteiro mais inteligente. Enfim, demora-se muito tempo até que finalmente possamos entender do que o filme se trata, e quando isso de fato acontece, nos decepcionamos um pouco pela falta de complexidade e insuficiência narrativa. No entanto, há que se destacar as ótimas atuações de todo o elenco principal, além das representações complexas dos personagens centrais. A fotografia, figurino e direção de arte também se superam, como é comum em praticamente todos os filmes das décadas de 1950/1960. Concluindo: vale pela atuação de Brando, Fonda e Redford e por ser um clássico dos 60s.
Nota: 7,0
Cidadão Kane
4.3 990 Assista AgoraUm clássico em preto e branco obrigatório para todos os amantes da sétima arte!
Extraordinário
4.3 2,1KDifícil não se emocionar quando uma trama envolve crianças, ainda mais quando há uma mensagem tão bonita por trás: o respeito ás diferenças e o combate ao bullying nas escolas. Acho que muita gente se sentiu representada pelo drama de Augie. Muito fofinho do início ao fim! <3
Bridegroom
4.3 159Começa com um tom bem piegas e extremamente dramático, mas com o passar do tempo, vai-se tornando um documentário cada vez mais sensível, dramático, denso e profundo. Não tá na lista dos meus documentários imperdíveis, mas definitivamente está na lista daqueles que nos fazem mais humanos e respeitosos com as nossas diferenças ;)
Jesus Camp
3.7 135Não gosto muito desse estilo de documentário, que parece imitar um filme ficcional, com a criação de roteiro e tudo... Algumas cenas parecem bem superficiais, pra não dizer forçadas mesmo! Vale assistir pra que possamos perceber a que ponto as igrejas evangélicas norte americanas (que servem de cópia para as pentecostais brasileiras) podem chegar para conquistar a mente das pessoas, e consequentemente, adesão política incondicional de seus fiéis. A cena em que a pastora fala sobre a importância de dar apoio político a Bush filho é bem emblemática, e serve até mesmo de alerta para que não sejamos manipulados por Malafaias, Felicianos e afins com seus discursos odiosos e anticristãos!
Nota: 7,2
Um Lugar Chamado Notting Hill
3.6 1,3K Assista Agoracorreção: Hugh Grant KKK
Um Lugar Chamado Notting Hill
3.6 1,3K Assista AgoraFilme com roteiro fraquinho e bem clichê, perde o ritmo várias vezes, tornando-se maçante e até mesmo chato. Demorei muito tempo pra assisti-lo por completo, não conseguiu prender minha atenção! A atuação apática e desinteresada da Júlia Roberts no papel de uma estrela de Hollywood é bem decepcionante, e a única atuação realmente convicente é de seu par romântico, interpretado por Hugh Bonaville. Os momentos de humor, embora raros, também funcionam muito bem e a trilha sonora é excelente. Fora isso, é uma comédia romântica bem clichê e sinceramente, não acho que justifique o hype