Uma produção esmerada não é o bastante para se ter uma boa história. Personagens caricatos, unidimensionais, autômatos sem motivações manifestas. Erros históricos crassos (ou deliberados?). História fraca e maniqueista. O episódio dirigido pelo Padilha repete os mesmos problemas já cometidos por ele em
Tropa de Elite 1 (a passagem com o grupo revolucionário marxista M-19 no episódio #03 lembra outro momento risível da filmografia de Padilha: a passeata pela paz promovida pelos alunos da PUC na primeira aventura cinematográfica do Capitão Nascimento). A referência ao realismo fantástico como uma fator para se entender a mentalidade e a sociedade colombianas, algo extremamente interessante como recurso narrativo, é simplesmente abandonada no final do episódio #04 e desaparece da série tal como um carregamento de drogas apreendido na alfândega do aeroporto!
Salva-se, com louvor, a atuação de Wagner Moura. Esta série é, na melhor das hipóteses, um passatempo raso. Netflix virou grife, onde a embalagem e o nome valem mais que o conteúdo.
Excelente filme, excelente produção nacional. Dista bastante do besteirol e dos roteiros rasos e insignificantes da maioria absoluta das produções que a Globo Filmes despeja regularmente nas nossas telas. Vale muito a pena assistir!
Superman dirigido por Tim Burton e com Nicolas Cage no papel principal. Um making of sobre um filme que nunca foi realizado. Um bom documentário sobre todo o processo de criação, de pré-produção e de "venda" da ideia do filme.
Precisamos falar sobre Kevin. E também sobre Bob e Stuart. Mas nem se tem muito o que falar! Os carismáticos Minions me lembram os personagens humorísticos do cinema mudo. Funcionam muito melhor como elenco de apoio em sketches e gags na série Meu Malvado Favorito do que neste longa metragem inteiro só para eles. É um filminho divertido e bom para as crianças (o público alvo do filme). E só. A grande atração são as referências à cultura pop, o
Curioso assistir a este filme cerca de 30 anos depois! Rumble Fish é uma daquelas produções que, nos anos 1980, ajudou a definir os termos cool e cult. Fotografia em preto-e-branco, jovens atores promissores, história ambientada no que se supõe ser os idílicos anos 1950, MIckey Rourke falando com a voz baixinha, um diretor que havia entrado para a história do cinema (Apocalypse Now) se arriscando a filmar um livro adolescente, a estreia do sobrinho deste diretor (Nicholas "Cage" Coppola), Tom Waits como bartender, trilha sonora pelo "Police" Stewart Copeland, filosofia nietzchiana prêt-à-porter. Hoje, me salta aos olhos a misoginia do protagonista da história e o quanto a estética parece forçada. Mas não tenho como negar que foi um dos meus filmes prediletos na adolescência. E é por conta desta questão afetiva - e não por uma questão técnica - que eu dou 5 estrelas para a história de Rysty James e do seu irmão, o 'garoto da motocicleta'. Como diz a letra da música daquela banda dos anos 1980: "funny how time flies".
Dramático, subjetivo, simbólico, esteticamente bonito, mas um tanto quanto maniqueista (sim, é baseado em fatos reais, mas há formas várias de se narrar uma história). Talvez o problema seja comigo: já estou cansado de tantos produtos culturais de denúncia das arbitrariedades do regime dos aiatolás iranianos. Esperando um filme/livro/quadrinhos denúncia das atrocidades da ditadura da Arábia Saudita.
O filme começa como uma produção da Dreamworks, com direito a criança gênio e tudo! Parece sessão da tarde, parece filme dos anos 1980! Mas logo avança para um clima sombrio e a transformação dos personagens nos remete aos filmes SciFi dos anos 1950/1960, onde a ciência e a tecnologia aparecem como caixas de Pandora, liberando o terror sobre os humanos que ousam desafiar o desconhecido. E até este ponto, o filme honra os heróis dos quadrinhos nos quais se baseia. Seja na origem calcada na sua versão Ultimate, seja no run de Stan Lee e Jack Kirby - para um grupo de heróis que foram inspirados nos "Desafiadores do Desconhecido", da Distinta Concorrência. O problema é que o filme é muito curto e seus 30 minutos finais são muito mal desenvolvidos, com situações sendo apressadas, mal explicadas e parcamente justificadas. A (des)caracterização do Dr Destino deixa evidente que o vilão deveria ser o Aniquilador (soberano da Zona Negativa - o correspondente ao Planeta Zero do filme). De qualquer modo, não é impossível imaginar o Quarteto Fantástico agindo para o governo norte-americano e caçando e enfrentando os X-Men numa produção cinematográfica futura! O maior erro desta produção é o visível orçamento limitado! Seja para os efeitos especiais e a pós-produção, seja para a divulgação positiva junto à mídia especializada. Não há motivos para tanto mimimi de fanboy acerca de um filme que lembra muito as produções da Marvel Studios - ou seja, metade do tempo de duração desenvolvendo os dramas das vidas civis e as personalidades dos protagonistas para depois assistirmos aos sabores e dissabores de suas transformações em super-humanos, seguida pela esperada e maniqueista luta contra um antagonista que é o justo oposto dos heróis. Foi assim em Hulk, Homem de Ferro, Thor e Capitão América. Aliás, arrisco até uma 'teoria da conspiração': a Disney/Marvel disseminou nos meios de comunicação (principalmente na Internet) a ideia de fracasso e fiasco desta produção da Fox, difundindo bastante anti-propaganda e criando uma prévia consideração negativa junto ao público, principalmente os formadores de opinião. Tudo para fazer a Fox desistir da franquia e e reverter os direitos cinematográficos da "1ª Família" para a Marvel.
Uma mistura de "A Inocente Face do Terror" (Robert Mulligan, 1972) com "Violência Gratuita" (Michael Haneke, 1997). Climão de filme de terror psicológico dos anos 1970 com uma pitada de gore estiloso. Direção correta e produção competente.
Uma comédia de costumes sobre o 'homo academicus', que a partir do conflito entre pai e filho mostra como que mudança de paradigmas e transformações no direcionamento da investigação científica e nos métodos de pesquisa opõem (e mesmo cindem) gerações de pesquisadores. Há também as disputas de egos e por espaços dentro do hierárquico campo acadêmico, os vícios de linguagem e de escrita capazes de denunciar a identidade de um professor-pesquisador e os rituais litúrgicos de escolha, anunciação, nomeação e entrega de títulos e prêmios dentro do campo acadêmico – algo que me fez lembrar do texto “Once a knight is quite enough”, de Edmund Leach.
O único ponto positivo que vejo nesta série é o fato de jogar a diversidade (cultural, sexual, étnica, de gênero) na cara da sociedade! É muito significativo ter uma protagonista transgênero. De resto, diálogos fracos, frases de efeito, atores canastrões e uma trama que parece o amálgama entre as novelas globais de Manoel Carlos, Glória Perez e Gilberto Braga com a novela “Os Mutantes”, da Record. Foi um suplício assistir a este episódio piloto de 12 horas!!
Desnecessário. Seja para a franquia, seja para o cinema. Ah, para o cinema como indústria de entretenimento não é desnecessário não, porque faz dinheiro, gera licenciamento e faz mais dinheiro. Se o 1º filme chupinhou o argumento do arco de história "Days Of A Future Past" de Uncanny X-Men #181 e #182, este 5º filme copia o que há de pior nos quadrinhos dos mutantes da Marvel: as inúmeras linhas temporais e os constantes reboots. Sobre a volta de Schwarzenneger ao papel icônico, Iñarritu ganhou um Oscar este ano com um filme que já fala muito sobre este assunto. Para os fãs dos dois primeiros filmes da série, resta a esperança pelo retorno de James Cameron à direção da franquia em 2019.
Não tem o mesmo carisma nem faz o estilo bobo-alegre de “Guardiões da Galáxia”. Mais parece com um longa-metragem feito para a TV ou com aquelas aventuras leves feitas nos anos 1980 e que hoje são exibidas na sessão da tarde. Bom entretenimento, com a dose certa de humor e fazendo a ligação entre os filmes e a série-televisiva da Marvel Studio. E ainda introduz o retcon (continuidade retroativa) no universo cinematográfico da Marvel! Nunca é demais avisar: atentem para as cenas após o filme- não apenas a cena DURANTE os créditos, mas também a cena APÓS os créditos!
Uma filme de horror(es): da incapacidade física para a maternidade à objetificação do corpo feminino. Realização interessante, com um início instigante, um desenvolvimento inusitado e um final redondo (apesar de previsível a partir dos 15 minutos finais).
A indústria de entretenimento norte-americana sempre produziu histórias que humanizam os outsiders e os marginais da sociedade – Scarface e a família Corleone que o digam. Mas Better Call Saul tem algo a mais. Por se tratar de um spin off e uma espécie de retcon (cronologia retroativa), tem por objetivo nos mostrar as origens – o "ano um'', por assim dizer – de um personagem protagonista que era um coadjuvante em outra série de sucesso (Breaking Bad). A 1ª temporada não buscou redimir Saul Goodman, nem mostrá-lo como um looser absoluto que conseguiu, cinicamente, o lugar que lhe cabia no latifúndio do sonho americano. Antes, Saul Goodman é humano porque (re)conhece suas limitações, porque aprende as regras do jogo e porque mantém, numa ou noutra medida, um senso de justiça com relação ao seu irmão (um bom truque narrativo para humanizar a personagem!). Esta série, como um todo, é um bom ensaio pop sobre a ideologia contemporânea do empreendedorismo e do american way of life.
Como de costume, a Pixar apresenta a sua habitual capacidade de contar uma história de modo a alcançar públicos distintos - tanto no que se refere a faixa etária quanto à capacidade reflexiva e a detenção de repertório para ir além do mero entretenimento. Divertida Mente/Inside Out nos lembra os Perpétuos de Neil Gaiman, nos lembra aqueles velhos desenhos “didáticos” da Disney e da Looney Tunes dos anos 50 e 60 e nos lembra que é possível para a indústria de animação norte-americana fazer um trabalho de qualidade e tão inteligente quanto os seus congêneres europeu e japonês. Em tempos de rivotril e de prozac, Inside Out/Divertida Mente repõe o lugar da tristeza em nossas vidas e a sua importância na construção de nossa reflexividade e memória afetiva.
Um grande filme de ação! Achei melhor e superior a trilogia clássica. Direção, cenários, fotografia, montagem, som, caracterização dos personagens... tudo muito bom! Destaco o protagonismo e desenvolvimento sem panfletagem das personagens femininas. Dá o que pensar sobre os acirramentos das relações de poder (incluso a de gênero) numa situação distópica de escassez de recursos. Enfim...testemunhem!
O diretor George Miller expande seu universo e sua visão de um futuro distópico "down under". E seu herói, agora livre de laços familiares, se torna o típico cavaleiro solitário pós-apocalíptico. Interessante, mas já datado.
A primeira parte do filme lembra muito as HQs futuristas da revista Metal Hurlant! Fora isso, temos um Mel Gibson canastrão (desculpem a redundância), uma Tina Turner canastrona (que mais parece uma Acid Queen pós-apocalíptica), os "Garotos Perdidos" pós-apocalíptico, piadas e cenas engraçadinhas (talvez para emular parte cômica dos filmes do Indiana Jones) e uma reinterpretação pós-apocalíptica da jornada do herói.
Polícia motorizada, deserto, herói protagonista com seu núcleo familiar, bando de marginais que beiram a psicopatia e uma voz intermitente na frequência de rádio da polícia. Interessante visão distópica de um futuro próximo, com alguns elementos que não retornariam nos demais filmes da série. Uma estética que marcou época e deixou suas influências.
Relações afetivas frias, efêmeras, lacônicas, pontuais. Fantasmas vagando no mundo material. E, há 10 anos atrás, o diretor não precisou falar de Internet ou de redes sociais para esboçar um retrato contemporâneo da solidão humana e da dificuldade em (querer) se encontrar no outro. Destaque para a atuação de Julia Hummer.
Um filme supostamente hipster, com personagens hipsters, para uma audiência preferencialmente hipster. Alguns bons momentos cômicos, algumas reflexões óbvias, muita falação (típico de filme norte-americano que se pretende reflexivo) e um elenco e direção corretos. E é isso.
Fotografia e trilha-sonora impecáveis, que contribuem para o clima de filme dos anos 1960/1970. Suspense-psicológico, terror, horror e gore. Uma nova interpretação para a casa (apartamento) mal-assombrado. Referências a Polansky, Brian de Palma e Stephen King. Ah, mas é claro que tem a hitchcockiana virada/revelação no final do filme! O cinema de suspense espanhol continua acima da média do seu congênere norte-americano. Vale muito a pena assistir!
Narcos (1ª Temporada)
4.4 898 Assista AgoraUma produção esmerada não é o bastante para se ter uma boa história. Personagens caricatos, unidimensionais, autômatos sem motivações manifestas. Erros históricos crassos (ou deliberados?). História fraca e maniqueista.
O episódio dirigido pelo Padilha repete os mesmos problemas já cometidos por ele em
Tropa de Elite 1 (a passagem com o grupo revolucionário marxista M-19 no episódio #03 lembra outro momento risível da filmografia de Padilha: a passeata pela paz promovida pelos alunos da PUC na primeira aventura cinematográfica do Capitão Nascimento). A referência ao realismo fantástico como uma fator para se entender a mentalidade e a sociedade colombianas, algo extremamente interessante como recurso narrativo, é simplesmente abandonada no final do episódio #04 e desaparece da série tal como um carregamento de drogas apreendido na alfândega do aeroporto!
Esta série é, na melhor das hipóteses, um passatempo raso.
Netflix virou grife, onde a embalagem e o nome valem mais que o conteúdo.
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O Lobo Atrás da Porta
4.0 1,3K Assista AgoraExcelente filme, excelente produção nacional. Dista bastante do besteirol e dos roteiros rasos e insignificantes da maioria absoluta das produções que a Globo Filmes despeja regularmente nas nossas telas.
Vale muito a pena assistir!
A Morte de "Superman Lives": O Que Aconteceu?
3.7 35Superman dirigido por Tim Burton e com Nicolas Cage no papel principal. Um making of sobre um filme que nunca foi realizado. Um bom documentário sobre todo o processo de criação, de pré-produção e de "venda" da ideia do filme.
Minions
3.3 996 Assista AgoraPrecisamos falar sobre Kevin. E também sobre Bob e Stuart.
Mas nem se tem muito o que falar! Os carismáticos Minions me lembram os personagens humorísticos do cinema mudo. Funcionam muito melhor como elenco de apoio em sketches e gags na série Meu Malvado Favorito do que neste longa metragem inteiro só para eles.
É um filminho divertido e bom para as crianças (o público alvo do filme). E só. A grande atração são as referências à cultura pop, o
que inclui as “participações especiais” de Stanley Kubrick, Freddie Mercury e Os Beatles (a mais óbvia)
Gemma Bovery: A Vida Imita a Arte
3.5 51 Assista AgoraExcelente adaptação cinematográfica da graphic novel homônima de Posy Simmonds! Um filme muito bom.
O Selvagem da Motocicleta
4.0 227 Assista AgoraCurioso assistir a este filme cerca de 30 anos depois!
Rumble Fish é uma daquelas produções que, nos anos 1980, ajudou a definir os termos cool e cult. Fotografia em preto-e-branco, jovens atores promissores, história ambientada no que se supõe ser os idílicos anos 1950, MIckey Rourke falando com a voz baixinha, um diretor que havia entrado para a história do cinema (Apocalypse Now) se arriscando a filmar um livro adolescente, a estreia do sobrinho deste diretor (Nicholas "Cage" Coppola), Tom Waits como bartender, trilha sonora pelo "Police" Stewart Copeland, filosofia nietzchiana prêt-à-porter.
Hoje, me salta aos olhos a misoginia do protagonista da história e o quanto a estética parece forçada. Mas não tenho como negar que foi um dos meus filmes prediletos na adolescência. E é por conta desta questão afetiva - e não por uma questão técnica - que eu dou 5 estrelas para a história de Rysty James e do seu irmão, o 'garoto da motocicleta'.
Como diz a letra da música daquela banda dos anos 1980: "funny how time flies".
O Último Poema do Rinoceronte
3.7 53Dramático, subjetivo, simbólico, esteticamente bonito, mas um tanto quanto maniqueista (sim, é baseado em fatos reais, mas há formas várias de se narrar uma história). Talvez o problema seja comigo: já estou cansado de tantos produtos culturais de denúncia das arbitrariedades do regime dos aiatolás iranianos.
Esperando um filme/livro/quadrinhos denúncia das atrocidades da ditadura da Arábia Saudita.
Quarteto Fantástico
2.2 1,7K Assista AgoraO filme começa como uma produção da Dreamworks, com direito a criança gênio e tudo! Parece sessão da tarde, parece filme dos anos 1980! Mas logo avança para um clima sombrio e a transformação dos personagens nos remete aos filmes SciFi dos anos 1950/1960, onde a ciência e a tecnologia aparecem como caixas de Pandora, liberando o terror sobre os humanos que ousam desafiar o desconhecido. E até este ponto, o filme honra os heróis dos quadrinhos nos quais se baseia. Seja na origem calcada na sua versão Ultimate, seja no run de Stan Lee e Jack Kirby - para um grupo de heróis que foram inspirados nos "Desafiadores do Desconhecido", da Distinta Concorrência.
O problema é que o filme é muito curto e seus 30 minutos finais são muito mal desenvolvidos, com situações sendo apressadas, mal explicadas e parcamente justificadas. A (des)caracterização do Dr Destino deixa evidente que o vilão deveria ser o Aniquilador (soberano da Zona Negativa - o correspondente ao Planeta Zero do filme). De qualquer modo, não é impossível imaginar o Quarteto Fantástico agindo para o governo norte-americano e caçando e enfrentando os X-Men numa produção cinematográfica futura!
O maior erro desta produção é o visível orçamento limitado! Seja para os efeitos especiais e a pós-produção, seja para a divulgação positiva junto à mídia especializada. Não há motivos para tanto mimimi de fanboy acerca de um filme que lembra muito as produções da Marvel Studios - ou seja, metade do tempo de duração desenvolvendo os dramas das vidas civis e as personalidades dos protagonistas para depois assistirmos aos sabores e dissabores de suas transformações em super-humanos, seguida pela esperada e maniqueista luta contra um antagonista que é o justo oposto dos heróis. Foi assim em Hulk, Homem de Ferro, Thor e Capitão América.
Aliás, arrisco até uma 'teoria da conspiração': a Disney/Marvel disseminou nos meios de comunicação (principalmente na Internet) a ideia de fracasso e fiasco desta produção da Fox, difundindo bastante anti-propaganda e criando uma prévia consideração negativa junto ao público, principalmente os formadores de opinião. Tudo para fazer a Fox desistir da franquia e e reverter os direitos cinematográficos da "1ª Família" para a Marvel.
Boa Noite, Mamãe
3.5 1,5K Assista AgoraUma mistura de "A Inocente Face do Terror" (Robert Mulligan, 1972) com "Violência Gratuita" (Michael Haneke, 1997). Climão de filme de terror psicológico dos anos 1970 com uma pitada de gore estiloso. Direção correta e produção competente.
Nota de Rodapé
3.7 58 Assista AgoraUma comédia de costumes sobre o 'homo academicus', que a partir do conflito entre pai e filho mostra como que mudança de paradigmas e transformações no direcionamento da investigação científica e nos métodos de pesquisa opõem (e mesmo cindem) gerações de pesquisadores.
Há também as disputas de egos e por espaços dentro do hierárquico campo acadêmico, os vícios de linguagem e de escrita capazes de denunciar a identidade de um professor-pesquisador e os rituais litúrgicos de escolha, anunciação, nomeação e entrega de títulos e prêmios dentro do campo acadêmico – algo que me fez lembrar do texto “Once a knight is quite enough”, de Edmund Leach.
Sense8 (1ª Temporada)
4.4 2,1K Assista AgoraO único ponto positivo que vejo nesta série é o fato de jogar a diversidade (cultural, sexual, étnica, de gênero) na cara da sociedade! É muito significativo ter uma protagonista transgênero.
De resto, diálogos fracos, frases de efeito, atores canastrões e uma trama que parece o amálgama entre as novelas globais de Manoel Carlos, Glória Perez e Gilberto Braga com a novela “Os Mutantes”, da Record.
Foi um suplício assistir a este episódio piloto de 12 horas!!
Sobrenatural: A Origem
3.1 729 Assista AgoraPrequel que não acrescentou muito à franquia.
O Exterminador do Futuro: Gênesis
3.2 1,2K Assista AgoraDesnecessário. Seja para a franquia, seja para o cinema. Ah, para o cinema como indústria de entretenimento não é desnecessário não, porque faz dinheiro, gera licenciamento e faz mais dinheiro.
Se o 1º filme chupinhou o argumento do arco de história "Days Of A Future Past" de Uncanny X-Men #181 e #182, este 5º filme copia o que há de pior nos quadrinhos dos mutantes da Marvel: as inúmeras linhas temporais e os constantes reboots.
Sobre a volta de Schwarzenneger ao papel icônico, Iñarritu ganhou um Oscar este ano com um filme que já fala muito sobre este assunto.
Para os fãs dos dois primeiros filmes da série, resta a esperança pelo retorno de James Cameron à direção da franquia em 2019.
Homem-Formiga
3.7 2,0K Assista AgoraNão tem o mesmo carisma nem faz o estilo bobo-alegre de “Guardiões da Galáxia”. Mais parece com um longa-metragem feito para a TV ou com aquelas aventuras leves feitas nos anos 1980 e que hoje são exibidas na sessão da tarde.
Bom entretenimento, com a dose certa de humor e fazendo a ligação entre os filmes e a série-televisiva da Marvel Studio. E ainda introduz o retcon (continuidade retroativa) no universo cinematográfico da Marvel!
Nunca é demais avisar: atentem para as cenas após o filme- não apenas a cena DURANTE os créditos, mas também a cena APÓS os créditos!
A Qualquer Preço
2.5 102 Assista AgoraUma filme de horror(es): da incapacidade física para a maternidade à objetificação do corpo feminino.
Realização interessante, com um início instigante, um desenvolvimento inusitado e um final redondo (apesar de previsível a partir dos 15 minutos finais).
Better Call Saul (1ª Temporada)
4.3 820 Assista AgoraA indústria de entretenimento norte-americana sempre produziu histórias que humanizam os outsiders e os marginais da sociedade – Scarface e a família Corleone que o digam. Mas Better Call Saul tem algo a mais. Por se tratar de um spin off e uma espécie de retcon (cronologia retroativa), tem por objetivo nos mostrar as origens – o "ano um'', por assim dizer – de um personagem protagonista que era um coadjuvante em outra série de sucesso (Breaking Bad).
A 1ª temporada não buscou redimir Saul Goodman, nem mostrá-lo como um looser absoluto que conseguiu, cinicamente, o lugar que lhe cabia no latifúndio do sonho americano. Antes, Saul Goodman é humano porque (re)conhece suas limitações, porque aprende as regras do jogo e porque mantém, numa ou noutra medida, um senso de justiça com relação ao seu irmão (um bom truque narrativo para humanizar a personagem!).
Esta série, como um todo, é um bom ensaio pop sobre a ideologia contemporânea do empreendedorismo e do american way of life.
Divertida Mente
4.3 3,2K Assista AgoraComo de costume, a Pixar apresenta a sua habitual capacidade de contar uma história de modo a alcançar públicos distintos - tanto no que se refere a faixa etária quanto à capacidade reflexiva e a detenção de repertório para ir além do mero entretenimento.
Divertida Mente/Inside Out nos lembra os Perpétuos de Neil Gaiman, nos lembra aqueles velhos desenhos “didáticos” da Disney e da Looney Tunes dos anos 50 e 60 e nos lembra que é possível para a indústria de animação norte-americana fazer um trabalho de qualidade e tão inteligente quanto os seus congêneres europeu e japonês.
Em tempos de rivotril e de prozac, Inside Out/Divertida Mente repõe o lugar da tristeza em nossas vidas e a sua importância na construção de nossa reflexividade e memória afetiva.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraUm grande filme de ação!
Achei melhor e superior a trilogia clássica. Direção, cenários, fotografia, montagem, som, caracterização dos personagens... tudo muito bom! Destaco o protagonismo e desenvolvimento sem panfletagem das personagens femininas. Dá o que pensar sobre os acirramentos das relações de poder (incluso a de gênero) numa situação distópica de escassez de recursos.
Enfim...testemunhem!
Mad Max 2: A Caçada Continua
3.8 476 Assista AgoraO diretor George Miller expande seu universo e sua visão de um futuro distópico "down under". E seu herói, agora livre de laços familiares, se torna o típico cavaleiro solitário pós-apocalíptico. Interessante, mas já datado.
Mad Max 3: Além da Cúpula do Trovão
3.4 485 Assista AgoraA primeira parte do filme lembra muito as HQs futuristas da revista Metal Hurlant!
Fora isso, temos um Mel Gibson canastrão (desculpem a redundância), uma Tina Turner canastrona (que mais parece uma Acid Queen pós-apocalíptica), os "Garotos Perdidos" pós-apocalíptico, piadas e cenas engraçadinhas (talvez para emular parte cômica dos filmes do Indiana Jones) e uma reinterpretação pós-apocalíptica da jornada do herói.
Mad Max
3.6 727 Assista AgoraPolícia motorizada, deserto, herói protagonista com seu núcleo familiar, bando de marginais que beiram a psicopatia e uma voz intermitente na frequência de rádio da polícia. Interessante visão distópica de um futuro próximo, com alguns elementos que não retornariam nos demais filmes da série. Uma estética que marcou época e deixou suas influências.
Fantasmas
3.3 10Relações afetivas frias, efêmeras, lacônicas, pontuais. Fantasmas vagando no mundo material.
E, há 10 anos atrás, o diretor não precisou falar de Internet ou de redes sociais para esboçar um retrato contemporâneo da solidão humana e da dificuldade em (querer) se encontrar no outro.
Destaque para a atuação de Julia Hummer.
Enquanto Somos Jovens
3.2 230 Assista AgoraUm filme supostamente hipster, com personagens hipsters, para uma audiência preferencialmente hipster.
Alguns bons momentos cômicos, algumas reflexões óbvias, muita falação (típico de filme norte-americano que se pretende reflexivo) e um elenco e direção corretos. E é isso.
Ninho de Musaranho
3.7 333Fotografia e trilha-sonora impecáveis, que contribuem para o clima de filme dos anos 1960/1970. Suspense-psicológico, terror, horror e gore. Uma nova interpretação para a casa (apartamento) mal-assombrado. Referências a Polansky, Brian de Palma e Stephen King. Ah, mas é claro que tem a hitchcockiana virada/revelação no final do filme! O cinema de suspense espanhol continua acima da média do seu congênere norte-americano.
Vale muito a pena assistir!