Mesmo não tendo a densidade dramática e visual do filme Amadeus, de Milos Forman, esta produção tcheco-austríaca lançada na comemoração dos 200 anos da morte do grande compositor consegue ser fiel aos fatos sem sacrificar a dramaticidade. É curioso que tenha sido dirigida por Juraj Herz, mais lembrado por filmes de terror e fantasia.
Adaptação muito fiel ao romance filosófico de Albert Camus, com ótima direção de arte (como o apartamento deteriorado de Mersault) e atenção aos detalhes
Uma história policial que levanta vários questionamentos sobre lei e justiça. A trama começa com bom ritmo mas em certo momento fica lenta demais, como se os personagens andassem em círculos. Mas o desfecho é muito bom.
Uma fantasia que diverte apesar da previsibilidade e algumas facilitações (como lagartas azuis que curam ferimentos graves). O diretor Juan Carlos Fresnadillo faz o máximo para driblar as limitações do roteiro. Assim temos uma fotografia que passa da secura na terra natal de Elodie para as cores quentes no reino de Aurea que remete aos contos de fada tradicionais, em oposição ao escuro e claustrofóbico da caverna posteriormente.
Um filme que antecipa uma abordagem mais realista e complexa da polícia, antecipando obras como Os Novos Centuriões (1972), Serpico (1973) e Fogo Contra Fogo (1995). Assim, temos um policial que gosta de astronomia e outro que compõe poesia e outros que participam de um coral. Essa complexidade também é aplicada aos criminosos que, mesmo violentos não são unidimensionais.
Embora procure evitar clichês melodramáticos, e seja bem sucedido na maior parte do tempo, os personagens acabam tomando atitudes estranhas na segunda metade com relação à sexo e dinheiro. A trama acaba se tornando previsível já que tudo se encaminha para a grande cena de redenção (o voo) no final.
Helena Bonham-Carter tem uma performance memorável e acaba ofuscando Kenneth Branagh. É um filme agradável mas poderia ter voado mais alto.
Uma produção exploitation como as feitas nos anos 70, este suspense de estrada foi escrito por Tedi Sarafian e dirigida por seu irmão Deran Sarafian (e o pai de ambos, Richard, faz uma ponta). Chama a atenção sobretudo o elenco de nomes em ascensão na época como Lambert, Michelle Forbes, Craig Sheffer e Adrienne Shelly (musa do diretor Hal Hartley, assassinada em 2006), assim como futuros astros: Josh Brolin, Joseph Gordon-Levitt e David Arquette. A trama tem algumas reviravoltas mas em geral é previsível. Lembro de ter assistido pela primeira vez no Supercine e agora em DVD. Curiosidade: Craig Sheffer e Joseph Gordon-Levitt interpretaram o mesmo personagem no filme Nada É Para Sempre (1992).
A primeira metade do filme é bastante violenta, bem mais que a média dos filmes noir americanos, tanto que houve forte censura no Reino Unido. Mas a partir da metade o roteiro muda drasticamente,
concentrando-se em um romance implausível baseado na Síndrome de Estocolmo. Além disso algumas reviravoltas da trama se baseiam em coincidências difíceis de engolir, como o chefe dos gangsters já ser apaixonado pela jovem sequestrada antes mesmo da história ter inicio.
Tudo isso acaba atrapalhando o clima de tensão que vinha sendo construído. Mesmo contando com um elenco eficiente, "Não Enviem Orquídeas para Miss Blandish" perde a chance de se tornar uma obra-prima do cinema.
Divertidíssimo exemplar do "brucexploitation", com muita pancadaria e ótima presença do gigante Paul L. Smith. O roteiro é quase uma refilmagem de Yojimbo (1961) e Por Um Punhado de Dólares (1964), com duas quadrilhas rivais e um infiltrado jogando uma contra a outra. Mas a cópia em DVD da London Films é precária, com muitas cenas cortadas que tornam grande parte da história incompreensível.
Uma versão bastarda de Romeu e Julieta com grande parte dos diálogos de Shakespeare substituídos por outros criados pelo roteirista Julian Fellowes. Não que haja obras absolutamente intocáveis mas o problema é que os diálogos e cenas novas não acrescentam em nada ao desenvolvimento da história nem tornam os personagens mais complexos do que já eram. Do elenco se sobressaem Damian Lewis como Lord Capuleto e Paul Giamatti com frei Laurence (e o par de lentes que ele usa são uma referência à O Nome da Rosa). Depois disso é melhor reassitir a criticada versão de Baz Luhrmann de 1996.
Embora conte com uma narrativa convencional, dividida em períodos, este documentário é bem detalhado e conta com depoimentos do próprio Welles em diferentes fases de sua carreira e muitas outras pessoas que o conheceram. Um gênio que Hollywood sempre fez questão de sabotar.
Não funcionou comigo, além de alguns risos amarelos. Nem as referências a filmes famosos como "Apocalypse Now" e "Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado" ajudam a dar graça. Curiosidade: a maior parte do elenco principal faz parte do grupo teatral de comédia Les Robins des Bois.
Um ensaio sobre os limites da fé com crescente clima de tensão. Ótima performance de David Lampson e pequena participação do astro Tetsuro Tanba (sob pesada maquiagem para parecer europeu).
John Cusack, Ione Skye e Lili Taylor são muito carismáticos e expressivos mas quem acaba se destacando é John Mahoney como um pai atencioso e dedicado mas que pode não ser tão correto quanto aparenta. A direção de Cameron Crowe é modesta mas a história é narrada com sensibilidade.
Não passa de um filme genérico de monstros, com direito a um xerife que é hostilizado em seu novo emprego, empresários gananciosos e vilões que riem maleficamente. O roteiro conta com diálogos do tipo: - Ele já decidiu quem vai matar. - Quem será? - Todo mundo. Já o diretor de fotografia Steve Arnold parece conhecer apenas duas paletas de cor: um filtro sépia para as cenas diurnas e um verde para as cenas noturnas. Só vale pelas cenas de gore que você certamente não verá em outros filmes da Marvel.
Esse filme é uma aula de relacionamento tóxico. Mesmo com leis e costumes de outra época o tema ainda é bem atual. O diretor Max Ophüls não mostra muitos dos seus arrojados movimentos de câmera, provavelmente por questões de orçamento da produção. Aliás, James Mason até escreveu um poema (!) sobre esse tema para o diretor: "I think I know the reason why/producers tend to make him cry./Inevitably they demand some stationary set-ups, and a shot that does not call for tracks/is agony for dear poor Max/who, separated from his dolly, is wrapped in deepest melancholy./Once, when they took away his crane,/I thought he'd never smile again ..." Mesmo assim a direção de Ophüls é primorosa: os enormes cenários da mansão Ohlrig exercem um clima opressivo sobre a protagonista, que também aparece em segundo plano, diminuída, em relação ao marido em diversas cenas. O trio central tira de letra seus papéis.
Slasher nunca foi um subgênero para se levar a sério mas esse Intruder abusa da suspensão da descrença por parte do espectador. E mesmo assim consegue ser moderadamente divertido. O diretor investe na estilização para compensar o roteiro pífio, chegando até a posicionar a câmera do ponto de vista de um disco de telefone! Já as mortes são bastante gráficas e não deixam a dever a séries como Sexta-Feira 13 e Halloween. O desfecho é um dos mais tolos e absurdos dos slashers transformando o filme praticamente em um paródia do gênero.
À principio, o roteiro desse filme desenvolveria três histórias separadas, unidas por um elemento em comum (a ossada desenterrada), mas os produtores resolveram juntar tudo em uma só história. Isso explica porque alguns personagens parecem descartados da trama, como a jovem noiva levada para um sanatório e a governanta ferida no rosto. De qualquer forma o ritmo do filme vai melhorando com o passar do tempo mas o diretor exagera em um desfecho estilizado que acaba soando anticlimático. A direção de arte é eficiente ao nos transportar ao século XVII, desde a sujeira das residencias aos figurinos que delineiam as classes sociais. Além disso a direção aproveita bem as belas locações rurais inglesas para dar um clima de isolamento ao povoado onde se passa a história.
Um terror entediante e que apela para clichês que já eram empoeirados em 2005: Uma casa enorme, decadente e escura, um protagonista com passado traumático e os infames jump-scares, imagens e sons altos para provocar sustos. Além disso a fotografia investe constantemente em um baixa profundidade de campo, não nos permitindo ver direito o que está no fundo da tela. Mas mesmo esse recurso quase nunca dá certo nesse filme. O elenco, oriundo de séries de TV pouco pode fazer com o que o roteiro oferece, já que o desenvolvimento dos personagens não era prioridade. No fim "O Pesadelo" é só mais um filme de sustos vazios.
O roteiro adota uma abordagem semelhante a de Rashomon (e que também seria utilizada em "Coragem Sob Fogo", de 1995), com personagens narrando versões diferentes de um mesmo fato para tecer um impiedoso libelo antimilitarista e antiufanista. Contém imagens horripilantes de vítimas de inanição e da bomba atômica.
Tinha ouvido "The Trolley Song" em um episódio de Halloween dos Simpsons e só agora descobri que era desse musical. Um filme que conquista o espectador pelo carisma dos personagens: até o pai rabugento acaba soando simpático no fima das contas.
Por um tempo pensei que era Lima Duarte no cartaz do filme! Só bem depois descobri que era Jorge Loredo. Imagino a Mia Goth vendo a avó nesse filme tão disparatado.
Um filme de guerra que foca não em batalhas mas sim na convivência humana, forçada pelas circunstâncias. O jovem Jóska (András Kozák) vaga pela Hungria até ser capturado pelos soviéticos e obrigado a permanecer em uma pequena fazenda leiteira em companhia de um jovem soldado russo (Sergey Nikonenko). Nesse ponto o filme assume uma dinâmica semelhante a que Ang Lee usaria em "O Segredo de Brokeback Mountain", mas sem o viés homoafetivo. A direção de Jancsó já fazia uso de planos fluidos e longos (imagino o que ele teria feito se contasse com uma steadcam na época) numa abordagem que ajuda a imergir o espectador na história.
A Vida de Mozart
3.7 4Mesmo não tendo a densidade dramática e visual do filme Amadeus, de Milos Forman, esta produção tcheco-austríaca lançada na comemoração dos 200 anos da morte do grande compositor consegue ser fiel aos fatos sem sacrificar a dramaticidade. É curioso que tenha sido dirigida por Juraj Herz, mais lembrado por filmes de terror e fantasia.
O Estrangeiro
3.8 49Adaptação muito fiel ao romance filosófico de Albert Camus, com ótima direção de arte (como o apartamento deteriorado de Mersault) e atenção aos detalhes
(como o bronzeado do protagonista que vai sumindo com o passar do tempo na prisão)
Marcello Mastroianni consegue passar a indiferença do protagonista, em contraponto à alegria quase constante de Marie (Anna Karina).
Os Raptores em Ação
4.0 5Uma história policial que levanta vários questionamentos sobre lei e justiça. A trama começa com bom ritmo mas em certo momento fica lenta demais, como se os personagens andassem em círculos. Mas o desfecho é muito bom.
Donzela
3.1 288 Assista AgoraUma fantasia que diverte apesar da previsibilidade e algumas facilitações (como lagartas azuis que curam ferimentos graves). O diretor Juan Carlos Fresnadillo faz o máximo para driblar as limitações do roteiro. Assim temos uma fotografia que passa da secura na terra natal de Elodie para as cores quentes no reino de Aurea que remete aos contos de fada tradicionais, em oposição ao escuro e claustrofóbico da caverna posteriormente.
Também é interessante como o diretor antecipa a chegada do dragão com uma revoada de pássaros em chamas.
Por fim é divertido ver Millie Bobbie Brown virar uma mini-Ellen Ripley no terceiro ato. Segura uma Sessão da Tarde de boa.
A Lâmpada Azul
3.1 2Um filme que antecipa uma abordagem mais realista e complexa da polícia, antecipando obras como Os Novos Centuriões (1972), Serpico (1973) e Fogo Contra Fogo (1995). Assim, temos um policial que gosta de astronomia e outro que compõe poesia e outros que participam de um coral. Essa complexidade também é aplicada aos criminosos que, mesmo violentos não são unidimensionais.
Livre Para Voar
3.4 15Embora procure evitar clichês melodramáticos, e seja bem sucedido na maior parte do tempo, os personagens acabam tomando atitudes estranhas na segunda metade com relação à sexo e dinheiro. A trama acaba se tornando previsível já que tudo se encaminha para a grande cena de redenção (o voo) no final.
Helena Bonham-Carter tem uma performance memorável e acaba ofuscando Kenneth Branagh. É um filme agradável mas poderia ter voado mais alto.
Assassinos da Estrada
2.9 41Uma produção exploitation como as feitas nos anos 70, este suspense de estrada foi escrito por Tedi Sarafian e dirigida por seu irmão Deran Sarafian (e o pai de ambos, Richard, faz uma ponta). Chama a atenção sobretudo o elenco de nomes em ascensão na época como Lambert, Michelle Forbes, Craig Sheffer e Adrienne Shelly (musa do diretor Hal Hartley, assassinada em 2006), assim como futuros astros: Josh Brolin, Joseph Gordon-Levitt e David Arquette. A trama tem algumas reviravoltas mas em geral é previsível. Lembro de ter assistido pela primeira vez no Supercine e agora em DVD.
Curiosidade: Craig Sheffer e Joseph Gordon-Levitt interpretaram o mesmo personagem no filme Nada É Para Sempre (1992).
No Orchids for Miss Blandish
3.3 1A primeira metade do filme é bastante violenta, bem mais que a média dos filmes noir americanos, tanto que houve forte censura no Reino Unido. Mas a partir da metade o roteiro muda drasticamente,
concentrando-se em um romance implausível baseado na Síndrome de Estocolmo. Além disso algumas reviravoltas da trama se baseiam em coincidências difíceis de engolir, como o chefe dos gangsters já ser apaixonado pela jovem sequestrada antes mesmo da história ter inicio.
Tudo isso acaba atrapalhando o clima de tensão que vinha sendo construído. Mesmo contando com um elenco eficiente, "Não Enviem Orquídeas para Miss Blandish" perde a chance de se tornar uma obra-prima do cinema.
O Retorno do Tigre
3.4 9 Assista AgoraDivertidíssimo exemplar do "brucexploitation", com muita pancadaria e ótima presença do gigante Paul L. Smith. O roteiro é quase uma refilmagem de Yojimbo (1961) e Por Um Punhado de Dólares (1964), com duas quadrilhas rivais e um infiltrado jogando uma contra a outra. Mas a cópia em DVD da London Films é precária, com muitas cenas cortadas que tornam grande parte da história incompreensível.
Romeu e Julieta
3.3 219 Assista AgoraUma versão bastarda de Romeu e Julieta com grande parte dos diálogos de Shakespeare substituídos por outros criados pelo roteirista Julian Fellowes. Não que haja obras absolutamente intocáveis mas o problema é que os diálogos e cenas novas não acrescentam em nada ao desenvolvimento da história nem tornam os personagens mais complexos do que já eram. Do elenco se sobressaem Damian Lewis como Lord Capuleto e Paul Giamatti com frei Laurence (e o par de lentes que ele usa são uma referência à O Nome da Rosa).
Depois disso é melhor reassitir a criticada versão de Baz Luhrmann de 1996.
O MAGO: VIDA E OBRA DE ORSON WELLES
4.2 2Embora conte com uma narrativa convencional, dividida em períodos, este documentário é bem detalhado e conta com depoimentos do próprio Welles em diferentes fases de sua carreira e muitas outras pessoas que o conheceram. Um gênio que Hollywood sempre fez questão de sabotar.
RRRrrrr!!! Na Idade da Pedra
3.5 316Não funcionou comigo, além de alguns risos amarelos. Nem as referências a filmes famosos como "Apocalypse Now" e "Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado" ajudam a dar graça.
Curiosidade: a maior parte do elenco principal faz parte do grupo teatral de comédia Les Robins des Bois.
Silêncio
4.0 11Um ensaio sobre os limites da fé com crescente clima de tensão. Ótima performance de David Lampson e pequena participação do astro Tetsuro Tanba (sob pesada maquiagem para parecer europeu).
Digam o Que Quiserem
3.7 352John Cusack, Ione Skye e Lili Taylor são muito carismáticos e expressivos mas quem acaba se destacando é John Mahoney como um pai atencioso e dedicado mas que pode não ser tão correto quanto aparenta. A direção de Cameron Crowe é modesta mas a história é narrada com sensibilidade.
O Homem-Coisa: A Natureza do Medo
2.0 36Não passa de um filme genérico de monstros, com direito a um xerife que é hostilizado em seu novo emprego, empresários gananciosos e vilões que riem maleficamente. O roteiro conta com diálogos do tipo:
- Ele já decidiu quem vai matar.
- Quem será?
- Todo mundo.
Já o diretor de fotografia Steve Arnold parece conhecer apenas duas paletas de cor: um filtro sépia para as cenas diurnas e um verde para as cenas noturnas. Só vale pelas cenas de gore que você certamente não verá em outros filmes da Marvel.
Coração Prisioneiro
3.8 8Esse filme é uma aula de relacionamento tóxico. Mesmo com leis e costumes de outra época o tema ainda é bem atual. O diretor Max Ophüls não mostra muitos dos seus arrojados movimentos de câmera, provavelmente por questões de orçamento da produção. Aliás, James Mason até escreveu um poema (!) sobre esse tema para o diretor:
"I think I know the reason why/producers tend to make him cry./Inevitably they demand some stationary set-ups, and a shot that does not call for tracks/is agony for dear poor Max/who, separated from his dolly, is wrapped in deepest melancholy./Once, when they took away his crane,/I thought he'd never smile again ..."
Mesmo assim a direção de Ophüls é primorosa: os enormes cenários da mansão Ohlrig exercem um clima opressivo sobre a protagonista, que também aparece em segundo plano, diminuída, em relação ao marido em diversas cenas. O trio central tira de letra seus papéis.
A Sentinela dos Malditos
3.7 131 Assista AgoraUm dos finais mais politicamente incorretos (para os padrões de hoje) da história do cinema:
pessoas com deformidades reais fazendo papel de demônios.
Violência e Terror
3.1 90Slasher nunca foi um subgênero para se levar a sério mas esse Intruder abusa da suspensão da descrença por parte do espectador. E mesmo assim consegue ser moderadamente divertido. O diretor investe na estilização para compensar o roteiro pífio, chegando até a posicionar a câmera do ponto de vista de um disco de telefone! Já as mortes são bastante gráficas e não deixam a dever a séries como Sexta-Feira 13 e Halloween.
O desfecho é um dos mais tolos e absurdos dos slashers transformando o filme praticamente em um paródia do gênero.
O Estigma de Satanás
3.2 37À principio, o roteiro desse filme desenvolveria três histórias separadas, unidas por um elemento em comum (a ossada desenterrada), mas os produtores resolveram juntar tudo em uma só história. Isso explica porque alguns personagens parecem descartados da trama, como a jovem noiva levada para um sanatório e a governanta ferida no rosto. De qualquer forma o ritmo do filme vai melhorando com o passar do tempo mas o diretor exagera em um desfecho estilizado que acaba soando anticlimático. A direção de arte é eficiente ao nos transportar ao século XVII, desde a sujeira das residencias aos figurinos que delineiam as classes sociais. Além disso a direção aproveita bem as belas locações rurais inglesas para dar um clima de isolamento ao povoado onde se passa a história.
O Pesadelo
2.2 205 Assista AgoraUm terror entediante e que apela para clichês que já eram empoeirados em 2005: Uma casa enorme, decadente e escura, um protagonista com passado traumático e os infames jump-scares, imagens e sons altos para provocar sustos. Além disso a fotografia investe constantemente em um baixa profundidade de campo, não nos permitindo ver direito o que está no fundo da tela. Mas mesmo esse recurso quase nunca dá certo nesse filme. O elenco, oriundo de séries de TV pouco pode fazer com o que o roteiro oferece, já que o desenvolvimento dos personagens não era prioridade.
No fim "O Pesadelo" é só mais um filme de sustos vazios.
Repare como o destino dos várias vítimas do "bicho-papão" não faz a menor diferença.
OBS.: a maquiagem de Lucy Lawless nesse filme é uma das piores que já vi no cinema.
Sob a Bandeira do Sol Nascente
4.3 2O roteiro adota uma abordagem semelhante a de Rashomon (e que também seria utilizada em "Coragem Sob Fogo", de 1995), com personagens narrando versões diferentes de um mesmo fato para tecer um impiedoso libelo antimilitarista e antiufanista. Contém imagens horripilantes de vítimas de inanição e da bomba atômica.
Agora Seremos Felizes
4.0 89 Assista AgoraTinha ouvido "The Trolley Song" em um episódio de Halloween dos Simpsons e só agora descobri que era desse musical. Um filme que conquista o espectador pelo carisma dos personagens: até o pai rabugento acaba soando simpático no fima das contas.
Pena que o filme não explore melhor a tão falada Feira Mundial de St. Louis. E os jogos olímpicos de 1904 também foram na mesma cidade.
Sem Essa, Aranha!
4.0 63Por um tempo pensei que era Lima Duarte no cartaz do filme! Só bem depois descobri que era Jorge Loredo.
Imagino a Mia Goth vendo a avó nesse filme tão disparatado.
Meu Caminho
4.0 3Um filme de guerra que foca não em batalhas mas sim na convivência humana, forçada pelas circunstâncias. O jovem Jóska (András Kozák) vaga pela Hungria até ser capturado pelos soviéticos e obrigado a permanecer em uma pequena fazenda leiteira em companhia de um jovem soldado russo (Sergey Nikonenko). Nesse ponto o filme assume uma dinâmica semelhante a que Ang Lee usaria em "O Segredo de Brokeback Mountain", mas sem o viés homoafetivo. A direção de Jancsó já fazia uso de planos fluidos e longos (imagino o que ele teria feito se contasse com uma steadcam na época) numa abordagem que ajuda a imergir o espectador na história.