Milos Forman gostava de um bailinho durante a sua fase tcheca! Certamente, um ritual de sociabilidade que se presta a boas metáforas da sociedade retratada! Também aqui neste filme, um tema que ele já explorara em Pedro, O Negro e viria a visitar novamente no início de sua fase americana: os dilemas e a reação da juventude frente à reprodução do status quo. Um bom filme, com uma reflexão sobre a misoginia numa Tchecoslováquia socialista, mas ainda marcada pela misoginia de viés cristão.
Uma trama interessante que não foi tão bem aproveitada. O filme é muito longo para o roteiro que conduz a história. Poderia ser um marco dos filmes de cenários pós-apocalípticos. Mas acaba sendo esquecível.
Me lembrou muito a primeira parte de um outro filme do leste europeu, o recente "Guerra Fria". Só que enquanto no filme polonês os músicos a serviço do governo vão em busca de músicas regionais para valorizar o caráter popular da identidade nacional, aqui em "Iluminação Íntima" vemos uma certa tensão entre a cultura erudita, promovida oficialmente, e a afirmação da cultura local, popular e de entretenimento. Impossível não observar em alguns diálogos e sequências, uma certa crítica ao dirigismo do socialismo real, como na fala da avó sobre a diferença entre um hábito e o funcionamento errático do relógio-despertador. Um filme da 'nouvelle vague' tcheca leve, simpático e muito bacana, com uma trilha sonora cativante.
Filmaço tchecoeslovaco que antecede em dois anos a Primavera de Praga! Só pela sequência inicial, com a sátira ao ethos do trabalho como um valor em si mesmo, já valeria a pena. Mas os contrastes entre as motivações extremamente mundanas e as ações (e reações) à burocracia e à máquina de guerra nazista fazem deste filme uma daquelas odes cinematográficas ao "coming of age", de uma forma tão intensa quanto a pulsão da vida diante da morte.
Exercício de estilos e de linguagens. Me chamou a atenção os inusitados momentos humorísticos. E, neste sentido, me lembrou um pouco alguns trabalhos dos irmãos Coen. Dinâmico e divertido. Gostei!
Família disfuncional e infeliz presa numa casa à beira do fim do mundo. Filme cuja história pouco acrescenta a temática com cenários pré ou pós-apocalíptico. Apenas assistível.
4º filme da franquia "Invisível" dos monstro da Universal. Aqui, uma história de espionagem e aventura passada na Alemanha nazista. Há uma total reformulação do personagem do filme original (bem como do livro, claro) e parece ter influenciado outros personagens invisíveis de seriados de TV (Invisible Man e Gemini Man). Um bom filme para o que se propõe.
Uma comédia leve, com um pouco de crítica social ao machismo e a misoginia no mercado de trabalho no primeiro ato e algumas piadas homofóbicas no último ato.
Fraco, cansativo e... inferior ao filme original.Aliás, qualquer filme da franquia original traz uma tensão e discussão melhores do que este remake dos anos 1990, perpetrado por um John Carpenter pouco criativo.
Parece o típico filme B sci-fi dos anos 1950 e 1960! Tem todos os estereótipos daquelas produções: a equipe multinacional, o russo e o alemão como vilões (prováveis ou potenciais), o latino de viés religioso, os conflitos internos, a cagada científica, o nóia persecutório que adverte das merdas que vão acontecer, o "alien" que adentra a nave/estação orbital... Considerando=se todas estas previsibilidades, o filme começa bem e até empolga, mas se torna refém de seus próprios clichês e fica chato a partir da metade do 2º ato. E a necessidade de alinhavar a história com o universo de Cloverfield torna tudo ainda mais cansativo!
Emocionante! A cuidadosa construção e desenvolvimento de um ritual de sociabilidade burguês que se concluí com uma estupenda reflexão sobre a fugacidade da vida, a inexorabilidade da morte e a solidão do indivíduo moderno, demasiadamente moderno. John Huston parece ser um daqueles poucos artistas que dirigiram suas próprias vidas (e seus próprios ofícios) até o ato final. Um filmaço que encerra uma histórica e antológica filmografia.
Mistura de Bacurau com O Albergue com aquele episódio lá da 2ª temporada de Black Mirror (acho que é White Bear), para discutir a modinha do "cancelamento" e da polarização ideológica na Internet.
Mistura de "O Corte", com "A Agenda", com "Clube da Luta", com "Precisamos Falar Sobre Kevin", com "El Método"... É um suspense cheio de conveniências de roteiros, que perde uma boa chance de fazer uma reflexão crítica sobre o resultado do desemprego em profissionais de meia-idade outrora bem sucedidos. Ainda assim, um filme que vale a pena!
Uma ideia boa, mas não necessariamente original. Um roteiro cheio de furos que estraga as possibilidades de discussões éticas acerca das decisões a serem tomadas pelos personagens.
Um ritmo leeeennntooo. O 2º filme do realizador de "Maria e João". Vou considerar como um exercício de fotografia, iluminação, sonorização e edição. Ah! É uma produção Nétifliquish! Tá explicado!
Que filmaço! O ritmo é lento (parece que o filme tem muito mais que meros 90 minutos!), mas a edição é digna de nota! Esta primeira realização do mesmo diretor de "Maria e João: O Conto das Bruxas" ilustra com primor o termo "terror-psicológico", pois
a protagonista é apenas um esquizofrênica psicopata mucho loka e se desespera quando descobre que não tem diabo porr@ nenhuma! É só ela, sozinha com a loucura dela (mas isso é a minha interpretação, já que não está explícito no filme).
Assim como "A Bruxa" (Robert Eggers, 2015), este filme é também um ensaio sobre as transições do feminino. Ah! Assim, como em "Maria e João", também aqui rola uns papos de troca, de ter a autorização para viver num lugar em troca de algo, de uma oferta/oferenda
. O filme tem dois títulos internacionais: "February" e "The Blackcoat's Daughter"
Os Amores de uma Loira
3.8 34 Assista AgoraMilos Forman gostava de um bailinho durante a sua fase tcheca! Certamente, um ritual de sociabilidade que se presta a boas metáforas da sociedade retratada! Também aqui neste filme, um tema que ele já explorara em Pedro, O Negro e viria a visitar novamente no início de sua fase americana: os dilemas e a reação da juventude frente à reprodução do status quo.
Um bom filme, com uma reflexão sobre a misoginia numa Tchecoslováquia socialista, mas ainda marcada pela misoginia de viés cristão.
O Livro de Eli
3.6 2,0K Assista AgoraUma trama interessante que não foi tão bem aproveitada. O filme é muito longo para o roteiro que conduz a história. Poderia ser um marco dos filmes de cenários pós-apocalípticos. Mas acaba sendo esquecível.
Pedro, O Negro
3.8 14 Assista AgoraRetrato de operário quando jovem-aprendiz. Um coming of age no socialismo real tchecoslovaco.
Iluminação Íntima
3.7 6 Assista AgoraMe lembrou muito a primeira parte de um outro filme do leste europeu, o recente "Guerra Fria". Só que enquanto no filme polonês os músicos a serviço do governo vão em busca de músicas regionais para valorizar o caráter popular da identidade nacional, aqui em "Iluminação Íntima" vemos uma certa tensão entre a cultura erudita, promovida oficialmente, e a afirmação da cultura local, popular e de entretenimento.
Impossível não observar em alguns diálogos e sequências, uma certa crítica ao dirigismo do socialismo real, como na fala da avó sobre a diferença entre um hábito e o funcionamento errático do relógio-despertador.
Um filme da 'nouvelle vague' tcheca leve, simpático e muito bacana, com uma trilha sonora cativante.
Trens Estreitamente Vigiados
4.0 42Filmaço tchecoeslovaco que antecede em dois anos a Primavera de Praga!
Só pela sequência inicial, com a sátira ao ethos do trabalho como um valor em si mesmo, já valeria a pena.
Mas os contrastes entre as motivações extremamente mundanas e as ações (e reações) à burocracia e à máquina de guerra nazista fazem deste filme uma daquelas odes cinematográficas ao "coming of age", de uma forma tão intensa quanto a pulsão da vida diante da morte.
Um Gosto de Mel
4.0 40O filme com a maior quantidade de versos de música de The Smiths em frames por segundos.
Um clássico do cinema de classe operária britânica.
Atirem no Pianista
3.7 52 Assista AgoraExercício de estilos e de linguagens. Me chamou a atenção os inusitados momentos humorísticos. E, neste sentido, me lembrou um pouco alguns trabalhos dos irmãos Coen. Dinâmico e divertido. Gostei!
Os Miseráveis
4.0 161Me fez lembrar La Haine, que trata justamente da rebelião juvenil ocorrida em 2005 e citada en passant por Ruiz, quando em conversa com Salah.
Depois da Verdade: Desinformação e o Custo das Fake News
3.7 8Achei mais interessante do que o badalado Privacidade Hackeada!
Depois da Escuridão
2.5 24 Assista AgoraFamília disfuncional e infeliz presa numa casa à beira do fim do mundo.
Filme cuja história pouco acrescenta a temática com cenários pré ou pós-apocalíptico.
Apenas assistível.
O Agente Invisível
3.1 84º filme da franquia "Invisível" dos monstro da Universal. Aqui, uma história de espionagem e aventura passada na Alemanha nazista. Há uma total reformulação do personagem do filme original (bem como do livro, claro) e parece ter influenciado outros personagens invisíveis de seriados de TV (Invisible Man e Gemini Man).
Um bom filme para o que se propõe.
A Mulher Invisível
3.0 7Uma comédia leve, com um pouco de crítica social ao machismo e a misoginia no mercado de trabalho no primeiro ato e algumas piadas homofóbicas no último ato.
A Cidade dos Amaldiçoados
3.1 352 Assista AgoraFraco, cansativo e... inferior ao filme original.Aliás, qualquer filme da franquia original traz uma tensão e discussão melhores do que este remake dos anos 1990, perpetrado por um John Carpenter pouco criativo.
O Paradoxo Cloverfield
2.7 779 Assista AgoraParece o típico filme B sci-fi dos anos 1950 e 1960! Tem todos os estereótipos daquelas produções: a equipe multinacional, o russo e o alemão como vilões (prováveis ou potenciais), o latino de viés religioso, os conflitos internos, a cagada científica, o nóia persecutório que adverte das merdas que vão acontecer, o "alien" que adentra a nave/estação orbital... Considerando=se todas estas previsibilidades, o filme começa bem e até empolga, mas se torna refém de seus próprios clichês e fica chato a partir da metade do 2º ato. E a necessidade de alinhavar a história com o universo de Cloverfield torna tudo ainda mais cansativo!
O Baile dos Bombeiros
3.8 45 Assista AgoraUma crítica à burocracia das organizações. Tão anárquico quanto os irmãos Marx.
Os Vivos e os Mortos
3.8 29Emocionante!
A cuidadosa construção e desenvolvimento de um ritual de sociabilidade burguês que se concluí com uma estupenda reflexão sobre a fugacidade da vida, a inexorabilidade da morte e a solidão do indivíduo moderno, demasiadamente moderno.
John Huston parece ser um daqueles poucos artistas que dirigiram suas próprias vidas (e seus próprios ofícios) até o ato final.
Um filmaço que encerra uma histórica e antológica filmografia.
A Caçada
3.2 642 Assista AgoraMistura de Bacurau com O Albergue com aquele episódio lá da 2ª temporada de Black Mirror (acho que é White Bear), para discutir a modinha do "cancelamento" e da polarização ideológica na Internet.
A Casa
3.1 591 Assista AgoraMistura de "O Corte", com "A Agenda", com "Clube da Luta", com "Precisamos Falar Sobre Kevin", com "El Método"...
É um suspense cheio de conveniências de roteiros, que perde uma boa chance de fazer uma reflexão crítica sobre o resultado do desemprego em profissionais de meia-idade outrora bem sucedidos. Ainda assim, um filme que vale a pena!
O Bar
3.2 568Uma ideia boa, mas não necessariamente original. Um roteiro cheio de furos que estraga as possibilidades de discussões éticas acerca das decisões a serem tomadas pelos personagens.
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraComeça bem, mas o desenvolvimento derrapa no meio do filme e no último ato apela para a já esperada explicação gnóstica. Ainda assim, interessante.
Epidemia
3.2 275 Assista AgoraChato e datado.
Contágio
3.2 1,8K Assista AgoraAssisti novamente por motivos óbvios. Não me surpreendeu tanto quanto da primeira vez. A edição continua sendo o maior mérito deste filme.
Me lembrei de um outro filme, com tema semelhante e muito mais assustador, onde a descoberta de um vacina
perdia rapidamente a eficácia devido a mutação do vírus e a história terminava com uma revoada de aves infectadas com um novo vírus ainda mais letal
O Último Capítulo
2.0 339 Assista AgoraUm ritmo leeeennntooo.
O 2º filme do realizador de "Maria e João".
Vou considerar como um exercício de fotografia, iluminação, sonorização e edição. Ah! É uma produção Nétifliquish! Tá explicado!
A Enviada do Mal
3.0 286 Assista AgoraQue filmaço! O ritmo é lento (parece que o filme tem muito mais que meros 90 minutos!), mas a edição é digna de nota! Esta primeira realização do mesmo diretor de "Maria e João: O Conto das Bruxas" ilustra com primor o termo "terror-psicológico", pois
a protagonista é apenas um esquizofrênica psicopata mucho loka e se desespera quando descobre que não tem diabo porr@ nenhuma! É só ela, sozinha com a loucura dela (mas isso é a minha interpretação, já que não está explícito no filme).
Assim como "A Bruxa" (Robert Eggers, 2015), este filme é também um ensaio sobre as transições do feminino.
Ah! Assim, como em "Maria e João", também aqui rola uns papos de troca, de ter a autorização para viver num lugar em troca de algo, de uma oferta/oferenda
O filme tem dois títulos internacionais: "February" e "The Blackcoat's Daughter"