Ecos dos hitchcockianos "Rebecca" e "Suspeita". O sobrenome do protagonista não é à toa! Tema tabu (necrofilia), trilha sonora classicona para o gênero, fotografia que privilegia as cores (típico do terror italiano) sem deixar de ter cenas sombrias e uma bela atriz (Barbara Steele).
É uma bela de uma passada de pano para os erros da ICAR e de seus pontífices! Mas é também uma possibilidade de alguma reflexão sobre os remendos (as concessões!) que fazemos ao longo de nossas trajetórias - pessoais e políticas/públicas. O que temos hoje é fruto das ações que tomamos -e das que deixamos de tomar - no passado. Ou seja, as lideranças atuais resultam do não-rompimento com a barbárie no passado. Terão condições de resistir de fato a barbárie atual ou é apenas jogo de cena e retórica? Realização competente de Fernando Meirelles.
O pior filme da novíssima trilogia e um dos mais fracos da franquia. Mas, pra mim, Star Wars sempre foi isso daí mesmo! O Império Contra-Ataca, Rogue One e Os Últimos Jedi são pontos fora da curva. A franquia se desenvolveu muito mais no Universo Expandido do que nas telas de cinema. Espero a volta do diretor Rian Johnson para a próxima trilogia - e tomara que seja com o Almirante Thrawn. . . . p.s.:
The Lighthouse tem mais força na sinestesia do que no simbolismo, tem mais força na parte técnica do que no roteiro. Não há aqui a repetição da mesma fórmula de A Bruxa. Tenso, angustiante e merece ser assistido no cinema.
É o terceiro filme nacional a que assisti recentemente que tem por tema o suicídio na adolescência. Neste aqui, uma abordagem bastante inusitada que nos permite uma reflexão interessante sobre o quão mais pesado pode ser o vazio existencial numa época de transições biológicas, sociais e identitárias - bem como da necessidade de se ter canais criativos (como a arte) para fluir e extravasar as angústias e as dores do crescimento. O filme é a adaptação de um livro que eu não conheço: "Hoje Está Um Dia Morto", de André de Leones (2006).
Só assisti por conta do mimimi de um pessoalzinho que não tem muita firmeza na sua crença cristã, nem na sua heteronormatividade. Achei bem mais leve em relação ao especial de Natal do ano passado. Aliás, o deste ano reafirma alguns preceitos básicos do cristianismo, além de refletir, de forma satírica, sobre a diferença entre o evangelho do Novo Testamento em relação ao Antigo Testamento. Neste sentido, a inspiração em "A Última Tentação de Cristo" é óbvia e vai além do titulo do episódio. Vale a pena para quem gosta do tipo de humor sarcástico e satírico do grupo Porta dos Fundos!
Filme muito bem realizado, dirigido pelo diretor que há dois anos atrás trouxe algum frescor para a franquia Star Wars. Um tipo de suspense policial que há muito tempo não dava as caras no circuitão. Lembra o oitentista "Clue - Os 7 Suspeitos".
Acho que pesaram a mão do início ao fim: roteiro, direção e montagem. No fim, a sensação ambígua de um filme demorado, mas que deveria ter tido mais tempo para o desenvolvimento da trama.
A beleza deste filme está na forma como retrata o cotidiano de pessoas das camadas populares da Grande BH: simples e sem firulas. Há alguns momentos de grande sensibilidade, ainda que não haja um aprofundamento dramático - talvez porque, para quem está na correria do dia-a-dia, não haja mesmo muito tempo (ou jeito) para isso. O cinema mineiro está batendo um bolão! Estre é o terceiro filme protagonizado pela Grace Passô a que eu assisti. Que atriz!
Crônica de um Brasil periférico e com sotaque mineiro. Sem metáforas, sem simbolismos, sem sociologismos, sem roteiro escrito com um olho nos festivais internacionais de cinema. Me lembrou um pouco dos primeiros filmes do Tarantino e de algumas produções norte-americanas do início dos anos 1990 que retratam o cotidiano dos negros e/ou dos que vivem nas periferias dos grandes centros urbanos. Uma boa produção, boa trilha sonora, boa edição, boas atuações, personagens interessantes. Um bom filme nacional.
Mais um filme francês que trata da questão do precariado imigrante na Europa. Aqui, o foco é no gap geracional entre uma mãe islâmica argelina e suas filhas, já criadas e aculturadas na sociedade parisiense. Interessante. Em alguns momentos me fez lembrar do brasileiro "Que Horas Ela Volta"... Convém observar que o diretor Philippe Faucon tem uma filmografia toda baseada em histórias que exploram a vida da comunidade islâmica na França.
A típica antologia de terror da Amicus! Histórias pouco aprofundadas, mas um filme muito bem produzido, Percebe-se em filmes como este (terror dos anos 1970) muitas das características que hoje compõem o chamado "pós-terror".
Uma espécie de ensaio sobre a relação da visão com os demais sentidos, sobre o cinema como experiência sensorial e sobre relações afetivas assimétricas e obsessivas. O 1º e o 2º atos compõem um thriller psicológico, com ecos em filmes posteriores de temáticas similares. Já o 3º ato é um verdadeiro império dos sentidos (com o expectador entrando com a visão) - e me fez lembrar um pouco de "Mártires", do Pascal Laugier!
Um filme nacional cuja história se passa numa cidade do agreste pernambucano e que critica a situação política-econômica atual. Não crianças, não estou falando de Bacurau... Aqui, a cidade é Toritama e a história é sobre o tempo do capital. Um retrato contundente e preciso da atual fase de acumulação capitalista e do seu discurso ideológico de conformação - o empreendedorismo, o "trabalhar por conta própria" e "ser dono do seu tempo".
A inexorabilidade da passagem do tempo A fragilidade da memória coletiva. A tragédia da dívida por lealdade. Não é o melhor Scorsese, mas é uma grande realização cinematográfica.
Klaus
4.3 610 Assista AgoraBonitinho. Uma boa leitura de alguns dos elementos que compõem o mito do Papai Noel.
O Horrível Segredo do Dr. Hichcock
3.6 19Ecos dos hitchcockianos "Rebecca" e "Suspeita". O sobrenome do protagonista não é à toa!
Tema tabu (necrofilia), trilha sonora classicona para o gênero, fotografia que privilegia as cores (típico do terror italiano) sem deixar de ter cenas sombrias e uma bela atriz (Barbara Steele).
Dois Papas
4.1 963 Assista AgoraÉ uma bela de uma passada de pano para os erros da ICAR e de seus pontífices!
Mas é também uma possibilidade de alguma reflexão sobre os remendos (as concessões!) que fazemos ao longo de nossas trajetórias - pessoais e políticas/públicas. O que temos hoje é fruto das ações que tomamos -e das que deixamos de tomar - no passado. Ou seja, as lideranças atuais resultam do não-rompimento com a barbárie no passado. Terão condições de resistir de fato a barbárie atual ou é apenas jogo de cena e retórica?
Realização competente de Fernando Meirelles.
Star Wars, Episódio IX: A Ascensão Skywalker
3.2 1,3K Assista AgoraO pior filme da novíssima trilogia e um dos mais fracos da franquia. Mas, pra mim, Star Wars sempre foi isso daí mesmo! O Império Contra-Ataca, Rogue One e Os Últimos Jedi são pontos fora da curva. A franquia se desenvolveu muito mais no Universo Expandido do que nas telas de cinema. Espero a volta do diretor Rian Johnson para a próxima trilogia - e tomara que seja com o Almirante Thrawn.
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p.s.:
juro que no final eu torci para que a Rey respondesse "Solo" à pergunta "Rey de quê?"
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraThe Lighthouse tem mais força na sinestesia do que no simbolismo, tem mais força na parte técnica do que no roteiro.
Não há aqui a repetição da mesma fórmula de A Bruxa.
Tenso, angustiante e merece ser assistido no cinema.
Dias Vazios
3.0 17É o terceiro filme nacional a que assisti recentemente que tem por tema o suicídio na adolescência. Neste aqui, uma abordagem bastante inusitada que nos permite uma reflexão interessante sobre o quão mais pesado pode ser o vazio existencial numa época de transições biológicas, sociais e identitárias - bem como da necessidade de se ter canais criativos (como a arte) para fluir e extravasar as angústias e as dores do crescimento.
O filme é a adaptação de um livro que eu não conheço: "Hoje Está Um Dia Morto", de André de Leones (2006).
A Primeira Tentação de Cristo
3.0 345Só assisti por conta do mimimi de um pessoalzinho que não tem muita firmeza na sua crença cristã, nem na sua heteronormatividade.
Achei bem mais leve em relação ao especial de Natal do ano passado. Aliás, o deste ano reafirma alguns preceitos básicos do cristianismo, além de refletir, de forma satírica, sobre a diferença entre o evangelho do Novo Testamento em relação ao Antigo Testamento. Neste sentido, a inspiração em "A Última Tentação de Cristo" é óbvia e vai além do titulo do episódio. Vale a pena para quem gosta do tipo de humor sarcástico e satírico do grupo Porta dos Fundos!
Se Beber, Não Ceie
3.3 93 Assista AgoraSó assisti por conta da polêmica em torno do especial de Natal do Porta deste ano! Achei este, de 2018, mais anárquico e superior ao de 2019!
Entre Facas e Segredos
4.0 1,5K Assista AgoraFilme muito bem realizado, dirigido pelo diretor que há dois anos atrás trouxe algum frescor para a franquia Star Wars.
Um tipo de suspense policial que há muito tempo não dava as caras no circuitão.
Lembra o oitentista "Clue - Os 7 Suspeitos".
The Terror Live
3.7 12Bom roteiro e boa edição. Um bom thriller sul-coreano.
Atlantique
3.6 129Mais uma produção hypada da nétifliquish...
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraUma espécie de "Kramer vs Kramer" para millennials.
Netflix definitivamente abraçou o cinemão hollywoodiano dos anos 1970 e 1980!
A melhor parte é o
"Evangelho segundo Nora/Laura Dern"
Flie under: white people problems.
Café com Canela
4.1 164Acho que pesaram a mão do início ao fim: roteiro, direção e montagem. No fim, a sensação ambígua de um filme demorado, mas que deveria ter tido mais tempo para o desenvolvimento da trama.
Inferninho
3.7 83Weirdo!
Achei melhor que O Clube dos Canibais (do mesmo diretor)!
Temporada
3.9 145 Assista AgoraA beleza deste filme está na forma como retrata o cotidiano de pessoas das camadas populares da Grande BH: simples e sem firulas.
Há alguns momentos de grande sensibilidade, ainda que não haja um aprofundamento dramático - talvez porque, para quem está na correria do dia-a-dia, não haja mesmo muito tempo (ou jeito) para isso.
O cinema mineiro está batendo um bolão!
Estre é o terceiro filme protagonizado pela Grace Passô a que eu assisti. Que atriz!
No Coração do Mundo
3.9 62 Assista AgoraCrônica de um Brasil periférico e com sotaque mineiro.
Sem metáforas, sem simbolismos, sem sociologismos, sem roteiro escrito com um olho nos festivais internacionais de cinema.
Me lembrou um pouco dos primeiros filmes do Tarantino e de algumas produções norte-americanas do início dos anos 1990 que retratam o cotidiano dos negros e/ou dos que vivem nas periferias dos grandes centros urbanos.
Uma boa produção, boa trilha sonora, boa edição, boas atuações, personagens interessantes. Um bom filme nacional.
Luz
2.7 26Tão interessante quanto cansativo e clichê.
O Rastro da Serpente
2.9 20 Assista AgoraTenso.
Fatima
3.6 24 Assista AgoraMais um filme francês que trata da questão do precariado imigrante na Europa. Aqui, o foco é no gap geracional entre uma mãe islâmica argelina e suas filhas, já criadas e aculturadas na sociedade parisiense. Interessante.
Em alguns momentos me fez lembrar do brasileiro "Que Horas Ela Volta"...
Convém observar que o diretor Philippe Faucon tem uma filmografia toda baseada em histórias que exploram a vida da comunidade islâmica na França.
Vozes do Além
3.5 29A típica antologia de terror da Amicus! Histórias pouco aprofundadas, mas um filme muito bem produzido, Percebe-se em filmes como este (terror dos anos 1970) muitas das características que hoje compõem o chamado "pós-terror".
Cega Obsessão
4.0 46Uma espécie de ensaio sobre a relação da visão com os demais sentidos, sobre o cinema como experiência sensorial e sobre relações afetivas assimétricas e obsessivas.
O 1º e o 2º atos compõem um thriller psicológico, com ecos em filmes posteriores de temáticas similares. Já o 3º ato é um verdadeiro império dos sentidos (com o expectador entrando com a visão) - e me fez lembrar um pouco de "Mártires", do Pascal Laugier!
Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar
4.3 210Um filme nacional cuja história se passa numa cidade do agreste pernambucano e que critica a situação política-econômica atual.
Não crianças, não estou falando de Bacurau...
Aqui, a cidade é Toritama e a história é sobre o tempo do capital.
Um retrato contundente e preciso da atual fase de acumulação capitalista e do seu discurso ideológico de conformação - o empreendedorismo, o "trabalhar por conta própria" e "ser dono do seu tempo".
Paixões que Alucinam
4.2 83 Assista AgoraTecnicamente, é muito bom. Mas a abordagem e a representação dos transtornos mentais ficaram datadas. O final, apesar de previsível, é impactante.
O Irlandês
4.0 1,5K Assista AgoraA inexorabilidade da passagem do tempo
A fragilidade da memória coletiva.
A tragédia da dívida por lealdade.
Não é o melhor Scorsese, mas é uma grande realização cinematográfica.