Pena que esse documentário não seja tão conhecido, mas o tom pessoal faz dele o meu favorito sobre a Hedy. Admiro muito o fato do filho dela se esforçar bastante pra manter vivo o legado da mãe, apesar dos obstáculos. Ainda mais quando a maioria dos herdeiros de artistas só brigam por herança ou estão nem aí para o legado dos pais. Não é tão completo quanto o doc Bombshell, mais recente, mas eu gosto da atmosfera intimista que fizeram aqui. As cenas da vida real também ficaram ótimas, vide eles sendo esnobados em um museu de Hollywood onde ninguém sabia ou ligava para Hedy Lamarr! Enfim... Por mais que Lamarr hoje seja mais apreciada e reconhecida, sinto que ficam dois extremos: ou ela é só a diva glamourosa de Hollywood pra uns ou ela é "a inventora do Wifi" pra outros e fim. Ela era fascinante e à frente do tempo em tantos aspectos... Uma ótima atriz também, apesar da artificialidade da MGM e do star system ela conseguiu dar boas performances na tela, indo além de sua tão famosa beleza. E ela seria uma mulher incrível e relevante com ou sem o Wifi. Acho que para amá-la de verdade, temos que apreciar todas as suas nuances. Quem tiver a oportunidade de assistir, não perca!
Esse filme raro era considerado perdido até 2016, quando foi encontrado parcialmente na República Tcheca. Hoje foi restaurado e podemos ver 23 minutos dele online :-)
Mais um filme de Louise Brooks considerado perdido. Alguns trechos de filmes perdidos seus foram descobertos há alguns anos, vamos torcer para que este seja encontrado um dia.
O filme é uma farofa sim, mas não deixa de ser um divertimento sem compromisso... Recomendado para os fãs da série (quem não viu e gosta de humor britânico, ferino e politicamente incorreto, por favor veja)
Filme menor e esquecido na filmografia da Ida Lupino como diretora, mas bastante interessante e bem conduzido, além de bom elenco - nenhuma grande estrela (talvez no máximo a oscarizada Claire Trevor), mas todos muito competentes nesse que é um drama mistura de família + esportes. Poderia ser mais um filme bobo e estereotipado enaltecendo o american way of life através do esporte, mas desconstrói esse mesmo sonho americano quando questiona os valores de cada um dentro de uma família disfuncional (mãe manipuladora + pai omisso), enfim é sobre quem são as pessoas e quais são as coisas que realmente importam na nossa vida, independente de sucesso e status. Vale o ingresso! (tem legendado no Youtube)
Nem dava nada pelo filme, achava que era choruminho, mas o roteiro + direção do Dwan me conquistaram com os personagens cativantes, diálogos inspirados e história singela. A Natalie Wood já demonstrava grande talento com uma personagem muito carismática, original e que não soa irritante em nenhum momento - o tempo só provou que ela se tornou uma atriz cada vez melhor, pena que nos deixou tão cedo e com tanto a dar ao mundo. Recomendo pruma matinê de fim de semana ou madrugada nostálgica :-)
Esse filme pra TV com a Kate já velhinha é uma graça, pena que tão pouco visto. Tem várias situações hilárias e comoventes devido ao choque entre a excentricidade da personagem rica x a vida do subúrbio onde ela decide se hospedar com uma família comum. Na vida ou na arte Hepburn sempre foi maior que a vida. Enfim, é simples e clichê porém simpático e singelo ♥ (tem no Youtube)
Pra quem gostou e quiser aprofundar na biografia da Jane, recomendo ler Minha Vida Até Agora (My Life So Far), que ela escreveu em 2005 e relata com detalhes tudo o que o doc mostra (os quatro atos, que este doc agora completa com o quinto e atual). Se acha facilmente em sebos por preços em conta.
Enfim, maravilhosa é pouco! Enquanto os americanos reaças (até hoje) adorariam ela fora dos Eua, pra mim ela é rainha da porra toda mesmo. Além da contribuição de ouro pro cinema (amo seus filmes), a trajetória dela é inspiradora demais pra pôr em palavras - gratidão eterna por ela existir e passar tantas lições de vida ♥
Esse filme é do mesmo diretor do cultuado Hausu (o hino trash e cult japonês), mas infelizmente a filmografia dele, Nobuhiko Ōbayashi, é pouquíssimo conhecida mundialmente. Ele faleceu esse ano, mas nos deixou muitos filmes bons que merecem ser vistos - esse é um dos menos difíceis de encontrar com legenda e tudo, e eu altamente recomendo :)
Aqui temos uma mistura de drama com fantasia muito bonita e poética, na história de duas jovens irmãs que se amam mas são o total oposto uma da outra. Quando a mais velha, prodígio e exemplar, morre num acidente, o seu fantasma surge para guiar a irmã mais nova, esta desastrada e excluída, sempre à sombra da memória da irmã falecida, além de ser ignorada pelos pais. A partir do momento em que é guiada pelo fantasma da sua irmã mais velha, a irmã menor passa a amadurecer e enfrentar os dilemas da juventude. O espírito da irmã falecida só poderá descansar em paz quando sua família também estiver em paz.
O filme é um pouco comprido e talvez destoe em alguns momentos, mas no geral vale muito a pena para quem tem interesse no cinema japonês ou apenas numa história de amadurecimento/coming-of-age para aquecer o coração. Há momentos cômicos que lembram a vibe trash de Hausu e a trilha sonora é linda!
O título Futari quer dizer em japonês "duas pessoas", fazendo referência às duas irmãs unidas.
"(...) Mas às dez e meia da noite eu estava bem acordada: acabava de ter visto o filme de Khouri, Corpo ardente. Iria de qualquer modo porque se tratava de filme dele. Mas dessa vez acrescentava-se mais um motivo: Marly de Oliveira, minha afilhada de casamento, e Maria Bonomi haviam-me dito que Barbara Laage, a atriz do filme, parecia-se extraordinariamente comigo. Maria acrescentou: com você, mas parada, não móvel. A moça é mesmo parecida comigo, em bonito, é claro. Uma amiga disse que a parte da boca e do queixo não se parece, que em mim é bem mais suave. Deu-me um pouco de aflição ver-me na tela. Mas cobicei as roupas da atriz como se a isso eu tivesse direito, já que nos parecíamos. Gostei mesmo foi do cavalo preto do filme. Tem uns movimentos de libertação do longo pescoço e da cabeça manchada de branco que são uma beleza. O fato é que me identifiquei mais como o cavalo preto do que com Barbara Laage. Inclusive eu costumava ter um jeito de sacudir os cabelos para trás que significava exatamente isso: uma tentativa de libertação. Hoje felizmente não preciso mais do gesto. Não, às vezes preciso."
Clarice Lispector sobre o filmão do Khouri , em crônica pro Jornal do Brasil (1966)
Achei até estranho esse filme (meio raro) da Lana não ter cadastro ainda aqui. Voilà, acho que é um dos mais flopados e esquecidos da época da MGM (já em declínio tanto o estúdio como a carreira dela). Seu visual moreno também a deixa um tanto apagada (ela usou o mesmo visual em Betrayed também). Anyway ela faz a típica piranha devoradora de homens que passa por cima de todos pelos próprios interesses; as tensões passionais e sexuais dos personagens até entretêm, apesar de nada de novo aqui. Pier Angeli já dá o tom de candura que antagoniza com Lana, e o cenário europeu da Itália é sempre um deleite pros olhos... Vale o ingresso, óbvio. Tem no Youtube, sem legendas.
Pra quem tiver interesse no trabalho da Lee, ela escreveu uma biografia maravilhosa sobre a atriz Tallulah Bankhead, chamada Miss Tallulah Bankhead - super recomendo
Gente, tem uma cópia online no site VK, vocês fazem uma conta lá e na parte Vídeos vocês procuram The Bell Jar 1979 (sem legendas, mas áudio original, sem nenhuma dublagem russa nem nada). Espero que ajude :)
O filme tem defeitos mas acho que fez jus à Sylvia e sua obra. Fui sem esperar muito porque as críticas lá fora detonam o filme, mas acho que são maioria fãs raivosos da Plath que vão odiar qualquer adaptação. Sendo assim, eu me surpreendi positivamente e gostei! Marilyn Hassett é uma ótima atriz, que não conhecia, e compensa qualquer deslize do filme/roteiro em si, pois não é um livro fácil de se adaptar. O mais importante, que era captar o desequilíbrio mental-emocional da protagonista, ela fez maravilhosamente bem. Vale menção também a ótima Julie Harris como mãe da Esther.
Creio que não houve uma nova adaptação até hoje por conta de direitos autorais. A Kirsten Dunst estava para dirigir um filme novo sobre o livro (com Dakota Fanning como Esther) mas saiu do projeto, então não sei de nenhuma notícia nova.
Calling Hedy Lamarr
4.2 1Pena que esse documentário não seja tão conhecido, mas o tom pessoal faz dele o meu favorito sobre a Hedy. Admiro muito o fato do filho dela se esforçar bastante pra manter vivo o legado da mãe, apesar dos obstáculos. Ainda mais quando a maioria dos herdeiros de artistas só brigam por herança ou estão nem aí para o legado dos pais.
Não é tão completo quanto o doc Bombshell, mais recente, mas eu gosto da atmosfera intimista que fizeram aqui. As cenas da vida real também ficaram ótimas, vide eles sendo esnobados em um museu de Hollywood onde ninguém sabia ou ligava para Hedy Lamarr! Enfim... Por mais que Lamarr hoje seja mais apreciada e reconhecida, sinto que ficam dois extremos: ou ela é só a diva glamourosa de Hollywood pra uns ou ela é "a inventora do Wifi" pra outros e fim. Ela era fascinante e à frente do tempo em tantos aspectos... Uma ótima atriz também, apesar da artificialidade da MGM e do star system ela conseguiu dar boas performances na tela, indo além de sua tão famosa beleza. E ela seria uma mulher incrível e relevante com ou sem o Wifi. Acho que para amá-la de verdade, temos que apreciar todas as suas nuances.
Quem tiver a oportunidade de assistir, não perca!
Dois Águias do Ar
1Esse filme raro era considerado perdido até 2016, quando foi encontrado parcialmente na República Tcheca. Hoje foi restaurado e podemos ver 23 minutos dele online :-)
Desfrutando a Alta Sociedade
1Mais um filme de Louise Brooks considerado perdido. Alguns trechos de filmes perdidos seus foram descobertos há alguns anos, vamos torcer para que este seja encontrado um dia.
Meias Indiscretas
1Meu sonho ver essa comédia da Lulu, mas infelizmente é um filme perdido. Espero que seja encontrado num futuro próximo...
Absolutely Fabulous: O Filme
2.7 22 Assista AgoraO filme é uma farofa sim, mas não deixa de ser um divertimento sem compromisso... Recomendado para os fãs da série (quem não viu e gosta de humor britânico, ferino e politicamente incorreto, por favor veja)
Laços de Sangue
3.8 4Filme menor e esquecido na filmografia da Ida Lupino como diretora, mas bastante interessante e bem conduzido, além de bom elenco - nenhuma grande estrela (talvez no máximo a oscarizada Claire Trevor), mas todos muito competentes nesse que é um drama mistura de família + esportes. Poderia ser mais um filme bobo e estereotipado enaltecendo o american way of life através do esporte, mas desconstrói esse mesmo sonho americano quando questiona os valores de cada um dentro de uma família disfuncional (mãe manipuladora + pai omisso), enfim é sobre quem são as pessoas e quais são as coisas que realmente importam na nossa vida, independente de sucesso e status.
Vale o ingresso! (tem legendado no Youtube)
Driftwood
3.5 1Nem dava nada pelo filme, achava que era choruminho, mas o roteiro + direção do Dwan me conquistaram com os personagens cativantes, diálogos inspirados e história singela. A Natalie Wood já demonstrava grande talento com uma personagem muito carismática, original e que não soa irritante em nenhum momento - o tempo só provou que ela se tornou uma atriz cada vez melhor, pena que nos deixou tão cedo e com tanto a dar ao mundo.
Recomendo pruma matinê de fim de semana ou madrugada nostálgica :-)
Laura Lansing Dormiu Aqui
2.8 2Esse filme pra TV com a Kate já velhinha é uma graça, pena que tão pouco visto. Tem várias situações hilárias e comoventes devido ao choque entre a excentricidade da personagem rica x a vida do subúrbio onde ela decide se hospedar com uma família comum. Na vida ou na arte Hepburn sempre foi maior que a vida. Enfim, é simples e clichê porém simpático e singelo ♥ (tem no Youtube)
Jane Fonda em Cinco Atos
4.4 14 Assista AgoraPra quem gostou e quiser aprofundar na biografia da Jane, recomendo ler Minha Vida Até Agora (My Life So Far), que ela escreveu em 2005 e relata com detalhes tudo o que o doc mostra (os quatro atos, que este doc agora completa com o quinto e atual). Se acha facilmente em sebos por preços em conta.
Enfim, maravilhosa é pouco! Enquanto os americanos reaças (até hoje) adorariam ela fora dos Eua, pra mim ela é rainha da porra toda mesmo. Além da contribuição de ouro pro cinema (amo seus filmes), a trajetória dela é inspiradora demais pra pôr em palavras - gratidão eterna por ela existir e passar tantas lições de vida ♥
Futari
4.4 5Esse filme é do mesmo diretor do cultuado Hausu (o hino trash e cult japonês), mas infelizmente a filmografia dele, Nobuhiko Ōbayashi, é pouquíssimo conhecida mundialmente. Ele faleceu esse ano, mas nos deixou muitos filmes bons que merecem ser vistos - esse é um dos menos difíceis de encontrar com legenda e tudo, e eu altamente recomendo :)
Aqui temos uma mistura de drama com fantasia muito bonita e poética, na história de duas jovens irmãs que se amam mas são o total oposto uma da outra.
Quando a mais velha, prodígio e exemplar, morre num acidente, o seu fantasma surge para guiar a irmã mais nova, esta desastrada e excluída, sempre à sombra da memória da irmã falecida, além de ser ignorada pelos pais. A partir do momento em que é guiada pelo fantasma da sua irmã mais velha, a irmã menor passa a amadurecer e enfrentar os dilemas da juventude. O espírito da irmã falecida só poderá descansar em paz quando sua família também estiver em paz.
O filme é um pouco comprido e talvez destoe em alguns momentos, mas no geral vale muito a pena para quem tem interesse no cinema japonês ou apenas numa história de amadurecimento/coming-of-age para aquecer o coração. Há momentos cômicos que lembram a vibe trash de Hausu e a trilha sonora é linda!
O título Futari quer dizer em japonês "duas pessoas", fazendo referência às duas irmãs unidas.
A Falecida
4.1 106Só pela cena linda na chuva já daria 5 estrelas no ato... ah Fernanda, pode levar meu coração, já é seu!! ♥
O Corpo Ardente
3.8 13"(...) Mas às dez e meia da noite eu estava bem acordada: acabava de ter visto o filme de Khouri, Corpo ardente. Iria de qualquer modo porque se tratava de filme dele. Mas dessa vez acrescentava-se mais um motivo: Marly de Oliveira, minha afilhada de casamento, e Maria Bonomi haviam-me dito que Barbara Laage, a atriz do filme, parecia-se extraordinariamente comigo. Maria acrescentou: com você, mas parada, não móvel. A moça é mesmo parecida comigo, em bonito, é claro. Uma amiga disse que a parte da boca e do queixo não se parece, que em mim é bem mais suave. Deu-me um pouco de aflição ver-me na tela. Mas cobicei as roupas da atriz como se a isso eu tivesse direito, já que nos parecíamos. Gostei mesmo foi do cavalo preto do filme. Tem uns movimentos de libertação do longo pescoço e da cabeça manchada de branco que são uma beleza. O fato é que me identifiquei mais como o cavalo preto do que com Barbara Laage. Inclusive eu costumava ter um jeito de sacudir os cabelos para trás que significava exatamente isso: uma tentativa de libertação. Hoje felizmente não preciso mais do gesto. Não, às vezes preciso."
Clarice Lispector sobre o filmão do Khouri , em crônica pro Jornal do Brasil (1966)
Paixão e Carne
3.0 1Achei até estranho esse filme (meio raro) da Lana não ter cadastro ainda aqui. Voilà, acho que é um dos mais flopados e esquecidos da época da MGM (já em declínio tanto o estúdio como a carreira dela). Seu visual moreno também a deixa um tanto apagada (ela usou o mesmo visual em Betrayed também). Anyway ela faz a típica piranha devoradora de homens que passa por cima de todos pelos próprios interesses; as tensões passionais e sexuais dos personagens até entretêm, apesar de nada de novo aqui. Pier Angeli já dá o tom de candura que antagoniza com Lana, e o cenário europeu da Itália é sempre um deleite pros olhos... Vale o ingresso, óbvio.
Tem no Youtube, sem legendas.
Poderia Me Perdoar?
3.6 266Pra quem tiver interesse no trabalho da Lee, ela escreveu uma biografia maravilhosa sobre a atriz Tallulah Bankhead, chamada Miss Tallulah Bankhead - super recomendo
A Redoma de Vidro
3.5 7Gente, tem uma cópia online no site VK, vocês fazem uma conta lá e na parte Vídeos vocês procuram The Bell Jar 1979 (sem legendas, mas áudio original, sem nenhuma dublagem russa nem nada). Espero que ajude :)
O filme tem defeitos mas acho que fez jus à Sylvia e sua obra. Fui sem esperar muito porque as críticas lá fora detonam o filme, mas acho que são maioria fãs raivosos da Plath que vão odiar qualquer adaptação. Sendo assim, eu me surpreendi positivamente e gostei! Marilyn Hassett é uma ótima atriz, que não conhecia, e compensa qualquer deslize do filme/roteiro em si, pois não é um livro fácil de se adaptar. O mais importante, que era captar o desequilíbrio mental-emocional da protagonista, ela fez maravilhosamente bem. Vale menção também a ótima Julie Harris como mãe da Esther.
Creio que não houve uma nova adaptação até hoje por conta de direitos autorais. A Kirsten Dunst estava para dirigir um filme novo sobre o livro (com Dakota Fanning como Esther) mas saiu do projeto, então não sei de nenhuma notícia nova.