Apenas outro episódio de uma adaptação cinematográfica de série literária para adolescentes que tem o mérito de adicionar questões sociopolíticas ao romance e aventura. Deve agradar aos fãs do gênero.
Uma aposta de risco da Fox, que mostra que o estúdio está longe de devolver os direitos cinematográficos do universo mutante da Marvel para a Disney/Marvel. Não sei se o público médio que vai aos cinemas e não conhece o personagem vai curtir tanto este filme quanto aqueles que já o conhecem dos quadrinhos. Ao ser bastante fiel ao personagem, o filme acabou por receber uma classificação etária pouco (ou nada) usual para este subgênero cinematográfico. Esses fatores podem prejudicar o retorno financeiro esperado e interferir, numa ou noutra medida, nos planos do estúdio para novas produções com os mutantes. O filme tem um fiapo de roteiro, que serve apenas para alinhavar vários gags protagonizados por Deadpool. É galhofa do início ao fim! Inúmeras referências, piadas e chistes sobre a cultura pop, o universo Marvel e os super-heróis em geral. Há a famosa participação especial de Stan Lee. Há as cenas pós-créditos (imperdível!). E há as participações dos X-Men Colossus e Míssil Adolescente Megasônica (com o famoso uniforme azul-marinho e amarelo que define o status dos novatos na Escola Xavier para Jovens Superdotados). Aliás, as cenas de Deadpool com os X-Men são as melhores!
Não achei nada demais. Apenas entretenimento escapista que não acrescenta nem suscita qualquer reflexão diferenciada. Mais um filminho bem mediano no ocaso de carreira de Ridley Scott.
Há alguns anos atrás, eu diria que este é um filme 'mulherzinha'. Felizmente, hoje tenho outra mentalidade, o que me permite tanto perceber que "Brooklyn" é um filminho bem realizado e de elenco afinado, quanto observar que é praticamente um tipo-ideal de filme que NÃO passa no Teste de Bechdel! O título e a sinopse do filme podem sugerir que se trata de uma micro-história da da convivência entre as comunidades de imigrantes irlandeses e italianos em Nova York. Mas isso é tão somente um pano de fundo pouco desenvolvido e deliberadamente não aproveitado. O filme trata apenas do surrado clichê da mocinha presa entre dois amores, com toda a sua vida se resumindo a isto. Inacreditável que esta historinha muito bem contada, mas quase simplória, esteja concorrendo ao Oscar de melhor filme - enquanto "Os Oito Odiados" e "Trumbo" ficaram de fora!
Filminho medíocre. Quem compara isto com o trabalho realizado por Frank Capra, deveria pagar indenização aos seus herdeiros! Ouvi falar que concorre ao Oscar. E pensar que Os Oito Odiados ficou de fora!
Modernidade líquida, era do vazio, sociedade do cansaço. Uma espécie de "Lost In Translation" androcêntrico e menos idílico. Uma boa animação. Uma história simples - mas não simplória. Charlie Kaufman ataca outra vez.
Filminho trivial, que não aprofunda o tema e em muitos momentos mais parece um drama adolescente. No que se refere ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, sabemos que havia ao menos um outro pré-indicado com protagonistas e diretora femininas que fugia do lugar comum quanto a questão da mulher na sociedade contemporânea.
Que diferença faz um diretor! É como dizem: não há história ou personagem ruins quando se tem um bom contador de histórias! Eu diria que não é uma cine-biografia do Slave Jobs, mas um filme de Danny Boyle sobre a persona em questão. Ótimas escolhas! Dos atores MIchael Fassbender e Kate Winslet ao aspecto da vida e da personalidade de Jobs que serviu de fio condutor da trama.
Faroeste num cenário pouco usual, suspense, ótimas interpretações, ótima direção, ótima montagem, os deliberados exageros e exercícios de estilo, tarantinescos, 70mm, clima de peça teatral, trilha sonora original do Maestro Ennio Morricone e um pouco da história da estruturação da civilização norte-americana. Tarantino indo além - e novamente sendo ignorado pela tal Academia de Cinema de Hollywood e seu prêmio Oscar.
Uma correta adaptação cinematográfica de fatos reais que trouxeram a tona todo o esquema de acobertamento da Igreja Católica quanto aos crimes de pedofilia cometidos por seus sacerdotes em Boston e demais paróquias norte-americana.
É o típico filme de investigação jornalística, com um clima e um tempo/timing que lembram muito o já clássico “Todos Os Homens do Presidente”. Assim, quase nada da vida pessoal dxs jornalistas é apresentada durante todo o filme, que se concentra apenas no desenvolvimento da investigação e seus percalços.
A trilha-sonora casa muito bem com o ritmo do filme. Aliás, por ser um filme “de época” (a história se passa entre 2001 e 2002), me surpreende o quanto a tecnologia avançou e modificou nossas rotinas de trabalho: telefones celulares são usados apenas para falar (sequer há a troca de mensagens SMS), não se troca e-mails e não se digitaliza documentos. E pensar que apenas 15 anos se passaram desde então!
Bom também para pensar sobre a influência que a Igreja Católica pode exercer sobre a estruturação de repúblicas constitucionais e democracias liberais. Pois lá pelas tantas, ocorre o seguinte diálogo:
- Então eu posso ir agora ao Tribunal e pegar todos aqueles documentos? - Não, você não pode porque os documentos não estão lá. - Mas você acabou de me dizer que eles são públicos! - Eu sei o que eu disse, mas isto aqui é Boston. E a Igreja Católica não quer que eles sejam consultados, por isso eles não estão lá.
p.s.: Segundo dados do censo, o catolicismo é a dominação cristã que mais cresce nos EUA.
Um drama que repõe a já batida díade de opostos natureza x cultura. Uma indústria) que se mantém e se desenvolve graças aos homens que se lançam num ambiente inóspito para enfrentar 'o maior monstro do mundo'. Lideranças motivadas pela ambição, pela obsessão, pela obtenção de reconhecimento e pelas diferenças de status e de classes. A luta pela sobrevivência a qualquer preço. E a história do capitalismo e da sociedade moderna como uma coleção de narrativas racionais que legitimam a ação predadora dos seres humanos sobre o meio ambiente em nome de um certo tipo de desenvolvimento e da busca do lucro com o menor custo possível - mesmo que estes custos tenham que ser encobertos ou minorizados. Bom para pensarmos sobre o crime ambiental perpetrado recentemente por grandes empresas na cidade mineira de Mariana.
Comecei a assistir a este filme com o mínimo de informação prévia o possível – não sabia que se tratava da adaptação de um livro e nem terminei de ler a sinopse. Uma experiência curiosa para os dias de hoje, a ponto de ter ganas de parar a ‘projeção’/visualização no meio do filme para obter mais informações online acerca da história. No início, pensei que a história se passava em algum tipo de futuro distópico, com a mãe e o filho enclausurados num quarto, sendo periodicamente supridos com os mantimentos e equipamentos necessários para a sobrevivência. Depois, pensei que eles estavam em alguma tipo de cadeia, para logo entender que se tratava de um cativeiro. A insidiosa situação de uma vítima de sequestro e prisão,
Jack estabelece contato com o mundo exterior - e com a polícia - , a sensação de angústia foi substituída pela apreensão de que talvez toda a sequência de fuga não passasse de um sonho. Felizmente, a história não faz uso deste recurso já um tanto quanto batido e o filme avança para um outro momento, usualmente pouco tratado: a vida dos sequestrados após a libertação do cativeiro.
O tema é no mínimo inusitado e me fez pensar em possíveis paralelos com o filme “Muito Além do Jardim”. Há várias possibilidades de ler este filme, mas a que me chama mais a atenção no momento é a que diz respeito sobre os processos de socialização de Jack. Primeiramente, dentro do quarto, a partir da programação da TV e do contato exclusivo com sua mãe - cuidadosa o bastante para lhe informar que o mundo da TV é todo ele falso.
E, num segundo momento, num mundo que lhe era infinitamente maior. É interessante notar a preocupação de Joy para que o filho não se entretenha com o smartphone e o papel que este aparelho pode representar como uma continuação da segurança e do conforto do quarto em relação ao dinamismo e a instabilidade das relações humanas que constituem o mundo exterior. Também é de se observar que o processo de criminalização da vítima se dá justamente no momento em que Joy concede uma entrevista para a TV – o que a leva a tentativa de suicídio. Ou seja, em mais de uma ocasião,
a TV é a promotora da inversão da realidade. Enfim, é um filme que vai ganhar o rótulo de "filme do Oscar", o que tende a reduzir em muito o seu significado. Penso que "O Quarto de Jack" merece outras 'visitas', pois ainda há muito o que ser lido neste filme antes de lhe darmos um adeus definitivo. E como não poderia deixar de ser, há que se reconhecer todos os méritos do diretor nas escolhas feitas quanto ao modo de montar e nos contar a história, bem como do que conseguiu extrair das atuações (e interações) de Brie Larson e Jacob Tremblay.
Fantástico! Emocionante! Parece trivial: juntar um trio de pessoas disfuncionais que têm suas vidas tocadas após interagirem entre si. Mas o diferencial é o modo como o diretor conduz atores e monta e nos conta a história. Como que pode um moleque nascido em 1989 realizar um filme como este? Vou correr atrás dos outros títulos da sua filmografia!
Um filme de horror. Um pesadelo americano. Um ensaio sobre o lado mais sombrio da estruturação cultural e psíquica da América W.A.S.P. (branca, anglo-saxã e protestante). A adaptação de uma história real que me fez lembrar de found footages e mockumentaries sobre abduções e abusos físicos e psicológicos e que também me remeteu a alguns temas explorado pelo cinema de Michael Haneke.
Se não me engano, esta é a terceira versão fílmica a que assisto sobre o famoso e controverso experimento acadêmico. Para além da evidente dramatização do fato real acontecido, esta versão é superior as que a antecederam e confere maior destaque ao professor que elaborou e dirigiu o experimento. O final faz uso do recurso do mockumentary para ilustrar os depoimentos de alguns dos envolvidos.
A estreia de J. J. Abrams na tela grande. O filme começa muito bem, mas com uma estratégia que, me parece, funciona melhor para o formato de série televisiva. A humanização do protagonista se dá pelo cliché da esposa que não conhece a verdadeira atividade profissional do marido. E aí, toda a carga dramática e de suspense do flashforward faz com o filme se torne uma longa espera por um momento ápice que não terá mais o mesmo impacto. Destaques para a sequência de ação extrema e explosões na ponte e o antológico e assustador vilão interpretado pelo saudoso Philip Seymour Hoffman.
Transpor para o cinema dos anos 1990, uma série televisiva de sucesso dos anos 1960. Justificar a existência de agências de espionagem após o fim da Guerra Fria. Administrar os egos inflados do ator e do produtor principais (ambos, a mesma pessoa: Tom Cruise). - Diretor Brian DePalma, esta é a sua missão, caso queira aceitá-la!
Parece que com o tempo, este filme se tornou um dos melhores da franquia. Brian DePalma conseguiu contar uma história de suspense intrincada e interessante, mesclada com cenas de ação convincentes e que gerou uma sequência icônica, que ilustra um dos cartazes do filme e é repetida ou referenciada nos demais filmes da série. A fotografia, os tons azulados, a música de fundo e o ritmo de boa parte da narrativa contribuem para o clima de suspense noir e nos remete ao principal mestre de DePalma: Alfred Hitchcock. Além disso, cabe observar o modo como é feito o link com o antigo seriado televisivo, com um dos protagonistas de então (Jim Phelps) sendo a chave de explicação tanto para a decadência das aventuras de espionagem quanto para um novo começo para os filmes deste gênero.
Filme de grande sucesso quando de seu lançamento, dirigido por um John Woo no auge de sua popularidade em Hollywood como o esteta dos filmes de ação dos anos 1990. Aliás, há um excesso de situações que nos remetem a "Face/Off", outro blockbuster cometido por Woo alguns anos antes. M:I-2 se afasta de seu antecessor e confere a esta franquia cinematográfica o perfil definitivo de filme de ação, com todo o foco no agente Ethan Hunt, que nesta história faz pouco uso de suas habilidades de dedução, em prol de muita correria, muitas explosões, muita pancadaria e algum romance. Marcou época como blockbuster, mas devido ao seu enredo previsível, ficou um tanto quanto datado.
Em tempo: A primeira sequência do filme com o protagonista é antológica quanto a possibilidade de traçar um paralelo entre o trabalho do agente Hunt e a condição real de existência dos trabalhadores precarizados
Ou o fenômeno Netflix instituiu agora que o(a) primeiro(a) episódio (temporada) é um prequel, uma introdução para o desenvolvimento da trama nos (nas) episódios (temporadas) seguintes ou daqui a um mês, quando baixar a emoção atiçada por toda a campanha publicitária tão bem engendrada pela Disney, veremos que este Episódio VII vai até redimir os Episódios I, II e III! Este Star Wars - O Despertar da Força é um filme de aventura e fantasia bem mediano! Um tanto quanto infantil devido ao excesso de momentos 'fofinhos' e engraçadinhos, que apela muito para o emocional dos fãs antigos (entre os quais se encontram os formadores de opiniões que são os primeiros a lançarem as criticas e resenhas sobre o filme) e que praticamente repete uma história já contada anteriormente. Um filme que demonstra a fragilidade da franquia cinematográfica, na medida em que não avança para além da estrutura narrativa que lhe consagrou e fica muito aquém das possibilidades já exploradas pelo Universo Expandido em outras mídias. Apesar disso tudo, tenho ainda esperança de algo novo! Gostei muito do vilão e da heroína! Kylo Ren está anos-luz além de Darth Maul e é muito mais interessante do que Darth Vader,
na medida em que Ren é imaturo, arrogante, ousado, mas parece muito mais decidido a abraçar a Força! Parece ter muito menos remorso por ter abandonado sua vida pregressa do que Vader! E o fato de tanto Ren quanto Rey usarem a Força de forma bruta, sem o devido treinamento, sugere
a possibilidade de uma trama diferente e que ainda não foi contada, quem sabe até com mudanças de lados entre os protagonistas neste intermédio! A ver!
Definitivamente, o 007 da fase Daniel Craig enfrenta dois grandes inimigos: o sindicato do crime internacional SPECTRE e o ajuste fiscal neoliberal! Este filme não tem o mesmo brilho de seu antecessor. Mais uma vez, um nome de peso no papel do vilão principal: Christoph Waltz. Uma pena que o personagem tenha sido pouco desenvolvido, principalmente no que se refere as suas motivações. Acho que é um personagem que deveria ter sido trabalhado em mais de um filme da série. M, Q e Moneypenny têm papéis relevantes que não se resumem as atividades administrativas. Por outro lado, é de se lamentar que a caracterização das bond girls continua sendo feita por um viés machista... Apesar das atualizações, este filme também tem várias referências aos enfrentamentos contra o S.P.E.C.T.R.E. e o seu líder dos filmes dos anos 1960 (como o gato angorá). A sequência com os créditos inicias e a música tema não são tão empolgantes como as anteriores.
A Série Divergente: Convergente
2.8 600 Assista AgoraApenas outro episódio de uma adaptação cinematográfica de série literária para adolescentes que tem o mérito de adicionar questões sociopolíticas ao romance e aventura. Deve agradar aos fãs do gênero.
O Túnel
2.9 150Um found footage bem realizado, mas que não consegue ir além dos cacoetes deste subgênero do horror/terror.
Deadpool
4.0 3,0K Assista AgoraUma aposta de risco da Fox, que mostra que o estúdio está longe de devolver os direitos cinematográficos do universo mutante da Marvel para a Disney/Marvel.
Não sei se o público médio que vai aos cinemas e não conhece o personagem vai curtir tanto este filme quanto aqueles que já o conhecem dos quadrinhos. Ao ser bastante fiel ao personagem, o filme acabou por receber uma classificação etária pouco (ou nada) usual para este subgênero cinematográfico. Esses fatores podem prejudicar o retorno financeiro esperado e interferir, numa ou noutra medida, nos planos do estúdio para novas produções com os mutantes.
O filme tem um fiapo de roteiro, que serve apenas para alinhavar vários gags protagonizados por Deadpool. É galhofa do início ao fim!
Inúmeras referências, piadas e chistes sobre a cultura pop, o universo Marvel e os super-heróis em geral.
Há a famosa participação especial de Stan Lee. Há as cenas pós-créditos (imperdível!). E há as participações dos X-Men Colossus e Míssil Adolescente Megasônica (com o famoso uniforme azul-marinho e amarelo que define o status dos novatos na Escola Xavier para Jovens Superdotados). Aliás, as cenas de Deadpool com os X-Men são as melhores!
O Bom Dinossauro
3.7 1,0K Assista AgoraA animação mais preguiçosa da Pixar.
Perdido em Marte
4.0 2,3K Assista AgoraNão achei nada demais. Apenas entretenimento escapista que não acrescenta nem suscita qualquer reflexão diferenciada. Mais um filminho bem mediano no ocaso de carreira de Ridley Scott.
Brooklin
3.8 1,1KHá alguns anos atrás, eu diria que este é um filme 'mulherzinha'.
Felizmente, hoje tenho outra mentalidade, o que me permite tanto perceber que "Brooklyn" é um filminho bem realizado e de elenco afinado, quanto observar que é praticamente um tipo-ideal de filme que NÃO passa no Teste de Bechdel!
O título e a sinopse do filme podem sugerir que se trata de uma micro-história da da convivência entre as comunidades de imigrantes irlandeses e italianos em Nova York. Mas isso é tão somente um pano de fundo pouco desenvolvido e deliberadamente não aproveitado. O filme trata apenas do surrado clichê da mocinha presa entre dois amores, com toda a sua vida se resumindo a isto.
Inacreditável que esta historinha muito bem contada, mas quase simplória, esteja concorrendo ao Oscar de melhor filme - enquanto "Os Oito Odiados" e "Trumbo" ficaram de fora!
Joy: O Nome do Sucesso
3.4 778 Assista AgoraFilminho medíocre. Quem compara isto com o trabalho realizado por Frank Capra, deveria pagar indenização aos seus herdeiros!
Ouvi falar que concorre ao Oscar. E pensar que Os Oito Odiados ficou de fora!
Anomalisa
3.8 497 Assista AgoraModernidade líquida, era do vazio, sociedade do cansaço.
Uma espécie de "Lost In Translation" androcêntrico e menos idílico.
Uma boa animação. Uma história simples - mas não simplória.
Charlie Kaufman ataca outra vez.
Cinco Graças
4.3 329 Assista AgoraFilminho trivial, que não aprofunda o tema e em muitos momentos mais parece um drama adolescente.
No que se refere ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, sabemos que havia ao menos um outro pré-indicado com protagonistas e diretora femininas que fugia do lugar comum quanto a questão da mulher na sociedade contemporânea.
O final é praticamente um deus ex-machina.
Steve Jobs
3.5 591 Assista AgoraQue diferença faz um diretor! É como dizem: não há história ou personagem ruins quando se tem um bom contador de histórias!
Eu diria que não é uma cine-biografia do Slave Jobs, mas um filme de Danny Boyle sobre a persona em questão. Ótimas escolhas! Dos atores MIchael Fassbender e Kate Winslet ao aspecto da vida e da personalidade de Jobs que serviu de fio condutor da trama.
Os Oito Odiados
4.1 2,4K Assista AgoraFaroeste num cenário pouco usual, suspense, ótimas interpretações, ótima direção, ótima montagem, os deliberados exageros e exercícios de estilo, tarantinescos, 70mm, clima de peça teatral, trilha sonora original do Maestro Ennio Morricone e um pouco da história da estruturação da civilização norte-americana.
Tarantino indo além - e novamente sendo ignorado pela tal Academia de Cinema de Hollywood e seu prêmio Oscar.
Creed: Nascido para Lutar
4.0 1,1K Assista AgoraUma boa sacada para o relaunch da franquia.
Mas é mais do mesmo.
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista AgoraUma correta adaptação cinematográfica de fatos reais que trouxeram a tona todo o esquema de acobertamento da Igreja Católica quanto aos crimes de pedofilia cometidos por seus sacerdotes em Boston e demais paróquias norte-americana.
É o típico filme de investigação jornalística, com um clima e um tempo/timing que lembram muito o já clássico “Todos Os Homens do Presidente”. Assim, quase nada da vida pessoal dxs jornalistas é apresentada durante todo o filme, que se concentra apenas no desenvolvimento da investigação e seus percalços.
A trilha-sonora casa muito bem com o ritmo do filme. Aliás, por ser um filme “de época” (a história se passa entre 2001 e 2002), me surpreende o quanto a tecnologia avançou e modificou nossas rotinas de trabalho: telefones celulares são usados apenas para falar (sequer há a troca de mensagens SMS), não se troca e-mails e não se digitaliza documentos. E pensar que apenas 15 anos se passaram desde então!
Bom também para pensar sobre a influência que a Igreja Católica pode exercer sobre a estruturação de repúblicas constitucionais e democracias liberais. Pois lá pelas tantas, ocorre o seguinte diálogo:
- Então eu posso ir agora ao Tribunal e pegar todos aqueles documentos?
- Não, você não pode porque os documentos não estão lá.
- Mas você acabou de me dizer que eles são públicos!
- Eu sei o que eu disse, mas isto aqui é Boston. E a Igreja Católica não quer que eles sejam consultados, por isso eles não estão lá.
p.s.: Segundo dados do censo, o catolicismo é a dominação cristã que mais cresce nos EUA.
No Coração do Mar
3.6 776 Assista AgoraUm drama que repõe a já batida díade de opostos natureza x cultura. Uma indústria) que se mantém e se desenvolve graças aos homens que se lançam num ambiente inóspito para enfrentar 'o maior monstro do mundo'. Lideranças motivadas pela ambição, pela obsessão, pela obtenção de reconhecimento e pelas diferenças de status e de classes. A luta pela sobrevivência a qualquer preço. E a história do capitalismo e da sociedade moderna como uma coleção de narrativas racionais que legitimam a ação predadora dos seres humanos sobre o meio ambiente em nome de um certo tipo de desenvolvimento e da busca do lucro com o menor custo possível - mesmo que estes custos tenham que ser encobertos ou minorizados. Bom para pensarmos sobre o crime ambiental perpetrado recentemente por grandes empresas na cidade mineira de Mariana.
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraComecei a assistir a este filme com o mínimo de informação prévia o possível – não sabia que se tratava da adaptação de um livro e nem terminei de ler a sinopse. Uma experiência curiosa para os dias de hoje, a ponto de ter ganas de parar a ‘projeção’/visualização no meio do filme para obter mais informações online acerca da história.
No início, pensei que a história se passava em algum tipo de futuro distópico, com a mãe e o filho enclausurados num quarto, sendo periodicamente supridos com os mantimentos e equipamentos necessários para a sobrevivência. Depois, pensei que eles estavam em alguma tipo de cadeia, para logo entender que se tratava de um cativeiro. A insidiosa situação de uma vítima de sequestro e prisão,
com um filho resultante do abuso sexual que lhe é infligido rotineiramente.
Um contexto que amplia a sensação de angústia, tanto quanto a inquietação em relação ao desenvolvimento de Jack naquele ambiente. E quando finalmente
Jack estabelece contato com o mundo exterior - e com a polícia - , a sensação de angústia foi substituída pela apreensão de que talvez toda a sequência de fuga não passasse de um sonho. Felizmente, a história não faz uso deste recurso já um tanto quanto batido e o filme avança para um outro momento, usualmente pouco tratado: a vida dos sequestrados após a libertação do cativeiro.
O tema é no mínimo inusitado e me fez pensar em possíveis paralelos com o filme “Muito Além do Jardim”. Há várias possibilidades de ler este filme, mas a que me chama mais a atenção no momento é a que diz respeito sobre os processos de socialização de Jack. Primeiramente, dentro do quarto, a partir da programação da TV e do contato exclusivo com sua mãe - cuidadosa o bastante para lhe informar que o mundo da TV é todo ele falso.
E, num segundo momento, num mundo que lhe era infinitamente maior. É interessante notar a preocupação de Joy para que o filho não se entretenha com o smartphone e o papel que este aparelho pode representar como uma continuação da segurança e do conforto do quarto em relação ao dinamismo e a instabilidade das relações humanas que constituem o mundo exterior. Também é de se observar que o processo de criminalização da vítima se dá justamente no momento em que Joy concede uma entrevista para a TV – o que a leva a tentativa de suicídio. Ou seja, em mais de uma ocasião,
Enfim, é um filme que vai ganhar o rótulo de "filme do Oscar", o que tende a reduzir em muito o seu significado. Penso que "O Quarto de Jack" merece outras 'visitas', pois ainda há muito o que ser lido neste filme antes de lhe darmos um adeus definitivo.
E como não poderia deixar de ser, há que se reconhecer todos os méritos do diretor nas escolhas feitas quanto ao modo de montar e nos contar a história, bem como do que conseguiu extrair das atuações (e interações) de Brie Larson e Jacob Tremblay.
Eu Matei Minha Mãe
3.9 1,3KUm bom filme de início de carreira!
Me fez lembrar de alguns filmes da nouvelle vague e do cinema indie norte-americano dos anos 1980.
Mommy
4.3 1,2K Assista AgoraFantástico! Emocionante!
Parece trivial: juntar um trio de pessoas disfuncionais que têm suas vidas tocadas após interagirem entre si. Mas o diferencial é o modo como o diretor conduz atores e monta e nos conta a história. Como que pode um moleque nascido em 1989 realizar um filme como este? Vou correr atrás dos outros títulos da sua filmografia!
Um Crime Americano
4.0 989 Assista AgoraUm filme de horror. Um pesadelo americano. Um ensaio sobre o lado mais sombrio da estruturação cultural e psíquica da América W.A.S.P. (branca, anglo-saxã e protestante). A adaptação de uma história real que me fez lembrar de found footages e mockumentaries sobre abduções e abusos físicos e psicológicos e que também me remeteu a alguns temas explorado pelo cinema de Michael Haneke.
O Experimento de Aprisionamento de Stanford
3.8 332 Assista AgoraSe não me engano, esta é a terceira versão fílmica a que assisto sobre o famoso e controverso experimento acadêmico.
Para além da evidente dramatização do fato real acontecido, esta versão é superior as que a antecederam e confere maior destaque ao professor que elaborou e dirigiu o experimento.
O final faz uso do recurso do mockumentary para ilustrar os depoimentos de alguns dos envolvidos.
Missão: Impossível 3
3.4 513 Assista AgoraA estreia de J. J. Abrams na tela grande. O filme começa muito bem, mas com uma estratégia que, me parece, funciona melhor para o formato de série televisiva. A humanização do protagonista se dá pelo cliché da esposa que não conhece a verdadeira atividade profissional do marido. E aí, toda a carga dramática e de suspense do flashforward faz com o filme se torne uma longa espera por um momento ápice que não terá mais o mesmo impacto. Destaques para a sequência de ação extrema e explosões na ponte e o antológico e assustador vilão interpretado pelo saudoso Philip Seymour Hoffman.
Missão: Impossível
3.5 516 Assista AgoraTranspor para o cinema dos anos 1990, uma série televisiva de sucesso dos anos 1960. Justificar a existência de agências de espionagem após o fim da Guerra Fria. Administrar os egos inflados do ator e do produtor principais (ambos, a mesma pessoa: Tom Cruise).
- Diretor Brian DePalma, esta é a sua missão, caso queira aceitá-la!
Parece que com o tempo, este filme se tornou um dos melhores da franquia.
Brian DePalma conseguiu contar uma história de suspense intrincada e interessante, mesclada com cenas de ação convincentes e que gerou uma sequência icônica, que ilustra um dos cartazes do filme e é repetida ou referenciada nos demais filmes da série. A fotografia, os tons azulados, a música de fundo e o ritmo de boa parte da narrativa contribuem para o clima de suspense noir e nos remete ao principal mestre de DePalma: Alfred Hitchcock.
Além disso, cabe observar o modo como é feito o link com o antigo seriado televisivo, com um dos protagonistas de então (Jim Phelps) sendo a chave de explicação tanto para a decadência das aventuras de espionagem quanto para um novo começo para os filmes deste gênero.
Missão: Impossível 2
3.1 491 Assista AgoraFilme de grande sucesso quando de seu lançamento, dirigido por um John Woo no auge de sua popularidade em Hollywood como o esteta dos filmes de ação dos anos 1990. Aliás, há um excesso de situações que nos remetem a "Face/Off", outro blockbuster cometido por Woo alguns anos antes.
M:I-2 se afasta de seu antecessor e confere a esta franquia cinematográfica o perfil definitivo de filme de ação, com todo o foco no agente Ethan Hunt, que nesta história faz pouco uso de suas habilidades de dedução, em prol de muita correria, muitas explosões, muita pancadaria e algum romance.
Marcou época como blockbuster, mas devido ao seu enredo previsível, ficou um tanto quanto datado.
Em tempo: A primeira sequência do filme com o protagonista é antológica quanto a possibilidade de traçar um paralelo entre o trabalho do agente Hunt e a condição real de existência dos trabalhadores precarizados
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraOu o fenômeno Netflix instituiu agora que o(a) primeiro(a) episódio (temporada) é um prequel, uma introdução para o desenvolvimento da trama nos (nas) episódios (temporadas) seguintes ou daqui a um mês, quando baixar a emoção atiçada por toda a campanha publicitária tão bem engendrada pela Disney, veremos que este Episódio VII vai até redimir os Episódios I, II e III!
Este Star Wars - O Despertar da Força é um filme de aventura e fantasia bem mediano! Um tanto quanto infantil devido ao excesso de momentos 'fofinhos' e engraçadinhos, que apela muito para o emocional dos fãs antigos (entre os quais se encontram os formadores de opiniões que são os primeiros a lançarem as criticas e resenhas sobre o filme) e que praticamente repete uma história já contada anteriormente.
Um filme que demonstra a fragilidade da franquia cinematográfica, na medida em que não avança para além da estrutura narrativa que lhe consagrou e fica muito aquém das possibilidades já exploradas pelo Universo Expandido em outras mídias.
Apesar disso tudo, tenho ainda esperança de algo novo! Gostei muito do vilão e da heroína! Kylo Ren está anos-luz além de Darth Maul e é muito mais interessante do que Darth Vader,
na medida em que Ren é imaturo, arrogante, ousado, mas parece muito mais decidido a abraçar a Força! Parece ter muito menos remorso por ter abandonado sua vida pregressa do que Vader! E o fato de tanto Ren quanto Rey usarem a Força de forma bruta, sem o devido treinamento, sugere
A ver!
[spoiler][/spoiler]
007 Contra Spectre
3.3 1,0K Assista AgoraDefinitivamente, o 007 da fase Daniel Craig enfrenta dois grandes inimigos: o sindicato do crime internacional SPECTRE e o ajuste fiscal neoliberal!
Este filme não tem o mesmo brilho de seu antecessor. Mais uma vez, um nome de peso no papel do vilão principal: Christoph Waltz. Uma pena que o personagem tenha sido pouco desenvolvido, principalmente no que se refere as suas motivações. Acho que é um personagem que deveria ter sido trabalhado em mais de um filme da série.
M, Q e Moneypenny têm papéis relevantes que não se resumem as atividades administrativas. Por outro lado, é de se lamentar que a caracterização das bond girls continua sendo feita por um viés machista...
Apesar das atualizações, este filme também tem várias referências aos enfrentamentos contra o S.P.E.C.T.R.E. e o seu líder dos filmes dos anos 1960 (como o gato angorá).
A sequência com os créditos inicias e a música tema não são tão empolgantes como as anteriores.