Por que alguém faria essa diferenciação? Porque a primeira metade do filme é tão boa, tão atmosférica, tão angustiante que o filme praticamente cria um gênero só pra ele: o bom-pra-caralho-to-nervoso-que-filmão.
A partir desse ponto, não é que ele fique ruim: mas ele começa a usar de artifícios e a tomar certos caminhos que, por mais que não sejam mal executados, mostram que o filme não teve fôlego de bancar a sua excepcionalidade até o fim.
Atuações fora de série, da criança esquisita até a amiga da vovó, todo mundo dando aula em tela (a Ann Dowd, por exemplo, já chegamos num ponto em que é só vê-la na tela e já sabemos que é pra esperar uma aula). A fotografia é retardada de tão boa, ela silencia e grita o filme na hora que quer, nos tem na palma da mão o tempo todo, se faz ser vista e sumir no frame que precisa.
A cena da decapitação da menina, aqueles 5 minutos que vão do carro acelerando na estrada escura até o grito cortante da mãe e o enterro foi uma das cenas mais fortes que já vi na vida, ganhando inclusive das cenas de Click que fazem a gente chorar. É chocante, é fria, é real demais.
Obs.: Considerando o nível de perturbação que esse filme causa, a força de várias cenas, eu realmente fico preocupado com a cabeça das (muitas pessoas) que estão usando "chato", "morno", "sem eletricidade", "sem graça", entre outros. Galera, ficar bravo(a) porque gosta de terror cheio de susto retardado e barato é válido - cada um sabe o que busca nos gêneros que assiste; dizer que esse filme é leve ou pálido é falar pouco, mas falar merda. Só isso, são meus 2 centavos.
Dos filmes que já vi que se colovacam na categoria Thriller/Policial, é um dos mais honestos que já vi.
Finalmente um filme que conta algo que já vimos antes (ou parecido) de um jeito que ninguém costuma fazer. Tem muita nota baixa aqui justificada pela insegurança e pela hesitação dos ladrões, algo que não faz sentido pra mim. Eles eram praticamente adolescentes retardados, estavam perdidos sem a menor ideia de como fazer o que achavam que queriam fazer. É isso que fez o filme dialogar com a gente em um nível que outros e seus protagonistas seguros, bonitos, rápidos, habilidosos e frios não chegam nem perto de fazer.
O estilo de narrar misturando ficção e realidade encaixou bem demais, e a atuação dos principais envolvidos na tela esteve muito boa também. Vale a pena conferir.
Porém, o que me incomodou foi a mudança repentina de tom na narrativa. Até 60, 70% da história, o filme era contado pelos indivíduos reais em um tom brincalhão, descontraído, como se contasse a versão paralela deles do American dream. Passado o incidente da agressão covarde à bibliotecária, imediatamente filtros de culpa e silêncio foram colocados. Não achei legal terem maquiado com piadas e descontração o começo de uma história que terminou tão mal pra algumas pessoas.
Pra assistir numa boa, precisei cortar o filme em duas ou três partes. 3h16 é algo agressivo. Claro que varia de pessoa pra pessoa, mas se até Senhor dos Anéis "cansa" algumas pessoas, imagina um drama contemplativo sobre um dono de hotel pacato no interior da gelada Turquia?
Apesar da última frase parecer azeda, o filme é interessante. Pode pecar em ritmo, com diálogos que às vezes duram o dobro do que poderiam; pode pecar também ao ser contemplativo em excesso, com poucos fatos concretos pra contar, mas a fotografia e a imersão nas vidas dos personagens é ótima, é verossímil e dialoga com questões existenciais profundas.
No entanto, é definitivamente um filme que, dependendo de quem você seja na fila do cinema, não vai dar pra indicar pra muita gente.
Tudo aqui é clichê. Nos primeiros minutos, cheguei a considerar a hipótese de que poderia ser uma alegoria dos clichês, um exagero proposital tamanha a familiaridade de tudo que via, exceto no protagonista gay.
Contudo, vejo valor social nesse filme. Sua face tão aguada e tão leve sobre a homossexualidade pode vir a ser uma porta de entrada em meios em que hoje obras desse cunho não entram, nos quais a homossexualidade ainda é tudo menos natural.
Seria sonho demais vê-lo na sessão da tarde daqui a um tempo, em lares hoje doentes de preconceito?
É um filme "redondinho", no sentido conservador da palavra. Gente boa e bonita trabalhando bem? Tem. Tem uma premissa interessante? Tem. Mistura humor, drama e tensão? Mistura. Mas o saldo final é prejudicado por vários detalhes que não dá pra ignorar.
Exemplificando alguns: narrativa em excesso que não apenas nos situa na história, mas pega nossa mão e conduz igual criancinhas repete o óbvio, fala aquilo que muito silêncio falaria; vidas e histórias pessoais rasas, caricaturadas ao extremo; sequências em que o exagero da verdade quebrou um pouco a imersão, mais uma vez exemplo de tempero "demais" na história.
Dá pra indicar pra um bando de gente que conheço, é um filme bonitão, que pegou o melhor que a tecnologia de 2015 podia oferecer e recriou com níveis absurdos de realismo cenas que deixam qualquer um que sofre de acrofobia maluco, encolhido no sofá. Tendo assistido o documentário sobre a história (O Equilibrista), fiquei contente de ver como muitos detalhes normalmente descartados foram inclusos aqui, enriquecendo a experiência.
No fim, ficou no "quase ótimo", que é a versão alterna de "bom". Mas é uma boa história pra conhecermos e compartilharmos. Um crimezão bacana.
Uma comédia que por vezes é triste, um drama que tantas outras vezes é hilário. Hilário mesmo, às vezes você pausa o filme pra rir até cansar e se recuperar antes de voltar. Essa "dramédia" alemã tem uma dupla de protagonistas pra qual você tira o chapéu e eu juro que, se você começa gostando do filme, as 2h40 passam sem peso nenhum.
Um omeletão de características boas e outras nem tão boas assim.
Aquelas dignas de parabéns: um conflito moral interessante, um antagonista improvável, filmagem claustrofóbica e tensa em uma única casa trancada.
Já não consigo concordar com quem achou traços desse filme "originais". São adolescentes, são arrogantes, estão fazendo merda, tem o putão que é idiota e está com a garota, tem o nerd/(semi)certinho que gostaria de estar, e quando dá merda, todo mundo passa o filme fugindo e tomando decisões perigosamente burras.
Não consegui evitar aquela sensação de que já vi isso várias vezes, mas a título relevante de informação, não sou um fã do gênero, também.
Tal como "A Separação", a unica outra experiencia que tive com esse diretor, o que carrega o filme é a sua natureza crua. Vemos a dor, o medo, a culpa, a dúvida em suas formas brutas, sem maquiagem, sem "hollywoodizar". Personagens muito talentosos e um roteiro bem construidinho fazem a gente questionar e refletir certas posturas.
Começou dando a impressão de que seria uma simples crítica bem filmada à burocracia, mas se mostrou muito mais que isso. Com um pequeno conjunto de atores primários muitissimo inspirados e abordagens a temas cotidianos que ultrapassam a impressão inicial, o filme conversa com temas como a pobreza, o abandono, a negligência e a irresponsabilidade estatais e até com o mais melancólico e desesperado desamparo de alguns humanos, não animais.
Vi despretensiosamente e achei e meio forçado demais. As atuações e as intrigas acabam sendo muito forçadas, parece o tempo todo que tava assistindo a uma sitcom americana, só faltavam as risadinhas enlatadas. O tema tinha um baita potencial, mas faltou naturalidade.
Me agradaram muito: a fotografia, a trilha sonora (constante, continua, poetizando os cenarios, colocando imaginações, devaneios na nossa cabeça), a poesia lenta, explícita e contínua que segue silenciosa e constante no fundo da obra.
Parece que entramos por 2 horas em um mundo completamente crível e convincente, ainda que do outro lado do mundo, ainda que há quase 90 anos.
Há quem ache que o cinema coreano e sua marca registrada de colocar reviravoltas em tudo, seguidamente, seja previsível. Ainda que as reviravoltas dessa historia não sejam tão espetaculares quanto em outras, são bem encaixadas e ajudam a enriquecer a narrativa.
Um lindo filme. Daqueles que quando se faz propaganda, a pergunta mais difícil de responder é: "qual o gênero?" Ele é drama, ele é comédia, ele é aula. Aula de vida, de sensibilidade e, ainda que inverossímil, de amadurecimento.
Só fiquei sabendo se tratar de uma história real quando acabei o filme e vim pra internet aprender mais sobre ele (adoro fazer isso quando o filme vale o seu tempo). Eu também me lembrei o tempo todo de Um Estranho no Ninho. Apesar de toda a motivação e todo o foco do filme serem diferentes, o nível de qualidade da ambientação, das atuações, fez um roteiro médio conseguir carregar o filme.
O poder do filme, na minha humilde opinião, é conseguir transmitir a claustrofobia, a depressão, a loucura e a inquietação de maneira que quem assiste consegue facilmente identificar. Poderia ser eu, poderia ser você... Vai ver era exatamente o que tentam nos dizer desde o começo.
"Loucura não é estar pobre, não é guardar um segredo sombrio. É você, ou eu, amplificados. Se você já contou uma mentira, e gostou. Se você já quis ser criança para sempre. Elas não foram perfeitas, mas foram minhas amigas. E lá pelos anos 70, a maioria já tinha saído, já estava vivendo suas vidas. Algumas eu revi. Outras não vi nunca mais. Mas não há sequer um dia em que meu coração não as encontre."
Das varias coisinhas que me incomodaram nesse filme, posso agrupar quase todas em: problematizações infantis.
O filme trata de questões como guerra, preconceito, e amadurecimento. Cada um desses temas (em geral pesadissimos) acaba sendo traduzido na forma de coisas banais demais. Seja por meio de bullying, seja por personagens excessivamente caricatos e desagradaveis (os "viloes"), seja com cenas com viés religioso (forçadas ao ponto de soarem patéticas), o filme acaba simplificando tudo e cansando.
A criança é uma graça, trabalha muito bem e tem um carisma desgraçado, mas no fim, ela teve que carregar o filme sozinha. Os personagens suporte, a historia e o roteiro são banais ou chatos demais.
Ótimo. Apesar do tema pouco amigável ao expectador "comum", é didatico, tem um ritmo bom e perdoa nossa falta de conhecimento ténico com uma história que não depende exclusivamente dele.
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraComo filme de terror, ótimo. Como filme, bom.
Por que alguém faria essa diferenciação? Porque a primeira metade do filme é tão boa, tão atmosférica, tão angustiante que o filme praticamente cria um gênero só pra ele: o bom-pra-caralho-to-nervoso-que-filmão.
A partir desse ponto, não é que ele fique ruim: mas ele começa a usar de artifícios e a tomar certos caminhos que, por mais que não sejam mal executados, mostram que o filme não teve fôlego de bancar a sua excepcionalidade até o fim.
Atuações fora de série, da criança esquisita até a amiga da vovó, todo mundo dando aula em tela (a Ann Dowd, por exemplo, já chegamos num ponto em que é só vê-la na tela e já sabemos que é pra esperar uma aula). A fotografia é retardada de tão boa, ela silencia e grita o filme na hora que quer, nos tem na palma da mão o tempo todo, se faz ser vista e sumir no frame que precisa.
A cena da decapitação da menina, aqueles 5 minutos que vão do carro acelerando na estrada escura até o grito cortante da mãe e o enterro foi uma das cenas mais fortes que já vi na vida, ganhando inclusive das cenas de Click que fazem a gente chorar. É chocante, é fria, é real demais.
Obs.: Considerando o nível de perturbação que esse filme causa, a força de várias cenas, eu realmente fico preocupado com a cabeça das (muitas pessoas) que estão usando "chato", "morno", "sem eletricidade", "sem graça", entre outros.
Galera, ficar bravo(a) porque gosta de terror cheio de susto retardado e barato é válido - cada um sabe o que busca nos gêneros que assiste; dizer que esse filme é leve ou pálido é falar pouco, mas falar merda. Só isso, são meus 2 centavos.
Uma Aventura Perigosa
3.5 110Dos filmes que já vi que se colovacam na categoria Thriller/Policial, é um dos mais honestos que já vi.
Finalmente um filme que conta algo que já vimos antes (ou parecido) de um jeito que ninguém costuma fazer. Tem muita nota baixa aqui justificada pela insegurança e pela hesitação dos ladrões, algo que não faz sentido pra mim. Eles eram praticamente adolescentes retardados, estavam perdidos sem a menor ideia de como fazer o que achavam que queriam fazer. É isso que fez o filme dialogar com a gente em um nível que outros e seus protagonistas seguros, bonitos, rápidos, habilidosos e frios não chegam nem perto de fazer.
O estilo de narrar misturando ficção e realidade encaixou bem demais, e a atuação dos principais envolvidos na tela esteve muito boa também. Vale a pena conferir.
Porém, o que me incomodou foi a mudança repentina de tom na narrativa. Até 60, 70% da história, o filme era contado pelos indivíduos reais em um tom brincalhão, descontraído, como se contasse a versão paralela deles do American dream. Passado o incidente da agressão covarde à bibliotecária, imediatamente filtros de culpa e silêncio foram colocados. Não achei legal terem maquiado com piadas e descontração o começo de uma história que terminou tão mal pra algumas pessoas.
Sono de Inverno
4.0 133 Assista AgoraPra assistir numa boa, precisei cortar o filme em duas ou três partes. 3h16 é algo agressivo. Claro que varia de pessoa pra pessoa, mas se até Senhor dos Anéis "cansa" algumas pessoas, imagina um drama contemplativo sobre um dono de hotel pacato no interior da gelada Turquia?
Apesar da última frase parecer azeda, o filme é interessante. Pode pecar em ritmo, com diálogos que às vezes duram o dobro do que poderiam; pode pecar também ao ser contemplativo em excesso, com poucos fatos concretos pra contar, mas a fotografia e a imersão nas vidas dos personagens é ótima, é verossímil e dialoga com questões existenciais profundas.
No entanto, é definitivamente um filme que, dependendo de quem você seja na fila do cinema, não vai dar pra indicar pra muita gente.
Com Amor, Simon
4.0 1,2K Assista AgoraTudo aqui é clichê. Nos primeiros minutos, cheguei a considerar a hipótese de que poderia ser uma alegoria dos clichês, um exagero proposital tamanha a familiaridade de tudo que via, exceto no protagonista gay.
Contudo, vejo valor social nesse filme. Sua face tão aguada e tão leve sobre a homossexualidade pode vir a ser uma porta de entrada em meios em que hoje obras desse cunho não entram, nos quais a homossexualidade ainda é tudo menos natural.
Seria sonho demais vê-lo na sessão da tarde daqui a um tempo, em lares hoje doentes de preconceito?
A Travessia
3.6 612 Assista AgoraÉ um filme "redondinho", no sentido conservador da palavra. Gente boa e bonita trabalhando bem? Tem. Tem uma premissa interessante? Tem. Mistura humor, drama e tensão? Mistura. Mas o saldo final é prejudicado por vários detalhes que não dá pra ignorar.
Exemplificando alguns: narrativa em excesso que não apenas nos situa na história, mas pega nossa mão e conduz igual criancinhas repete o óbvio, fala aquilo que muito silêncio falaria; vidas e histórias pessoais rasas, caricaturadas ao extremo; sequências em que o exagero da verdade quebrou um pouco a imersão, mais uma vez exemplo de tempero "demais" na história.
Dá pra indicar pra um bando de gente que conheço, é um filme bonitão, que pegou o melhor que a tecnologia de 2015 podia oferecer e recriou com níveis absurdos de realismo cenas que deixam qualquer um que sofre de acrofobia maluco, encolhido no sofá. Tendo assistido o documentário sobre a história (O Equilibrista), fiquei contente de ver como muitos detalhes normalmente descartados foram inclusos aqui, enriquecendo a experiência.
No fim, ficou no "quase ótimo", que é a versão alterna de "bom". Mas é uma boa história pra conhecermos e compartilharmos. Um crimezão bacana.
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraBem bobinho. Galera trabalha muito bem, a edição/montagem é bem dinâmica, mas no fim é bem sessão da tarde.
It: A Coisa
3.9 3,0K Assista AgoraTive o "azar" de ler o livro antes... que aguada braba que deram numa bela história.
Fraquinho demais
As Faces de Toni Erdmann
3.8 257 Assista AgoraUma comédia que por vezes é triste, um drama que tantas outras vezes é hilário. Hilário mesmo, às vezes você pausa o filme pra rir até cansar e se recuperar antes de voltar.
Essa "dramédia" alemã tem uma dupla de protagonistas pra qual você tira o chapéu e eu juro que, se você começa gostando do filme, as 2h40 passam sem peso nenhum.
Linda história, tema tão comum, abordagem ímpar.
"Don't lose the humor."
O Homem nas Trevas
3.7 1,9K Assista AgoraUm omeletão de características boas e outras nem tão boas assim.
Aquelas dignas de parabéns: um conflito moral interessante, um antagonista improvável, filmagem claustrofóbica e tensa em uma única casa trancada.
Já não consigo concordar com quem achou traços desse filme "originais". São adolescentes, são arrogantes, estão fazendo merda, tem o putão que é idiota e está com a garota, tem o nerd/(semi)certinho que gostaria de estar, e quando dá merda, todo mundo passa o filme fugindo e tomando decisões perigosamente burras.
Não consegui evitar aquela sensação de que já vi isso várias vezes, mas a título relevante de informação, não sou um fã do gênero, também.
Annabelle 2: A Criação do Mal
3.3 1,1K Assista AgoraPatético.
Não faço ideia como entrou na categoria de "terror bom", porque a história é risível, clichê e só temos mais (sustos) do mesmo.
O Apartamento
3.9 258 Assista AgoraUm filme muito bom.
Tal como "A Separação", a unica outra experiencia que tive com esse diretor, o que carrega o filme é a sua natureza crua. Vemos a dor, o medo, a culpa, a dúvida em suas formas brutas, sem maquiagem, sem "hollywoodizar". Personagens muito talentosos e um roteiro bem construidinho fazem a gente questionar e refletir certas posturas.
Recomendo!!
Eu, Daniel Blake
4.3 533 Assista AgoraComeçou dando a impressão de que seria uma simples crítica bem filmada à burocracia, mas se mostrou muito mais que isso.
Com um pequeno conjunto de atores primários muitissimo inspirados e abordagens a temas cotidianos que ultrapassam a impressão inicial, o filme conversa com temas como a pobreza, o abandono, a negligência e a irresponsabilidade estatais e até com o mais melancólico e desesperado desamparo de alguns humanos, não animais.
Assistir esse filme dói um bocado.
Quase Adultas
2.9 36Vi despretensiosamente e achei e meio forçado demais.
As atuações e as intrigas acabam sendo muito forçadas, parece o tempo todo que tava assistindo a uma sitcom americana, só faltavam as risadinhas enlatadas.
O tema tinha um baita potencial, mas faltou naturalidade.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraBem fraquinho.
Superficial, ralinho, igual café feito com resto de pó.
Uma pena, eu gosto da tematica, eu gosto do diretor, eu gosto da galera que trabalha nele...
O filme é apenas pretensioso e ralo.
A Criada
4.4 1,3K Assista AgoraUm bom filme.
Me agradaram muito: a fotografia, a trilha sonora (constante, continua, poetizando os cenarios, colocando imaginações, devaneios na nossa cabeça), a poesia lenta, explícita e contínua que segue silenciosa e constante no fundo da obra.
Parece que entramos por 2 horas em um mundo completamente crível e convincente, ainda que do outro lado do mundo, ainda que há quase 90 anos.
Há quem ache que o cinema coreano e sua marca registrada de colocar reviravoltas em tudo, seguidamente, seja previsível. Ainda que as reviravoltas dessa historia não sejam tão espetaculares quanto em outras, são bem encaixadas e ajudam a enriquecer a narrativa.
No geral, saldo positivo.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraUm lindo filme. Me fez lembrar de uma frase que li há umas semanas sobre ele e concordar totalmente:
"o filme mais humano do ano, até agora"
É um drama sem muitos artifícios senão a entrega dos artistas, uma bela direção e uma sensibilidade ímpar.
A Garota no Trem
3.6 1,6K Assista AgoraO pior filme que assisto em muito tempo.
Cada cena, cada personagem irrita, cansa, parece uma peça de ensino infantil daquelas que vc apresenta pras familias quando tem 5 anos.
Absolutamente mal adaptado para o cinema. Uma pena, o livro é fantástico.
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraUm lindo filme, melancólico, simples.
Um retrato das solidões..
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraO arco da história e dos personagens em si não me impressionaram tanto quanto a alguns: achei um pouco rasa demais, com pouco apelo.
Porém, que fotografia, que atuações! A galera roubou a cena!
Poucas vezes fiquei tão incomodado e sem fôlego quanto na (longa) sequência da estrada.
Um bom filme.
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraUm lindo filme. Daqueles que quando se faz propaganda, a pergunta mais difícil de responder é: "qual o gênero?"
Ele é drama, ele é comédia, ele é aula. Aula de vida, de sensibilidade e, ainda que inverossímil, de amadurecimento.
Garota, Interrompida
4.1 1,9K Assista AgoraUm bom filme.
Só fiquei sabendo se tratar de uma história real quando acabei o filme e vim pra internet aprender mais sobre ele (adoro fazer isso quando o filme vale o seu tempo).
Eu também me lembrei o tempo todo de Um Estranho no Ninho. Apesar de toda a motivação e todo o foco do filme serem diferentes, o nível de qualidade da ambientação, das atuações, fez um roteiro médio conseguir carregar o filme.
O poder do filme, na minha humilde opinião, é conseguir transmitir a claustrofobia, a depressão, a loucura e a inquietação de maneira que quem assiste consegue facilmente identificar. Poderia ser eu, poderia ser você... Vai ver era exatamente o que tentam nos dizer desde o começo.
"Loucura não é estar pobre, não é guardar um segredo sombrio. É você, ou eu, amplificados. Se você já contou uma mentira, e gostou. Se você já quis ser criança para sempre. Elas não foram perfeitas, mas foram minhas amigas. E lá pelos anos 70, a maioria já tinha saído, já estava vivendo suas vidas. Algumas eu revi. Outras não vi nunca mais. Mas não há sequer um dia em que meu coração não as encontre."
Little Boy: Além do Impossível
4.3 374Das varias coisinhas que me incomodaram nesse filme, posso agrupar quase todas em: problematizações infantis.
O filme trata de questões como guerra, preconceito, e amadurecimento. Cada um desses temas (em geral pesadissimos) acaba sendo traduzido na forma de coisas banais demais. Seja por meio de bullying, seja por personagens excessivamente caricatos e desagradaveis (os "viloes"), seja com cenas com viés religioso (forçadas ao ponto de soarem patéticas), o filme acaba simplificando tudo e cansando.
A criança é uma graça, trabalha muito bem e tem um carisma desgraçado, mas no fim, ela teve que carregar o filme sozinha. Os personagens suporte, a historia e o roteiro são banais ou chatos demais.
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraTocante, delicado, humano.
Havia muito tempo que um filme não mexia comigo dessa forma. Maravilhoso.
A Grande Aposta
3.7 1,3KÓtimo. Apesar do tema pouco amigável ao expectador "comum", é didatico, tem um ritmo bom e perdoa nossa falta de conhecimento ténico com uma história que não depende exclusivamente dele.