Um manual de furos. É preciso muita paciência para embarcar na história mirabolante de uma babá que se infiltra na casa de uma das vítimas do seu marido. Um caso que repercute e que ninguém sabe quem ela é. Suspense mal elaborado num roteiro muito fraco.
Mais um filme que prova o potencial do nosso cinema! O ótimo ator João Miguel - do talentoso filme Cinema, Aspirinas e Urubus - agora é Raimundo Nonato, ou melhor, Nonato Canivete, um imigrante nordestino com tino para a culinária.Um personagem que já nos causa empatia imediata. Por meio de uma montagem paralela, a que conta a sua ascensão como cozinheiro e a que mostra o seu estado no sistema carcereiro, o filme aborda a subversão do homem diante à sociedade. Nonato é o brasileiro que consegue subir com o tempero, mas extrapola o limite com a pimenta. Amá-lo ou odiá-lo? Há de se ter estômago. Assistam ✌️
Assisti mais uma vez e agora, pelo menos, consegui ir até o final. O longa apresenta transições incomuns, com planos abertos que caracterizam a memória do protagonista em algumas bonitas cenas românticas. Vale ver Jim Carrey, o Joel, num papel totalmente diferente das caras e bocas forçadas dos filmes de comédia. E ainda com o plus de ver a ótima Kate Winslet em cena. Pessoalmente, apesar da ideia ser interessante e nos fazer pensar, pra mim não bateu o elemento básico do cinema: a emoção verdadeira. É pouco envolvente. Creio que entra no rol de filmes que todos gostaram, menos eu. Quem sabe algum dia...
Um filme com potencial pouco explorado Dos mesmos diretores do filme francês Intocáveis, Eric Toledano e Olivier Nakache, que foi sucesso de público e de crítica, agora eles contam a história de Samba, um imigrante do Senegal cujo objetivo é conseguir permanecer na França. O ator principal é Omar Sy - o mesmo protagonista de Intocáveis - mais uma vez presente também com um personagem carismático e boa praça. Diante do pano de fundo dos problemas que envolvem os imigrantes ilegais, ele se envolve com Alice (Charlotte Gainsbourg), uma executiva que passa por problemas pessoas, mas que faz o possível para ajudá-lo. Sem um grande conflito e um clímax que sustente o interesse pela narrativa, o percurso se apoia pelo carisma do personagem principal e dos amigos que o ajudam ao longo do caminho. Destaque para algumas referências ao Brasil, por meio do personagem de Tahar Rahim e da trilha sonora. O saldo final é um filme que aborda uma temática séria e forte de forma leve e sem grandes pretensões. Vale como puro entretenimento.
Não conhecia o cinema iraniano de Asghar Farhadi e o meu primeiro contato foi com "O Passado", disponível no catálogo do Telecine Play. O ritmo - por vezes lento - é absurdamente bem montado, coerente com a proposta narrativa e com a sequência dos acontecimentos. Com personagens nem um pouco maniqueístas, o diretor mostra as consequências das relações conflituosas dos adultos com a vida das crianças, que ora se mostram atônitos e ora se revoltam, criando um ambiente insólito onde o espectador também se vê sufocado diante daquela realidade. Destaque para atuação do garotinho Fouad (Elyes Aguis). Asghar tem total controle da mise-en-scènee e monta-a com muito talento e riqueza de detalhes, com representações e objetos bagunçados pela casa dos personagens que remetem ao contexto de reféns do passado. Um filme dramático, com suspense, diálogos de grande qualidade, entra no meu rol de filmes favoritos. Já quero conhecer os outros trabalhos do cineasta.
Um filme diferente do percurso de Almodôvar. Com uma trama rocambolesca, baseada no livro da escritora Ruth Rendell - semelhante com as obras do popular Sidney Sheldon, o thriller engata quando os personagens se entrelaçam dentro do mesmo jogo de sedução e desforra. Apesar das qualidades de sempre do diretor, tanto no controle do ritmo quanto na irretocável fotografia e na direção dos atores, o filme chama atenção pela ausência da força feminina presente em suas obras. A personagem de Francesca Néri atua como um ponto fora da curva do cineasta, pois a sua complexidade não é explorada e o percurso a leva para caminhos convencionais. Creio que por se tratar de uma adaptação literária, a atmosfera Almodóvar ficou um pouco comprometida. Vale assistir, contudo, pois o resultado é acima da média.
Senti uma forte e feliz ligação com o filme "Cenas de um Casamento", de Bergman. Scarlett Johansson lembrou até em alguns momentos a Liv Ulmann rs. Em tempos de tantos filmes inspirados em besteiróides, creio que vale uma referência ao diretor sueco. E fizeram bem feito.
Vi “Durval Discos (2002)” pela qualidade conferida pela diretora e roteirista Anna Muylaert no filme “Que Horas Ela Volta (2015)”, o qual considero um dos melhores longas brasileiros da última década. De início, a produção chama atenção pela direção de arte, composta por adereços nostálgicos dentro de um prédio, e a composição dos personagens: Durval, um cabeludo meio esquisitão e a sua mãe, Carmita, uma senhora espevitada. Até pouco mais do segundo ato, a história parece não engrenar e o ritmo do filme chega a ser sufocante e pouco atraente. Ainda mais que a diretora faz uso de pouquíssimos enquadramentos e movimentos de câmera (a julgar pelos filmes que vi, parece ser uma marca dela). Confesso que quase desisti. Mas, a história dá um salto importante quando o conflito é exposto com o mistério que ronda uma menina que é deixada na casa de Durval por uma empregada. Ao mesmo tempo que a criança dá um novo ar àquele ambiente estrambótico, ela também revela o lado fantasioso e doentio de Carmita. O filme ganha ares de uma comédia trágica, quase noir, numa virada impressionante e coerente. Li que foi proposital. Assim como num disco, o longa foi dividido em lado A e lado B. Analogicamente, o primeiro apresenta músicas que mais vendem e são mais populares, ao passo que o segundo revela surpresas que exigirão do público a boa vontade de descobri-las. Com este tipo narrativo, a diretora constroi um filme recheado de percepções que precisam ser interpretadas nas entrelinhas, desmembrando a relação de asfixia que o Durval sentia dentro daquela casa e daquela mãe. Com uma produção simples, Anna comprova que um bom filme se faz, principalmente, com a criatividade e a qualidade do texto.
Filmão da Disney! Arrisco a dizer que é um dos melhores dos últimos anos. Sem erros de casting, sem exageros nas cores, figurino incrível e trilha sonora sensacional. Acredito que a tendência do live action veio para ficar na indústria, pois as as projeções até então que eu tenho visto com essa técnica estão muito boas.
Nem sabia que já era a quarta versão do filme. Assisti por conta do meme e me deparei com um filmão. Cumpre uma das grandes funções do cinema: emocionar.
A história é simples, mas bem divertida. Live action ficou bem bacana. Não tem Ash e a turma de humanos já conhecida do anime, mas os novos personagens são legais. Pra quem gosta/gostava de Pokémon, recomendo demais.
Acabei de assistir "A Tentação" na Netflix e sai com a sensação de que foi um puta filme conduzido de uma forma ineficiente. Muito bom a discussão do fanatismo religioso e das consequências dos próprios atos em torno do suspense de um homem que estava à beira de se jogar de um prédio. É uma proposta forte e corajosa com o risco de se tornar rasa por conta do tempo (menos de 2h). Os diálogos filosóficos, embora muitas vezes didáticos, são bons, mas faltou uma direção mais segura para torná-los mais verossímeis. A principal força do longa é conseguir dar conta de esboçar um perfil dos personagens principais, o que justifica as atitudes tomadas por eles ao longo da história. Só que ao mesmo tempo que isso foi uma qualidade do roteiro, pra mim tornou-se também pretensioso demais e prejudicou a sequência final, que é impactante, mas não é crível. Creio que vale muito assistí-lo, pois não é um grande filme, mas poderia ser e o espectador pode refletir como ele poderia ser ajustado.
Nada muito diferente do que já vimos em filmes anteriores, como, por exemplo, a franquia Jogos Mortais. Só que aqui numa versão mais leve. A ideia de misturar game e suspense ainda rendem bons plot twist. Vale como entretenimento.
Sempre pulei este filme da minha lista por conta das inúmeras críticas negativas que já li. Há um certo "ranço" por consideraram que ele não foi digno da estatueta do Oscar de melhor filme em 1999. Pra completar, Gwyneth Paltrow, a atriz principal, levou o prêmio como melhor atriz, decepcionando a todos que torciam por Fernanda Montenegro pela sua atuação em "Central do Brasil". Pois bem, assisti hoje e a sensação que eu tenho é que o longa não merece tamanho desprezo. A montagem é eficiente, a trilha é excelente e o texto é muito bom. Achei muito bem desenvolvido misturar a história do próprio Shakespeare com o seu problema de crise de ideias com uma das suas peças mais famosas, Romeu e Julieta. Não é um filme surpreendente, mas está longe de ser ruim. Pra quem gosta de um romance leve e se interessa pela história do dramaturgo, vale a pena dar uma chance.
Pra quem gosta de suspense meio apocalíptico, "Um lugar silencioso" é uma boa pedida. Lembrei um pouco do livro Ensaio sobre a Cegueira, do Saramago, que também tem um filme homônimo, só que aqui, em vez da visão, o caos está no silêncio. A experiência cinematográfica foi corajosa e eficiente, pois acredito que o bom cinema, desde os primórdios, é mais visual do que audição. Assistam.
Revi "Persona" (1966) , do grandioso Bergman, mais uma vez, hoje, julgando ter maturidade para analisar esta obra que é considerada uma das mais difíceis pelos críticos. Terminei tendo novas concepções, mas ainda embaralhadas. Não é uma história fácil. Assim como título sugere, creio que há de se vestir um personagem, uma máscara, para entendê-lo como quiser. Não arrisco levantar palpites agora, mas compartilho aqui a vontade de debatê-lo com algum colega da rede que já viu. Foi o primeiro papel da excelente Liv Ullmann (ótima em Sonata de Outono e Cenas de um Casamento, ambas do mesmo diretor - ela, inclusive, chegou a ter um caso amoroso com ele). A direção de fotografia de Sven Nykvist é um dos pontos altos. Para quem ainda não viu, creio que seja um filme obrigatório. Assistam.
Me passou a impressão de ser um rascunho autobiográfico, sem muitas pretensões. Basicamente se passa num único cenário, com poucos enquadramentos e movimentos de câmera, algo que não é incomum na filmografia do diretor, mas que aqui causou certo incômodo, apesar da pouca duração.
Boa surpresa! Bons diálogos, roteiro bem construído, montagem lenta - porém adequada. James Franco, finalmente, com uma atuação que fugiu do óbvio. Creio que o filme é um prato cheio para quem gosta de ver o potencial da persuasão por meio das palavras. Interessante notar que o longa não teve a repercussão merecida.
Gostei bastante! Fotografia incrível! As últimas histórias são mais fraquinhas, mas as primeiras são muito boas! O formato do filme me lembrou um pouco o filme argentino "Relatos Selvagens".
Muito bonita a atmosfera do filme. Fotografia charmosa, direção e atuação leves, adequadas. Achei muito interessante a cena em que a Eva dá um esmalte de presente para Hannah, uma novidade da época. Creio que houve uma intenção de mostrar que um esmalte não era algo natural para se colocar nas unhas, mas às pessoas usam para ficarem mais bonitas. E, por que os pelos no corpo dela não seriam também um charme?
Caralho, que filme! Texto irretocável, com total domínio narrativo - merecidamente ganhou o Oscar de melhor roteiro. Personagens complexos, polêmicos, mas todos eles pulsantes, até mesmo as mulheres em coma. Curioso ver o vermelho, característica marcante do diretor, envolvido numa personagem toureira.
A Mão que Balança o Berço
3.7 903 Assista AgoraUm manual de furos. É preciso muita paciência para embarcar na história mirabolante de uma babá que se infiltra na casa de uma das vítimas do seu marido. Um caso que repercute e que ninguém sabe quem ela é. Suspense mal elaborado num roteiro muito fraco.
Estômago
4.2 1,6K Assista AgoraMais um filme que prova o potencial do nosso cinema! O ótimo ator João Miguel - do talentoso filme Cinema, Aspirinas e Urubus - agora é Raimundo Nonato, ou melhor, Nonato Canivete, um imigrante nordestino com tino para a culinária.Um personagem que já nos causa empatia imediata. Por meio de uma montagem paralela, a que conta a sua ascensão como cozinheiro e a que mostra o seu estado no sistema carcereiro, o filme aborda a subversão do homem diante à sociedade. Nonato é o brasileiro que consegue subir com o tempero, mas extrapola o limite com a pimenta. Amá-lo ou odiá-lo? Há de se ter estômago. Assistam ✌️
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
4.3 4,7K Assista AgoraAssisti mais uma vez e agora, pelo menos, consegui ir até o final. O longa apresenta transições incomuns, com planos abertos que caracterizam a memória do protagonista em algumas bonitas cenas românticas. Vale ver Jim Carrey, o Joel, num papel totalmente diferente das caras e bocas forçadas dos filmes de comédia. E ainda com o plus de ver a ótima Kate Winslet em cena. Pessoalmente, apesar da ideia ser interessante e nos fazer pensar, pra mim não bateu o elemento básico do cinema: a emoção verdadeira. É pouco envolvente. Creio que entra no rol de filmes que todos gostaram, menos eu. Quem sabe algum dia...
Samba
3.8 336Um filme com potencial pouco explorado Dos mesmos diretores do filme francês Intocáveis, Eric Toledano e Olivier Nakache, que foi sucesso de público e de crítica, agora eles contam a história de Samba, um imigrante do Senegal cujo objetivo é conseguir permanecer na França. O ator principal é Omar Sy - o mesmo protagonista de Intocáveis - mais uma vez presente também com um personagem carismático e boa praça. Diante do pano de fundo dos problemas que envolvem os imigrantes ilegais, ele se envolve com Alice (Charlotte Gainsbourg), uma executiva que passa por problemas pessoas, mas que faz o possível para ajudá-lo. Sem um grande conflito e um clímax que sustente o interesse pela narrativa, o percurso se apoia pelo carisma do personagem principal e dos amigos que o ajudam ao longo do caminho. Destaque para algumas referências ao Brasil, por meio do personagem de Tahar Rahim e da trilha sonora. O saldo final é um filme que aborda uma temática séria e forte de forma leve e sem grandes pretensões. Vale como puro entretenimento.
O Passado
4.0 294 Assista AgoraNão conhecia o cinema iraniano de Asghar Farhadi e o meu primeiro contato foi com "O Passado", disponível no catálogo do Telecine Play. O ritmo - por vezes lento - é absurdamente bem montado, coerente com a proposta narrativa e com a sequência dos acontecimentos. Com personagens nem um pouco maniqueístas, o diretor mostra as consequências das relações conflituosas dos adultos com a vida das crianças, que ora se mostram atônitos e ora se revoltam, criando um ambiente insólito onde o espectador também se vê sufocado diante daquela realidade. Destaque para atuação do garotinho Fouad (Elyes Aguis). Asghar tem total controle da mise-en-scènee e monta-a com muito talento e riqueza de detalhes, com representações e objetos bagunçados pela casa dos personagens que remetem ao contexto de reféns do passado. Um filme dramático, com suspense, diálogos de grande qualidade, entra no meu rol de filmes favoritos. Já quero conhecer os outros trabalhos do cineasta.
Carne Trêmula
4.0 585Um filme diferente do percurso de Almodôvar. Com uma trama rocambolesca, baseada no livro da escritora Ruth Rendell - semelhante com as obras do popular Sidney Sheldon, o thriller engata quando os personagens se entrelaçam dentro do mesmo jogo de sedução e desforra. Apesar das qualidades de sempre do diretor, tanto no controle do ritmo quanto na irretocável fotografia e na direção dos atores, o filme chama atenção pela ausência da força feminina presente em suas obras. A personagem de Francesca Néri atua como um ponto fora da curva do cineasta, pois a sua complexidade não é explorada e o percurso a leva para caminhos convencionais. Creio que por se tratar de uma adaptação literária, a atmosfera Almodóvar ficou um pouco comprometida. Vale assistir, contudo, pois o resultado é acima da média.
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraNão entendi a nota tão alta ou foi eu quem não estava muito na atmosfera do filme. Achei ele fraco e pouco empolgante.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraSenti uma forte e feliz ligação com o filme "Cenas de um Casamento", de Bergman. Scarlett Johansson lembrou até em alguns momentos a Liv Ulmann rs. Em tempos de tantos filmes inspirados em besteiróides, creio que vale uma referência ao diretor sueco. E fizeram bem feito.
Dor e Glória
4.2 619 Assista AgoraO filme tinha tudo para ser ruim ou, no máximo, uma inspiração do clássico 8/meio de Fellini. Mas não. É uma drama vivo, bonito.
Mãe Só Há Uma
3.5 408 Assista AgoraNão precisa forçar a barra pra conseguir a aceitação.
Durval Discos
3.7 336Vi “Durval Discos (2002)” pela qualidade conferida pela diretora e roteirista Anna Muylaert no filme “Que Horas Ela Volta (2015)”, o qual considero um dos melhores longas brasileiros da última década. De início, a produção chama atenção pela direção de arte, composta por adereços nostálgicos dentro de um prédio, e a composição dos personagens: Durval, um cabeludo meio esquisitão e a sua mãe, Carmita, uma senhora espevitada. Até pouco mais do segundo ato, a história parece não engrenar e o ritmo do filme chega a ser sufocante e pouco atraente. Ainda mais que a diretora faz uso de pouquíssimos enquadramentos e movimentos de câmera (a julgar pelos filmes que vi, parece ser uma marca dela). Confesso que quase desisti. Mas, a história dá um salto importante quando o conflito é exposto com o mistério que ronda uma menina que é deixada na casa de Durval por uma empregada. Ao mesmo tempo que a criança dá um novo ar àquele ambiente estrambótico, ela também revela o lado fantasioso e doentio de Carmita. O filme ganha ares de uma comédia trágica, quase noir, numa virada impressionante e coerente. Li que foi proposital. Assim como num disco, o longa foi dividido em lado A e lado B. Analogicamente, o primeiro apresenta músicas que mais vendem e são mais populares, ao passo que o segundo revela surpresas que exigirão do público a boa vontade de descobri-las. Com este tipo narrativo, a diretora constroi um filme recheado de percepções que precisam ser interpretadas nas entrelinhas, desmembrando a relação de asfixia que o Durval sentia dentro daquela casa e daquela mãe. Com uma produção simples, Anna comprova que um bom filme se faz, principalmente, com a criatividade e a qualidade do texto.
Aladdin
3.9 1,3KFilmão da Disney! Arrisco a dizer que é um dos melhores dos últimos anos. Sem erros de casting, sem exageros nas cores, figurino incrível e trilha sonora sensacional. Acredito que a tendência do live action veio para ficar na indústria, pois as as projeções até então que eu tenho visto com essa técnica estão muito boas.
Nasce Uma Estrela
4.0 2,4K Assista AgoraNem sabia que já era a quarta versão do filme. Assisti por conta do meme e me deparei com um filmão. Cumpre uma das grandes funções do cinema: emocionar.
Pokémon: Detetive Pikachu
3.5 671 Assista AgoraA história é simples, mas bem divertida. Live action ficou bem bacana. Não tem Ash e a turma de humanos já conhecida do anime, mas os novos personagens são legais. Pra quem gosta/gostava de Pokémon, recomendo demais.
A Tentação
3.5 361 Assista AgoraAcabei de assistir "A Tentação" na Netflix e sai com a sensação de que foi um puta filme conduzido de uma forma ineficiente. Muito bom a discussão do fanatismo religioso e das consequências dos próprios atos em torno do suspense de um homem que estava à beira de se jogar de um prédio. É uma proposta forte e corajosa com o risco de se tornar rasa por conta do tempo (menos de 2h). Os diálogos filosóficos, embora muitas vezes didáticos, são bons, mas faltou uma direção mais segura para torná-los mais verossímeis. A principal força do longa é conseguir dar conta de esboçar um perfil dos personagens principais, o que justifica as atitudes tomadas por eles ao longo da história. Só que ao mesmo tempo que isso foi uma qualidade do roteiro, pra mim tornou-se também pretensioso demais e prejudicou a sequência final, que é impactante, mas não é crível. Creio que vale muito assistí-lo, pois não é um grande filme, mas poderia ser e o espectador pode refletir como ele poderia ser ajustado.
Escape Room: O Jogo
3.1 754 Assista AgoraNada muito diferente do que já vimos em filmes anteriores, como, por exemplo, a franquia Jogos Mortais. Só que aqui numa versão mais leve. A ideia de misturar game e suspense ainda rendem bons plot twist. Vale como entretenimento.
Shakespeare Apaixonado
3.5 650 Assista AgoraSempre pulei este filme da minha lista por conta das inúmeras críticas negativas que já li. Há um certo "ranço" por consideraram que ele não foi digno da estatueta do Oscar de melhor filme em 1999. Pra completar, Gwyneth Paltrow, a atriz principal, levou o prêmio como melhor atriz, decepcionando a todos que torciam por Fernanda Montenegro pela sua atuação em "Central do Brasil". Pois bem, assisti hoje e a sensação que eu tenho é que o longa não merece tamanho desprezo. A montagem é eficiente, a trilha é excelente e o texto é muito bom. Achei muito bem desenvolvido misturar a história do próprio Shakespeare com o seu problema de crise de ideias com uma das suas peças mais famosas, Romeu e Julieta. Não é um filme surpreendente, mas está longe de ser ruim. Pra quem gosta de um romance leve e se interessa pela história do dramaturgo, vale a pena dar uma chance.
Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista AgoraPra quem gosta de suspense meio apocalíptico, "Um lugar silencioso" é uma boa pedida. Lembrei um pouco do livro Ensaio sobre a Cegueira, do Saramago, que também tem um filme homônimo, só que aqui, em vez da visão, o caos está no silêncio. A experiência cinematográfica foi corajosa e eficiente, pois acredito que o bom cinema, desde os primórdios, é mais visual do que audição. Assistam.
Quando Duas Mulheres Pecam
4.4 1,1K Assista AgoraRevi "Persona" (1966) , do grandioso Bergman, mais uma vez, hoje, julgando ter maturidade para analisar esta obra que é considerada uma das mais difíceis pelos críticos. Terminei tendo novas concepções, mas ainda embaralhadas. Não é uma história fácil. Assim como título sugere, creio que há de se vestir um personagem, uma máscara, para entendê-lo como quiser. Não arrisco levantar palpites agora, mas compartilho aqui a vontade de debatê-lo com algum colega da rede que já viu. Foi o primeiro papel da excelente Liv Ullmann (ótima em Sonata de Outono e Cenas de um Casamento, ambas do mesmo diretor - ela, inclusive, chegou a ter um caso amoroso com ele). A direção de fotografia de Sven Nykvist é um dos pontos altos. Para quem ainda não viu, creio que seja um filme obrigatório. Assistam.
Depois do Ensaio
3.9 19Me passou a impressão de ser um rascunho autobiográfico, sem muitas pretensões. Basicamente se passa num único cenário, com poucos enquadramentos e movimentos de câmera, algo que não é incomum na filmografia do diretor, mas que aqui causou certo incômodo, apesar da pouca duração.
A História Verdadeira
3.2 263 Assista AgoraBoa surpresa! Bons diálogos, roteiro bem construído, montagem lenta - porém adequada. James Franco, finalmente, com uma atuação que fugiu do óbvio. Creio que o filme é um prato cheio para quem gosta de ver o potencial da persuasão por meio das palavras. Interessante notar que o longa não teve a repercussão merecida.
A Balada de Buster Scruggs
3.7 534 Assista AgoraGostei bastante! Fotografia incrível! As últimas histórias são mais fraquinhas, mas as primeiras são muito boas! O formato do filme me lembrou um pouco o filme argentino "Relatos Selvagens".
A Leoa
3.6 61 Assista AgoraMuito bonita a atmosfera do filme. Fotografia charmosa, direção e atuação leves, adequadas. Achei muito interessante a cena em que a Eva dá um esmalte de presente para Hannah, uma novidade da época. Creio que houve uma intenção de mostrar que um esmalte não era algo natural para se colocar nas unhas, mas às pessoas usam para ficarem mais bonitas. E, por que os pelos no corpo dela não seriam também um charme?
Fale com Ela
4.2 1,0K Assista AgoraCaralho, que filme! Texto irretocável, com total domínio narrativo - merecidamente ganhou o Oscar de melhor roteiro. Personagens complexos, polêmicos, mas todos eles pulsantes, até mesmo as mulheres em coma. Curioso ver o vermelho, característica marcante do diretor, envolvido numa personagem toureira.