Começa bem e prometendo ser uma adaptação melhor do que o filme italiano de 2013, mas logo se torna modorrento e com muitas elipses. Os personagens e atores também ~soa menos carismáticos que o do filme realizado por Paolo Virizi.
o cinema de terror psicológico feito a partir dos anos 1960. Neste sentido, não tem como deixar de observar o clima que é construído do final do segundo ato para o início do terceiro: o assobio do vento, as sombras, o enquadramento, a expressão de pavor que ganha o rosto da protagonista, a trilha sonora sombria... Tudo concorre para o "plot twist" macabro que marcará o fim daquele "interlúdio de verão" (no titulo original),
confirmando talvez a visão do diretor quanto a evanescência da felicidade e a marca que eventos traumáticos imprimem em nossas trajetórias de vida e relações afetivas - temas que viriam a caracterizar sua filmografia.
Um filme denso e sombrio na forma como caracteriza as vidas e as aspirações e limitações de ação dos seres-humanos. Só não é mais opressivo e deprimente que "A Estrada da Vida", de Fellini! O palhaço Frost me lembrou do palhaço interpretado por David Bowie no clip para a sua música Ashes To Ashes. Aliás, até o cenário da história com Frost, sua esposa e a guarnição de soldados lembra a mesma ambientação do supracitado vídeo-clip!
Eu não ia assistir a esta série porque achei que era uma espécie de amalgama de “Stranger Things” com “Dark”... Qual nada!
Contos do Loop é, de longe, uma das melhores peças de sci-fi da indústria do entretenimento de massas dos últimos anos!
É melancólico, é existencialista, é reflexivo, é lento... É sobre o tempo!
E é justamente pelo modo como o tempo é tratado que esta série pode sim, ser caracterizada como ficção-científica e não como fantasia. É a apreensão e a percepção humana do tempo – e também do espaço, da sua posição no espaço em relação ao outro -, é o modo como trata da viagem dos seres humanos através/ao longo do tempo, que faz de Tales From The Loop uma história tão tocante.
Num ano em que Westworld decepcionou geral, Tales From The Loop me surpreendeu e me cativou.
Indie sci-fi britânico. Ecos de Show de Truman, Aldeia dos Malditos e do game The Sims. É como um episódio estendido de The Twiligh Zone/Além da Imaginação. Uma crítica ao looping (e ao sentido) da vida das camadas médias urbanas na sociedade ocidental.
Em vários momentos, as desventuras do casal de protagonistas me fez lembrar das realizações dos irmãos Dardenne, tanto quanto do drama do casal de "Tempos Modernos", de Chaplin (um dos filmes preferidos dos Dardennes).
Impossível não ver a influência desta obra de Ingmar Bergman na (ainda curta) filmografia de Robert Eggers! Desde a fotografia em preto-e-branco e a sonorização dos ambientes que preenche os silêncios até o plot do homem enlouquecendo numa ilha, passando pela sequência inicial que localiza a história a ser contada como um evento verídico.
O impacto e o incômodo causados por este filme me fez lembrar também de "O Anti-Cristo" (Lars Von Trier) e "Mother!" (Darren Aronofsky)
Um baita filme de terror psicológico (ou psicanalítico?), que merece ser visto e revisto.
O que motiva as ações humanas? Por que há mais de um ponto de vista e mais de uma narrativa sobre um mesmo fato? A diversidade humana produz tanto o inferno quanto a gentileza, e é feita tanto do egoismo quanto da solidariedade. Um filme atual. Um clássico inconteste.
A construção do clima de mistério e as referências as obras de Hitchcock (Vertigo, Rebecca, Spellbound e até Psicose!) ao longo do filme empolgam, mas o terceiro ato e a conclusão deixam evidentes os problemas do roteiro e a dificuldade em se driblar a moral ianque.
Um filme de terror psicológico icônico. Ms ao término, fica a vontade de assistir a uma "versão do diretor", pois parece que muita coisa foi trabalhada de forma rápida ou en passant - talvez devido a edição final, talvez por conta de um roteiro burocrático.
Imagina um documentário que tem por cenário uma cidade norte-americana repleta de red-necks! Agora, imagina que a história ali contada te fará desenvolver empatia por aquelas pessoas. Se tem um gênero que eu evito é o documentário! Mas talvez seja mais por conta do fandom do que pela estrutura do gênero em si. Então, só assisti a este doc devido ao seu realizador. E é, desde já, um dos meus filmes preferidos! Louis Malle foi genial na construção da narrativa! Além da edição e do roteiro serem dignos de nota, justamente por serem objetivos, sem firulas.
Têm vários momentos que são antológicos, seja pela simplicidade e espontaneidade com que os “personagens” se apresentam e comentam sobre suas vidas, seja pelo que revelam das contradições da realidade social em que vivem – e que estruturam. Destaco o momento, ainda nas filmagens de 1979,
do almoço do jovem casal de fazendeiros, em que o realizador observa que o preparo do almoço consiste, basicamente, “no abrir de várias latas” (comida enlatada, pré-pronta) e complementa: “eles não bebem nem o leite que produzem"
Malle constata as dificuldades financeiras daqueles agricultores, bem como as reações e racionalizações daquelas pessoas à crise. Desde os que sinalizavam a adesão a uma narrativa de extrema direita aos que viam no governo Reagan a responsabilidade pela escalada da financeirização da economia agrícola
.
Para além da revelação da configuração social local (
a quase inexistência de negros, casais formados por noivos saindo da adolescência, a jovem mulher homossexual que precisa ir a outra cidade para se relacionar, a equipe de teatro amador que dribla – e testar - o conservantismo de seus concidadãos
), não deixa de ser impressionante como que Malle conseguiu capturar mudanças estruturais no capitalismo a partir das falas e das vidas de alguns habitantes da pequena comunidade/cidade de Glencoe, no estado norte-americano de Minnesota, numa diferença de tempo de 6 anos.
Ajuda muito a entender um momento da história econômica contemporânea e o drama vivido pelos agricultores norte-americanos durante a reaganomics. Ajuda muito a entender a mentalidade red-neck e como que o neoliberalismo os empurrou para os braços do populismo de direita e o neofascismo.
As histórias contadas pelos faxineiros me faziam lembrar do Slavoj Žižek - com a diferença que o texto do jovem diretor germânico Julian Radlmaier é mais compreensível e engraçado que as falas e piadas sem graça do filósofo esloveno.
Interessante, apesar de sabermos que se trata de uma cinebiografia cheia de passadas de pano. Gostei da caracterização de um Tesla autista e menos mítico!
Capital Humano
2.6 19 Assista AgoraComeça bem e prometendo ser uma adaptação melhor do que o filme italiano de 2013, mas logo se torna modorrento e com muitas elipses. Os personagens e atores também ~soa menos carismáticos que o do filme realizado por Paolo Virizi.
Juventude
4.2 82 Assista AgoraAlain Resnais que me perdoe, mas dos filmes que têm a memória como mote, este foi o que mais me emocionou!
Ah! Já foi dito que os filmes do Bergman influenciaram bastante
o cinema de terror psicológico feito a partir dos anos 1960. Neste sentido, não tem como deixar de observar o clima que é construído do final do segundo ato para o início do terceiro: o assobio do vento, as sombras, o enquadramento, a expressão de pavor que ganha o rosto da protagonista, a trilha sonora sombria...
Tudo concorre para o "plot twist" macabro que marcará o fim daquele "interlúdio de verão" (no titulo original),
Filmaço de um então jovem Bergman.
Noites de Circo
3.9 49Um filme denso e sombrio na forma como caracteriza as vidas e as aspirações e limitações de ação dos seres-humanos.
Só não é mais opressivo e deprimente que "A Estrada da Vida", de Fellini!
O palhaço Frost me lembrou do palhaço interpretado por David Bowie no clip para a sua música Ashes To Ashes. Aliás, até o cenário da história com Frost, sua esposa e a guarnição de soldados lembra a mesma ambientação do supracitado vídeo-clip!
Marinheiro Popeye Encontra o Marujo Sinbad
3.4 15 Assista AgoraTão divertido quanto datado. Hoje, não passa de uma ode à masculinidade tóxica.
O Duplo
3.9 31O terror de ter que ser um outro no trabalho, de ser um outro nos desejos de outrem. Mas quando ser você?
A cena em que Sílvia, de dentro do carro, à noite, vê o seu duplo na janela da escola é fantástica!
Rumo à Felicidade
3.8 21A felicidade revelada na reavaliação e na rememoração do já vivido.
Uma Lição de Amor
3.8 17Até agora, o único filme genuinamente divertido a que já assisti do Bergman!
Contos do Loop (1ª Temporada)
4.3 218 Assista AgoraEu não ia assistir a esta série porque achei que era uma espécie de amalgama de “Stranger Things” com “Dark”...
Qual nada!
Contos do Loop é, de longe, uma das melhores peças de sci-fi da indústria do entretenimento de massas dos últimos anos!
É melancólico, é existencialista, é reflexivo, é lento... É sobre o tempo!
E é justamente pelo modo como o tempo é tratado que esta série pode sim, ser caracterizada como ficção-científica e não como fantasia. É a apreensão e a percepção humana do tempo – e também do espaço, da sua posição no espaço em relação ao outro -, é o modo como trata da viagem dos seres humanos através/ao longo do tempo, que faz de Tales From The Loop uma história tão tocante.
Num ano em que Westworld decepcionou geral, Tales From The Loop me surpreendeu e me cativou.
Rumo à Felicidade
3.8 21"A Vida Como Ela É", por Bergman.
Viveiro
3.2 767 Assista AgoraIndie sci-fi britânico.
Ecos de Show de Truman, Aldeia dos Malditos e do game The Sims. É como um episódio estendido de The Twiligh Zone/Além da Imaginação.
Uma crítica ao looping (e ao sentido) da vida das camadas médias urbanas na sociedade ocidental.
Chove Sobre Nosso Amor
3.7 30Em vários momentos, as desventuras do casal de protagonistas me fez lembrar das realizações dos irmãos Dardenne, tanto quanto do drama do casal de "Tempos Modernos", de Chaplin (um dos filmes preferidos dos Dardennes).
O Rosto
3.9 46 Assista AgoraUm belo filme! Sua força está nas dimensões técnica e simbólica. Um exemplo de como o uso com maestria da "lanterna mágica" nunca envelhece.
A Hora do Lobo
4.2 308Impossível não ver a influência desta obra de Ingmar Bergman na (ainda curta) filmografia de Robert Eggers! Desde a fotografia em preto-e-branco e a sonorização dos ambientes que preenche os silêncios até o plot do homem enlouquecendo numa ilha, passando pela sequência inicial que localiza a história a ser contada como um evento verídico.
O impacto e o incômodo causados por este filme me fez lembrar também de "O Anti-Cristo" (Lars Von Trier) e "Mother!" (Darren Aronofsky)
Um baita filme de terror psicológico (ou psicanalítico?), que merece ser visto e revisto.
Rashomon
4.4 301 Assista AgoraO que motiva as ações humanas?
Por que há mais de um ponto de vista e mais de uma narrativa sobre um mesmo fato?
A diversidade humana produz tanto o inferno quanto a gentileza, e é feita tanto do egoismo quanto da solidariedade.
Um filme atual. Um clássico inconteste.
Trágica Obsessão
3.8 60A construção do clima de mistério e as referências as obras de Hitchcock (Vertigo, Rebecca, Spellbound e até Psicose!) ao longo do filme empolgam, mas o terceiro ato e a conclusão deixam evidentes os problemas do roteiro e a dificuldade em se driblar a moral ianque.
A Tortura do Medo
3.9 149Um filme de terror psicológico icônico.
Ms ao término, fica a vontade de assistir a uma "versão do diretor", pois parece que muita coisa foi trabalhada de forma rápida ou en passant - talvez devido a edição final, talvez por conta de um roteiro burocrático.
Dr. Encolhedor
3.5 4Icônico quanto a bizarrice da miniaturização de pessoas Mas sem a poesia existencialista de "O Incrível Homem Que Encolheu".
Dream Work
3.9 3 Assista AgoraWeirdo. Creepy. Lynchiano. Sinestésico. E de quebra ainda descobri a música de Kiawasch Sahebnassagh!
O País de Deus
4.1 3Imagina um documentário que tem por cenário uma cidade norte-americana repleta de red-necks! Agora, imagina que a história ali contada te fará desenvolver empatia por aquelas pessoas.
Se tem um gênero que eu evito é o documentário! Mas talvez seja mais por conta do fandom do que pela estrutura do gênero em si.
Então, só assisti a este doc devido ao seu realizador. E é, desde já, um dos meus filmes preferidos! Louis Malle foi genial na construção da narrativa! Além da edição e do roteiro serem dignos de nota, justamente por serem objetivos, sem firulas.
Têm vários momentos que são antológicos, seja pela simplicidade e espontaneidade com que os “personagens” se apresentam e comentam sobre suas vidas, seja pelo que revelam das contradições da realidade social em que vivem – e que estruturam. Destaco o momento, ainda nas filmagens de 1979,
do almoço do jovem casal de fazendeiros, em que o realizador observa que o preparo do almoço consiste, basicamente, “no abrir de várias latas” (comida enlatada, pré-pronta) e complementa: “eles não bebem nem o leite que produzem"
Malle constata as dificuldades financeiras daqueles agricultores, bem como as reações e racionalizações daquelas pessoas à crise. Desde os que sinalizavam a adesão a uma narrativa de extrema direita aos que viam no governo Reagan a responsabilidade pela escalada da financeirização da economia agrícola
Para além da revelação da configuração social local (
a quase inexistência de negros, casais formados por noivos saindo da adolescência, a jovem mulher homossexual que precisa ir a outra cidade para se relacionar, a equipe de teatro amador que dribla – e testar - o conservantismo de seus concidadãos
Ajuda muito a entender um momento da história econômica contemporânea e o drama vivido pelos agricultores norte-americanos durante a reaganomics. Ajuda muito a entender a mentalidade red-neck e como que o neoliberalismo os empurrou para os braços do populismo de direita e o neofascismo.
Um belo filme, de um grande diretor.
Um Conto de Inverno Proletariado
3.3 3As histórias contadas pelos faxineiros me faziam lembrar do Slavoj Žižek - com a diferença que o texto do jovem diretor germânico Julian Radlmaier é mais compreensível e engraçado que as falas e piadas sem graça do filósofo esloveno.
O Chão Sob Meus Pés
3.4 17O estresse do trabalho como gatilho para doença mental pré-existente.
Um filme interessante.
Meu Jantar com André
4.1 77Muitos antes da modinha de Midnight Gospel!
Um filme denso, que merece ser revisitado depois de um tempo.
A Batalha das Correntes
3.5 94 Assista AgoraInteressante, apesar de sabermos que se trata de uma cinebiografia cheia de passadas de pano.
Gostei da caracterização de um Tesla autista e menos mítico!
A Máquina do Tempo
3.2 303 Assista AgoraLamentável!