Gostei da autocrítica ao modo de vida estadunidense. Assim que acabou, achei uma m*rda. Então, comecei a ler as entrelinhas, os diálogos, comparar com o que temos vivido, e pouco a pouco o filme ganhou outras cores para mim.
O próprio título do filme, tanto o original como a tradução, já é um indicativo do que virá pela frente: uma narrativa crítica a esse "American way of life" e as consequências disso para o mundo. A personagem da Julia Roberts é exatamente a personificação do americano-médio, meio emburrado, desconfiado de todos que julga estranhos e tomado pela certeza de ser tão maravilhoso que pode ajudar o mundo inteiro - até que o mundo se cansa dessa "ajuda". Sinceramente, diante do que tenho visto, por exemplo, na carnificina que Israel tem promovido na Faixa de Gaza (com apoio dos EUA), o filme ganhou ainda mais sentido para mim.
A questão dos "sinais" é exatamente o que leio nos jornais e mesmo em entrevistas com especialistas que apontam para a derrocada dos EUA. Claro, não como o filme mostra, mas uma derrocada no sentido mais econômico. É fato que até 2050 haverá uma mudança radical na ordem econômica mundial. Por outro lado, a chegada dos animais como mensageiros têm o simbolismo da questão ambiental, também ignorada por todos os países. Por fim, a questão do "grupinho do mal" foi uma piada com a paranóia estadunidense, encerrada na fala do Mahershala Ali "Nós vamos terminar o serviço". Não é sobre os outros. No final das contas, somos nós que estamos nos matando.
Na minha opinião fecal, foi experiência interessante por me fazer pensar nisso tudo. Quando um filme me deixa nesse lugar, remoendo e regurgitando pensamentos, não posso ignorar que há algo ali que vai além do óbvio. E foi.
Comecei a assistir quase sem querer (meu app bugou e abriu esse filme! 😅😐🤔) e agradeço por isso. Que experiência legal. O que achei mais bonito e importante é que temos aqui mais um exemplo de filme que teve a coragem de fugir daquela visão romântica sobre a infância. "Leo" me encantou por lembrar, especialmente aos pais de hoje em dia, que as crianças têm tristezas, têm problemas e, em uma sociedade cada vez mais apática, precisam de escuta. O filme é uma ode à comunicação, à importância de sentar e conversar com as crianças de igual para igual, sem aquele movimento de "eu, adulto, superior, você, criança, inferior". Foi uma sessão divertida, emocionante (algumas conversas são maduras e tocantes) e, olhando como escritor, um filme de amadurecimento que funciona muito bem. Estou impressionado, confesso.
Quando você mergulha em um filme desses (ainda mais na "Sessão da Tarde") tem que ir com um pezinho atrás porque pode facilmente passar do drama para o melodrama. Ainda bem, não aconteceu aqui. "Um Laço de Amor" é profundo, delicado e consegue abraçar quem o assiste sem exagerar no aperto. Saí leve e suave, assim como a obra. É um laço, sem dúvida.
Maravilhoso pelos aspectos técnicos. A caracterização é de tirar o chapéu, os diálogos são bonitos, as atuações... Uau! Aílton Graça é estonteante. Óbvio. Agora, Cacau Protásio e Neuza Borges, o que foi isso. Emocionante, humano, tocante, singelo, maternal em seu sentido mais profundo. Lindas atuações. Fiquei realmente emocionado com elas.
Agora, dito, isso, o filme foi bem cansativo. Sim, eu ri e me diverti. Mas sabe quando você assiste a algo e até o riso começa a ficar meio forçado, por mais divertido que o filme seja? Eu senti isso.
Na minha opinião fecal, o longa me pareceu esticado demais e faltou um percurso mais dinâmico. Com altos e baixos, o filme é ótimo ao retratar partes da vida desse ícone brasileiro, mas mediano como um filme biográfico pujante, arrebatador. Não é.
Comparado com outra obra biográfica deste ano. o filme do "Claudinho e Buchecha" é muito mais encaixado nesse sentido, me prendeu muito mais.
Pelo menos, a cena final é ulde uma delicadeza daquelas que enchem os olhos e alimentam a alma.
Sabe o que me veio à mente quando terminou: chupa essa, Hollywood. 😅😁 Sério. Fomos colonizados pelo cinema estadunidense de tal forma que muitos de nós nos acostumamos àquelas narrativas por vezes pudicas, baseadas no modo de vida deles e em seus valores - muitos deles equivocados. E a beleza do cinema feito nos outros países é exatamente buscar uma quebra desse lugar-comum.
"Viva" é a exumação da simplicidade cubana, tão soterrada por clichês e preconceitos.
Que trama bonita! Que ode à ternura! Que amadurecimento de um personagem! A mensagem de força sendo quem se é... uau. Muito, muito bonito. E algo que me pegou foi o cuidado com a continuidade. Se ele apanha, a cicatrização do machucado serve como marco da passagem de tempo. É um detalhe que parece besta, mas tem um simbolismo forte de amor pelo cinema.
Isso sem contar a trilha sonora, as atuações e a fotografia que é humana. Cuba está aqui exaltada em seus braços, vielas, "inferninhos". É povo, é cultura, é sofrimento, é tudo.
Aquele tipo de filme que dá orgulho de ter tido a oportunidade de assistir.
Como é uma união entre vários curtas, na minha opinião fecal, faltou ritmo e unidade. Às atuações, por exemplo, são boas, mas há uma folha de roteiro com a ausência de diálogos melhores e que valorizem o talento dos atores.
Sou um amante do silêncio. Nos textos, no teatro, nas músicas, na vida. E mais uma vez mergulhado nos filmes do Berger, creio que aqui encontrei uma representação quase fiel desse grito mudo de angústia que consome quem é LGBTQIA+ É triste. Às vezes, confesso, passo algum tempo imaginando se a sociedade não tem nem um pingo de empatia, nem um lampejo de reflexão ao imaginar a dor, as barreiras, a morte que causa ao impedir as pessoas de serem quem são. "Un Rubio" me abraçou nesse lugar de melancolia que está ali, nas esquinas, escondido em relacionamentos "normais", imerso nas brincadeiras entre os homens, silenciado pelos gols do futebol, afogado na cervejinha com os brothers no final de semana.
É triste.
Triste termos que nos mascarar e sorrir risos sem felicidade, pegar garotas sem vontade, apenas para não apanhar na rua. Há alguns homens cujos olhos berram por ajuda, sem ter a quem recorrer. E foi incrível como o diretor capturou esse "não-lugar", esse vazio (in)visível que na verdade está exposto, mas é ignorado.
Belíssimo filme. E o final, munido de simplicidade e silêncio, é arrebatador. Diz tudo com apenas uma exclamação, sendo uma ponte de esperança.
O que mais gostei foi de como dosaram muito bem a personalidade autodepreciativa do Calleb. Tinha tudo para cair no caricato, mas não. A trama é agradável e admiro como a mensagem final de se amar, se encontrar, colocar a si como próprio, ficou marcada aqui. Isso sem contar que aborda o HIV sem aquele tom professoral de alguns filmes, lembrando às novas gerações que a doença prossegue.
Esse filme foi me conquistando de um jeito... No começo, fiquei meio reticente. Achei o Gil mimado, garoto cheio de onda, mas aí veio a cena da mudança, o primeiro limiar de transformação, e o diálogo me pegou. Cara, que reflexão bonita. Pronto, eu estava entregue. Então, esse quebra-cabeça da vida foi se moldando, a história se cruzando, minhas suposições caíram por terra e ... BOOM! acabou. Uau! Que coragem, que força, que inspiração. Belíssimo trabalho. Só achei um pouco longo, mas entendo que fez parte da experiência. Apesar de fazer esse adendo, se me perguntassem quais partes eu tiraria confesso que não sei apontar. "Teus Olhos Meus" é a vida que te dá uma rasteira e permanece bela.
Não é um filme ruim, apenas mal aproveitado. Interessante que como eu assisti a "Los Agitadores" primeiro, deu pra ver como "Taekwondo" foi um teste para o que viria adiante.
Tinha tudo para cair no melodrama, mas não. Que experiência bonita, serena e cativante. Não é fácil, porém, deixar partir é um ato de amor. Quiçá, o maior dos atos de amor. O bonito em "Spoiler Alert", ao meu ver, é como o filme se torna também uma homenagem à televisão, em um percurso de metalinguagem inspirador. Não há o que falar. Sou muito chato com o que assisto, crítico por trabalhar com roteiros, mas aqui eu fui arrebatado. Terminei emocionado, contudo, não triste. Este é um filme que nos pede para sorrir. E eu sorri.
Gostei da metalinguagem e da construção do relacionamento entre os dois. Só reclamo de um certo excesso de dramaticidade embalado por músicas genéricas. Mesmo assim, valeu pelo entretenimento corriqueiro. Não vai mudar minha vida, mas também não me pareceu descartável. Sem contar que é massa ver uma produção uruguaia se infiltrando no meio do excesso de blockbusters hollywoodianos que chegam às telas brasileiras.
Assisti "Shortbus" em 2006, quando eu tinha 18 anos. Foi um choque. Vindo de uma família religiosa, cheia de pudores apesar da constância de piadas sexuais, eu fiquei abismado, horrorizado, enojado com o que vi. Que idiota... Hoje, dezessete anos depois, o cara que reviu "Shortbus" é alguém sem religião, livre de amarras quanto à sexualidade, curioso, escritor, e que, ao longo dos últimos anos, reconheceu que não adianta fugir de nossos instintos. E o instinto sexual, junto com o instinto de sobrevivência, é o mais básico deles. Diante disso, a experiência com esse filme foi outra.
"Shortbus" é bonito porque é uma ode à libertação. Muitas pessoas amam gritar e berrar que são livres, empunham bandeiras, provocam, ousam. Mas a maioria, disso eu tenho convicção, ficam retesadas quando a parte sexual entra no assunto. A pessoa é livre, faz posts libertários nas redes sociais, PORÈM, sabe,
"isso aqui não, meu Deus!" "Ai, ela falou da v*gina dela desse jeito... Gente..." "Olha como aquela senhora, nessa idade, fala de sexo..." "Gente, esse menino ainda tão novo já pergunta essas coisas? Que família é essa?" "Esse gordo não sabe o lugar dele, que horror!"
São frases reais, que eu escutei e escuto ao longo da vida. O nome disso é hipocrisia.
"Shortbus" é dito polêmico. Lá atrás, quando o assisti pela primeira vez, eu concordei. Um horror, um horror! Queimem esse filme! Hoje, cabeça mudada, mais "permeável", pergunto-me: por quê? Por causa do sexo explícito? Ou será que é porque é um filme que cutuca os brios das pessoas? Que provoca o público a ignorar a nudez e ver apenas corpos? Que te desafia a ir para além da explicitude e encarar a tristeza que emana desses personagens? E foi aí que lembrei do "polêmico" (entre milhões de aspas) "A Baleia". E aqui eu repito um trecho da crítica que fiz sobre o filme do Brendan Fraser:
"[...] Sabe por que "A Baleia" gerou polêmica, com pessoas se dizendo horrorizadas e chocadas e indignadas? Porque é um filme que exige um mergulho em nossos preconceitos. Podemos esconder, podemos querer lacrar nas redes sociais e berrar "NÃO, EU NÃO FARIA ISSO!", mas TODOS nós (todos!) temos esse olhar quando vemos uma pessoa obesa. Não faça essa cara, você sabe que é verdade. Nós somos a filha; nós somos a mãe, o garoto missionário, a enfermeira, o entregador de pizza... Nós somos. NÓS. Não eles, os "errados". Nós. E é nesse "nós" que o filme ganhou minha atenção, pois ele me puxou para fora da bolha de "sou um cara sem preconceitos". Mentira! Eu vi o Charlie com preconceitos sim. Admito. Dizem que Aronofsky pecou porque "mostra o Charlie como se fosse num zoológico". Mas, gente, é o que nós fazemos: com pessoas obesas, com PCDs, com travestis, com pessoas transgênero, com prostitutas... NÓS, por mais conscientes que sejamos, temos esse olhar, mesmo que no subconsciente. [...]"
"Shortbus" mexe conosco porque vomita em nossos rostos a crueldade da performance sexual que é exigida por aí. Esfrega a farsa de uma sociedade que aplaude pessoas nuas durante o Carnaval, transando nas ruas, mas fica "em choque" quando, ("ai meu Deus, as criancinhas inocentes!") aparece um pên*s ou uma v*gina na televisão. E enquanto a "polêmica" em torno de "Shorbus" permanece 17 anos depois, os pais em choque jogam pedras no filme enquanto suas "crianças inocentes" estão no quarto com um celular nas mãos vendo pornografia. Ou aliciando outras crianças. Ou vendendo nudes. Ou fazendo "desafios" sexuais com os coleguinhas.
Mas tudo bem. Eu finjo que não sei disso, você finge que isso não acontece, e seguimos fingindo que isso que moldamos se chama vida.
Consegue gerar angústia e emoção (o final foi MUITO significativo ao meu ver), mas, na minha opinião fecal, peca por ser longo demais. Confesso que aos 60 minutos eu já estava meio 😑😑😑🤔 de saco cheio, sabe. Acredito que o fato de nunca querer ter filhos e não ter essa paixão por bebês tenha influenciado nisso. Eu até me apeguei à tentativa de sobrevivência, mas não exatamente à "tentativa épica de uma mãe que luta pelo filho". Compreende?
Imergi bastante nessa busca vã pelo o que nunca se alcança — ou pelo menos, nunca do modo esperado. Há uma solidão aqui, um desespero, uma angústia diante do não pertencer. Foi intenso, poético e triste. Claro que há todo um aspecto do "adolescente fazendo m*rda", porém, isso seria simplicar o filme. "Sequin in The Blue Room" é sobre todos nós, perdidos na vida feito lantejoulas desprendidas rolando pelo chão da realidade.
Interessante como o cinema asiático tem essa capacidade de mesclar vários gêneros cinematográficos em uma mesma trama. De repente, você vai do riso ao choro e de volta à plenitude. O filme tem seus problemas de ritmo, mas entrega sim uma grande história. Valeu a pena.
Confesso que no começo eu pensei logo que seria um clichê. Mas aí lembrei de um detalhe: esse filme tem VINTE E CINCO ANOS. Ele é um precursor dos filmes de temática LGBTQIA+ escolar. E é emocionante. Adorei como a trama foi construída para nos puxar para a realidade de nosso sofrimento. Não é só sobre o bullying, não é só sobre a sociedade em geral, mas sobre um sentimento de solidão que nos acomete - mesmo quando estamos rodeados de pessoas que nos apóiam. É uma solidão profunda de inadequação, de medo, de rejeição, de morte. E tudo isso permanece duas décadas depois. Por exemplo, no momento em que o Congresso pauta o fim do direito à união homoafetiva, você imagina o peso que isso tem nas pessoas? O simbolismo que é o Congresso, com tantas coisas realmente importantes, se debruçar sobre esse tema? É uma mensagem de que você está errado. O filme trazer isso, gritar essa mensagem, foi impactante demais. E o conjunto de cenas finais, com Aretha Franklin cantando a liberdade e o amor-próprio, foi um abraço na alma. Eu terminei com um suspiro, um sentimento de "ei, vai dar certo." Sorria.
No começo pensei que seria mais um daqueles yaoi que usam de qualquer desculpa para justificar as cenas de sexo. Porém, percebi a qualidade da trama e as camadas que ela trouxe. Não, não é um anime que muitos gostarão. Isso é evidente. Contudo, dizer que o motivo disso é apenas o teor sexual seria uma grande mentira. Está é uma história pesada porque traz elementos da realidade que por vezes nos recusamos a ver.
Sou o tipo de pessoa que tenta mergulhar em tudo para extrair algo de relevante para a minha vida. Mas aqui não deu. Mergulhei, mergulhei, e não encontrei nada além de enfado e confusão.
O mais bonito aqui (e é algo que sempre brigo no Wattpad e no Kindle) é o protagonismo de pessoas idosas. Nós, jovens e jovens adultos, tendemos a esquecer que vamos envelhecer. Moldamos uma sociedade distópica que rejeita a velhice e preconiza "faces à la Instagram" e corpos "perfeitos". As consequências disso: invisibilidade, agressões contra idosos, sanatórios e asilos lotados, abandono, assédio moral e financeiro, solidão, depressão, suicídio. Vivemos em uma sociedade doente e que adoece quem tanto fez por ela. Meus livros, por exemplo, sempre trazem personagens idosos ou como protagonistas, ou em papeis centrais, exatamente para provocar meus leitores a saírem da zona de conforto, a enxergarem outros corpos, outras vidas; a aprenderem a escutar os idosos que estão no entorno.
Filmes como "A Última Escapada", por mais que tenham um manto de comédia, os fazem refletir sobre a vida que, por vezes, recomeça com o avançar da idade. O que vi aqui foi uma trama bonita, redonda, meio exagerada, sim, sobre sorrir apesar das dificuldades e lutar apesar da idade. E isso, meus amigos e minhas amigas, é fundamental se quisermos ser uma sociedade melhor.
Escute as pessoas idosas. Larguem do ego do "eu sou de uma geração diferenciada" e se aproxime. Dialogue, abrace, esteja disponível. Se você vir uma pessoa idosa já com o estigma do "idoso = conservador", você contribuirá para a desumanização dessa parcela cada vez maior. E um detalhe: você ergue muros hoje, amanhã, envelhecido, envelhecida, é você que estará por trás desses muros, viu? Acorda.
Uau. Simplesmente. Foi o que senti ao final. E é um filme de 2011! Incrível. Incrível as camadas, incrível a força, incríveis atuações, incrível imersão. Algo que me tocou é ter esse ponto de vista preto, afro-americano, que nos obriga a sair da bolha. São outros olhares, ranhos, jeitos, vozes, corpos, questões, desafios, erros e acertos. E a mensagem final... importa você estar bem, não que o mundo ao redor esteja. "Pariah" é a poesia da vida que segue em frente.
Não é um primor cinematográfico, mas cumpre seu papel. Gostei como a história foi revisitada, me surpreendeu. Meus sobrinhos, então, adoraram. Pena que de fato peca na questão dos efeitos e das atuações, mas noto que isso é o meu olhar de adulto, já cheio de referências e mesmo preconceitos. Para as crianças, foi maravilhoso.
Sim, diferente do que os"entendidos" do Filmow alegam, as crianças assistem sem pedras nas mãos e sem comentários idiotas. Ou seja, o público alvo gostou. É o que importa.
Perde ritmo ao longo do percurso, mas se mantém intrigante até o final. Imergir na mente de Odete, ver esse processo de deturpação, foi uma experiência diferenciada.
O Mundo Depois de Nós
3.2 891 Assista AgoraGostei da autocrítica ao modo de vida estadunidense. Assim que acabou, achei uma m*rda. Então, comecei a ler as entrelinhas, os diálogos, comparar com o que temos vivido, e pouco a pouco o filme ganhou outras cores para mim.
O próprio título do filme, tanto o original como a tradução, já é um indicativo do que virá pela frente: uma narrativa crítica a esse "American way of life" e as consequências disso para o mundo. A personagem da Julia Roberts é exatamente a personificação do americano-médio, meio emburrado, desconfiado de todos que julga estranhos e tomado pela certeza de ser tão maravilhoso que pode ajudar o mundo inteiro - até que o mundo se cansa dessa "ajuda". Sinceramente, diante do que tenho visto, por exemplo, na carnificina que Israel tem promovido na Faixa de Gaza (com apoio dos EUA), o filme ganhou ainda mais sentido para mim.
A questão dos "sinais" é exatamente o que leio nos jornais e mesmo em entrevistas com especialistas que apontam para a derrocada dos EUA. Claro, não como o filme mostra, mas uma derrocada no sentido mais econômico. É fato que até 2050 haverá uma mudança radical na ordem econômica mundial. Por outro lado, a chegada dos animais como mensageiros têm o simbolismo da questão ambiental, também ignorada por todos os países. Por fim, a questão do "grupinho do mal" foi uma piada com a paranóia estadunidense, encerrada na fala do Mahershala Ali "Nós vamos terminar o serviço". Não é sobre os outros. No final das contas, somos nós que estamos nos matando.
Na minha opinião fecal, foi experiência interessante por me fazer pensar nisso tudo. Quando um filme me deixa nesse lugar, remoendo e regurgitando pensamentos, não posso ignorar que há algo ali que vai além do óbvio. E foi.
Leo
3.6 130 Assista AgoraComecei a assistir quase sem querer (meu app bugou e abriu esse filme! 😅😐🤔) e agradeço por isso. Que experiência legal. O que achei mais bonito e importante é que temos aqui mais um exemplo de filme que teve a coragem de fugir daquela visão romântica sobre a infância. "Leo" me encantou por lembrar, especialmente aos pais de hoje em dia, que as crianças têm tristezas, têm problemas e, em uma sociedade cada vez mais apática, precisam de escuta. O filme é uma ode à comunicação, à importância de sentar e conversar com as crianças de igual para igual, sem aquele movimento de "eu, adulto, superior, você, criança, inferior". Foi uma sessão divertida, emocionante (algumas conversas são maduras e tocantes) e, olhando como escritor, um filme de amadurecimento que funciona muito bem. Estou impressionado, confesso.
Um Laço de Amor
4.1 301 Assista AgoraQuando você mergulha em um filme desses (ainda mais na "Sessão da Tarde") tem que ir com um pezinho atrás porque pode facilmente passar do drama para o melodrama. Ainda bem, não aconteceu aqui. "Um Laço de Amor" é profundo, delicado e consegue abraçar quem o assiste sem exagerar no aperto. Saí leve e suave, assim como a obra. É um laço, sem dúvida.
Mussum: O Filmis
3.7 166 Assista AgoraMaravilhoso pelos aspectos técnicos. A caracterização é de tirar o chapéu, os diálogos são bonitos, as atuações... Uau! Aílton Graça é estonteante. Óbvio. Agora, Cacau Protásio e Neuza Borges, o que foi isso. Emocionante, humano, tocante, singelo, maternal em seu sentido mais profundo. Lindas atuações. Fiquei realmente emocionado com elas.
Agora, dito, isso, o filme foi bem cansativo. Sim, eu ri e me diverti. Mas sabe quando você assiste a algo e até o riso começa a ficar meio forçado, por mais divertido que o filme seja? Eu senti isso.
Na minha opinião fecal, o longa me pareceu esticado demais e faltou um percurso mais dinâmico. Com altos e baixos, o filme é ótimo ao retratar partes da vida desse ícone brasileiro, mas mediano como um filme biográfico pujante, arrebatador. Não é.
Comparado com outra obra biográfica deste ano. o filme do "Claudinho e Buchecha" é muito mais encaixado nesse sentido, me prendeu muito mais.
Pelo menos, a cena final é ulde uma delicadeza daquelas que enchem os olhos e alimentam a alma.
Fosse o Mundo Meu
3.4 59Não é a maravilha das maravilhas, mas traz uma história legal. Conseguiu me prender.
Viva
3.9 60 Assista AgoraSabe o que me veio à mente quando terminou: chupa essa, Hollywood. 😅😁 Sério. Fomos colonizados pelo cinema estadunidense de tal forma que muitos de nós nos acostumamos àquelas narrativas por vezes pudicas, baseadas no modo de vida deles e em seus valores - muitos deles equivocados. E a beleza do cinema feito nos outros países é exatamente buscar uma quebra desse lugar-comum.
"Viva" é a exumação da simplicidade cubana, tão soterrada por clichês e preconceitos.
Que trama bonita! Que ode à ternura! Que amadurecimento de um personagem! A mensagem de força sendo quem se é... uau. Muito, muito bonito. E algo que me pegou foi o cuidado com a continuidade. Se ele apanha, a cicatrização do machucado serve como marco da passagem de tempo. É um detalhe que parece besta, mas tem um simbolismo forte de amor pelo cinema.
Isso sem contar a trilha sonora, as atuações e a fotografia que é humana. Cuba está aqui exaltada em seus braços, vielas, "inferninhos". É povo, é cultura, é sofrimento, é tudo.
Aquele tipo de filme que dá orgulho de ter tido a oportunidade de assistir.
Vidas Cruzadas
2.2 3Como é uma união entre vários curtas, na minha opinião fecal, faltou ritmo e unidade. Às atuações, por exemplo, são boas, mas há uma folha de roteiro com a ausência de diálogos melhores e que valorizem o talento dos atores.
Um Loiro
3.7 77Sou um amante do silêncio. Nos textos, no teatro, nas músicas, na vida. E mais uma vez mergulhado nos filmes do Berger, creio que aqui encontrei uma representação quase fiel desse grito mudo de angústia que consome quem é LGBTQIA+ É triste. Às vezes, confesso, passo algum tempo imaginando se a sociedade não tem nem um pingo de empatia, nem um lampejo de reflexão ao imaginar a dor, as barreiras, a morte que causa ao impedir as pessoas de serem quem são. "Un Rubio" me abraçou nesse lugar de melancolia que está ali, nas esquinas, escondido em relacionamentos "normais", imerso nas brincadeiras entre os homens, silenciado pelos gols do futebol, afogado na cervejinha com os brothers no final de semana.
É triste.
Triste termos que nos mascarar e sorrir risos sem felicidade, pegar garotas sem vontade, apenas para não apanhar na rua. Há alguns homens cujos olhos berram por ajuda, sem ter a quem recorrer. E foi incrível como o diretor capturou esse "não-lugar", esse vazio (in)visível que na verdade está exposto, mas é ignorado.
Belíssimo filme. E o final, munido de simplicidade e silêncio, é arrebatador. Diz tudo com apenas uma exclamação, sendo uma ponte de esperança.
Três Meses
3.6 26 Assista AgoraO que mais gostei foi de como dosaram muito bem a personalidade autodepreciativa do Calleb. Tinha tudo para cair no caricato, mas não. A trama é agradável e admiro como a mensagem final de se amar, se encontrar, colocar a si como próprio, ficou marcada aqui. Isso sem contar que aborda o HIV sem aquele tom professoral de alguns filmes, lembrando às novas gerações que a doença prossegue.
Teus Olhos Meus
4.0 577Esse filme foi me conquistando de um jeito... No começo, fiquei meio reticente. Achei o Gil mimado, garoto cheio de onda, mas aí veio a cena da mudança, o primeiro limiar de transformação, e o diálogo me pegou. Cara, que reflexão bonita. Pronto, eu estava entregue. Então, esse quebra-cabeça da vida foi se moldando, a história se cruzando, minhas suposições caíram por terra e ... BOOM! acabou. Uau! Que coragem, que força, que inspiração. Belíssimo trabalho. Só achei um pouco longo, mas entendo que fez parte da experiência. Apesar de fazer esse adendo, se me perguntassem quais partes eu tiraria confesso que não sei apontar. "Teus Olhos Meus" é a vida que te dá uma rasteira e permanece bela.
Taekwondo
2.9 52Não é um filme ruim, apenas mal aproveitado. Interessante que como eu assisti a "Los Agitadores" primeiro, deu pra ver como "Taekwondo" foi um teste para o que viria adiante.
Alerta de Spoiler
3.9 37 Assista AgoraTinha tudo para cair no melodrama, mas não. Que experiência bonita, serena e cativante. Não é fácil, porém, deixar partir é um ato de amor. Quiçá, o maior dos atos de amor. O bonito em "Spoiler Alert", ao meu ver, é como o filme se torna também uma homenagem à televisão, em um percurso de metalinguagem inspirador. Não há o que falar. Sou muito chato com o que assisto, crítico por trabalhar com roteiros, mas aqui eu fui arrebatado. Terminei emocionado, contudo, não triste. Este é um filme que nos pede para sorrir. E eu sorri.
Amor De Película
2.8 2Gostei da metalinguagem e da construção do relacionamento entre os dois. Só reclamo de um certo excesso de dramaticidade embalado por músicas genéricas. Mesmo assim, valeu pelo entretenimento corriqueiro. Não vai mudar minha vida, mas também não me pareceu descartável. Sem contar que é massa ver uma produção uruguaia se infiltrando no meio do excesso de blockbusters hollywoodianos que chegam às telas brasileiras.
Shortbus
3.7 548Assisti "Shortbus" em 2006, quando eu tinha 18 anos. Foi um choque. Vindo de uma família religiosa, cheia de pudores apesar da constância de piadas sexuais, eu fiquei abismado, horrorizado, enojado com o que vi. Que idiota... Hoje, dezessete anos depois, o cara que reviu "Shortbus" é alguém sem religião, livre de amarras quanto à sexualidade, curioso, escritor, e que, ao longo dos últimos anos, reconheceu que não adianta fugir de nossos instintos. E o instinto sexual, junto com o instinto de sobrevivência, é o mais básico deles. Diante disso, a experiência com esse filme foi outra.
"Shortbus" é bonito porque é uma ode à libertação. Muitas pessoas amam gritar e berrar que são livres, empunham bandeiras, provocam, ousam. Mas a maioria, disso eu tenho convicção, ficam retesadas quando a parte sexual entra no assunto. A pessoa é livre, faz posts libertários nas redes sociais, PORÈM, sabe,
"isso aqui não, meu Deus!"
"Ai, ela falou da v*gina dela desse jeito... Gente..."
"Olha como aquela senhora, nessa idade, fala de sexo..."
"Gente, esse menino ainda tão novo já pergunta essas coisas? Que família é essa?"
"Esse gordo não sabe o lugar dele, que horror!"
São frases reais, que eu escutei e escuto ao longo da vida. O nome disso é hipocrisia.
"Shortbus" é dito polêmico. Lá atrás, quando o assisti pela primeira vez, eu concordei. Um horror, um horror! Queimem esse filme! Hoje, cabeça mudada, mais "permeável", pergunto-me: por quê? Por causa do sexo explícito? Ou será que é porque é um filme que cutuca os brios das pessoas? Que provoca o público a ignorar a nudez e ver apenas corpos? Que te desafia a ir para além da explicitude e encarar a tristeza que emana desses personagens? E foi aí que lembrei do "polêmico" (entre milhões de aspas) "A Baleia". E aqui eu repito um trecho da crítica que fiz sobre o filme do Brendan Fraser:
"[...] Sabe por que "A Baleia" gerou polêmica, com pessoas se dizendo horrorizadas e chocadas e indignadas? Porque é um filme que exige um mergulho em nossos preconceitos. Podemos esconder, podemos querer lacrar nas redes sociais e berrar "NÃO, EU NÃO FARIA ISSO!", mas TODOS nós (todos!) temos esse olhar quando vemos uma pessoa obesa. Não faça essa cara, você sabe que é verdade. Nós somos a filha; nós somos a mãe, o garoto missionário, a enfermeira, o entregador de pizza... Nós somos. NÓS. Não eles, os "errados". Nós. E é nesse "nós" que o filme ganhou minha atenção, pois ele me puxou para fora da bolha de "sou um cara sem preconceitos". Mentira! Eu vi o Charlie com preconceitos sim. Admito. Dizem que Aronofsky pecou porque "mostra o Charlie como se fosse num zoológico". Mas, gente, é o que nós fazemos: com pessoas obesas, com PCDs, com travestis, com pessoas transgênero, com prostitutas... NÓS, por mais conscientes que sejamos, temos esse olhar, mesmo que no subconsciente. [...]"
"Shortbus" mexe conosco porque vomita em nossos rostos a crueldade da performance sexual que é exigida por aí. Esfrega a farsa de uma sociedade que aplaude pessoas nuas durante o Carnaval, transando nas ruas, mas fica "em choque" quando, ("ai meu Deus, as criancinhas inocentes!") aparece um pên*s ou uma v*gina na televisão. E enquanto a "polêmica" em torno de "Shorbus" permanece 17 anos depois, os pais em choque jogam pedras no filme enquanto suas "crianças inocentes" estão no quarto com um celular nas mãos vendo pornografia. Ou aliciando outras crianças. Ou vendendo nudes. Ou fazendo "desafios" sexuais com os coleguinhas.
Mas tudo bem. Eu finjo que não sei disso, você finge que isso não acontece, e seguimos fingindo que isso que moldamos se chama vida.
Destinos à Deriva
3.2 287 Assista AgoraConsegue gerar angústia e emoção (o final foi MUITO significativo ao meu ver), mas, na minha opinião fecal, peca por ser longo demais. Confesso que aos 60 minutos eu já estava meio 😑😑😑🤔 de saco cheio, sabe. Acredito que o fato de nunca querer ter filhos e não ter essa paixão por bebês tenha influenciado nisso. Eu até me apeguei à tentativa de sobrevivência, mas não exatamente à "tentativa épica de uma mãe que luta pelo filho". Compreende?
Sequin no Quarto Azul
2.8 7Imergi bastante nessa busca vã pelo o que nunca se alcança — ou pelo menos, nunca do modo esperado. Há uma solidão aqui, um desespero, uma angústia diante do não pertencer. Foi intenso, poético e triste. Claro que há todo um aspecto do "adolescente fazendo m*rda", porém, isso seria simplicar o filme. "Sequin in The Blue Room" é sobre todos nós, perdidos na vida feito lantejoulas desprendidas rolando pelo chão da realidade.
O Túnel
3.5 145 Assista AgoraInteressante como o cinema asiático tem essa capacidade de mesclar vários gêneros cinematográficos em uma mesma trama. De repente, você vai do riso ao choro e de volta à plenitude. O filme tem seus problemas de ritmo, mas entrega sim uma grande história. Valeu a pena.
Saindo do Armário
3.7 200Confesso que no começo eu pensei logo que seria um clichê. Mas aí lembrei de um detalhe: esse filme tem VINTE E CINCO ANOS. Ele é um precursor dos filmes de temática LGBTQIA+ escolar. E é emocionante. Adorei como a trama foi construída para nos puxar para a realidade de nosso sofrimento. Não é só sobre o bullying, não é só sobre a sociedade em geral, mas sobre um sentimento de solidão que nos acomete - mesmo quando estamos rodeados de pessoas que nos apóiam. É uma solidão profunda de inadequação, de medo, de rejeição, de morte. E tudo isso permanece duas décadas depois. Por exemplo, no momento em que o Congresso pauta o fim do direito à união homoafetiva, você imagina o peso que isso tem nas pessoas? O simbolismo que é o Congresso, com tantas coisas realmente importantes, se debruçar sobre esse tema? É uma mensagem de que você está errado. O filme trazer isso, gritar essa mensagem, foi impactante demais. E o conjunto de cenas finais, com Aretha Franklin cantando a liberdade e o amor-próprio, foi um abraço na alma. Eu terminei com um suspiro, um sentimento de "ei, vai dar certo." Sorria.
Saezuru Tori wa Habatakanai: The Clouds Gather
3.7 17No começo pensei que seria mais um daqueles yaoi que usam de qualquer desculpa para justificar as cenas de sexo. Porém, percebi a qualidade da trama e as camadas que ela trouxe. Não, não é um anime que muitos gostarão. Isso é evidente. Contudo, dizer que o motivo disso é apenas o teor sexual seria uma grande mentira. Está é uma história pesada porque traz elementos da realidade que por vezes nos recusamos a ver.
Pornography: A Thriller
1.6 6Sou o tipo de pessoa que tenta mergulhar em tudo para extrair algo de relevante para a minha vida. Mas aqui não deu. Mergulhei, mergulhei, e não encontrei nada além de enfado e confusão.
A Última Escapada
3.5 5O mais bonito aqui (e é algo que sempre brigo no Wattpad e no Kindle) é o protagonismo de pessoas idosas. Nós, jovens e jovens adultos, tendemos a esquecer que vamos envelhecer. Moldamos uma sociedade distópica que rejeita a velhice e preconiza "faces à la Instagram" e corpos "perfeitos". As consequências disso: invisibilidade, agressões contra idosos, sanatórios e asilos lotados, abandono, assédio moral e financeiro, solidão, depressão, suicídio. Vivemos em uma sociedade doente e que adoece quem tanto fez por ela. Meus livros, por exemplo, sempre trazem personagens idosos ou como protagonistas, ou em papeis centrais, exatamente para provocar meus leitores a saírem da zona de conforto, a enxergarem outros corpos, outras vidas; a aprenderem a escutar os idosos que estão no entorno.
Filmes como "A Última Escapada", por mais que tenham um manto de comédia, os fazem refletir sobre a vida que, por vezes, recomeça com o avançar da idade. O que vi aqui foi uma trama bonita, redonda, meio exagerada, sim, sobre sorrir apesar das dificuldades e lutar apesar da idade. E isso, meus amigos e minhas amigas, é fundamental se quisermos ser uma sociedade melhor.
Escute as pessoas idosas. Larguem do ego do "eu sou de uma geração diferenciada" e se aproxime. Dialogue, abrace, esteja disponível. Se você vir uma pessoa idosa já com o estigma do "idoso = conservador", você contribuirá para a desumanização dessa parcela cada vez maior. E um detalhe: você ergue muros hoje, amanhã, envelhecido, envelhecida, é você que estará por trás desses muros, viu? Acorda.
Pariah
4.0 138Uau. Simplesmente. Foi o que senti ao final. E é um filme de 2011! Incrível. Incrível as camadas, incrível a força, incríveis atuações, incrível imersão. Algo que me tocou é ter esse ponto de vista preto, afro-americano, que nos obriga a sair da bolha. São outros olhares, ranhos, jeitos, vozes, corpos, questões, desafios, erros e acertos. E a mensagem final... importa você estar bem, não que o mundo ao redor esteja. "Pariah" é a poesia da vida que segue em frente.
A Pequena Sereia
2.1 100 Assista AgoraNão é um primor cinematográfico, mas cumpre seu papel. Gostei como a história foi revisitada, me surpreendeu. Meus sobrinhos, então, adoraram. Pena que de fato peca na questão dos efeitos e das atuações, mas noto que isso é o meu olhar de adulto, já cheio de referências e mesmo preconceitos. Para as crianças, foi maravilhoso.
Sim, diferente do que os"entendidos" do Filmow alegam, as crianças assistem sem pedras nas mãos e sem comentários idiotas. Ou seja, o público alvo gostou. É o que importa.
Odete
3.0 42Perde ritmo ao longo do percurso, mas se mantém intrigante até o final. Imergir na mente de Odete, ver esse processo de deturpação, foi uma experiência diferenciada.