Minha experiencia com o Inarritu é péssima, e ele costuma ser um dos caras cujos fanboys considero insuportáveis. Finalmente, após 21 Gramas (médio), Biutiful e Birdman (fracos), consegui gostar de um filme dele, e muito.
Aflitivo, imersivo, tecnicamente fora de série, O Regresso me manteve inquieto e interessado durante toda sua execução. Ainda nao vi os concorrentes do Leo, mas ele realmente está indo ao limite pra levar o amigo Oscar pra casa. Tem tudo pra conseguir.
É um filme que irá agradar a maioria das pessoas, porque tem ingredientes universalmente apreciáveis: atores acima da média, uma história de vingança e ódio que mexe com a gente e um visual deslumbrante.
A história é bem linear, comum, todos já vimos algo por essas linhas antes. Vibe água com açúcar, um filminho leve e despretensioso, que sobrevive e distrai graças à dupla de protagonistas, que estão muito bem.
Se viesse antes de Into the Wild, talvez eu tivesse gostado 10x mais. Não que eu não tenha gostado - achei um filme interessante. O único problema é que quase tudo que ele faz, outros já fizeram melhor antes.
Além disso, a opção de só ir revelando a história da protagonista ao longo do filme cria um grande período (mais de 1h) em que quase não se identifica com aspecto nenhum da história dela, o filme se arrasta.
Dentre os problemas desse filme está o fato de que ele é muito ruim.
Uma história que, apesar de extremamente (aparentemente) simples e superficial, consegue deixar questões não explicadas e não resolvidas, além de basicamente não dizer a que veio.
Não que ele fosse obrigado, mas não dizer quem era o pai de fato, de onde vinha, por que vinha, por que foi, o que queria, por que viajou, por que a ilha, etc, é meio que nao dizer absolutamente nada.
Resumir todas essas interrogaçoes a "relaçao pai e filhos era o cerne" é desmerecer o tempo de quem começa 1h45 com dúvidas e as termina com as mesmas dúvidas, somadas ao sono acumulado. Recorde de velocidade mínima e bocejos, e olha que não implico com isso por si só.
Digamos que não foi esse, ainda, que me fez ter mais fé e gosto pelo gênero de guerra. É bem feito, é emocionalmente e atmosfericamente forte, mas continuo sem ver uma grande história, ou um grande conflito dramático num filme de guerra que fuja do feijão com arroz de sempre.
pela sequência final. Uma sequência de absurdos, de decisões ilógicas e forçadas. Pra coroar, no fim, 4 tiros, sendo 3 de sniper, atingindo o mocinho brad pitt e o danadinho ainda tendo forças pra escalar, entrar no tanque e trocar uma ideia com o percy jackson, tudo com uma música bem bacana e emocionante no fundo.
Digamos que foi o ápice do descrédito à inteligência do espectador. Mas tudo bem.
Vamos sair da bolha do Oscar, do cinema cult, do mundo dos Haneketes e falar do filme simplesmente pelo que ele é e tenta transmitir (de acordo com minha visão, claro):
Um filme lentíssimo, previsível durante 90% do tempo, um dos mais dificeis de assistir da minha vida: em parte pelo tema, em parte pela direção. A parte do tema ser dificil e indigesto todo mundo ja sabe, é so ler a sinopse, é so ser um pouquinho bem informado. A parte da direção é que complica. Li por ai e me identifiquei: "É como se tivessem esquecido uma camera no apartamento de 2 idosos durante um tempo e voltado depois."
Exageros à parte, a flecha nao cai muito longe do alvo. Haja paciência pra, primeiro assistir numa boa, e depois pra ouvir que cada frame é simbolico ao extremo, carregado de significado, etc. Não é facil ter essa visão.
Resumindo: filme que causa rebuliço, levanta teses, divide público. É belo, é doído, é arrastadíssimo, é sufocante. Dava pra ter meia hora a menos sem forçar barra demais. É fácil entender quem ama, é mais fácil ainda entender quem detesta.
Pros fodas que alegam "previsibilidade" e "ja imaginei o final", vamos ser bem francos, né: a unica maneira de se chutar o final é fazer isso sem embasamento nenhum, só pra brincar de detetive fodinha que "adivinha tudo".
Ida é uma experiência bucólica, reflexiva, extremamente poética. A sua condução, porém, alterna bons e maus aspectos.
É lento, mas não demais a ponto de nos fazer ignorar a sua técnica, a sua parte visual deslumbrante. É deslumbrante, rico, mas não basta para isenta-lo da responsabilidade de ser, por vezes, cansativo.
É o terceiro concorrente da sua categoria do oscar que assisto e o que menos me impressionou. Recomendaria a um publico bem específico, apesar de, repito, não ter desgostado.
"Vermelho como o céu" me lembrou Sessão da Tarde, no sentido positivo. Certamente tem a ver com o elenco majoritariamente mirim, com leveza, e não com o tema e a qualidade, que são bem mais interessantes do que os que vemos às tardes na globo.
Leveza, apesar do tema triste e delicado. Juventude, e a forma prática e direta ao ponto com que ela vive. Deu uma sensação agradável, nostálgica, mas confortável demais, segura demais. Talvez hesitante em tirar mais os pés do chão.
Apesar de não ter me deixado nenhuma reclamação grave a fazer na ponta da língua, o filme tampouco me deu fatos extraordinários pra comentar. É uma história bonita,
Um filme que se apresenta sublimemente. Mostra uma das milhares de "microfacetas" de uma guerra. Como ela impacta 2 minúsculas partes que a experimentam: as vidas de Ivo e Margus. Belos enquadramentos, uma trilha sonora extremamente agradável (tirando talvez a música que embala os créditos, mas essa teve outro significado), o filme nos cativa por ser simples e humano.
Uma história simples, com capítulos simples, mas personagens tão interessantes e um conflito tão real e tolo que nos conquista completamente e nos faz pensar em muita coisa, mas principalmente na estupidez que é o ser humano brincando de ser humano.
Confesso fazer uso de uma dose de besteirol eventualmente, e por sorte costumo escolher bem. Nesse caso, não gostei muito. Gosto do Seth, mas James Franco aqui tá forçado, até pro padrão besteirol americano, não desceu bem. Como esperado, a polêmica foi puramente mongoloide e não sugeriu em momento nenhum que o filme fosse bom. Pro seu nicho, achei ele até sem graça, foram raros os momentos bacanas.
Vindo do diretor, a escolha de uma história mitológica por si só já é uma fuga do seu padrão, de sua zona de conforto (os trabalhos de Takahata costumam ser mais realistas, notóriamente). A beleza dos traços e dos preenchimentos são a maior prova que já vi de que é possível se chegar a perfeição, a completa transmissão de uma ideia através da simplicidade.
Um banquete para os olhos. Até para os ouvidos.
Infelizmente, para a mente, nem tanto. Em suas mais de duas longas horas, o conto, um dos mais famosos e tristes da cultura oriental, não conduz o espectador com facilidade. A historia, tal como a original, nem sempre vai direto ao ponto, e conta vezes demais com coisas deixadas no ar, com interpretações em aberto, com subjetividade demais, e conteúdo de menos.
E, no mais, é maçante. É bem lento. Provavelmente só agrada muito aos entusiastas da cultura, a quem já tem algum conhecimento prévio, etc.
Falando como leigo, o filme é chato. Tem atuações monstruosamente boas, eu só consigo enxergar a ponta do iceberg do que deve ter sido a dificuldade de se filmar em plano sequência, em se preparar para algo tecnicamente impecável, mas... como entretenimento, é chato. É uma historia que, como historia, faz muito pouco pelo espectador que vai ao cinema atrás de diversão apenas.
Sou muito suspeito pra falar desse filme porque sou fã quase incondicional do Gyllenhaal, ainda bem que dessa vez falaram por mim e não ficou dúvidas. Que transformação, que personagem e que filme!
Daqueles que dá pra aceitar recomendação de olhos fechados!
Fotografia linda, acabamento absolutamente superior, e, meus amigos e minhas amigas, que show de Benedict Cumberbatch. Filme tenso, engraçado, com fluidez. Uma pena minha promessa de ser imparcial antes de assistir aos candidatos a estatueta, vai dar trabalho resistir a esse aqui.
Quando vejo um filme que gosto muito e fico pilhado, é melhor não comentar até passar uns dias. Então esse daqui é só pra deixar os ânimos acalmarem! que filme!
-Precisei de duas tentativas pra engatar e ir até o fim. A primeira, há um ou dois anos, durou menos de 30 min e não achei que fosse tentar de novo. -Peguei pra vê-lo essa tarde ao acaso. Total acaso. Nem sinopse reli. Lembrava das linhas gerais e só. -Lentíssimo. Não são todos que aguentam e menos ainda os que escrevem isso na pagina quase xiita dos filmes do diretor no filmow. Só vi até o fim porque gostei muito da voz narrativa. Dava um tom poético, como toda obra com bom acabamento. -Como já apontaram bem: uma reflexão filosofica que nao tem cara de reflexão filosofica, como aquelas chatas de sala de aula. Enriquecedora. -Só vi "Dançando no Escuro" do Lars, e me senti identicamente à quando o vi: indignado com o ser humano. -Reta final forte e de cair o queixo. Como esperado, uma amarração digna.
Não recomendaria pra tanta gente, conheço meu eleitorado. Mas eu diria que estou feliz por ter optado ver. Acho que aqueles com boa vontade e 0 preguiça com cinema deveriam fazer o mesmo.
12 anos é muito tempo, 2h45 também, e não consigo falar sobre o filme sem considerar as duas coisas.
Inovou, retratou a juventude como nenhum outro, plasticamente belo, tem seus motivos para ser elogiado.
Se arrastou. Pecou pelo excesso de vazio, pelo ritmo devagar-quase-parando. Há de se haver equilíbrio pra se enxergar beleza na sutileza. Sutil demais vira sonolento.
Na reta final, deve ter agradado mais gente que no início. Há mais espaço pra se identificar com a história e personagens próximo do fim. Há também mais momentos que me tocaram. Acho que quanto mais perto da nossa realidade (quer sejamos pais de jovens ou jovens filhos de pais), maior o espaço pra identificação.
Veredito: é arte, é bonito, é devagar, é pra poucos, apesar da hype.
Pra ser bem sincero, sendo um filme que não faz o meu tipo preferido, eu diria que esse aqui é interessante, e o principal: a desorganização de ideias dentro dele é razoavelmente organizada, administrada. Se essa frase não faz muito sentido, provavelmente não é o seu gênero também.
Ao contrário de tantos outros, enquanto nós não fazemos ideia do que está acontecendo, os personagens também não, e quando as coisas começam a se encaixar pra eles, o mesmo vai acontecendo pra gente.
Uma divisão bem democrática de informação que não fez mal, pelo contrário, tornou o filme mais acessível que seus co-irmãos do gênero.
-A mulher cria uma cena, espalha litros e litros de sangue em uma única poça, bem no meio da cozinha. Tanto sangue, resultante de violentos ataques, teria sido espalhado por toda a parte.
-O marido, no dia do tal ataque, não tem em si um único arranhão sequer, ou qualquer indicador de confronto corporal.
-O diário é finalmente achado na casa do pai. O forno entreaberto, o diário apenas parcialmente destruído. O que aconteceu? O marido o botou la para queimar e parou no meio? Teve o trabalho de limpar todo aquele sangue mas foi incapaz de queimar um diario? Precisou fazer uma viagem até a casa do pai dele pra queimar um diario, e nao bastasse isso, deixou o serviço incompleto? A parte que o incriminava era uma ou duas paginas perto do fim, por que nao arranca-las e pronto?
-Quando foge, a mulher apenas muda ligeiramente sua aparencia. Entao, em vez de se isolar, ela faz amizade com marginaizinhos, com os quais passa tempo junto e assiste a historia da sua vida se desenrolar na tv.
-Por necessidade, ela mata o amigo loiro e resolve incriminá-lo, tornando Ben Affleck inocente do "assassinato", no fim das contas. Mas então, que sangue todo foi aquele que desapareceu do piso da cozinha? O personagem do Neil Patrick foi la limpa-lo? (??)
-Quando retorna para casa, a mulher não tem qualquer ferimento compativel com o litro e meio de sangue que ela deixou no piso da cozinha.
-O hospital a envia para casa vestida em uma roupa de paciente, coberta de sangue por debaixo dela.
São apenas alguns furos ou forçações, e a ideia nao é expor isso especificamente, apenas apontar pro fato de que os personagens são todos excessivamente burros. O expectador acaba fazendo papel de burro ao ser parte disso e ignorar tudo. Nenhum dos personagens principais são carismáticos. Não conseguimos odia-los nem ama-los, eles sao apenas comuns e totalmente furados.
A cereja do bolo vem na opçao de Affleck, que opta por continuar vivendo sob o mesmo teto de uma perturbada, doente mental, homicida, só porque ela carrega seu filho e um abandono seria mal visto pela sociedade?
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraGostei muito.
Minha experiencia com o Inarritu é péssima, e ele costuma ser um dos caras cujos fanboys considero insuportáveis. Finalmente, após 21 Gramas (médio), Biutiful e Birdman (fracos), consegui gostar de um filme dele, e muito.
Aflitivo, imersivo, tecnicamente fora de série, O Regresso me manteve inquieto e interessado durante toda sua execução. Ainda nao vi os concorrentes do Leo, mas ele realmente está indo ao limite pra levar o amigo Oscar pra casa. Tem tudo pra conseguir.
É um filme que irá agradar a maioria das pessoas, porque tem ingredientes universalmente apreciáveis: atores acima da média, uma história de vingança e ódio que mexe com a gente e um visual deslumbrante.
Um Senhor Estagiário
3.9 1,2K Assista AgoraA história é bem linear, comum, todos já vimos algo por essas linhas antes. Vibe água com açúcar, um filminho leve e despretensioso, que sobrevive e distrai graças à dupla de protagonistas, que estão muito bem.
Livre
3.8 1,2K Assista AgoraSe viesse antes de Into the Wild, talvez eu tivesse gostado 10x mais.
Não que eu não tenha gostado - achei um filme interessante.
O único problema é que quase tudo que ele faz, outros já fizeram melhor antes.
Além disso, a opção de só ir revelando a história da protagonista ao longo do filme cria um grande período (mais de 1h) em que quase não se identifica com aspecto nenhum da história dela, o filme se arrasta.
O Retorno
4.0 91Dentre os problemas desse filme está o fato de que ele é muito ruim.
Uma história que, apesar de extremamente (aparentemente) simples e superficial, consegue deixar questões não explicadas e não resolvidas, além de basicamente não dizer a que veio.
Não que ele fosse obrigado, mas não dizer quem era o pai de fato, de onde vinha, por que vinha, por que foi, o que queria, por que viajou, por que a ilha, etc, é meio que nao dizer absolutamente nada.
Resumir todas essas interrogaçoes a "relaçao pai e filhos era o cerne" é desmerecer o tempo de quem começa 1h45 com dúvidas e as termina com as mesmas dúvidas, somadas ao sono acumulado. Recorde de velocidade mínima e bocejos, e olha que não implico com isso por si só.
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraAinda carece de legenda, mas ja temos em HD:
https://kickass.to/relatos-salvajes-2014-web-dl-1080p-x264-ac3-castellano-y-latino-urbin4hd-t10234881.html
Os 12 Macacos
3.9 1,1K Assista Agoraroteiro bem furadinho, como 90% dos filmes que falam sobre o tema.
Corações de Ferro
3.9 1,4K Assista AgoraDigamos que não foi esse, ainda, que me fez ter mais fé e gosto pelo gênero de guerra.
É bem feito, é emocionalmente e atmosfericamente forte, mas continuo sem ver uma grande história, ou um grande conflito dramático num filme de guerra que fuja do feijão com arroz de sempre.
No geral, filme mediano, nota mediana, exceto
pela sequência final. Uma sequência de absurdos, de decisões ilógicas e forçadas. Pra coroar, no fim, 4 tiros, sendo 3 de sniper, atingindo o mocinho brad pitt e o danadinho ainda tendo forças pra escalar, entrar no tanque e trocar uma ideia com o percy jackson, tudo com uma música bem bacana e emocionante no fundo.
Digamos que foi o ápice do descrédito à inteligência do espectador.
Mas tudo bem.
Amor
4.2 2,2K Assista AgoraVamos sair da bolha do Oscar, do cinema cult, do mundo dos Haneketes e falar do filme simplesmente pelo que ele é e tenta transmitir (de acordo com minha visão, claro):
Um filme lentíssimo, previsível durante 90% do tempo, um dos mais dificeis de assistir da minha vida: em parte pelo tema, em parte pela direção. A parte do tema ser dificil e indigesto todo mundo ja sabe, é so ler a sinopse, é so ser um pouquinho bem informado. A parte da direção é que complica. Li por ai e me identifiquei: "É como se tivessem esquecido uma camera no apartamento de 2 idosos durante um tempo e voltado depois."
Exageros à parte, a flecha nao cai muito longe do alvo. Haja paciência pra, primeiro assistir numa boa, e depois pra ouvir que cada frame é simbolico ao extremo, carregado de significado, etc. Não é facil ter essa visão.
Resumindo: filme que causa rebuliço, levanta teses, divide público. É belo, é doído, é arrastadíssimo, é sufocante. Dava pra ter meia hora a menos sem forçar barra demais.
É fácil entender quem ama, é mais fácil ainda entender quem detesta.
Os Suspeitos
4.1 782 Assista AgoraPros fodas que alegam "previsibilidade" e "ja imaginei o final", vamos ser bem francos, né: a unica maneira de se chutar o final é fazer isso sem embasamento nenhum, só pra brincar de detetive fodinha que "adivinha tudo".
Ida
3.7 439Ida é uma experiência bucólica, reflexiva, extremamente poética.
A sua condução, porém, alterna bons e maus aspectos.
É lento, mas não demais a ponto de nos fazer ignorar a sua técnica, a sua parte visual deslumbrante.
É deslumbrante, rico, mas não basta para isenta-lo da responsabilidade de ser, por vezes, cansativo.
É o terceiro concorrente da sua categoria do oscar que assisto e o que menos me impressionou. Recomendaria a um publico bem específico, apesar de, repito, não ter desgostado.
Vermelho Como o Céu
4.4 277"Vermelho como o céu" me lembrou Sessão da Tarde, no sentido positivo. Certamente tem a ver com o elenco majoritariamente mirim, com leveza, e não com o tema e a qualidade, que são bem mais interessantes do que os que vemos às tardes na globo.
Leveza, apesar do tema triste e delicado. Juventude, e a forma prática e direta ao ponto com que ela vive. Deu uma sensação agradável, nostálgica, mas confortável demais, segura demais. Talvez hesitante em tirar mais os pés do chão.
Apesar de não ter me deixado nenhuma reclamação grave a fazer na ponta da língua, o filme tampouco me deu fatos extraordinários pra comentar. É uma história bonita,
real - o que com certeza me aproximou das lágrimas perto do fim
Tangerinas
4.3 243Um filme que se apresenta sublimemente.
Mostra uma das milhares de "microfacetas" de uma guerra. Como ela impacta 2 minúsculas partes que a experimentam: as vidas de Ivo e Margus.
Belos enquadramentos, uma trilha sonora extremamente agradável (tirando talvez a música que embala os créditos, mas essa teve outro significado), o filme nos cativa por ser simples e humano.
Uma história simples, com capítulos simples, mas personagens tão interessantes e um conflito tão real e tolo que nos conquista completamente e nos faz pensar em muita coisa, mas principalmente na estupidez que é o ser humano brincando de ser humano.
A Entrevista
3.1 1,0K Assista AgoraConfesso fazer uso de uma dose de besteirol eventualmente, e por sorte costumo escolher bem. Nesse caso, não gostei muito. Gosto do Seth, mas James Franco aqui tá forçado, até pro padrão besteirol americano, não desceu bem.
Como esperado, a polêmica foi puramente mongoloide e não sugeriu em momento nenhum que o filme fosse bom. Pro seu nicho, achei ele até sem graça, foram raros os momentos bacanas.
O Conto da Princesa Kaguya
4.4 802 Assista AgoraVindo do diretor, a escolha de uma história mitológica por si só já é uma fuga do seu padrão, de sua zona de conforto (os trabalhos de Takahata costumam ser mais realistas, notóriamente). A beleza dos traços e dos preenchimentos são a maior prova que já vi de que é possível se chegar a perfeição, a completa transmissão de uma ideia através da simplicidade.
Um banquete para os olhos. Até para os ouvidos.
Infelizmente, para a mente, nem tanto. Em suas mais de duas longas horas, o conto, um dos mais famosos e tristes da cultura oriental, não conduz o espectador com facilidade.
A historia, tal como a original, nem sempre vai direto ao ponto, e conta vezes demais com coisas deixadas no ar, com interpretações em aberto, com subjetividade demais, e conteúdo de menos.
E, no mais, é maçante. É bem lento. Provavelmente só agrada muito aos entusiastas da cultura, a quem já tem algum conhecimento prévio, etc.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraFalando como leigo, o filme é chato.
Tem atuações monstruosamente boas, eu só consigo enxergar a ponta do iceberg do que deve ter sido a dificuldade de se filmar em plano sequência, em se preparar para algo tecnicamente impecável, mas...
como entretenimento, é chato.
É uma historia que, como historia, faz muito pouco pelo espectador que vai ao cinema atrás de diversão apenas.
O Abutre
4.0 2,5K Assista AgoraSou muito suspeito pra falar desse filme porque sou fã quase incondicional do Gyllenhaal, ainda bem que dessa vez falaram por mim e não ficou dúvidas.
Que transformação, que personagem e que filme!
Daqueles que dá pra aceitar recomendação de olhos fechados!
O Jogo da Imitação
4.3 3,0K Assista AgoraUma obra de arte!
Fotografia linda, acabamento absolutamente superior, e, meus amigos e minhas amigas, que show de Benedict Cumberbatch. Filme tenso, engraçado, com fluidez. Uma pena minha promessa de ser imparcial antes de assistir aos candidatos a estatueta, vai dar trabalho resistir a esse aqui.
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraQuando vejo um filme que gosto muito e fico pilhado, é melhor não comentar até passar uns dias. Então esse daqui é só pra deixar os ânimos acalmarem! que filme!
Dogville
4.3 2,0K Assista AgoraVamos às minhas poucas palavras:
-Precisei de duas tentativas pra engatar e ir até o fim. A primeira, há um ou dois anos, durou menos de 30 min e não achei que fosse tentar de novo.
-Peguei pra vê-lo essa tarde ao acaso. Total acaso. Nem sinopse reli. Lembrava das linhas gerais e só.
-Lentíssimo. Não são todos que aguentam e menos ainda os que escrevem isso na pagina quase xiita dos filmes do diretor no filmow. Só vi até o fim porque gostei muito da voz narrativa. Dava um tom poético, como toda obra com bom acabamento.
-Como já apontaram bem: uma reflexão filosofica que nao tem cara de reflexão filosofica, como aquelas chatas de sala de aula. Enriquecedora.
-Só vi "Dançando no Escuro" do Lars, e me senti identicamente à quando o vi: indignado com o ser humano.
-Reta final forte e de cair o queixo. Como esperado, uma amarração digna.
Não recomendaria pra tanta gente, conheço meu eleitorado. Mas eu diria que estou feliz por ter optado ver. Acho que aqueles com boa vontade e 0 preguiça com cinema deveriam fazer o mesmo.
Janela da Alma
4.3 192 Assista AgoraFaz certos lembretes dos quais ninguém, nunca, deveria esquecer.
Necessário!
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista Agora12 anos é muito tempo, 2h45 também, e não consigo falar sobre o filme sem considerar as duas coisas.
Inovou, retratou a juventude como nenhum outro, plasticamente belo, tem seus motivos para ser elogiado.
Se arrastou. Pecou pelo excesso de vazio, pelo ritmo devagar-quase-parando. Há de se haver equilíbrio pra se enxergar beleza na sutileza. Sutil demais vira sonolento.
Na reta final, deve ter agradado mais gente que no início. Há mais espaço pra se identificar com a história e personagens próximo do fim. Há também mais momentos que me tocaram. Acho que quanto mais perto da nossa realidade (quer sejamos pais de jovens ou jovens filhos de pais), maior o espaço pra identificação.
Veredito: é arte, é bonito, é devagar, é pra poucos, apesar da hype.
Coerência
4.0 1,3K Assista AgoraPra ser bem sincero, sendo um filme que não faz o meu tipo preferido, eu diria que esse aqui é interessante, e o principal: a desorganização de ideias dentro dele é razoavelmente organizada, administrada. Se essa frase não faz muito sentido, provavelmente não é o seu gênero também.
Ao contrário de tantos outros, enquanto nós não fazemos ideia do que está acontecendo, os personagens também não, e quando as coisas começam a se encaixar pra eles, o mesmo vai acontecendo pra gente.
Uma divisão bem democrática de informação que não fez mal, pelo contrário, tornou o filme mais acessível que seus co-irmãos do gênero.
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraEis um apanhado de opiniões alheias que fiz. Nem todos representam meu ponto de vista, mas são bem interessantes pra quem saiu achando o filme genial.
-A mulher cria uma cena, espalha litros e litros de sangue em uma única poça, bem no meio da cozinha. Tanto sangue, resultante de violentos ataques, teria sido espalhado por toda a parte.
-O marido, no dia do tal ataque, não tem em si um único arranhão sequer, ou qualquer indicador de confronto corporal.
-O diário é finalmente achado na casa do pai. O forno entreaberto, o diário apenas parcialmente destruído. O que aconteceu? O marido o botou la para queimar e parou no meio? Teve o trabalho de limpar todo aquele sangue mas foi incapaz de queimar um diario? Precisou fazer uma viagem até a casa do pai dele pra queimar um diario, e nao bastasse isso, deixou o serviço incompleto? A parte que o incriminava era uma ou duas paginas perto do fim, por que nao arranca-las e pronto?
-Quando foge, a mulher apenas muda ligeiramente sua aparencia. Entao, em vez de se isolar, ela faz amizade com marginaizinhos, com os quais passa tempo junto e assiste a historia da sua vida se desenrolar na tv.
-Por necessidade, ela mata o amigo loiro e resolve incriminá-lo, tornando Ben Affleck inocente do "assassinato", no fim das contas. Mas então, que sangue todo foi aquele que desapareceu do piso da cozinha? O personagem do Neil Patrick foi la limpa-lo? (??)
-Quando retorna para casa, a mulher não tem qualquer ferimento compativel com o litro e meio de sangue que ela deixou no piso da cozinha.
-O hospital a envia para casa vestida em uma roupa de paciente, coberta de sangue por debaixo dela.
São apenas alguns furos ou forçações, e a ideia nao é expor isso especificamente, apenas apontar pro fato de que os personagens são todos excessivamente burros. O expectador acaba fazendo papel de burro ao ser parte disso e ignorar tudo.
Nenhum dos personagens principais são carismáticos. Não conseguimos odia-los nem ama-los, eles sao apenas comuns e totalmente furados.
A cereja do bolo vem na opçao de Affleck, que opta por continuar vivendo sob o mesmo teto de uma perturbada, doente mental, homicida, só porque ela carrega seu filho e um abandono seria mal visto pela sociedade?
Faltou bom senso, vezes demais.
Uma Aventura LEGO
3.8 907 Assista Agoraachei sem sal, pretensioso e enlatou o pior do humor americano.