Tenhamos sensatez: o filme é MUITO enfadonho. 😮💨 Sim, a premissa é maravilhosa, porém, a execução é chatérrima. E não por uma questão de "faltar ação", como disseram alguns. Por exemplo, o recente "Marcel, a Concha de Sapato" é um filme nessa mesma vibe mais tranquila e consegue prender. Aqui, pelo contrário, eu me senti cada vez mais de saco cheio. E veja que eu amo ficção científica, sou o maluco que já leu tudo dos grandes mestres do gênero, e só vivo citando Isaac Asimov. Mas aqui nem o esplendor do universo me prendeu.
Eu não me conectei com o protagonista e menos ainda com os problemas deles. Diferente de "Interestelar" ou de "Perdido em Marte", cujas tramas criam essa empatia com o personagem e te fazem torcer por ele, aqui eu fiquei... Nhé. F*da-se. Queria saber mais sobre o Hanus do que sobre esse cara e a conturbada vida amorosa dele enquanto o mundo tem problemas maiores - e o próprio Hanus tem problemas maiores, inclusive.
No final das contas, o filme é uma grande ode ao egoísmo do ser humano.
Apesar de ter achado um pouco longo demais, especialmente a parte do meio, a filme é belíssimo. O uso da música, o cuidado que tiveram ao retratar o autismo, a delicadeza com o próprio silêncio, a descoberta desse amor tão diferente e paciente, muito, muito belo. Mais ainda, uma visão diferente, mexicana, sobre esses temas. O nome disso é pluralidade de narrativas. E o final é para sorrir com os olhos marejados.
Ri bastante. E comparado a outros filmes nacionais também de comédia, este foi maravilhoso. Elenco bem colocado, situações que sim, são óbvias, mas trouxeram frescor da brasilidade, desfecho bonitinho. Valeu a pena.
Premissa excelente, mas, pelo amor de Deus!, que filme ruim. Aqui em São Luís vi várias reportagens, entrevistas, comentários sobre esse filme e estava empolgado para assistir. Sinceramente, era preferível ter ficado só na empolgação mesmo. Decepcionante é a palavra que define para mim.
Na minha opinião fecal, as quase duas horas de filme se devem à tentativa (fracassada) de construir humor alongando cenas que soariam cômicas. Bom, a comédia é o gênero mais complexo de se fazer exatamente por que ela não admite meio termo: ou é engraçado, ou não é Ponto final. E com edição e direção sem dinamismo, sem brilho, piora tudo.
"Por que ao invés de ficar filmando as pessoas você não para de fazer isso e vai se conectar com elas de verdade?"
Vinte e quatro horas após ter assistido (e digerido) essa obra peculiar, essa é a frase que, na minha opinião fecal, define o filme. "Marcel" é sobre se conectar, um verbo tão utilizado e tão falseado em tempos de redes sociais. Não a conexão desesperada e dos likes, como o filme mostra e critica, mas o conectar da escuta, do silêncio, do riso, da capacidade de parar e conversar.
"Marcel" é sobre diálogo, essa palavra estranha em um mundo que corre demais, tira fotos demais, e só consegue enxergar uma família de conchinhas que está na frente de seus rostos quando isso ganha a internet. Quer coisa mais atual?
Sim, é um filme que pode ser considerado "fofo". Sem dúvida. Mas eu creio que o uso desse adjetivo pode dar uma falsa sensação de que é "bobo", ou baseado nessa fofura para causar comoção. Ao meu ver, muitas pessoas acabaram decepcionadas com o filme por causa disso. "Marcel" é melancólico, é incômodo, é palpável e é sofrido. É o tipo de filme que você precisa fazer alguns mergulhos (nele e em si) para captar certas metáforas e tapas na cara.
Não é um filme "difícil" e acredito que nem foi feito com essa pretensão. Mas é um filme que pode doer e que, diante dessa dor, exige o que não temos hoje em dia: paciência e empatia.
Não é à toa que os consultórios de psicólogos e terapeutas estão cada vez mais lotados. Em um mundo que não escuta, as pessoas precisam pagar para terem trinta minutinhos de escuta com alguém que não as conhece. É triste. Muito triste.
Ao final, diante dessa tristeza, foi parar ao final do dia, como respirar fundo e ter uma sensação de "Pois é, eis a vida. Vivamos, então." E você até sorri para as pessoas, e bebe, e dança, e gargalha. E fica junto e feita gol. Tira fotos, publicar, faz piada. Então, você deita para dormir e nessa hora a tristeza vem e sufoca enquanto o sono, finalmente, chega. E no outro dia começa tudo de novo...
Conseguiu me prender. Acho maravilhoso quando uma trama mergulha em nossas realidades e expõe tudo isso. Não conheço o livro (vou procurar), mas, apesar de certas arestas aqui e ali, gostei da construção de personalidades e do clima geral da narrativa.
Às vezes, para você ter o que sempre buscou, tem que fazer o que nunca tentou. Que filme maravilhoso. É uma metáfora delicada sobre a falta de coragem, a vontade de gritar. Sabe aquele sentimento de enfiar o rosto no travesseiro e berrar até ficar rouco? Ou mergulhar a cabeça em um balde d'água e xingar? Este filme é sobre explodir - ou implodir para se descobrir. Um road movie diferenciado, melancólico, abraçável, humano. E o final é incrível. Quem nunca? Quem nunca sentiu essa vontade de dizer "quer saber? FOD*-SE!" e apenas... Uau.
Claro que tem seus típicos exageros cinematográficos, inerentes ao gênero, mas eu me diverti bastante. Creio que muitas vezes é na simplicidade que se encontra a riqueza de algumas histórias. "Minha Amiga Palma" encanta por isso e por não pender para o melodrama bobo - apesar de quase ir para a comédia pastelão. Ainda bem que não aconteceu. Há um balanceamento que diverte e aconchega quem o assiste sem quarenta pedras nas mãos. Assisti com meus sobrinhos e eles ficaram vidrados, então, se o público-alvo adorou, eu me calo.
Que tapa. Eu fiquei com um nó na garganta que ainda não me desceu até agora. E meus pensamentos forAm diretamente para a quantidade de crianças mortas em Gaza. Filmes como esse, reais, chocantes, lancinantes, estapeantes, são uma lembrança de que não somos nada especiais e nem abençoados por Deus. De fato, essa energia de vários nomes deve ter uma vergonha absurda quando olha para este canto do universo. "O Bombardeio" é um soco para que nos lembremos do que somos capazes.
Eu fiquei tenso do começo ao final. Achei incrível. E é massa porque, por ser um filme irlandês, eu tive aqui uma outra perspectiva de tensão e suspense. Foi maravilhoso. A forma como usaram a técnica narrativa do ticking clock, o bater do relógio que indica queno tempo está acabando, foi magistral. Maravilhoso filme. Nem vi o tempo passar. E a frieza dos personagens é bem condizente com a ambientação do filme.
Não consegui encontrar motivos para dar menos do que 5 estrelas. Terminei o filme e fiquei lá, calado, vendo os créditos com aquele monte de baratas. E aí os créditos terminaram e eu continuei olhando a tela, estático, pensativo, quase como se tivesse acabado de levantar após um acidente e ainda estivesse meio que em choque. E sabe o que é engraçado: hoje, 25 de janeiro de 2024, faz exatamente 1 mês que eu de fato tive um acidente e vivi de novo. Sim, é sério. Estou rindo feito idiota até agora. Que filme impactante. Sutil e impactante. Isso é raríssimo. Valeu cada segundo. Viva o cinema espanhol! Viva o cinema europeu! Corajoso, filosófico, silencioso. Uma experiência cinematográfica inesquecível.
Estonteante, sem dúvida. Mas o que de fato me surpreendeu foi a narrativa. Uma história bem madura, centrada e com uma mensagem universal. Maravilhoso filme.
Fiquei surpreso. Não, não é a grande comédia do cinema nacional, mas consegue abraçar, fazer rir sem exageros e, melhor ainda, fez com que eu mordesse a língua, já que eu pensava que seria "mais do mesmo". É "mais do mesmo", ok, mas tem um bom trabalho de roteiro aqui.
Estou de saco cheio de filmes que buscam causar frisson em um público cada vez mais sensível e em choque com idiotices. Essa classificação +18 é uma piada, por favor. Se você tem problemas com menstruação, com homens mostrando a bunda e o pinto, e com cenas simuladas (não explícitas) de sexo, acho que você deve pensar se não anda sensível demais pelas coisas erradas. Por favor, ligue nos jornais. A realidade é chocante, não isso aqui.
Há sete mil crianças mortas em Gaza e você se diz "em choque" por causa de um pinto? Sério?
Se você me disser que sim, então, você está mais fora da realidade do que as pessoas que são retratadas neste filme. E creio que nesse sentido, provocação e sátira, o filme funciona. Porém, e isso eu confesso que não sei traduzir em palavras certeiras, eu senti que há algo vazio aqui. Falta um viço, entende?; algo que de fato me choque. Me prometeram um filme "+18 chocante". Onde ele está?
Eu li muito sobre a "chocante cena da banheira". Sério? E a "chocante cena final". Sério? E a "outra cena da banheira". (olhos revirando). E "Ó, meu Deus, a apatia das pessoas diante do horror que acontece nessa família" e blá, blá, blá... Se aparece o c* de um dos protagonistas, o que você faria?
Em que mundo você vive? De verdade: EM QUE MUNDO VOCÊ VIVE?
E sim, eu fico irritado porque me parece que as pessoas andam tão imersas em suas malditas bolhas das redes sociais, em seus vídeos de dancinhas, que elas, ao invés de abrirem a porta para enxergar e vivenciar o mundo real, precisam de um filme desse, mediano, fundamentado em uma dita beleza clássica de um ator, para que elas fiquem "em choque" com o que não conseguem enxergar na vida real, debaixo do nariz delas.
É nesse lugar de crítica que minha nota subiu para três estrelas e meia. Subiu porque o diretor/roteirista conseguiu fazer com que o público ficasse em choque com a apatia de personagens que nada mais são do que... o próprio público, a própria sociedade atual. O que "Saltburn" mostra é que a sociedade está tão sensível e fingindo que nada está acontecendo e vamos festejar e dançar e beber e transar que está sujeita, estamos todos, ao aparecimento de Olivers-mariposas que destroem todo esse esplendor de dentro para fora.
Eu rejeitei muita coisa do filme, mas eu tenho uma índole crítica social que está nos meus livros, nos meus contos. Nesse ponto, "Saltburn" é um belíssimo de um tapa na cara, cuspindo verdades enquanto a maioria do público, sentadinha no conforto de suas salas, se diz "em choque", ou suspira pelo Jacob Elordi, e depois abrem o celular e esvaziam a mente enquanto o mundo pega fogo.
Se "Saltburn" fosse feito por um diretor como Lars Von Trier, meu amigo e minha amiga, você veria o que significa "em choque" e "+18". Façamos assim: você assiste a "AntiCristo" e a "Ninfomaníaca" e depois nós conversamos sobre "ficar em choque", tá?
O resto é perfumaria limpinha e bobinha só para causar choquinhos em pessoas que andam sensíveis demais para o meu gosto.
Que filmezinho maravilhoso, rapaz... Quando uma trama te faz cair de gargalhada diante de uma cabeça baleada sem querer, há algo interessante aí. Adorei esse humor dark, ousado, bem distante do comum. Acredito que em tempos em que as pessoas, a maioria, andam cheias de não me toques alimentados pela loucura das redes sociais, filmes assim servem para dar aquela chacoalhada bonita. A nota aqui no Filmow reflete muito bem como algumas pessoas, pra variar, não conseguem se desprender de seus mundinhos de falsa perfeição. F*da-se. O filme é muito massa. Assistiria FÁCIL outro no mesmo estilo.
Complexo, inspirador, tenso, poético, emocionante, cativante, humano, genial. Creio que para quem é apaixonado, apaixonada por música, é um tesouro descoberto. Lindo filme. Eu fiquei tão imerso aqui que nem percebi o tempo passar. Tanto que fiquei até o último segundo dos créditos, sedento por mais. Que riqueza é imergir nos bastidores de um álbum tão revelante, gravado em uma época de arte e trabalho árduo, entrega, vômito de música. Quase cinquenta anos depois, estão vivos, ambos, em suas músicas e possibilidades poéticas. Incrível.
Lá pelo meio do filme eu comecei a atentar para o fato de que ele tem a mesma estrutura narrativa de "No Ritmo do Coração" (que é uma cópia melodramática e medíocre do maravilhoso "A Família Belier"), porém, com uma diferença primordial: este aqui não é uma cópia e isso faz toda a diferença. A história de Bea é uma história de amor que não cai no melodrama. Tem seus dramas, mas eles são construídos de modo muito natural. Nas mãos de um diretor dado a fazer algo exagerado, seria um chororô absurdo, cheio de cenas tristes. Não foi. O que experimentei foi um filme tranquilo, bonito, e que nos abraça e conforta. Valeu cada minuto.
Quando você tem um filme que incomoda os "cidadãos de bem" é porque há algo ali de realmente bom e que precisa ser falado. Diante desse contexto e pela questão social, portanto, é um filme lindo. A crueza dele é um encaixe perfeito para contar essa história. Porém, diante da questão técnica, é um filme regular.
Para mim, o maior problema foi a questão do áudio. A mixagem de som é bem irregular. Em muitas partes eu não entendia nada, em outras o áudio simplesmente explodia. Tive que assistir com o controle da TV na mão e a todo momento regular o som. Só isso já me tirou da imersão.
Um segundo ponto é o roteiro. Como mencionei, a premissa é chamativa, mas a execução foi bem capenga. É a vida em sua essência, de fato. Eu consegui me identificar com certas situações. Mas, mesmo em algo tão cru, é necessário um certo trabalho narrativo senão a história fica sem unidade. Algumas cenas me pareceram vazias, o que caracteriza as chamadas "barrigas": cenas que poderiam ser facilmente cortadas.
Sério, fiquei decepcionado. Por mais que eu tenha me emocionado em certas partes, elas são 30% apenas. E, mesmo com a importância social, cultural e política do filme, o áudio e o roteiro não compensam isso para mim.
Por mais que tenha os clichês inerentes à época natalina, acredito que o grande trunfo de "Ritmo de Natal" é peitar os estereótipos com famílias negras, bem-sucedidas, retintas, e que fogem daquele conceito do "sofrimento da população preta no natal". Foi uma diversão serena. eu diria. O filme não aposta da comédia papelão (mais um trunfo) e embarca em uma jornada que traz camadas, entrelinhas, silêncios. É um diferencial. A minha questão é só que faltou aquele "toque cinematográfico", sabe; um tempero que não sei explicar, mas senti. Sabe quando você come algo que é excelente, mas sente que faltou um toque de alguma coisa ali para que ela ficasse divina? Esse é o meu ponto. Mesmo assim, "Ritmo de natal" ganha pelos seus diferenciais e por trazer uma mensagem óbvia, mas esquecida hoje em dia: estamos todos juntos, vestidos com nossas diferenças e precisamos baixar as máscaras e respeitar os outros.
É maravilhoso pensar que esse "entendidos" de cinema que criticam o DeNiro por "fazer um papel menor", se estivessem no lugar dele, fazendo um "papel menor", mas ganhando seus milhões, fariam isso sorrindo. 🤔
O filme é massa sim. Diferente de comédias de humor pastelão, ou que apelam para sexualidade ou escatologia, o que vi aqui foi um filme tranquilo, bem trabalhado, que não apenas versa sobre família como também manda.um importante recado sobre a importância dos imigrantes para os Estados Unidos.
Elenco redondinho, nelas imagens, roteiro com poucas arestas a serem aparadas, "Meu Pai é um Perigo" é sim um filme de Sessão da Tarde. E daí? Quem disse que "filmes de Sessão da Tarde" não podem se bons? Trazer uma mensagem legal? E ter um ator do calibre do DeNiro?
A não ser que você converse diariamente com o Robert DeNiro e me garanta que ele não está feliz com esse filme e só fez mesmo pelo dinheiro, sério, para de falar besteira. Você NÃO conhece a vida íntima desses artistas. Se o cara se sente confortável em fazer "filmes menores", f*da-se. Ele não tem mais que se provar a ninguém. Pega o beco e segue o baile. 👊🏼
O que mais gostei é que não é um filme bobo. Há camadas. À princípio, julguei que seria um daqueles filmes em que a "mulher feia" se embeleza e conquista um homem. E NÃO É! É sororidade, é empoderamento, é equidade. Tem tantas reflexões aqui, tantos aspectos sociais, é um filme tão rico que eu terminei com a mente fervilhando. Incrível.
Poético e intrigante. Fiquei fascinando pela coreografia e pela condução da trama, apesar de certa confusão. Medo e ódio dançam juntos uma balada de amor.
A produção é incrível e os efeitos idem. Elenco bom, história interessante, equilíbrio entre comédia e fantasia. É tudo ok. Mas aí é que está: é tão ok, tão encaixado, que acho que se preocuparam tanto em fazerem um filme "ok" que esqueceram daquela pitada de carisma. Tanto que assisti, mas terminei vazio, sabe. Terminei... "Ok". Vazio. Sei lá... Minha cara é essa aqui: 😐
O Astronauta
2.9 119 Assista AgoraTenhamos sensatez: o filme é MUITO enfadonho. 😮💨 Sim, a premissa é maravilhosa, porém, a execução é chatérrima. E não por uma questão de "faltar ação", como disseram alguns. Por exemplo, o recente "Marcel, a Concha de Sapato" é um filme nessa mesma vibe mais tranquila e consegue prender. Aqui, pelo contrário, eu me senti cada vez mais de saco cheio. E veja que eu amo ficção científica, sou o maluco que já leu tudo dos grandes mestres do gênero, e só vivo citando Isaac Asimov. Mas aqui nem o esplendor do universo me prendeu.
Eu não me conectei com o protagonista e menos ainda com os problemas deles. Diferente de "Interestelar" ou de "Perdido em Marte", cujas tramas criam essa empatia com o personagem e te fazem torcer por ele, aqui eu fiquei... Nhé. F*da-se. Queria saber mais sobre o Hanus do que sobre esse cara e a conturbada vida amorosa dele enquanto o mundo tem problemas maiores - e o próprio Hanus tem problemas maiores, inclusive.
No final das contas, o filme é uma grande ode ao egoísmo do ser humano.
Vida em Silêncio
3.1 2 Assista AgoraApesar de ter achado um pouco longo demais, especialmente a parte do meio, a filme é belíssimo. O uso da música, o cuidado que tiveram ao retratar o autismo, a delicadeza com o próprio silêncio, a descoberta desse amor tão diferente e paciente, muito, muito belo. Mais ainda, uma visão diferente, mexicana, sobre esses temas. O nome disso é pluralidade de narrativas. E o final é para sorrir com os olhos marejados.
Minha Família Perfeita
2.3 8 Assista AgoraRi bastante. E comparado a outros filmes nacionais também de comédia, este foi maravilhoso. Elenco bem colocado, situações que sim, são óbvias, mas trouxeram frescor da brasilidade, desfecho bonitinho. Valeu a pena.
De Repente Drag
1.5 7Premissa excelente, mas, pelo amor de Deus!, que filme ruim. Aqui em São Luís vi várias reportagens, entrevistas, comentários sobre esse filme e estava empolgado para assistir. Sinceramente, era preferível ter ficado só na empolgação mesmo. Decepcionante é a palavra que define para mim.
Na minha opinião fecal, as quase duas horas de filme se devem à tentativa (fracassada) de construir humor alongando cenas que soariam cômicas. Bom, a comédia é o gênero mais complexo de se fazer exatamente por que ela não admite meio termo: ou é engraçado, ou não é Ponto final. E com edição e direção sem dinamismo, sem brilho, piora tudo.
Marcel a Concha de Sapatos
3.8 104 Assista Agora"Por que ao invés de ficar filmando as pessoas você não para de fazer isso e vai se conectar com elas de verdade?"
Vinte e quatro horas após ter assistido (e digerido) essa obra peculiar, essa é a frase que, na minha opinião fecal, define o filme. "Marcel" é sobre se conectar, um verbo tão utilizado e tão falseado em tempos de redes sociais. Não a conexão desesperada e dos likes, como o filme mostra e critica, mas o conectar da escuta, do silêncio, do riso, da capacidade de parar e conversar.
"Marcel" é sobre diálogo, essa palavra estranha em um mundo que corre demais, tira fotos demais, e só consegue enxergar uma família de conchinhas que está na frente de seus rostos quando isso ganha a internet. Quer coisa mais atual?
Sim, é um filme que pode ser considerado "fofo". Sem dúvida. Mas eu creio que o uso desse adjetivo pode dar uma falsa sensação de que é "bobo", ou baseado nessa fofura para causar comoção. Ao meu ver, muitas pessoas acabaram decepcionadas com o filme por causa disso. "Marcel" é melancólico, é incômodo, é palpável e é sofrido. É o tipo de filme que você precisa fazer alguns mergulhos (nele e em si) para captar certas metáforas e tapas na cara.
Não é um filme "difícil" e acredito que nem foi feito com essa pretensão. Mas é um filme que pode doer e que, diante dessa dor, exige o que não temos hoje em dia: paciência e empatia.
Não é à toa que os consultórios de psicólogos e terapeutas estão cada vez mais lotados. Em um mundo que não escuta, as pessoas precisam pagar para terem trinta minutinhos de escuta com alguém que não as conhece. É triste. Muito triste.
Ao final, diante dessa tristeza, foi parar ao final do dia, como respirar fundo e ter uma sensação de "Pois é, eis a vida. Vivamos, então." E você até sorri para as pessoas, e bebe, e dança, e gargalha. E fica junto e feita gol. Tira fotos, publicar, faz piada. Então, você deita para dormir e nessa hora a tristeza vem e sufoca enquanto o sono, finalmente, chega. E no outro dia começa tudo de novo...
"Marcel" pede para que escutemos.
O Silêncio da Chuva
3.0 33 Assista AgoraConseguiu me prender. Acho maravilhoso quando uma trama mergulha em nossas realidades e expõe tudo isso. Não conheço o livro (vou procurar), mas, apesar de certas arestas aqui e ali, gostei da construção de personalidades e do clima geral da narrativa.
Tudo Sob Descontrole
3.7 5 Assista AgoraÀs vezes, para você ter o que sempre buscou, tem que fazer o que nunca tentou. Que filme maravilhoso. É uma metáfora delicada sobre a falta de coragem, a vontade de gritar. Sabe aquele sentimento de enfiar o rosto no travesseiro e berrar até ficar rouco? Ou mergulhar a cabeça em um balde d'água e xingar? Este filme é sobre explodir - ou implodir para se descobrir. Um road movie diferenciado, melancólico, abraçável, humano. E o final é incrível. Quem nunca? Quem nunca sentiu essa vontade de dizer "quer saber? FOD*-SE!" e apenas... Uau.
Minha Amiga Palma
3.3 8 Assista AgoraClaro que tem seus típicos exageros cinematográficos, inerentes ao gênero, mas eu me diverti bastante. Creio que muitas vezes é na simplicidade que se encontra a riqueza de algumas histórias. "Minha Amiga Palma" encanta por isso e por não pender para o melodrama bobo - apesar de quase ir para a comédia pastelão. Ainda bem que não aconteceu. Há um balanceamento que diverte e aconchega quem o assiste sem quarenta pedras nas mãos. Assisti com meus sobrinhos e eles ficaram vidrados, então, se o público-alvo adorou, eu me calo.
O Bombardeio
3.8 157 Assista AgoraQue tapa. Eu fiquei com um nó na garganta que ainda não me desceu até agora. E meus pensamentos forAm diretamente para a quantidade de crianças mortas em Gaza. Filmes como esse, reais, chocantes, lancinantes, estapeantes, são uma lembrança de que não somos nada especiais e nem abençoados por Deus. De fato, essa energia de vários nomes deve ter uma vergonha absurda quando olha para este canto do universo. "O Bombardeio" é um soco para que nos lembremos do que somos capazes.
O Transplante Clandestino
2.6 2 Assista AgoraEu fiquei tenso do começo ao final. Achei incrível. E é massa porque, por ser um filme irlandês, eu tive aqui uma outra perspectiva de tensão e suspense. Foi maravilhoso. A forma como usaram a técnica narrativa do ticking clock, o bater do relógio que indica queno tempo está acabando, foi magistral. Maravilhoso filme. Nem vi o tempo passar. E a frieza dos personagens é bem condizente com a ambientação do filme.
Matando Deus
3.3 38 Assista AgoraNão consegui encontrar motivos para dar menos do que 5 estrelas. Terminei o filme e fiquei lá, calado, vendo os créditos com aquele monte de baratas. E aí os créditos terminaram e eu continuei olhando a tela, estático, pensativo, quase como se tivesse acabado de levantar após um acidente e ainda estivesse meio que em choque. E sabe o que é engraçado: hoje, 25 de janeiro de 2024, faz exatamente 1 mês que eu de fato tive um acidente e vivi de novo. Sim, é sério. Estou rindo feito idiota até agora. Que filme impactante. Sutil e impactante. Isso é raríssimo. Valeu cada segundo. Viva o cinema espanhol! Viva o cinema europeu! Corajoso, filosófico, silencioso. Uma experiência cinematográfica inesquecível.
Gato de Botas 2: O Último Pedido
4.1 451 Assista AgoraEstonteante, sem dúvida. Mas o que de fato me surpreendeu foi a narrativa. Uma história bem madura, centrada e com uma mensagem universal. Maravilhoso filme.
A Sogra Perfeita
2.7 35 Assista AgoraFiquei surpreso. Não, não é a grande comédia do cinema nacional, mas consegue abraçar, fazer rir sem exageros e, melhor ainda, fez com que eu mordesse a língua, já que eu pensava que seria "mais do mesmo". É "mais do mesmo", ok, mas tem um bom trabalho de roteiro aqui.
Saltburn
3.5 857Estou de saco cheio de filmes que buscam causar frisson em um público cada vez mais sensível e em choque com idiotices. Essa classificação +18 é uma piada, por favor. Se você tem problemas com menstruação, com homens mostrando a bunda e o pinto, e com cenas simuladas (não explícitas) de sexo, acho que você deve pensar se não anda sensível demais pelas coisas erradas. Por favor, ligue nos jornais. A realidade é chocante, não isso aqui.
Há sete mil crianças mortas em Gaza e você se diz "em choque" por causa de um pinto? Sério?
Se você me disser que sim, então, você está mais fora da realidade do que as pessoas que são retratadas neste filme. E creio que nesse sentido, provocação e sátira, o filme funciona. Porém, e isso eu confesso que não sei traduzir em palavras certeiras, eu senti que há algo vazio aqui. Falta um viço, entende?; algo que de fato me choque. Me prometeram um filme "+18 chocante". Onde ele está?
Eu li muito sobre a "chocante cena da banheira". Sério? E a "chocante cena final". Sério? E a "outra cena da banheira". (olhos revirando). E "Ó, meu Deus, a apatia das pessoas diante do horror que acontece nessa família" e blá, blá, blá... Se aparece o c* de um dos protagonistas, o que você faria?
Em que mundo você vive? De verdade: EM QUE MUNDO VOCÊ VIVE?
E sim, eu fico irritado porque me parece que as pessoas andam tão imersas em suas malditas bolhas das redes sociais, em seus vídeos de dancinhas, que elas, ao invés de abrirem a porta para enxergar e vivenciar o mundo real, precisam de um filme desse, mediano, fundamentado em uma dita beleza clássica de um ator, para que elas fiquem "em choque" com o que não conseguem enxergar na vida real, debaixo do nariz delas.
É nesse lugar de crítica que minha nota subiu para três estrelas e meia. Subiu porque o diretor/roteirista conseguiu fazer com que o público ficasse em choque com a apatia de personagens que nada mais são do que... o próprio público, a própria sociedade atual. O que "Saltburn" mostra é que a sociedade está tão sensível e fingindo que nada está acontecendo e vamos festejar e dançar e beber e transar que está sujeita, estamos todos, ao aparecimento de Olivers-mariposas que destroem todo esse esplendor de dentro para fora.
Eu rejeitei muita coisa do filme, mas eu tenho uma índole crítica social que está nos meus livros, nos meus contos. Nesse ponto, "Saltburn" é um belíssimo de um tapa na cara, cuspindo verdades enquanto a maioria do público, sentadinha no conforto de suas salas, se diz "em choque", ou suspira pelo Jacob Elordi, e depois abrem o celular e esvaziam a mente enquanto o mundo pega fogo.
Se "Saltburn" fosse feito por um diretor como Lars Von Trier, meu amigo e minha amiga, você veria o que significa "em choque" e "+18". Façamos assim: você assiste a "AntiCristo" e a "Ninfomaníaca" e depois nós conversamos sobre "ficar em choque", tá?
O resto é perfumaria limpinha e bobinha só para causar choquinhos em pessoas que andam sensíveis demais para o meu gosto.
O Urso do Pó Branco
2.9 332 Assista AgoraQue filmezinho maravilhoso, rapaz... Quando uma trama te faz cair de gargalhada diante de uma cabeça baleada sem querer, há algo interessante aí. Adorei esse humor dark, ousado, bem distante do comum. Acredito que em tempos em que as pessoas, a maioria, andam cheias de não me toques alimentados pela loucura das redes sociais, filmes assim servem para dar aquela chacoalhada bonita. A nota aqui no Filmow reflete muito bem como algumas pessoas, pra variar, não conseguem se desprender de seus mundinhos de falsa perfeição. F*da-se. O filme é muito massa. Assistiria FÁCIL outro no mesmo estilo.
Elis & Tom, Só Tinha de Ser com Você
3.9 28 Assista AgoraComplexo, inspirador, tenso, poético, emocionante, cativante, humano, genial. Creio que para quem é apaixonado, apaixonada por música, é um tesouro descoberto. Lindo filme. Eu fiquei tão imerso aqui que nem percebi o tempo passar. Tanto que fiquei até o último segundo dos créditos, sedento por mais. Que riqueza é imergir nos bastidores de um álbum tão revelante, gravado em uma época de arte e trabalho árduo, entrega, vômito de música. Quase cinquenta anos depois, estão vivos, ambos, em suas músicas e possibilidades poéticas. Incrível.
Uma Família Extraordinária
3.6 45Lá pelo meio do filme eu comecei a atentar para o fato de que ele tem a mesma estrutura narrativa de "No Ritmo do Coração" (que é uma cópia melodramática e medíocre do maravilhoso "A Família Belier"), porém, com uma diferença primordial: este aqui não é uma cópia e isso faz toda a diferença. A história de Bea é uma história de amor que não cai no melodrama. Tem seus dramas, mas eles são construídos de modo muito natural. Nas mãos de um diretor dado a fazer algo exagerado, seria um chororô absurdo, cheio de cenas tristes. Não foi. O que experimentei foi um filme tranquilo, bonito, e que nos abraça e conforta. Valeu cada minuto.
Marte Um
4.1 302 Assista AgoraQuando você tem um filme que incomoda os "cidadãos de bem" é porque há algo ali de realmente bom e que precisa ser falado. Diante desse contexto e pela questão social, portanto, é um filme lindo. A crueza dele é um encaixe perfeito para contar essa história. Porém, diante da questão técnica, é um filme regular.
Para mim, o maior problema foi a questão do áudio. A mixagem de som é bem irregular. Em muitas partes eu não entendia nada, em outras o áudio simplesmente explodia. Tive que assistir com o controle da TV na mão e a todo momento regular o som. Só isso já me tirou da imersão.
Um segundo ponto é o roteiro. Como mencionei, a premissa é chamativa, mas a execução foi bem capenga. É a vida em sua essência, de fato. Eu consegui me identificar com certas situações. Mas, mesmo em algo tão cru, é necessário um certo trabalho narrativo senão a história fica sem unidade. Algumas cenas me pareceram vazias, o que caracteriza as chamadas "barrigas": cenas que poderiam ser facilmente cortadas.
Sério, fiquei decepcionado. Por mais que eu tenha me emocionado em certas partes, elas são 30% apenas. E, mesmo com a importância social, cultural e política do filme, o áudio e o roteiro não compensam isso para mim.
Ritmo de Natal
3.0 21 Assista AgoraPor mais que tenha os clichês inerentes à época natalina, acredito que o grande trunfo de "Ritmo de Natal" é peitar os estereótipos com famílias negras, bem-sucedidas, retintas, e que fogem daquele conceito do "sofrimento da população preta no natal". Foi uma diversão serena. eu diria. O filme não aposta da comédia papelão (mais um trunfo) e embarca em uma jornada que traz camadas, entrelinhas, silêncios. É um diferencial. A minha questão é só que faltou aquele "toque cinematográfico", sabe; um tempero que não sei explicar, mas senti. Sabe quando você come algo que é excelente, mas sente que faltou um toque de alguma coisa ali para que ela ficasse divina? Esse é o meu ponto. Mesmo assim, "Ritmo de natal" ganha pelos seus diferenciais e por trazer uma mensagem óbvia, mas esquecida hoje em dia: estamos todos juntos, vestidos com nossas diferenças e precisamos baixar as máscaras e respeitar os outros.
Meu Pai É Um Perigo
3.0 29 Assista AgoraÉ maravilhoso pensar que esse "entendidos" de cinema que criticam o DeNiro por "fazer um papel menor", se estivessem no lugar dele, fazendo um "papel menor", mas ganhando seus milhões, fariam isso sorrindo. 🤔
O filme é massa sim. Diferente de comédias de humor pastelão, ou que apelam para sexualidade ou escatologia, o que vi aqui foi um filme tranquilo, bem trabalhado, que não apenas versa sobre família como também manda.um importante recado sobre a importância dos imigrantes para os Estados Unidos.
Elenco redondinho, nelas imagens, roteiro com poucas arestas a serem aparadas, "Meu Pai é um Perigo" é sim um filme de Sessão da Tarde. E daí? Quem disse que "filmes de Sessão da Tarde" não podem se bons? Trazer uma mensagem legal? E ter um ator do calibre do DeNiro?
A não ser que você converse diariamente com o Robert DeNiro e me garanta que ele não está feliz com esse filme e só fez mesmo pelo dinheiro, sério, para de falar besteira. Você NÃO conhece a vida íntima desses artistas. Se o cara se sente confortável em fazer "filmes menores", f*da-se. Ele não tem mais que se provar a ninguém. Pega o beco e segue o baile. 👊🏼
Ela é o Diabo
3.4 392 Assista AgoraO que mais gostei é que não é um filme bobo. Há camadas. À princípio, julguei que seria um daqueles filmes em que a "mulher feia" se embeleza e conquista um homem. E NÃO É! É sororidade, é empoderamento, é equidade. Tem tantas reflexões aqui, tantos aspectos sociais, é um filme tão rico que eu terminei com a mente fervilhando. Incrível.
Nuvens Flutuantes
3.5 2Poético e intrigante. Fiquei fascinando pela coreografia e pela condução da trama, apesar de certa confusão. Medo e ódio dançam juntos uma balada de amor.
Uma Pitada de Sorte
2.7 16 Assista AgoraFalta uma (BOA) pitada de dinamismo. Mas, no contexto geral, foi um filme agradável.
A Batalha de Natal
2.7 66A produção é incrível e os efeitos idem. Elenco bom, história interessante, equilíbrio entre comédia e fantasia. É tudo ok. Mas aí é que está: é tão ok, tão encaixado, que acho que se preocuparam tanto em fazerem um filme "ok" que esqueceram daquela pitada de carisma. Tanto que assisti, mas terminei vazio, sabe. Terminei... "Ok". Vazio. Sei lá... Minha cara é essa aqui: 😐