Na época que saiu a recepção da crítica pra esse filme, eu acreditava que era por ele ser pretensioso demais e ir muito diferente da abordagem dos filmes que a Marvel Studios já tinha estabelecido pra filmes de super-heróis, então apesar de me conter mais pro filme, eu ainda tava preparado pra achar o maior filme da história... mas isso não aconteceu, acabou sendo uma das maiores decepções da década pra quem gosta de super-heróis. De primeiro, ele não tem ritmo algum, corta de uma cena pra outra de uma forma muito esquizofrênica. A grande maioria das cenas desse filme são tão grandiloquente e tão melodramáticas, individualmente as cenas são legais, mas não se costuram bem entre si porque o filme é tão obcecado nessa grandiloquência que ele não tem nem espaço pra respirar, não tem espaço pros personagens apenas serem eles mesmo e mostrar sua humanidade. Cena hiperdramáticas, slowmotion, sonho e alucinações (de personagens que não são malucos). Superman é só um objeto e arquétipo e não uma pessoa, ele é um objeto pra mover a trama pros outros personagens (em especial Batman e Luthor), ele está sobreposto pelo Batman e do nada resolvem que tem que ser sobre ele o filme pra virar 'A Morte do Superman', e acaba não tendo impacto algum, pois não teve investimento com ele durante o filme, em nenhum momento teve urgência e foi trabalhado com humanidade. Batman mata a torto e a direito e nem se menciona nada sobre isso, sendo isso um ponto chave do personagem, o que impede o Batman de ser um vilão ou anti-heroi, e aqui ele é o vilão, um personagem inconsequente cuja a motivação é enfiar uma lança de Krypitonita no Superman. O fator cool do Batman está bem realçado aqui, ele luta de forma exagerada, agressiva e gráfica, o que pode ter sido o motivo de muitos terem gostado do personagem dele (que lástima), uma fantasia de poder que faz o que quer sem consequência e reflexão. Mulher-Maravilha tá completamente deslocada no filme e só foi mostrado ela na ação basicamente. Lex Luthor é o maior retardo juvenil vilanesco em tempos, nada que ele diz ou faz faz sentido praticamente. O problema do filme no geral não é que ele opta ir pra um tom mais sombrio e pretensioso, mas sim porque esse tom e essa história não é bem executada, tem muito primor estético e de fetiche, o que tem tudo a ver com quadrinhos se bem feito. Mas Zack Snyder quer se legitimar tanto que tenta injetar o máximo de testosterona possível e trazer essa grandiosidade vazia pra dizer como o filme é adulto. Tem muito mais problemas que eu acho que tem nesse filme, mas em resumo ele é completamente problemático com um potencial enorme, no qual hoje em dia eu até admiro a ambição dele de tentar ser essa epicidade dramática insana dentro de seu próprio mundinho, mas isso não quer dizer que ele seja uma obra incompreendida, não mesmo.
Tudo que eu esperaria de um filme do Quarteto Fantástico foi feito meio que o oposto aqui, no qual eles quiseram implementar o tom 'dark and realistic' com adolescentes que não têm química alguma, pra se distanciar ao máximo dos filmes anteriores do Quarteto. Mas o pior, é que eles não tem quase relação nenhuma, cada um tem tramas solos que não servem pra nada, e isso só impede que eles estejam juntos ao longo do filme como equipe, e serem desenvolvidos entre si ou só juntos se relacionando e sendo o QUARTETO FANTÁSTICO, só nos últimos 20 segundos do filme isso acontece, e isso tá muito errado. O Reed e o Ben acabam sendo os únicos bem entre si, e isso só acontece mais no primeiro ato do filme, porque depois do salto no tempo no segundo ato, o filme vai pra PQP e vira uma zona. Johnny e Sue nem parecem irmãos, Reed e Sue parecem quererem construir algo interessante dela ignorar ele e ser meio fria, mas isso não dá em nada no final das contas e ela só acaba não tendo personalidade mesmo. No meu ápice de chutar cachorro morto, o roteiro é cheio de conveniências ridículas, a maneira que eles se encontram não é orgânica e tem sentido, os personagens são exploradores do desconhecido mais burros que existem, tudo que acontece no filme é culpa do Reed Richards basicamente. O Doutor Destino é basicamente um hipster mega chato que não tem propósito nenhum e mata pessoas simplesmente. E ainda usam o artificio que já é clichê, do governo quererem usarem eles como arma, e torna isso ainda mais sem sentido. Caramba, eu não acredito que tenha sido tão difícil fazer um filme bom do Quarteto Fantástico.
Partindo do fato de quererem um Homem-Formiga mais único aqui, por isso não é com o Homem-Formiga original e sim o Scott Lang, e a Janet Van Dyne está morta no filme, o que eu achei estranhíssimo na época. Eles trabalham com sinceridade todo o laço afetivo do protagonista, e isso é sempre um ponto válido. O vilão é totalmente nada demais mas o Coley Stoll traz uma atuação divertida sabendo o quão clichezão ele é. O filme é completamente decente, ele sabe executar com sua escala menor e sem tanta ambição, poderia ser um pouco mais inventivo e explorar mais coisas, e já apresentar logo de cara a nova Vespa, mas ainda assim consegue agradar.
Pra alguém que achou Homem-Aranha: De Volta ao Lar um filme bacaninha e agradável, obviamente divertido, tem uma abordagem charmosa mas sem muita profundidade no arco... recebi exatamente a mesma coisa aqui. A direção desses novos filmes do Aranha deixam muito a desejar. Por fazer o maior esforço pra ser um filme divertido e descontraído, acaba faltando profundidade nos temas que eles abordam, e principalmente no que faz o Homem-Aranha ser um personagem tão identificável, você não entende o personagem, ele não tem força dentro da sua própria história e não tem comprometimento em querer assumir responsabilidades, que é simplesmente o mantra do personagem. A direção tá dedicada em o filme ser apenas um filme teen, onde ser adolescente é só uma coisa engraçadinha, divertida e boboca e não entende a complexidade disso tudo e quanto é díficil e doloroso. E a ausência de uma bússola moral pro Peter (Tio Ben) sabotou o personagem, daí a motivação dele sempre acaba ligado ao Homem de Ferro e etc. Que falando nisso, me incomodou ainda mais do que no filme anterior, o filme deixa claro o tempo todo que o melhor que o Peter Parker pode ser, é ser a pessoa que será o próximo Tony Stark, e isso me incomodou profundamente. Já no início do filme eu me decepcionei na maneira como ele iria aprofundar a trama, de forma irônica e debochada como tudo relacionado a adolescente, que embora isoladamente seja muito engraçada, dentro do contexto é bem deslocado, principalmente depois do cataclisma flagelante de Vingadores: Ultimato, onde se esperava ao menos resultados efetivos disso na vida dos personagens. A relação do Peter com MJ é bem agradável, MJ é uma personagem carismática, mas para por ai, pois o filme não tá muito interessado em construir algo á mais envolvendo o romance dos dois e cortam de subtema rapídamente. Tia May ainda continua sendo um pachiche da tia atraente e nada mais. Mas por outro lado, o Mysterio tá simplesmente fantástico, ele é o mesmo personagem afetado e Showman dos quadrinhos e a caracterização dele é adaptada de forma bem congruente e atualizada, e o que dizer do design né, LINDIMAIS. A motivação dele é bem aceitável e sacado, mas o motivo achei bem genérico dentro do MCU, que eu realmente espero que seja o último. Outro filme divertido e decente mas sem honestidade com o personagem e pouca vontade de fazer um filme divertido engraçado, porém de forma sincera e madura, e com "maduro" não quero dizer "adulto". Mas me deixa muito empolgado sobre uma coisa para o próximo filme... qual a próxima relação com "casa, lar" o título do próximo filme terá?
É sério que teve gente realmente puta por não ter multiverso no filme? Parece que não vai ter um cotorcionismo tétrico pra justificar de onde o Mysterio veio, e como X-men e Quarteto Fantástico poderiam entrar no MCU pra fazerem os fãs que se acham os especialistas em cronologia se acharem os fodões KKKKKKKKKK
Toy Story: Uma quadrilogia sobre o existencialismo religioso de um homem e como ele aceita a liberdade em um mundo pós-Deus. Parece viagem mas apesar do filme não ser tão bom em contar uma nova história para aqueles personagens depois de um ciclo perfeito, a espinha dorsal da franquia tá ali. Porque a princípio é exatamente aquilo que eu já esperava: um filme que mudaria o status quo dos brinquedos, teria uma abordagem emocional forte, e acreditem, eu chorei mais do que eu esperava, minha relação com a franquia é muito grande e a Pixar sabe disso. Que por falar nela, com certeza não estava tão empolgada assim pra fazer esse filme, até porque a existência dele não é tão necessária e o motivo de ter é que a Disney meteu a louco pra sequência de uma franquia que todo mundo ama pra capitalizar na nostalgia, de novo, mas também não diria que é irrelevante. Os personagens coadjuvantes clássicos tão bem apagados nesse filme, e isso me deixou incomodado, porém um novo núcleo é bem interessante e ajudam muito na construção do subtexto do filme no geral. Eu diria que não deveria existir mais filmes do Toy Story, mas sou completamente aberto a Spin-Offs, mesmo que continuem como curtas, até porque eu nunca vou me cansar de Toy Story e acho que é uma franquia que tem muito a se explorar ainda.
Pra uma franquia incrivelmente popular, que conseguiu se moldar e se transformar em uma grande saga no cinema que repercutiu por anos - enquanto outras do gênero na época ou fracassavam ou eram interrompidas e rebootadas - e que cativou e fomentou a conexão de muitos fãs (eu incluso), Fênix Negra é totalmente aquém desse legado, é assistível mas totalmente irrelevante dentro seu universo. O erro do filme já vem desde sua confirmação. Pessoalmente, a história ‘A Saga da Fênix Negra’ é pivotal para a evolução emocional da equipe, mas não acho uma história tão incrível em relação ao fundamento da equipe ao ponto de ter sua adaptação repetida (considerando que O Confronto Final tem resquícios pontuais dela). Alterar uma história grandiosa é muito menos danoso do que repeti-lá, e falhar novamente. O filme já traz alguns problemas que viam desde 'X-men: Apocalypse' sem total conexão com os acontecimentos dos anteriores, não explicando como Jean Grey acessou a Fênix sem ainda não ter tido contato com a mesma, que embora tenha sido uma cena legal no filme interior, é totalmente inexplicado e conduzido apenas como artifício pra trama e não um personagem em si, e também o fato de se passar uma década depois que é irrelevante. É bem impressionante o quanto a escala do filme é pequena em relação a história que eles tentam contar, o que acaba sendo decepcionante de certa forma, por que não funciona. Trazem cenas muito bem feitas de poderes e efeitos para justificar o motivo da história estar em uma tela grande. Em relação aos personagens, definitivamente esse ainda é um filme de desenvolvimento de Xavier/Mística/Magneto dessa nova equipe. Por anos vínhamos esperando que os X-men como um todo fosse muito bem construídos, suas relações, que é o motivo da equipe funcionar tão bem e ser tão querida. Eles entregam boas relações na primeira fase da franquia na primeira trilogia, mas ainda tinha desequilíbrio de protagonismo o que pesava no geral, e isso é potenciado aqui, deixando personagens como a Tempestade, aparecer sempre que conveniente e nada mais - a propósito ela deve ter ficado inconsciente umas quatro vezes aqui - chega a ser desrespeitoso com a personagem, que originalmente é uma das principais da equipe. Mística não parece a Mística, não age como a Mística, e mal tem elementos mais icônicos acentuados, é basicamente uma Moira MacTaggert loira, nem seus poderes são usados. Você sente que os roteiristas e os diretores não tem noção básica desses personagens. Noturno, tem poucas cenas de destaque e sua abordagem foi apenas de um mutante que pode invocar um demônio á tona (o que é totalmente deturpado do personagem). E Ciclope, bem, é o mesmo de sempre, com um romance com pouca conexão que faça você sentir empatia, e longe de ser o membro primordial. A abordagem dos alunos surfarem em uma enorme popularidade é uma idéia interessante. Aliás a adulação aos mutantes e a discussão ética são bons pontos, mas bem pouco explorados, quando se aprofunda (ou ao menos se tenta) o alvo é errado, voltado para o Professor X, o que não faz sentido. Isso devido ao roteiro precário que envolve esses personagens. A vilã foi tragável mas sem grandes conflitos, e os outros eram totalmente vagos ao qual você nem entende quais são seus poderes, se tornam apenas bonecos para os mutantes meterem porrada no final. Jean Grey não é só uma personagem feminina emocionalmente problemática aqui, que é a base da personagem e uma abordagem tão clichê na ficção, com a atuação da Sophie Turner você consegue entender o que se passa na cabeça dela em meio ao caos, embora a construção do conflito da personagem seja bastante superficial e se limita só ficar pistola e destruir geral desnecessariamente. Seus poderes são bem explorados. Aliás as melhores cenas de ação são envolvendo os poderes nível deus da Jean Grey, o restante atende ao padrão. A trilha sonora é algo muito bem colocado aqui e é muito boa, mas não tão marcante quanto os outros filmes da franquia. No geral nada nesse filme é tão marcante, é esquecível e dispensável. os atores dão o seu melhor mas o roteiro não os favorece, e fica na faixa do medíocre sendo um bom filme de assistir e passar o tempo, mas bem abaixo do desejável.
Se em 'Godzilla (2014)' os personagens tinham bastante tempo de tela mas a trama era arrastada e maçante demais pra uma conclusão que já sabíamos que iria acontecer, e 'Kong: A Ilha da Caveira' tinha um bom ritmo e cenas impressionantes mas personagens completamente descartáveis e apáticos. Esse filme consegue ser o intermediário dos dois nesses quesitos e sendo melhor que ambos. Aqui tem também personagens descartáveis e mal utilizados, onde suas falas são expositivas ou para os poucos alívios cômicos que não funcionam, mas são personagens secundários. Os protagonistas de fato, tem tramas bem interessantes e não tão rasas quanto esperaríamos em filmes desse tipo. Embora a motivação pra um dos personagens fosse tão utópico que soou sem sentido. Mas o que importa mesmo aqui é o elenco colossal dos Kaijus, ou Titãs (que ocidentalização de nome mais clichê). Aliás, eles poderiam facilmente cortar mais cenas dos personagens humanos e focar ainda mais nos monstros. Não tem nada que não satisfaça em suas aparições. as lutas são antológicas e os designs e efeitos dos monstros estão belíssimos, todas as cenas envolvendo eles são um primor. Godzilla, Mothra, Ghidorah, Rodan, uma apresentação melhor que a outra e características bem acentuadas em cada um que te faz querer escolher um favorito (Mothra sempre). E o filme dá um belo passo em estabelecer uma mitologia e subtexto aos monstros Kaiju que te deixa muito interessado para o que vem a seguir nessa expansão toda. Ou seja, ele cumpre de forma aceitável o que se espera de um filme desse tipo de uma maneira bem feita, não chega a ser um filme de roteiro excelente, mas é totalmente satisfatório, e é isso que importa afinal.
Esse filme tem uma ideia muito interessante e criativa com personagens muito carismáticos e marcantes. É humor pastelão quando tem que ser, é honesto emocionalmente quando tem que ser, tudo isso amarrado numa narrativa irônica e debochada com esse tipo de história. Não é uma das animação mais profundas e de melhor roteiro mas é realmente divertida. O maior problema dele é a animação que é de qualidade bem duvidosa (pra dizer o minimo) as vezes até te incomoda mas não ao ponto de te tirar da história. Mas isso acabou dando uma autenticidade ao filme, que já é muito debochado e combinou. É divertido, cínico o suficiente ao ponto de não se tornar datado com suas referências, e definitivamente marcou minha infância.
Mais um filme animado da Illumination que serve de ótimo comercial e nada mais. Toda a mensagem de como corporações destroem a natureza do filme é comodificada sem dó. O protagonista devia ser um vilão trágico que foi consumido pelo industrialismo violento, cujo seu rosto nunca é mostrado justamente pra representar a soberba humana. Mas como isso não é apelativo o suficiente, aqui ele não só tem um rosto, como também é um adolescente hipster de chapéu e violão cantando rock genérico pra demonstrar o quanto o filme é descolado (tem como ser mais gado que isso? Não, não tem). Alguém achou que poderia replicar o que a Disney faz com suas animações no que diz respeito a músicas. E com 1 hora de filme, eles lembraram que tinham uma história pra contar e apressaram com tudo. No fim, a maior preocupação do filme é decidir quais dos animaizinhos serão os novos minions, fazendo coisas absurdas no filme por razão nenhuma além de vender bonecos. Na boa, esse filme beira o mau caratismo de desrespeito e cinismo com a história, e desrespeito com as crianças também, non sense da P*rr@.
Mudando as adaptações das obras do Doctor Seuss pra animação, temos esse filme. A boa notícia é que um filme bem melhor que O Lorax, mas isso não quer dizer muita coisa, pois ele tá tentando ser uma animação menos interessante da DreamWorks e não respeitando o tom da obra original. Esse Horton é simplesmente uma mala sem alça. que tá mais preocupado em achar a próxima piada sem graça o mais rápido possível e quanto tu menos espera ele começa a rebolar a bunda na sua cara, ou ter uma fantasia em que ele é um... personagem de anime...Mais uma animação medíocre que não traz nada demais ao legado em prol de fórmulas comercias. Mas ainda é mais ou menos inofensivo.
Simplesmente, o melhor e o pior desse filme é representado pelo Jim Carrey. Pra todo momento que ele atua fantasticamente sobre uma tonelada de maquiagem, com uma fisicalidade singular e construção de personagem memorável, ele estraga com uma piada ruim de cultura pop deslocada. O filme não sabe se segue uma linha de sarcasmo ou lúdico, o que dá a impressão de ser mais cínico do que sincero com suas mensagens. Mas tenho que admitir, esse era um dos filmes que eu mais me tentava a assistir em época de natal na infância, e sigo isso até hoje.
Levando em conta a suspensão da descrença dentro desse universo e seus erros, fora toda ambientação típica de filme asiático e personagens agindo de forma estúpida, o filme até consegue satisfazer em contar um terror trash de ficção. É impressionante como filmes do continente asiático são um espetáculo de subversão de expectativas, eles tentam fugir de todos os clichês possíveis de uma forma bizarra.
Eles tinham um plot de viagens temporais que embora saturado, dava pra explorar bastante o universo já conhecido da DC, mas os personagens são bem pouco usados e jogam todo o protagonismo em cima de personagens desconhecidos, que por sua vez não foram muito bem explorados também, é um filme assistível, tem design de personagens legais mas não tem muito mais o que apresentar.
Nem sempre as pessoas produzem algo bom, não é mesmo Sir Peter Jackson? (cineasta cujo produziu um dos meus filmes favoritos de todos "King Kong"). A princípio parece uma história interessante, cheio de elementos peculiares que parecem serem tiradas diretamente de fábulas inglesas. Mas na verdade o filme é parcialmente vazio, em momento algum os personagens e seus dramas te cativam, tem elementos muito bons mas de nada adianta se o filme não tem o coração por traz pra conduzi-lo. Fizeram tudo as pressas pra chegarem logo em um "clímax" grandioso e cheio de porrada. Tanto é que eu nem percebi que o filme tinha acabado pela falta de imersão. Deveras decepcionante.
É impressionante o quão o filme soube aproveitar TODA sua bagagem, storyline e apego emocional pra encerrar a a franquia (saga). "O que o torna intocável" no que diz respeito a formas que poderia ser melhor executado, já que é como se revisitassem todos os elementos dos filmes anteriores, incluindo Vingadores: Guerra Infinita. O que faz com que o filme consiga ser bastante previsível, e surpreendente ao mesmo tempo. Subverte as surpresas, até serem tudo aquilo que esperávamos, e os pontos previsíveis, até serem aquilo que nos pegou desprevenidos. O fato é que o filme foi alientado como um ápice de hype de pessoas que tiveram que assistir uma porrada de filmes para tal, não para entende-lo, efetivamente, mas sim porque todos os filmes tinham suas tramas basicamente apontadas pra esse, uma ponte derivativa. Então criticar a incoerência e mal execução vai ser de minimo diante todo o sentimento de engajamento envolvido. Foi uma reciclagem, cada elemento que eles amarraram a trama nos remete á algo já visto. E a narrativa é completamente composta de referências a outras narrativas dos filmes que já são muito parecidas, deixando um filme como uma grande repassagem pelas histórias da Marvel do que uma conclusão para as histórias. Mas o problema que mais incomoda, é que todo esse ápice do que são os filmes da Marvel Studios, tornou também evidente ponto que me incomodaram, como o tom. Em certos momentos eu até me perdia sobre o que estava acontecendo e propósito dos personagens, por conta de uma montanha-russa exagerada de tom, a mesclagem do humor, drama, ação, épico e poético,a passagem de um para o outro não ficou orgânica. Foca bastante no lado emocional e psicológico de cada um, mas por esses motivos citados anteriormente, acabou não sendo sincero pois ao mesmo tempo o filme parecer querer deixar tão claro que é o final, que acaba ficando forçado. Acho que eles "concluíram" esses anos da forma mais aventuresca e alegórica de si mesmo, sem sem preocupar muito com desenvolvimento, o tornando um marco como muitos filmes na linha de filmes Jurassic Park e De Volta Para o Futuro e se era isso a intenção, funcionou...
Não foge do entretenimento barato, do básico que é o bem triunfando sobre o mal, sem qualquer perda, e de como Batman é 'too much' no que diz respeito a seu preparo e bagagem heroica. Cansativo e pouco envolvente em alguns momentos, o longa animado meramente diverte momentaneamente, sem gerar boas memórias ou incitar profundos questionamentos sobre a natureza e relação desses heróis. Desperdiçaram um premissa, mas ainda consegue entreter.
Primeiramente já digo: Não confie nesse título, ele é uma mentira! Batman e Superman estão aqui, mas a história não tem nada a ver com os dois. A história é feita com bastante simplicidade e até bastante emergência, parece que eles queriam apressar tudo logo pro grande ápice do filme, o que deu um senso de corrido. Mas o filme é bem cativante, tanto pelo visual e animação que tá excelente, quanto as cenas de ação que é uma das mais bem produzidas em animações. A maturidade dessa animação também permite uma dose de violência bem vinda. Do segundo ato em diante, o filme vira um espetáculo de fodacidade no que tange a ação. Mas os personagens não estão adaptados em sua melhor forma, o que dão furos até mesmo no roteiro. Por exemplo, a manipulação óbvia e exagerada do Superman (que está bem antipático aqui) em relação a Kara e o que ele acha que é certo, onde ela mal tem tempo de ser aprofundada antes ser mentalmente manipulada, a personagem merecia mais. E também a cena onde a Mulher-Maravilha aparece, onde ela alega que Kara é um perigo iminente e deve ser levada pra Themyscera por ter destruído uma praça, sendo que, ela só fez aquilo porque estava tentando se defender da Diana, que chegou igual uma bruta sem ao menos dialogar. Essa é uma das animações com mais destaque feminino aqui, por isso eu acho que o título e o pôster são bem desonesto nesse sentido, tem a Supergirl mas ela tá irreconhecível. Aparece a Vovó Bondade e as Fúrias aqui, e estão ótimas quando aparecem, mas é muito pouco e mal tiveram destaque. Resumindo, é um ótimo entretimento visual, a ação e design são estarrecedores, mas a história é bastante apressada e um pouca vaga.
Uma história sublime e serena, que encapsula todos os elementos de mais valores de Superman e todo seu núcleo. Baseado na HQ definitiva de legado do Superman, o filme trata toda a história de forma resumida, mas que aborda de forma eficiente, consegue nos passar toda a essência do material original, pegando os pontos chave da trama e os traduzindo para uma outra mídia de forma bonita e funcional.. A história retrata como o herói encara a morte e, embora ele seja um alienígena, o jeito com que o personagem lida com o fato de estar morrendo é extremamente humano, porque em sua essência ele é um humano, um super humano. É uma espécie de lição de como nós mesmos devemos lidar com a nossa própria mortalidade. A sociedade tente a descartar o velho que uma vez foi de muita importância em busca de algo novo, pois o velho é relacionado ao inútil, pior ou quebrado. Mas descartar o velho para dar lugar ao novo pode ser bem complicado, principalmente quando temos que achar algo que seja tão valioso ou tão eficaz quanto aquilo que tínhamos. As motivações finalmente foram mais clara e também profunda. Aqui, Lex não é apenas um vilão decidido a destruir o mundo ou executar algum plano maluco, ele é retratado como uma resposta direta ao próprio Superman e o que ele representa. O relacionamento dos dois é tão bem construído, que seu grande embate chegar a ter um grande significado além do que o físico. E isso nos leva a um dos finais mais bonitos dos super-heróis. 'Grandes Astros: Superman' é sereno, calmo, quase tocando a linha da monotonia para aqueles ávidos por ação, mas é belo e profundo, presenteando os fãs de super-heróis com uma ótima animação e, ao mesmo tempo, passando conceitos sobre aceitação e mortalidade, que podem ser levados para a vida toda.
A animação é desenvolvida de forma muito coerente e bem amarrada. O texto apresenta o que há de melhor no Batman, isso incluindo toda sua mitologia que envolve seus pupilos e a Batfamília, que é uma de suas principais características e uma das mais interessantes. O enredo é bastante violento, pois foge aos padrões anteriores da 'Warner Bros. Animation', entregando cenas com sangue e assassinatos. Contudo, a abordagem não poderia ser diferente, já que as próprias personalidades do Coringa e do Capuz remetem a uma narrativa mais adulta e tensa. A edição dá muito dinamismo às lutas, que são recheadas de elementos, como saltos, golpes e uso de armas. O roteiro é bastante redondo e a animação gráfica é muito bem feita e revisita a história de forma mais instigante para seu público-alvo de modo que não os enxergue como acéfalos, é totalmente um filme pra ser visto, sendo fã do Batman ou não.
A animação serve como uma representação de um interlúdio entre as séries animadas Liga da Justiça e Liga da Justiça Sem Limites, mas se sustentando por si só em seu próprio universo isolado, tendo elementos mais inspirados e maior originalidade, pegando como muito inspiração coisas da história dos quadrinhos também. O roteiro é bastante coeso e tem diálogos interessantes, mas os personagens convencionais da equipe são meio deixado de lado pra desenvolver outros elementos. É inserido na trama inclusive, um relacionamento amoroso deslocado entre o Caçador de Marte e a filha do "Slade Wilson" que destoou bastante do resto e poderia ser facilmente retirado. O Sindicato do Crime serve muito bem a proposta de serem vilões sádicos de outro universo, O Homem-Coruja é um objetivista maluco o suficiente pra querer destruir todo o multiverso pra impor sua verdade das falhas que existem nele. É muito interessante notar traços de características dos personagens desse outro universo e associar com personagens que já conhecemos. É diversão fácil pra quem gosta da DC ou só quer um bom entretenimento mesmo.
A relação entre o Batman e Superman é bastante atrativa e feita de forma interessante, mas a trama é um pouco superficial em vista da temática, e no fim só serviu pra destacar o quanto Batman e Superman são dois personagens enormes que podem fazer qualquer coisa, e o quanto o Batman é preparado e tem prevenção pra literalmente tudo. Os confrontos soaram bastante forçados, a ponto que ambos vencem seus oponentes com a maior facilidade, deixando muitos personagens só como cenário. Fora o traço da animação que é bastante destoante, é colorida e infantilizada e os personagens tem fisionomia bombada. Poderosa parece que saiu do desenho da Polly Pocket e possui um físico apelativo que arranca piadas dentro do próprio filme. No fim, é só um filme pra vender em cima da marca que é os dos maiores heróis da DC.
A animação possui traços de acordo como eram desenhados os personagens nos anos 50 e é um verdadeiro presente para os fãs da DC, mas também pode ser apreciada pelo público geral – a história tem começo e fim (não precisamos esperar pela continuação para entender tudo). Há bastante ação, mas não apenas isso, e o comentário político – a crítica à paranoia com a Guerra Fria – deixa a trama mais interessante.Porém o ápice (luta final) ficou um pouco genérica e agitada, destoando do restante do filme que é mais circunspecto. O protagonismo maior de outros heróis como o Lanterna Verde, foi algo bastante interessante. É um filme divertido e palatável pra todo tipo de público.
OS personagens são bem carismáticos e tem relações bastante cativantes entre si, o que o acaba tornando bem dinâmico, engraçado, e divertido. Mas peca em apresentar um conflito e vilões interessante. A motivação do vilão é rasa, não tem muito desenvolvimento e ele acaba sendo uma pessoa má e desvirtuosa gratuitamente, e tudo relacionado soa genérico, mas que não chega a prejudicar o filme como um todo, outros elementos são postos de forma bem evidente que acaba dando forma ao propósito do filme. Algumas horas força demais no humor e leveza ao ponto de destoar o lado "Shazam" do herói e seu lado Billy Batson, que esse último é mostrado ser bem carrancudo e sua forma super-heroica parece aflorar seu lado mais ingênuo e empolgado. Mas a leveza e lado humano da história o tornou tematicamente autêntico e bem cativante, contrapondo qualquer decepção em potencial sobre não ser um filme tão mitologicamente rico, não é nada grandioso mas é muito competente e sincero com sua proposta. Obs: O postêr principal (ao menos aqui no Filmow) realmente conta com o selo de aprovação do Rotten Tomatoes estampado nele? Sério?
Pensando seriamente que japoneses produzirem filmes ou séries baseado em personagens norte-americanos e vice-versa, são coisas que não funcionam. Não que não seja possível fazer algo bom disso e que o conceito não seja interessante, mas o resultado raramente dá certo, são linguagens completamente diferentes (onde a de animes particularmente não me atrai) o que pode deixar os personagens deturpados ou fora de tom. Primeiro que eles fazem uma história completamente diferente e pouco inspirado nos quadrinhos com dois personagens que nunca tiveram uma interação muito grande. Até aí ok, mas a personalidade deles acaba destoando, principalmente da Viúva Negra que tá boa parte do tempo sendo kawaii e empolgada ou fazendo cara de sofrimento, e Justiceiro só falta vencer o Hulk em combate de tão poser em ser fodão. Ambos com motivações fraquíssimas de interação e abordagens exageradas. E por falar em motivação fraca: o vilão é simplesmente bisonho - personagem esse que nem existe na Marvel - a motivação dele é basicamente ser o cara mais inseguro da Terra com problemas amorosos e isso ignorando o fato dele ser um alto cientista. A relação dele com a Natasha é tosca e não funciona, e transformaram todo arco dela nisso. O traço é bem típico, mas a produção das cenas e movimentação deixa bem mais evidente coisas que eu não curto em animes, principalmente em cenas de ação, 10% do filme é a Viúva Negra no ar dando um pontapé (isso fora a sexualização). No mais, é uma história fraca com personagens de HQ que foi só pra entrar na onda dos Vingadores e sem tanta inspiração.
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 4,9K Assista AgoraNa época que saiu a recepção da crítica pra esse filme, eu acreditava que era por ele ser pretensioso demais e ir muito diferente da abordagem dos filmes que a Marvel Studios já tinha estabelecido pra filmes de super-heróis, então apesar de me conter mais pro filme, eu ainda tava preparado pra achar o maior filme da história... mas isso não aconteceu, acabou sendo uma das maiores decepções da década pra quem gosta de super-heróis. De primeiro, ele não tem ritmo algum, corta de uma cena pra outra de uma forma muito esquizofrênica. A grande maioria das cenas desse filme são tão grandiloquente e tão melodramáticas, individualmente as cenas são legais, mas não se costuram bem entre si porque o filme é tão obcecado nessa grandiloquência que ele não tem nem espaço pra respirar, não tem espaço pros personagens apenas serem eles mesmo e mostrar sua humanidade. Cena hiperdramáticas, slowmotion, sonho e alucinações (de personagens que não são malucos). Superman é só um objeto e arquétipo e não uma pessoa, ele é um objeto pra mover a trama pros outros personagens (em especial Batman e Luthor), ele está sobreposto pelo Batman e do nada resolvem que tem que ser sobre ele o filme pra virar 'A Morte do Superman', e acaba não tendo impacto algum, pois não teve investimento com ele durante o filme, em nenhum momento teve urgência e foi trabalhado com humanidade. Batman mata a torto e a direito e nem se menciona nada sobre isso, sendo isso um ponto chave do personagem, o que impede o Batman de ser um vilão ou anti-heroi, e aqui ele é o vilão, um personagem inconsequente cuja a motivação é enfiar uma lança de Krypitonita no Superman. O fator cool do Batman está bem realçado aqui, ele luta de forma exagerada, agressiva e gráfica, o que pode ter sido o motivo de muitos terem gostado do personagem dele (que lástima), uma fantasia de poder que faz o que quer sem consequência e reflexão. Mulher-Maravilha tá completamente deslocada no filme e só foi mostrado ela na ação basicamente. Lex Luthor é o maior retardo juvenil vilanesco em tempos, nada que ele diz ou faz faz sentido praticamente. O problema do filme no geral não é que ele opta ir pra um tom mais sombrio e pretensioso, mas sim porque esse tom e essa história não é bem executada, tem muito primor estético e de fetiche, o que tem tudo a ver com quadrinhos se bem feito. Mas Zack Snyder quer se legitimar tanto que tenta injetar o máximo de testosterona possível e trazer essa grandiosidade vazia pra dizer como o filme é adulto. Tem muito mais problemas que eu acho que tem nesse filme, mas em resumo ele é completamente problemático com um potencial enorme, no qual hoje em dia eu até admiro a ambição dele de tentar ser essa epicidade dramática insana dentro de seu próprio mundinho, mas isso não quer dizer que ele seja uma obra incompreendida, não mesmo.
Quarteto Fantástico
2.2 1,7K Assista AgoraTudo que eu esperaria de um filme do Quarteto Fantástico foi feito meio que o oposto aqui, no qual eles quiseram implementar o tom 'dark and realistic' com adolescentes que não têm química alguma, pra se distanciar ao máximo dos filmes anteriores do Quarteto. Mas o pior, é que eles não tem quase relação nenhuma, cada um tem tramas solos que não servem pra nada, e isso só impede que eles estejam juntos ao longo do filme como equipe, e serem desenvolvidos entre si ou só juntos se relacionando e sendo o QUARTETO FANTÁSTICO, só nos últimos 20 segundos do filme isso acontece, e isso tá muito errado. O Reed e o Ben acabam sendo os únicos bem entre si, e isso só acontece mais no primeiro ato do filme, porque depois do salto no tempo no segundo ato, o filme vai pra PQP e vira uma zona. Johnny e Sue nem parecem irmãos, Reed e Sue parecem quererem construir algo interessante dela ignorar ele e ser meio fria, mas isso não dá em nada no final das contas e ela só acaba não tendo personalidade mesmo. No meu ápice de chutar cachorro morto, o roteiro é cheio de conveniências ridículas, a maneira que eles se encontram não é orgânica e tem sentido, os personagens são exploradores do desconhecido mais burros que existem, tudo que acontece no filme é culpa do Reed Richards basicamente. O Doutor Destino é basicamente um hipster mega chato que não tem propósito nenhum e mata pessoas simplesmente. E ainda usam o artificio que já é clichê, do governo quererem usarem eles como arma, e torna isso ainda mais sem sentido. Caramba, eu não acredito que tenha sido tão difícil fazer um filme bom do Quarteto Fantástico.
Homem-Formiga
3.7 2,0K Assista AgoraPartindo do fato de quererem um Homem-Formiga mais único aqui, por isso não é com o Homem-Formiga original e sim o Scott Lang, e a Janet Van Dyne está morta no filme, o que eu achei estranhíssimo na época. Eles trabalham com sinceridade todo o laço afetivo do protagonista, e isso é sempre um ponto válido. O vilão é totalmente nada demais mas o Coley Stoll traz uma atuação divertida sabendo o quão clichezão ele é. O filme é completamente decente, ele sabe executar com sua escala menor e sem tanta ambição, poderia ser um pouco mais inventivo e explorar mais coisas, e já apresentar logo de cara a nova Vespa, mas ainda assim consegue agradar.
Homem-Aranha: Longe de Casa
3.6 1,3K Assista AgoraPra alguém que achou Homem-Aranha: De Volta ao Lar um filme bacaninha e agradável, obviamente divertido, tem uma abordagem charmosa mas sem muita profundidade no arco... recebi exatamente a mesma coisa aqui. A direção desses novos filmes do Aranha deixam muito a desejar. Por fazer o maior esforço pra ser um filme divertido e descontraído, acaba faltando profundidade nos temas que eles abordam, e principalmente no que faz o Homem-Aranha ser um personagem tão identificável, você não entende o personagem, ele não tem força dentro da sua própria história e não tem comprometimento em querer assumir responsabilidades, que é simplesmente o mantra do personagem. A direção tá dedicada em o filme ser apenas um filme teen, onde ser adolescente é só uma coisa engraçadinha, divertida e boboca e não entende a complexidade disso tudo e quanto é díficil e doloroso. E a ausência de uma bússola moral pro Peter (Tio Ben) sabotou o personagem, daí a motivação dele sempre acaba ligado ao Homem de Ferro e etc. Que falando nisso, me incomodou ainda mais do que no filme anterior, o filme deixa claro o tempo todo que o melhor que o Peter Parker pode ser, é ser a pessoa que será o próximo Tony Stark, e isso me incomodou profundamente. Já no início do filme eu me decepcionei na maneira como ele iria aprofundar a trama, de forma irônica e debochada como tudo relacionado a adolescente, que embora isoladamente seja muito engraçada, dentro do contexto é bem deslocado, principalmente depois do cataclisma flagelante de Vingadores: Ultimato, onde se esperava ao menos resultados efetivos disso na vida dos personagens. A relação do Peter com MJ é bem agradável, MJ é uma personagem carismática, mas para por ai, pois o filme não tá muito interessado em construir algo á mais envolvendo o romance dos dois e cortam de subtema rapídamente. Tia May ainda continua sendo um pachiche da tia atraente e nada mais. Mas por outro lado, o Mysterio tá simplesmente fantástico, ele é o mesmo personagem afetado e Showman dos quadrinhos e a caracterização dele é adaptada de forma bem congruente e atualizada, e o que dizer do design né, LINDIMAIS. A motivação dele é bem aceitável e sacado, mas o motivo achei bem genérico dentro do MCU, que eu realmente espero que seja o último. Outro filme divertido e decente mas sem honestidade com o personagem e pouca vontade de fazer um filme divertido engraçado, porém de forma sincera e madura, e com "maduro" não quero dizer "adulto". Mas me deixa muito empolgado sobre uma coisa para o próximo filme... qual a próxima relação com "casa, lar" o título do próximo filme terá?
É sério que teve gente realmente puta por não ter multiverso no filme? Parece que não vai ter um cotorcionismo tétrico pra justificar de onde o Mysterio veio, e como X-men e Quarteto Fantástico poderiam entrar no MCU pra fazerem os fãs que se acham os especialistas em cronologia se acharem os fodões KKKKKKKKKK
Toy Story 4
4.1 1,4K Assista AgoraToy Story: Uma quadrilogia sobre o existencialismo religioso de um homem e como ele aceita a liberdade em um mundo pós-Deus. Parece viagem mas apesar do filme não ser tão bom em contar uma nova história para aqueles personagens depois de um ciclo perfeito, a espinha dorsal da franquia tá ali. Porque a princípio é exatamente aquilo que eu já esperava: um filme que mudaria o status quo dos brinquedos, teria uma abordagem emocional forte, e acreditem, eu chorei mais do que eu esperava, minha relação com a franquia é muito grande e a Pixar sabe disso. Que por falar nela, com certeza não estava tão empolgada assim pra fazer esse filme, até porque a existência dele não é tão necessária e o motivo de ter é que a Disney meteu a louco pra sequência de uma franquia que todo mundo ama pra capitalizar na nostalgia, de novo, mas também não diria que é irrelevante. Os personagens coadjuvantes clássicos tão bem apagados nesse filme, e isso me deixou incomodado, porém um novo núcleo é bem interessante e ajudam muito na construção do subtexto do filme no geral. Eu diria que não deveria existir mais filmes do Toy Story, mas sou completamente aberto a Spin-Offs, mesmo que continuem como curtas, até porque eu nunca vou me cansar de Toy Story e acho que é uma franquia que tem muito a se explorar ainda.
X-Men: Fênix Negra
2.6 1,1K Assista AgoraPra uma franquia incrivelmente popular, que conseguiu se moldar e se transformar em uma grande saga no cinema que repercutiu por anos - enquanto outras do gênero na época ou fracassavam ou eram interrompidas e rebootadas - e que cativou e fomentou a conexão de muitos fãs (eu incluso), Fênix Negra é totalmente aquém desse legado, é assistível mas totalmente irrelevante dentro seu universo. O erro do filme já vem desde sua confirmação. Pessoalmente, a história ‘A Saga da Fênix Negra’ é pivotal para a evolução emocional da equipe, mas não acho uma história tão incrível em relação ao fundamento da equipe ao ponto de ter sua adaptação repetida (considerando que O Confronto Final tem resquícios pontuais dela). Alterar uma história grandiosa é muito menos danoso do que repeti-lá, e falhar novamente. O filme já traz alguns problemas que viam desde 'X-men: Apocalypse' sem total conexão com os acontecimentos dos anteriores, não explicando como Jean Grey acessou a Fênix sem ainda não ter tido contato com a mesma, que embora tenha sido uma cena legal no filme interior, é totalmente inexplicado e conduzido apenas como artifício pra trama e não um personagem em si, e também o fato de se passar uma década depois que é irrelevante. É bem impressionante o quanto a escala do filme é pequena em relação a história que eles tentam contar, o que acaba sendo decepcionante de certa forma, por que não funciona. Trazem cenas muito bem feitas de poderes e efeitos para justificar o motivo da história estar em uma tela grande. Em relação aos personagens, definitivamente esse ainda é um filme de desenvolvimento de Xavier/Mística/Magneto dessa nova equipe. Por anos vínhamos esperando que os X-men como um todo fosse muito bem construídos, suas relações, que é o motivo da equipe funcionar tão bem e ser tão querida. Eles entregam boas relações na primeira fase da franquia na primeira trilogia, mas ainda tinha desequilíbrio de protagonismo o que pesava no geral, e isso é potenciado aqui, deixando personagens como a Tempestade, aparecer sempre que conveniente e nada mais - a propósito ela deve ter ficado inconsciente umas quatro vezes aqui - chega a ser desrespeitoso com a personagem, que originalmente é uma das principais da equipe. Mística não parece a Mística, não age como a Mística, e mal tem elementos mais icônicos acentuados, é basicamente uma Moira MacTaggert loira, nem seus poderes são usados. Você sente que os roteiristas e os diretores não tem noção básica desses personagens. Noturno, tem poucas cenas de destaque e sua abordagem foi apenas de um mutante que pode invocar um demônio á tona (o que é totalmente deturpado do personagem). E Ciclope, bem, é o mesmo de sempre, com um romance com pouca conexão que faça você sentir empatia, e longe de ser o membro primordial. A abordagem dos alunos surfarem em uma enorme popularidade é uma idéia interessante. Aliás a adulação aos mutantes e a discussão ética são bons pontos, mas bem pouco explorados, quando se aprofunda (ou ao menos se tenta) o alvo é errado, voltado para o Professor X, o que não faz sentido. Isso devido ao roteiro precário que envolve esses personagens. A vilã foi tragável mas sem grandes conflitos, e os outros eram totalmente vagos ao qual você nem entende quais são seus poderes, se tornam apenas bonecos para os mutantes meterem porrada no final. Jean Grey não é só uma personagem feminina emocionalmente problemática aqui, que é a base da personagem e uma abordagem tão clichê na ficção, com a atuação da Sophie Turner você consegue entender o que se passa na cabeça dela em meio ao caos, embora a construção do conflito da personagem seja bastante superficial e se limita só ficar pistola e destruir geral desnecessariamente. Seus poderes são bem explorados. Aliás as melhores cenas de ação são envolvendo os poderes nível deus da Jean Grey, o restante atende ao padrão. A trilha sonora é algo muito bem colocado aqui e é muito boa, mas não tão marcante quanto os outros filmes da franquia. No geral nada nesse filme é tão marcante, é esquecível e dispensável. os atores dão o seu melhor mas o roteiro não os favorece, e fica na faixa do medíocre sendo um bom filme de assistir e passar o tempo, mas bem abaixo do desejável.
Godzilla II: Rei dos Monstros
3.2 651 Assista AgoraSe em 'Godzilla (2014)' os personagens tinham bastante tempo de tela mas a trama era arrastada e maçante demais pra uma conclusão que já sabíamos que iria acontecer, e 'Kong: A Ilha da Caveira' tinha um bom ritmo e cenas impressionantes mas personagens completamente descartáveis e apáticos. Esse filme consegue ser o intermediário dos dois nesses quesitos e sendo melhor que ambos. Aqui tem também personagens descartáveis e mal utilizados, onde suas falas são expositivas ou para os poucos alívios cômicos que não funcionam, mas são personagens secundários. Os protagonistas de fato, tem tramas bem interessantes e não tão rasas quanto esperaríamos em filmes desse tipo. Embora a motivação pra um dos personagens fosse tão utópico que soou sem sentido. Mas o que importa mesmo aqui é o elenco colossal dos Kaijus, ou Titãs (que ocidentalização de nome mais clichê). Aliás, eles poderiam facilmente cortar mais cenas dos personagens humanos e focar ainda mais nos monstros. Não tem nada que não satisfaça em suas aparições. as lutas são antológicas e os designs e efeitos dos monstros estão belíssimos, todas as cenas envolvendo eles são um primor. Godzilla, Mothra, Ghidorah, Rodan, uma apresentação melhor que a outra e características bem acentuadas em cada um que te faz querer escolher um favorito (Mothra sempre). E o filme dá um belo passo em estabelecer uma mitologia e subtexto aos monstros Kaiju que te deixa muito interessado para o que vem a seguir nessa expansão toda. Ou seja, ele cumpre de forma aceitável o que se espera de um filme desse tipo de uma maneira bem feita, não chega a ser um filme de roteiro excelente, mas é totalmente satisfatório, e é isso que importa afinal.
Deu a Louca na Chapeuzinho
3.0 621Esse filme tem uma ideia muito interessante e criativa com personagens muito carismáticos e marcantes. É humor pastelão quando tem que ser, é honesto emocionalmente quando tem que ser, tudo isso amarrado numa narrativa irônica e debochada com esse tipo de história. Não é uma das animação mais profundas e de melhor roteiro mas é realmente divertida. O maior problema dele é a animação que é de qualidade bem duvidosa (pra dizer o minimo) as vezes até te incomoda mas não ao ponto de te tirar da história. Mas isso acabou dando uma autenticidade ao filme, que já é muito debochado e combinou. É divertido, cínico o suficiente ao ponto de não se tornar datado com suas referências, e definitivamente marcou minha infância.
O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida
3.5 762 Assista AgoraMais um filme animado da Illumination que serve de ótimo comercial e nada mais. Toda a mensagem de como corporações destroem a natureza do filme é comodificada sem dó. O protagonista devia ser um vilão trágico que foi consumido pelo industrialismo violento, cujo seu rosto nunca é mostrado justamente pra representar a soberba humana. Mas como isso não é apelativo o suficiente, aqui ele não só tem um rosto, como também é um adolescente hipster de chapéu e violão cantando rock genérico pra demonstrar o quanto o filme é descolado (tem como ser mais gado que isso? Não, não tem). Alguém achou que poderia replicar o que a Disney faz com suas animações no que diz respeito a músicas. E com 1 hora de filme, eles lembraram que tinham uma história pra contar e apressaram com tudo. No fim, a maior preocupação do filme é decidir quais dos animaizinhos serão os novos minions, fazendo coisas absurdas no filme por razão nenhuma além de vender bonecos. Na boa, esse filme beira o mau caratismo de desrespeito e cinismo com a história, e desrespeito com as crianças também, non sense da P*rr@.
Horton e o Mundo dos Quem!
3.4 329 Assista AgoraMudando as adaptações das obras do Doctor Seuss pra animação, temos esse filme. A boa notícia é que um filme bem melhor que O Lorax, mas isso não quer dizer muita coisa, pois ele tá tentando ser uma animação menos interessante da DreamWorks e não respeitando o tom da obra original. Esse Horton é simplesmente uma mala sem alça. que tá mais preocupado em achar a próxima piada sem graça o mais rápido possível e quanto tu menos espera ele começa a rebolar a bunda na sua cara, ou ter uma fantasia em que ele é um... personagem de anime...Mais uma animação medíocre que não traz nada demais ao legado em prol de fórmulas comercias. Mas ainda é mais ou menos inofensivo.
O Grinch
3.4 830 Assista AgoraSimplesmente, o melhor e o pior desse filme é representado pelo Jim Carrey. Pra todo momento que ele atua fantasticamente sobre uma tonelada de maquiagem, com uma fisicalidade singular e construção de personagem memorável, ele estraga com uma piada ruim de cultura pop deslocada. O filme não sabe se segue uma linha de sarcasmo ou lúdico, o que dá a impressão de ser mais cínico do que sincero com suas mensagens. Mas tenho que admitir, esse era um dos filmes que eu mais me tentava a assistir em época de natal na infância, e sigo isso até hoje.
O Hospedeiro
3.6 550 Assista AgoraLevando em conta a suspensão da descrença dentro desse universo e seus erros, fora toda ambientação típica de filme asiático e personagens agindo de forma estúpida, o filme até consegue satisfazer em contar um terror trash de ficção. É impressionante como filmes do continente asiático são um espetáculo de subversão de expectativas, eles tentam fugir de todos os clichês possíveis de uma forma bizarra.
As Aventuras da Liga da Justiça: Armadilha do Tempo
3.1 64 Assista AgoraEles tinham um plot de viagens temporais que embora saturado, dava pra explorar bastante o universo já conhecido da DC, mas os personagens são bem pouco usados e jogam todo o protagonismo em cima de personagens desconhecidos, que por sua vez não foram muito bem explorados também, é um filme assistível, tem design de personagens legais mas não tem muito mais o que apresentar.
Máquinas Mortais
2.7 468 Assista AgoraNem sempre as pessoas produzem algo bom, não é mesmo Sir Peter Jackson? (cineasta cujo produziu um dos meus filmes favoritos de todos "King Kong"). A princípio parece uma história interessante, cheio de elementos peculiares que parecem serem tiradas diretamente de fábulas inglesas. Mas na verdade o filme é parcialmente vazio, em momento algum os personagens e seus dramas te cativam, tem elementos muito bons mas de nada adianta se o filme não tem o coração por traz pra conduzi-lo. Fizeram tudo as pressas pra chegarem logo em um "clímax" grandioso e cheio de porrada. Tanto é que eu nem percebi que o filme tinha acabado pela falta de imersão. Deveras decepcionante.
Vingadores: Ultimato
4.3 2,6K Assista AgoraÉ impressionante o quão o filme soube aproveitar TODA sua bagagem, storyline e apego emocional pra encerrar a a franquia (saga). "O que o torna intocável" no que diz respeito a formas que poderia ser melhor executado, já que é como se revisitassem todos os elementos dos filmes anteriores, incluindo Vingadores: Guerra Infinita. O que faz com que o filme consiga ser bastante previsível, e surpreendente ao mesmo tempo. Subverte as surpresas, até serem tudo aquilo que esperávamos, e os pontos previsíveis, até serem aquilo que nos pegou desprevenidos. O fato é que o filme foi alientado como um ápice de hype de pessoas que tiveram que assistir uma porrada de filmes para tal, não para entende-lo, efetivamente, mas sim porque todos os filmes tinham suas tramas basicamente apontadas pra esse, uma ponte derivativa. Então criticar a incoerência e mal execução vai ser de minimo diante todo o sentimento de engajamento envolvido. Foi uma reciclagem, cada elemento que eles amarraram a trama nos remete á algo já visto. E a narrativa é completamente composta de referências a outras narrativas dos filmes que já são muito parecidas, deixando um filme como uma grande repassagem pelas histórias da Marvel do que uma conclusão para as histórias. Mas o problema que mais incomoda, é que todo esse ápice do que são os filmes da Marvel Studios, tornou também evidente ponto que me incomodaram, como o tom. Em certos momentos eu até me perdia sobre o que estava acontecendo e propósito dos personagens, por conta de uma montanha-russa exagerada de tom, a mesclagem do humor, drama, ação, épico e poético,a passagem de um para o outro não ficou orgânica. Foca bastante no lado emocional e psicológico de cada um, mas por esses motivos citados anteriormente, acabou não sendo sincero pois ao mesmo tempo o filme parecer querer deixar tão claro que é o final, que acaba ficando forçado. Acho que eles "concluíram" esses anos da forma mais aventuresca e alegórica de si mesmo, sem sem preocupar muito com desenvolvimento, o tornando um marco como muitos filmes na linha de filmes Jurassic Park e De Volta Para o Futuro e se era isso a intenção, funcionou...
Liga da Justiça: A Legião do Mal
3.8 156 Assista AgoraNão foge do entretenimento barato, do básico que é o bem triunfando sobre o mal, sem qualquer perda, e de como Batman é 'too much' no que diz respeito a seu preparo e bagagem heroica. Cansativo e pouco envolvente em alguns momentos, o longa animado meramente diverte momentaneamente, sem gerar boas memórias ou incitar profundos questionamentos sobre a natureza e relação desses heróis. Desperdiçaram um premissa, mas ainda consegue entreter.
Superman & Batman: Apocalipse
3.6 137 Assista AgoraPrimeiramente já digo: Não confie nesse título, ele é uma mentira! Batman e Superman estão aqui, mas a história não tem nada a ver com os dois. A história é feita com bastante simplicidade e até bastante emergência, parece que eles queriam apressar tudo logo pro grande ápice do filme, o que deu um senso de corrido. Mas o filme é bem cativante, tanto pelo visual e animação que tá excelente, quanto as cenas de ação que é uma das mais bem produzidas em animações. A maturidade dessa animação também permite uma dose de violência bem vinda. Do segundo ato em diante, o filme vira um espetáculo de fodacidade no que tange a ação. Mas os personagens não estão adaptados em sua melhor forma, o que dão furos até mesmo no roteiro. Por exemplo, a manipulação óbvia e exagerada do Superman (que está bem antipático aqui) em relação a Kara e o que ele acha que é certo, onde ela mal tem tempo de ser aprofundada antes ser mentalmente manipulada, a personagem merecia mais. E também a cena onde a Mulher-Maravilha aparece, onde ela alega que Kara é um perigo iminente e deve ser levada pra Themyscera por ter destruído uma praça, sendo que, ela só fez aquilo porque estava tentando se defender da Diana, que chegou igual uma bruta sem ao menos dialogar. Essa é uma das animações com mais destaque feminino aqui, por isso eu acho que o título e o pôster são bem desonesto nesse sentido, tem a Supergirl mas ela tá irreconhecível. Aparece a Vovó Bondade e as Fúrias aqui, e estão ótimas quando aparecem, mas é muito pouco e mal tiveram destaque. Resumindo, é um ótimo entretimento visual, a ação e design são estarrecedores, mas a história é bastante apressada e um pouca vaga.
Grandes Astros: Superman
3.7 154 Assista AgoraUma história sublime e serena, que encapsula todos os elementos de mais valores de Superman e todo seu núcleo. Baseado na HQ definitiva de legado do Superman, o filme trata toda a história de forma resumida, mas que aborda de forma eficiente, consegue nos passar toda a essência do material original, pegando os pontos chave da trama e os traduzindo para uma outra mídia de forma bonita e funcional.. A história retrata como o herói encara a morte e, embora ele seja um alienígena, o jeito com que o personagem lida com o fato de estar morrendo é extremamente humano, porque em sua essência ele é um humano, um super humano. É uma espécie de lição de como nós mesmos devemos lidar com a nossa própria mortalidade. A sociedade tente a descartar o velho que uma vez foi de muita importância em busca de algo novo, pois o velho é relacionado ao inútil, pior ou quebrado. Mas descartar o velho para dar lugar ao novo pode ser bem complicado, principalmente quando temos que achar algo que seja tão valioso ou tão eficaz quanto aquilo que tínhamos. As motivações finalmente foram mais clara e também profunda. Aqui, Lex não é apenas um vilão decidido a destruir o mundo ou executar algum plano maluco, ele é retratado como uma resposta direta ao próprio Superman e o que ele representa. O relacionamento dos dois é tão bem construído, que seu grande embate chegar a ter um grande significado além do que o físico. E isso nos leva a um dos finais mais bonitos dos super-heróis. 'Grandes Astros: Superman' é sereno, calmo, quase tocando a linha da monotonia para aqueles ávidos por ação, mas é belo e profundo, presenteando os fãs de super-heróis com uma ótima animação e, ao mesmo tempo, passando conceitos sobre aceitação e mortalidade, que podem ser levados para a vida toda.
Batman Contra o Capuz Vermelho
4.0 341 Assista AgoraA animação é desenvolvida de forma muito coerente e bem amarrada. O texto apresenta o que há de melhor no Batman, isso incluindo toda sua mitologia que envolve seus pupilos e a Batfamília, que é uma de suas principais características e uma das mais interessantes. O enredo é bastante violento, pois foge aos padrões anteriores da 'Warner Bros. Animation', entregando cenas com sangue e assassinatos. Contudo, a abordagem não poderia ser diferente, já que as próprias personalidades do Coringa e do Capuz remetem a uma narrativa mais adulta e tensa. A edição dá muito dinamismo às lutas, que são recheadas de elementos, como saltos, golpes e uso de armas. O roteiro é bastante redondo e a animação gráfica é muito bem feita e revisita a história de forma mais instigante para seu público-alvo de modo que não os enxergue como acéfalos, é totalmente um filme pra ser visto, sendo fã do Batman ou não.
Liga da Justiça: Crise em Duas Terras
3.7 185 Assista AgoraA animação serve como uma representação de um interlúdio entre as séries animadas Liga da Justiça e Liga da Justiça Sem Limites, mas se sustentando por si só em seu próprio universo isolado, tendo elementos mais inspirados e maior originalidade, pegando como muito inspiração coisas da história dos quadrinhos também. O roteiro é bastante coeso e tem diálogos interessantes, mas os personagens convencionais da equipe são meio deixado de lado pra desenvolver outros elementos. É inserido na trama inclusive, um relacionamento amoroso deslocado entre o Caçador de Marte e a filha do "Slade Wilson" que destoou bastante do resto e poderia ser facilmente retirado. O Sindicato do Crime serve muito bem a proposta de serem vilões sádicos de outro universo, O Homem-Coruja é um objetivista maluco o suficiente pra querer destruir todo o multiverso pra impor sua verdade das falhas que existem nele. É muito interessante notar traços de características dos personagens desse outro universo e associar com personagens que já conhecemos. É diversão fácil pra quem gosta da DC ou só quer um bom entretenimento mesmo.
Superman & Batman: Inimigos Públicos
3.6 119 Assista AgoraA relação entre o Batman e Superman é bastante atrativa e feita de forma interessante, mas a trama é um pouco superficial em vista da temática, e no fim só serviu pra destacar o quanto Batman e Superman são dois personagens enormes que podem fazer qualquer coisa, e o quanto o Batman é preparado e tem prevenção pra literalmente tudo. Os confrontos soaram bastante forçados, a ponto que ambos vencem seus oponentes com a maior facilidade, deixando muitos personagens só como cenário. Fora o traço da animação que é bastante destoante, é colorida e infantilizada e os personagens tem fisionomia bombada. Poderosa parece que saiu do desenho da Polly Pocket e possui um físico apelativo que arranca piadas dentro do próprio filme. No fim, é só um filme pra vender em cima da marca que é os dos maiores heróis da DC.
Liga da Justiça - A Nova Fronteira
3.6 93 Assista AgoraA animação possui traços de acordo como eram desenhados os personagens nos anos 50 e é um verdadeiro presente para os fãs da DC, mas também pode ser apreciada pelo público geral – a história tem começo e fim (não precisamos esperar pela continuação para entender tudo). Há bastante ação, mas não apenas isso, e o comentário político – a crítica à paranoia com a Guerra Fria – deixa a trama mais interessante.Porém o ápice (luta final) ficou um pouco genérica e agitada, destoando do restante do filme que é mais circunspecto. O protagonismo maior de outros heróis como o Lanterna Verde, foi algo bastante interessante. É um filme divertido e palatável pra todo tipo de público.
Shazam!
3.5 1,2K Assista AgoraOS personagens são bem carismáticos e tem relações bastante cativantes entre si, o que o acaba tornando bem dinâmico, engraçado, e divertido. Mas peca em apresentar um conflito e vilões interessante. A motivação do vilão é rasa, não tem muito desenvolvimento e ele acaba sendo uma pessoa má e desvirtuosa gratuitamente, e tudo relacionado soa genérico, mas que não chega a prejudicar o filme como um todo, outros elementos são postos de forma bem evidente que acaba dando forma ao propósito do filme. Algumas horas força demais no humor e leveza ao ponto de destoar o lado "Shazam" do herói e seu lado Billy Batson, que esse último é mostrado ser bem carrancudo e sua forma super-heroica parece aflorar seu lado mais ingênuo e empolgado. Mas a leveza e lado humano da história o tornou tematicamente autêntico e bem cativante, contrapondo qualquer decepção em potencial sobre não ser um filme tão mitologicamente rico, não é nada grandioso mas é muito competente e sincero com sua proposta.
Obs: O postêr principal (ao menos aqui no Filmow) realmente conta com o selo de aprovação do Rotten Tomatoes estampado nele? Sério?
Vingadores Confidencial: Viúva Negra e Justiceiro
3.1 48Pensando seriamente que japoneses produzirem filmes ou séries baseado em personagens norte-americanos e vice-versa, são coisas que não funcionam. Não que não seja possível fazer algo bom disso e que o conceito não seja interessante, mas o resultado raramente dá certo, são linguagens completamente diferentes (onde a de animes particularmente não me atrai) o que pode deixar os personagens deturpados ou fora de tom. Primeiro que eles fazem uma história completamente diferente e pouco inspirado nos quadrinhos com dois personagens que nunca tiveram uma interação muito grande. Até aí ok, mas a personalidade deles acaba destoando, principalmente da Viúva Negra que tá boa parte do tempo sendo kawaii e empolgada ou fazendo cara de sofrimento, e Justiceiro só falta vencer o Hulk em combate de tão poser em ser fodão. Ambos com motivações fraquíssimas de interação e abordagens exageradas. E por falar em motivação fraca: o vilão é simplesmente bisonho - personagem esse que nem existe na Marvel - a motivação dele é basicamente ser o cara mais inseguro da Terra com problemas amorosos e isso ignorando o fato dele ser um alto cientista. A relação dele com a Natasha é tosca e não funciona, e transformaram todo arco dela nisso. O traço é bem típico, mas a produção das cenas e movimentação deixa bem mais evidente coisas que eu não curto em animes, principalmente em cenas de ação, 10% do filme é a Viúva Negra no ar dando um pontapé (isso fora a sexualização). No mais, é uma história fraca com personagens de HQ que foi só pra entrar na onda dos Vingadores e sem tanta inspiração.