Uma questão interessante que o filme nos coloca é: até que ponto nós queremos ajudar os animais. Em resumo é o seguinte: ainda que os jovens pareçam super engajados em tentar salvar as ovelhas da mão de Angus, posteriormente, embora continuem mantendo os mesmos discurso quando os bichos se tornam psicopatas, notamos nitidamente que mudaram suas atitudes em relação a eles. Experience, por exemplo, quando vê que os animais não são mais tão bonitinhos quanto aparentam, deixa de interferir quando é necessário matar algum e até comemora quando atropela uma ovelha. Sua atitude para com o animal muda de acordo com a situação: ela o defende quando ele é indefeso, porém, a partir do momento em que ele pode interferir em sua vida, a porra fica seria. Algo bastante hipócrita, lógico. Se for para defender os bichos, que seja independente da situação e não somente quando lhe é conveniente.
Quando o protagonista começa a forçar o mundo a agir como ele acha conveniente, acaba também revelando a superstição, a tolice dos seres humanos. A partir disso, o que as pessoas farão não é tentar sair de sua condição ridícula, aprendendo com a verdade que se torna mais nítida, mas é tentar destruir o coveiro para que a paz da servidão volte a reinar. Pare de me dizer essas verdades e morra, em nome de Deus, é o que "pensam".
Frankenhooker é, de certo modo, uma releitura oitentista (apesar de ser feito nos anos 90) do clássico Frankenstein, entretanto, não pense que o filme é apenas mais uma tentativa de cópia e/ou algo totalmente destituido de valor. “Frankenputa” consegue unir tanto certas abordagens do clássico como também de problemas sociais presentes na época em que o filme foi produzido - e claro... a trasheira que tanto amamos.
Smiley, apesar de ser um “slasher”, não pode ser visto como tal. Não espere sangue jorrando na sua cara, perseguições alucinantes ou um assassino que irá virar um ícone como Leather Face ou Jason. Assista ao filme com a mente aberta, tentando compreender o significado de cada elemento que está no filme e as reflexões e críticas que o mesmo faz, até mesmo no nome dos personagens existe algo por detrás. Infelizmente, Smiley é um filme que já nasceu morto, um trailer que não parecia trazer nada de inovador e com uma proposta que muitos sequer tentam compreender. O filme está MUITO longe de ser um clássico, mas merecia um pouco mais de respeito por trazer uma proposta diferente (mesmo que usando milhões de clichês) em uma época tão ruim para o gênero.
Tem um aspecto da trama é muito interessante, pois ela se demora em mostrar o fascínio que a superfêmea exerce sobre os homens: alguns tentam agarrá-las, outros ficam enlouquecidos e assim por diante. Todavia, esse frenesi geral se inicia somente depois que Eva assume o papel de propagandista de pílulas, isto é, enquanto ela era apenas uma moça qualquer não havia montantes de pessoas a buscando. Com efeito, perguntemos: o que mudou de um momento para o outro? Basicamente nada, afinal ela ainda é a mesma, no entanto, retomo o que já tinha dito: embora a essência da moça tenha sido mantida, o que é apresentado as pessoas foi radicalmente alterado. Ao ser cooptada pelo capital, Eva se torna algo mais que uma “mera” mulher porque deixa simplesmente de ser alguém e se torna algo sobre-humano e desejável, um símbolo de valores - sexualidade, independência, riqueza - cujos homens querem possuir. Por sinao, quando digo “possuir” não expresso unicamente um significado sexual, mas de detenção, de posse, também. Por um lado, Eva é vendida como um objeto - a superfêmea, a coisa sobre-humana que garantiria ao homem um orgasmo cósmico -, por outro, ela é uma pessoa como qualquer outra, que também precisa ser amada e com quem as pessoas podem manter uma relação de afeto. Sintetizando: ela é um objeto vendido coletivamente como sendo pessoal. Todos a amam, pois creem que ela foi feita para cada um deles e, por isso, ignoram sua condição artificial, acreditando que tem uma relação particular com ela. É como um jogo em que todos sabemos que é mentirinha e mesmo assim “escolhemos” acreditar.
(...) o lobisomem pode ser visto, também, como a representação dos problemas da vila que o “abriga”.
Todos os moradores sabem do problema com os licantropos, entretanto, eles não deixam que ninguém de fora ajude, ou sequer saiba (o filme da a entender que nem eles mesmos tentam resolver). Em outras palavras, por mais que, por um lado, os moradores temam o monstro, por outro parece que eles querem “cultiva-lo”, como se fosse algo cultural daquele lugar. Deste modo, podemos deixar de pensar no lobo como animal e começar a pensá-lo como um tipo de conservadorismo típico de algumas cidades do interior (bastante representado em filmes, como Elvira, Hard rock zombies...).
Do mesmo modo que o medo do lobisomem faz com que os moradores locais fiquem presos dentro de suas casas em toda noite de lua cheia, o conservadorismo impede com que as pessoas da vila saiam do comum.
“Vagina assassina” falha em tudo - roteiro, atuação, efeitos especiais, direção, trilha sonora e o resto – com exceção da diversão e dos peitinhos. No todo, é um filme que não consigo classificar se é um soft porn com pitadas de trash ou um trash com boas doses de porn. Apesar de ter um lado muito sexual, ele compensa no gore com muitas Tripas de fora, sangue, desmembramentos, nojeiras, etc. Sei que isso você vai curtir.
É notável que a Apocalipse não se preocupa com a submissão de todos os cidadãos de Tromaville, na verdade, depois que coopta o herói, ela passa a usar da violência para oprimi-los. Sem um fortão inspirador para combater sua hegemonia, a corporação não vê mais por que deixar de buscar seu objetivo a qualquer preço, desde que não seja em dinheiro. Assim, balas de borracha, jatos d’água e todo o arsenal da repressão entram em cena para mostrar quem é que manda. Podemos parar aqui um instante e pensar nos motivos dessa escolha. Afinal, por que corromper Melvin e não outros que se sujariam até mais facilmente? Vejo dois motivos principais: o primeiro seria suprimir qualquer reação contra a corporação ao faze o vingador mudar de lado, em outras palavras, trazendo o inimigo para seu círculo de amigos não há mais quem se oponha ao poder furioso da Apocalipse; o segundo seria usar a imagem do herói tendo por fim a autopromoção, fazendo então com que as pessoas aceitem a empresa e suas ações tal qual aceitam o vingador tóxico. Maquiavelismo puro: aquele que tem talento, que está acima da maioria, pode facilmente ser cooptado para oprimi-la.
"Universidade do prazer" é um filme péssimo, como já era de se esperar. Mesmo sendo um besteirol americano ele acaba se diferenciando de todos os outros por exaltar toda a futilidade e preconceito de maneira explicita, diferente dos outros que até tentam passar uma mensagem bonita no fim. O filme acaba expondo diversos problemas sociais como ditadura da beleza, todo o sofrimento que isso trás e até mesmo o preconceito das pessoas sobre elas mesmas e seus semelhantes.
Zé não é só o causador da bagunça, aquele que tira a situação de seu rumo esperado, mas também quem, ao não se sujeitar à maneira como as coisas são, revela o ridículo da vida normal e submissa que as pessoas levam, sendo bastante odiado por isso, obviamente. Ele faz com que as pessoas pareçam pequenas e idiotas (e elas são), presas num modo de vida o qual tomam como “natural” e ignoram sua construção por forças externas as quais se sujeitaram sem perceber.
De um modo muito engraçado, o personagem faz questão de esfregar esse fato na cara de cada pessoa que cruza o seu caminho, pisando nas crenças religiosas, nos medos e superstições das pessoas para humilhá-las e rir disso
“Silent night, Deadly night” é um slasher típico, um serial killer que sai por aí fantasiado matando todo mundo que não se comportou direito. Entretanto, ele se destaca por construir o personagem, desenvolver sua personalidade e fazer críticas em torno daquilo que influenciou o mesmo a cometer os crimes (religião, repressão, falta de assistência...), algo simples que o torna melhor que muitos filmes do gênero que preferem colocar mortes a mais que história.
O mundo de “Charrito, um herói mexicano” tem algo de muito atual: ele é regido pelas aparências, pelo fato de que as pessoas se relacionam umas com as outras baseadas em algumas poucas características que reconhecem umas nas outras. Alguns se aproximam do galã só porque ele é bonito, outros se aproximam da atriz porque ela é famosa, enquanto outros odeiam Charrito, pois ele é uma pessoa banal que não liga para essas coisas, digamos, importantíssimas... Colocando mais claramente, nesse universo a dinâmica dos relacionamentos entre as pessoas ressalta todo o tempo a superficialidade, o fato de que, tanto quem valoriza quanto quem é valorizado, estão reduzindo o outro e a si mesmo a admirador ou detentor umas poucas características.
“Nasce um monstro” é uma obra bem simples: não temos muitas cenas de gore e nunca vemos o monstro direito, sempre o vemos de relance e em cenas bem rápidas. O filme acaba se dando bem mais em cima de Frank e todos os problemas que o nascimento do bebê o trouxe do que no monstro em si. No filme o verdadeiro monstro não é o bebê mutante assassino, mas sim aqueles responsáveis pela anomalia e também a própria mídia, que trás mais problemas para a família do que o próprio bebê.
O encontro entre um mundo que vive fechado em si mesmo e de uma personagem que está totalmente aberta ao novo e não precisa de uma convenção para justificar suas vontades e ações - podendo transar sem casar, brigar por vingança e não para defender-se, desfrutar de cultura que vá contra ou a favor de seus valores -, tem consequências graves tanto para um quanto para o outro. Ambos se machucam no embate com o outro. Contudo, não se trata de uma relação de puro antagonismo, mas de algo bem mais complexo. Não é que Elvira passe a detestar toda a cidade e que toda a cidade passe a detestá-la. O que a morena representa ali é o outro, o diferente, aquilo que não é eu, isto é, que diverge da identidade arraigada cujas pessoas de Fallwell possuem. Se por anos eles contemplaram somente aquilo que era semelhante a si, com Elvira encontram algo radicalmente diferente disso.
“Motel” é um filme terrível, fotografia escura, atuações pouco convincentes (apenas a do Vincent que se destaca), trilha sonora que parece de seriados de aventura dos anos 80, entre outras coisas. Contudo o roteiro é criativo e todas as bizarrices o tornam um filme divertidíssimo. Temos uma luta de serras elétricas, plantações humanas, cenas de comédia pastelão, pessoas que parecem zumbis, gente com cabeça de porco, peitinhos, critica sutil a religião, enfim, tudo que um filme trash merece. É a típica obra péssima que acaba tornando-se boa.
Não por acaso, o verbo que mais se repete no decorrer do filme é o “aider” ou “ajudar”. O interessante disso consiste em certa contradição que a personagem vivencia: em vários momentos ela tem que se ajudar, mas também auxiliar alguém que está pior que ela mesma, contudo, nessas horas Elisabeth falha - mais ainda, ela sequer sabe o que fazer e acaba estragando tudo. É como se as situações desesperadoras criassem uma camada em torno das pessoas que atinge a qual dificilmente pode ser quebrada, que se torna mais espessa com o tempo e impregna todas as relações que essas pessoas mantêm. Por isso, elas acabam ficando um tanto à parte dos outros humanos não desesperados, pois vivem em sofrimento e espalham-no todo o tempo, sendo que, quando tentam manter alguma relação com outros - seja tentando ir além da dor que paira em torno de si, ou deixando que alguém penetre através dela - falham. O sofrer seria um tipo de prisão que atormenta e brutaliza quem nele vive, tornando seu prisioneiro incapaz de se relacionar sem reproduzir sobre os outros o mesmo que sente. Por isso, Elisabeth, que só enxerga dor, só reproduz dor e não pode ajudar ninguém, nem mesmo uma pessoa que sofre como ela.
A guerra retratada em “A batalha final” é aquela dos livros de história mais safados, nos quais os inimigos estão muito bem definidos e o bem vence o mal no caminho da liberdade. Por sinal, nele há toda uma aura da segunda guerra mundial que não está ali por acaso. Apesar disso, ao se apoiar num discurso tão raso, “A batalha final” revela suas próprias contradições que depõem contra o que pretende defender. Consequentemente, é possível critica-lo com base numa investigação dos próprios argumentos usados na obra.
“NEKRomantik” é um filme de difícil digestão até mesmo pra quem gosta de cinema trash e bizarrices. Não digo que é um filme ruim; ele tem suas qualidades, mas não é um do tipo que eu recomendaria os outros assistirem (como também não "disrecomendo").
“Cannibal” é um clássico que, apesar de tudo, merece ser assistido se você não se importa em ser chocado. Apesar da polêmica, é um filme que não se sustenta apenas nisso, tendo discussões que poderiamos ficar dias falando a respeito.
Leia a resenha completa: Curta nossa pagina: www.facebook.com/cafecomtripas
“A capital dos mortos” tem uma premissa básica igual a todas aquelas dos filmes pós “A noite dos mortos vivos”, algo que, se bem me lembro, nunca foi empecilho aos bons filmes, ou, ao menos, aos bons trashs. E assim como tantos desses, ele incorpora o tosco no seu formato, sendo bem engraçado e interessante, sobretudo pelas possibilidades que engendra.
“Boneca assassina” é um filme que não vai lhe agregar nada de novo. É um apanhado de diversos clichês bem conhecidos por nós, contudo, isso não significa que ele não deve ser visto. Na verdade, se você gosta de trash, não tem como deixar passar um filme no qual uma boneca possuída por uma entidade capetística antiga sai por ai matando todo mundo que possa interferir no amor entre ela e sua dona. Brinque e se divirta.
“Night of the Lepus”, assim como grande parte dos trashs, não está preocupado em promover discussões e debates, mas em e promover entretenimento. Porém, a construção de um cenário onde o coelho é tratado como praga, colocado no mesmo nível que ratos em nossa sociedade, nos fazem pensar na nossa relação com os animais. Até que ponto consideramos os animais “fofos”? Isto é, dignos de um tratamento diferenciado em relação àqueles que detestamos? Qual é o nosso critério para avaliar os animais que gostamos ou não?
Ovelha Negra
3.0 117Uma questão interessante que o filme nos coloca é: até que ponto nós queremos ajudar os animais. Em resumo é o seguinte: ainda que os jovens pareçam super engajados em tentar salvar as ovelhas da mão de Angus, posteriormente, embora continuem mantendo os mesmos discurso quando os bichos se tornam psicopatas, notamos nitidamente que mudaram suas atitudes em relação a eles. Experience, por exemplo, quando vê que os animais não são mais tão bonitinhos quanto aparentam, deixa de interferir quando é necessário matar algum e até comemora quando atropela uma ovelha. Sua atitude para com o animal muda de acordo com a situação: ela o defende quando ele é indefeso, porém, a partir do momento em que ele pode interferir em sua vida, a porra fica seria. Algo bastante hipócrita, lógico. Se for para defender os bichos, que seja independente da situação e não somente quando lhe é conveniente.
Leia a resenha completa: #more
Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver
3.9 111 Assista AgoraQuando o protagonista começa a forçar o mundo a agir como ele acha conveniente, acaba também revelando a superstição, a tolice dos seres humanos. A partir disso, o que as pessoas farão não é tentar sair de sua condição ridícula, aprendendo com a verdade que se torna mais nítida, mas é tentar destruir o coveiro para que a paz da servidão volte a reinar. Pare de me dizer essas verdades e morra, em nome de Deus, é o que "pensam".
Leia a resenha completa: #more
Visite nosso face:
Frankenhooker: Que Pedaço de Mulher
3.4 72Frankenhooker é, de certo modo, uma releitura oitentista (apesar de ser feito nos anos 90) do clássico Frankenstein, entretanto, não pense que o filme é apenas mais uma tentativa de cópia e/ou algo totalmente destituido de valor. “Frankenputa” consegue unir tanto certas abordagens do clássico como também de problemas sociais presentes na época em que o filme foi produzido - e claro... a trasheira que tanto amamos.
Leia a resenha completa aqui:
Curta nossa pagina:
A Face da Morte
1.7 262 Assista AgoraSmiley, apesar de ser um “slasher”, não pode ser visto como tal. Não espere sangue jorrando na sua cara, perseguições alucinantes ou um assassino que irá virar um ícone como Leather Face ou Jason. Assista ao filme com a mente aberta, tentando compreender o significado de cada elemento que está no filme e as reflexões e críticas que o mesmo faz, até mesmo no nome dos personagens existe algo por detrás.
Infelizmente, Smiley é um filme que já nasceu morto, um trailer que não parecia trazer nada de inovador e com uma proposta que muitos sequer tentam compreender. O filme está MUITO longe de ser um clássico, mas merecia um pouco mais de respeito por trazer uma proposta diferente (mesmo que usando milhões de clichês) em uma época tão ruim para o gênero.
Leia a resenha completa:
Curta nossa pagina:
A Super Fêmea
2.6 27Tem um aspecto da trama é muito interessante, pois ela se demora em mostrar o fascínio que a superfêmea exerce sobre os homens: alguns tentam agarrá-las, outros ficam enlouquecidos e assim por diante. Todavia, esse frenesi geral se inicia somente depois que Eva assume o papel de propagandista de pílulas, isto é, enquanto ela era apenas uma moça qualquer não havia montantes de pessoas a buscando. Com efeito, perguntemos: o que mudou de um momento para o outro? Basicamente nada, afinal ela ainda é a mesma, no entanto, retomo o que já tinha dito: embora a essência da moça tenha sido mantida, o que é apresentado as pessoas foi radicalmente alterado. Ao ser cooptada pelo capital, Eva se torna algo mais que uma “mera” mulher porque deixa simplesmente de ser alguém e se torna algo sobre-humano e desejável, um símbolo de valores - sexualidade, independência, riqueza - cujos homens querem possuir. Por sinao, quando digo “possuir” não expresso unicamente um significado sexual, mas de detenção, de posse, também. Por um lado, Eva é vendida como um objeto - a superfêmea, a coisa sobre-humana que garantiria ao homem um orgasmo cósmico -, por outro, ela é uma pessoa como qualquer outra, que também precisa ser amada e com quem as pessoas podem manter uma relação de afeto. Sintetizando: ela é um objeto vendido coletivamente como sendo pessoal. Todos a amam, pois creem que ela foi feita para cada um deles e, por isso, ignoram sua condição artificial, acreditando que tem uma relação particular com ela. É como um jogo em que todos sabemos que é mentirinha e mesmo assim “escolhemos” acreditar.
Leia a resenha completa:
Curta nosa página no face:
Um Lobisomem Americano em Londres
3.7 611(...) o lobisomem pode ser visto, também, como a representação dos problemas da vila que o “abriga”.
Todos os moradores sabem do problema com os licantropos, entretanto, eles não deixam que ninguém de fora ajude, ou sequer saiba (o filme da a entender que nem eles mesmos tentam resolver). Em outras palavras, por mais que, por um lado, os moradores temam o monstro, por outro parece que eles querem “cultiva-lo”, como se fosse algo cultural daquele lugar. Deste modo, podemos deixar de pensar no lobo como animal e começar a pensá-lo como um tipo de conservadorismo típico de algumas cidades do interior (bastante representado em filmes, como Elvira, Hard rock zombies...).
Do mesmo modo que o medo do lobisomem faz com que os moradores locais fiquem presos dentro de suas casas em toda noite de lua cheia, o conservadorismo impede com que as pessoas da vila saiam do comum.
Leia a resenha completa: #more
Curta nossa página no facebook:
Parasita Sexual: A Vagina Assassina
2.6 39“Vagina assassina” falha em tudo - roteiro, atuação, efeitos especiais, direção, trilha sonora e o resto – com exceção da diversão e dos peitinhos. No todo, é um filme que não consigo classificar se é um soft porn com pitadas de trash ou um trash com boas doses de porn. Apesar de ter um lado muito sexual, ele compensa no gore com muitas Tripas de fora, sangue, desmembramentos, nojeiras, etc. Sei que isso você vai curtir.
Leia a resenha completa aqui:
Curta nossa pagina:
Pesadelo
3.2 26Vixi, parece ser muito foda.
O Vingador Tóxico III
2.9 24É notável que a Apocalipse não se preocupa com a submissão de todos os cidadãos de Tromaville, na verdade, depois que coopta o herói, ela passa a usar da violência para oprimi-los. Sem um fortão inspirador para combater sua hegemonia, a corporação não vê mais por que deixar de buscar seu objetivo a qualquer preço, desde que não seja em dinheiro. Assim, balas de borracha, jatos d’água e todo o arsenal da repressão entram em cena para mostrar quem é que manda. Podemos parar aqui um instante e pensar nos motivos dessa escolha. Afinal, por que corromper Melvin e não outros que se sujariam até mais facilmente? Vejo dois motivos principais: o primeiro seria suprimir qualquer reação contra a corporação ao faze o vingador mudar de lado, em outras palavras, trazendo o inimigo para seu círculo de amigos não há mais quem se oponha ao poder furioso da Apocalipse; o segundo seria usar a imagem do herói tendo por fim a autopromoção, fazendo então com que as pessoas aceitem a empresa e suas ações tal qual aceitam o vingador tóxico. Maquiavelismo puro: aquele que tem talento, que está acima da maioria, pode facilmente ser cooptado para oprimi-la.
Leia a resenha completa:
Curta nossa página:
Universidade do Prazer
1.1 147 Assista Agora"Universidade do prazer" é um filme péssimo, como já era de se esperar. Mesmo sendo um besteirol americano ele acaba se diferenciando de todos os outros por exaltar toda a futilidade e preconceito de maneira explicita, diferente dos outros que até tentam passar uma mensagem bonita no fim.
O filme acaba expondo diversos problemas sociais como ditadura da beleza, todo o sofrimento que isso trás e até mesmo o preconceito das pessoas sobre elas mesmas e seus semelhantes.
Leia a resenha completa aqui:
Curta nossa pagina:
À Meia-Noite Levarei Sua Alma
3.9 286 Assista AgoraZé não é só o causador da bagunça, aquele que tira a situação de seu rumo esperado, mas também quem, ao não se sujeitar à maneira como as coisas são, revela o ridículo da vida normal e submissa que as pessoas levam, sendo bastante odiado por isso, obviamente. Ele faz com que as pessoas pareçam pequenas e idiotas (e elas são), presas num modo de vida o qual tomam como “natural” e ignoram sua construção por forças externas as quais se sujeitaram sem perceber.
De um modo muito engraçado, o personagem faz questão de esfregar esse fato na cara de cada pessoa que cruza o seu caminho, pisando nas crenças religiosas, nos medos e superstições das pessoas para humilhá-las e rir disso
Leia a resenha completa:
Curta nossa página no face:
Natal Sangrento
3.1 153 Assista Agora“Silent night, Deadly night” é um slasher típico, um serial killer que sai por aí fantasiado matando todo mundo que não se comportou direito. Entretanto, ele se destaca por construir o personagem, desenvolver sua personalidade e fazer críticas em torno daquilo que influenciou o mesmo a cometer os crimes (religião, repressão, falta de assistência...), algo simples que o torna melhor que muitos filmes do gênero que preferem colocar mortes a mais que história.
Leia a resenha completa aqui:
Curta nossa pagina:
Charrito, Um Herói Mexicano
3.5 15O mundo de “Charrito, um herói mexicano” tem algo de muito atual: ele é regido pelas aparências, pelo fato de que as pessoas se relacionam umas com as outras baseadas em algumas poucas características que reconhecem umas nas outras. Alguns se aproximam do galã só porque ele é bonito, outros se aproximam da atriz porque ela é famosa, enquanto outros odeiam Charrito, pois ele é uma pessoa banal que não liga para essas coisas, digamos, importantíssimas... Colocando mais claramente, nesse universo a dinâmica dos relacionamentos entre as pessoas ressalta todo o tempo a superficialidade, o fato de que, tanto quem valoriza quanto quem é valorizado, estão reduzindo o outro e a si mesmo a admirador ou detentor umas poucas características.
Leia a resenha completa:
Curta nossa página no facebook:#!/cafecomtripas
Acesso nosso Twitter:
Nasce um Monstro
3.2 95“Nasce um monstro” é uma obra bem simples: não temos muitas cenas de gore e nunca vemos o monstro direito, sempre o vemos de relance e em cenas bem rápidas. O filme acaba se dando bem mais em cima de Frank e todos os problemas que o nascimento do bebê o trouxe do que no monstro em si.
No filme o verdadeiro monstro não é o bebê mutante assassino, mas sim aqueles responsáveis pela anomalia e também a própria mídia, que trás mais problemas para a família do que o próprio bebê.
Leia a resenha completa aqui:
Curta nossa página:
Elvira, a Rainha das Trevas
3.4 1,4KO encontro entre um mundo que vive fechado em si mesmo e de uma personagem que está totalmente aberta ao novo e não precisa de uma convenção para justificar suas vontades e ações - podendo transar sem casar, brigar por vingança e não para defender-se, desfrutar de cultura que vá contra ou a favor de seus valores -, tem consequências graves tanto para um quanto para o outro. Ambos se machucam no embate com o outro. Contudo, não se trata de uma relação de puro antagonismo, mas de algo bem mais complexo. Não é que Elvira passe a detestar toda a cidade e que toda a cidade passe a detestá-la. O que a morena representa ali é o outro, o diferente, aquilo que não é eu, isto é, que diverge da identidade arraigada cujas pessoas de Fallwell possuem. Se por anos eles contemplaram somente aquilo que era semelhante a si, com Elvira encontram algo radicalmente diferente disso.
Veja a resenha completa:
Curta nossa página: #!/cafecomtripas
Motel Diabólico
3.1 78 Assista Agora“Motel” é um filme terrível, fotografia escura, atuações pouco convincentes (apenas a do Vincent que se destaca), trilha sonora que parece de seriados de aventura dos anos 80, entre outras coisas. Contudo o roteiro é criativo e todas as bizarrices o tornam um filme divertidíssimo. Temos uma luta de serras elétricas, plantações humanas, cenas de comédia pastelão, pessoas que parecem zumbis, gente com cabeça de porco, peitinhos, critica sutil a religião, enfim, tudo que um filme trash merece.
É a típica obra péssima que acaba tornando-se boa.
Leia a resenha completa aqui:
Curta nossa pagina:
As Uvas da Morte
3.4 31Não por acaso, o verbo que mais se repete no decorrer do filme é o “aider” ou “ajudar”. O interessante disso consiste em certa contradição que a personagem vivencia: em vários momentos ela tem que se ajudar, mas também auxiliar alguém que está pior que ela mesma, contudo, nessas horas Elisabeth falha - mais ainda, ela sequer sabe o que fazer e acaba estragando tudo. É como se as situações desesperadoras criassem uma camada em torno das pessoas que atinge a qual dificilmente pode ser quebrada, que se torna mais espessa com o tempo e impregna todas as relações que essas pessoas mantêm. Por isso, elas acabam ficando um tanto à parte dos outros humanos não desesperados, pois vivem em sofrimento e espalham-no todo o tempo, sendo que, quando tentam manter alguma relação com outros - seja tentando ir além da dor que paira em torno de si, ou deixando que alguém penetre através dela - falham. O sofrer seria um tipo de prisão que atormenta e brutaliza quem nele vive, tornando seu prisioneiro incapaz de se relacionar sem reproduzir sobre os outros o mesmo que sente. Por isso, Elisabeth, que só enxerga dor, só reproduz dor e não pode ajudar ninguém, nem mesmo uma pessoa que sofre como ela.
Veja a resenha completa aqui:
Street Fighter: A Última Batalha
2.0 557 Assista AgoraA guerra retratada em “A batalha final” é aquela dos livros de história mais safados, nos quais os inimigos estão muito bem definidos e o bem vence o mal no caminho da liberdade. Por sinal, nele há toda uma aura da segunda guerra mundial que não está ali por acaso. Apesar disso, ao se apoiar num discurso tão raso, “A batalha final” revela suas próprias contradições que depõem contra o que pretende defender. Consequentemente, é possível critica-lo com base numa investigação dos próprios argumentos usados na obra.
Leia a resenha completa aqui:
Curta nossa pagina:
Nekromantik
2.9 235“NEKRomantik” é um filme de difícil digestão até mesmo pra quem gosta de cinema trash e bizarrices. Não digo que é um filme ruim; ele tem suas qualidades, mas não é um do tipo que eu recomendaria os outros assistirem (como também não "disrecomendo").
Leia a resenha completa aqui:
Curta nossa pagina:
As Uvas da Morte
3.4 31Tenho que ver essa merda!
Holocausto Canibal
3.1 833“Cannibal” é um clássico que, apesar de tudo, merece ser assistido se você não se importa em ser chocado. Apesar da polêmica, é um filme que não se sustenta apenas nisso, tendo discussões que poderiamos ficar dias falando a respeito.
Leia a resenha completa:
Curta nossa pagina: www.facebook.com/cafecomtripas
A Capital dos Mortos
2.4 89“A capital dos mortos” tem uma premissa básica igual a todas aquelas dos filmes pós “A noite dos mortos vivos”, algo que, se bem me lembro, nunca foi empecilho aos bons filmes, ou, ao menos, aos bons trashs. E assim como tantos desses, ele incorpora o tosco no seu formato, sendo bem engraçado e interessante, sobretudo pelas possibilidades que engendra.
Leia a resenha completa em:
Boneca Assassina
2.5 204“Boneca assassina” é um filme que não vai lhe agregar nada de novo. É um apanhado de diversos clichês bem conhecidos por nós, contudo, isso não significa que ele não deve ser visto. Na verdade, se você gosta de trash, não tem como deixar passar um filme no qual uma boneca possuída por uma entidade capetística antiga sai por ai matando todo mundo que possa interferir no amor entre ela e sua dona. Brinque e se divirta.
Leia a resenha completa:
Curta:
A Noite dos Coelhos
2.6 81 Assista Agora“Night of the Lepus”, assim como grande parte dos trashs, não está preocupado em promover discussões e debates, mas em e promover entretenimento. Porém, a construção de um cenário onde o coelho é tratado como praga, colocado no mesmo nível que ratos em nossa sociedade, nos fazem pensar na nossa relação com os animais. Até que ponto consideramos os animais “fofos”? Isto é, dignos de um tratamento diferenciado em relação àqueles que detestamos? Qual é o nosso critério para avaliar os animais que gostamos ou não?
Leia a resenha completa aqui:
Curta: