Lembro que na época que assisti Skyfall, comentei com um amigo como ele alçava a franquia do espião britânico ao patamar de grife. A fotografia, as locações, o figurino, estava tudo um patamar acima dos filmes de ação feitos na época. A partir dali, 007 era o que as outras produções do gênero tentariam ser.
Spectre vem para mostrar que essa ideia de grife foi levada a sério demais. A fotografia impecável continua lá. Cada nova cena parece saída diretamente de um comercial de perfume ou de uma marca de roupas muito caras: tudo muito lindo e blasé. Só que isso dura quase 2h30 e não 30 segundos, como os comerciais citados. Tirando a sequência do começo, não tem nada minimamente empolgante em Spectre. Para um filme de ação, a 4ª missão de Daniel Craig como James Bond é bastante apática.
E todo visual elegante serve só para disfarçar a trama desnecessariamente inchada e o vilão bobo que só sabe ficar repetindo a cada 5 minutos
Mesmo os clichês quando feitos pela Pixar parece que tem um charme diferente. Um dia antes de assistir a esse daqui vi A Liga dos Monstros que é o que poderia se chamar de filme clichê: história de superação, personagens que duvidam de si mesmos e uma montagem de treinamento, como manda a cartilha de todo filme de esportes. Mas em nenhum momento a história cativa ou você se conecta com os personagens.
Já com a Pixar é diferente, desde os primeiros instantes nos afeiçoamos àquela família de fogo, às dificuldades que eles passaram. De certa forma, eles representam todos os imigrantes que já saíram de sua terra natal em busca de prosperidade, mas que são recebidos com olhares de desconfiança. É um jeito inteligente e lúdico de abordar o racismo.
Não tinha como Elementos não ser clichê, uma vez que ele bebe muito da fonte das, hoje clássicas, comédias românticas dos anos 90 e começo dos anos 2000. Não tem como ser mais clichê que isso, só que tem como fazer isso bem feito. E é exatamente o que vemos, com um visual de encher os olhos e um roteiro redondinho.
E, de certa forma, Elementos é sim uma mudança nos padrões da Pixar. Deve ser uma das únicas animações do estúdio que não aposta na já batida fórmula do protagonista que se perde e parte numa jornada de autodescoberta. Pode não ser inovador como Toy Story e Aranhaverso um dia foram, só que às vezes tudo que a gente precisa é acreditar durante 1h30 que pessoas podem superar suas diferenças para ficarem juntas, seja com o Tom Hanks e a Meg Ryan ou com o um desenho da Disney.
É gostosinho e bem divertido de se ver, o Tom Hanks e a Meg Ryan tem uma química invejável, dá gosto de ver os dois juntos em cena. Só não coloco entre os meus favoritos porque tem uma barriguinha ali nos 20 minutos finais que fez o ritmo desandar.
A parte que interessa, que é a Demi Moore tirando a roupa, é excelente. Tanto por ela ser linda e ter um corpão quanto por saber dançar muito bem. A cena dela saindo do banho só de toalha certamente teria feito minha adolescência mais feliz.
Só que tudo que não envolve isso é bem qualquer coisa. Parece que quiseram misturar comédia, noir, thriller erótico, crítica social e as peças não encaixaram muito bem... Pra piorar ainda tem o Burt Reynolds que parecia estar bêbado em todas as cenas. O personagem dele que era pra ser algum tipo de vilão simplesmente não representa ameaça em momento nenhum.
Quem lê thrillers está acostumado com o termo "suspense vira-página", usado para aqueles livros de mistério que você simplesmente não consegue largar até chegar ao final. Desaparecida é um suspense vira-página em forma de filme.
É tão bem amarrado, com reviravoltas colocadas no momento certo e um ritmo tão intenso que você simplesmente não liga de assistir a quase 2h de telas de computador e celular. É a prova de que para contar uma boa história você só precisa de um bom roteiro e uma boa ideia. Enquanto algumas produções não conseguem fazer isso com um orçamento milionário e efeitos especiais absurdos, este aqui te deixa preso do começo ao fim.
É divertido e é um bom passatempo, só que tinha potencial pra ser muito mais que isso. A impressão que dá é que fizeram apenas bom pra não deixar ninguém com saudade do DCEU e nem bravo o suficiente pra reclamar dele na internet.
É aquela diversão despretensiosa, como qualquer gibi de super-herói deveria ser, e quanto mais cedo você aceita a pegada cartunesca que ele propõe a ter, maior será a sua diversão.
Só é inaceitável que um filme que ficou tanto tempo sendo adiado e em pós-produção tenha efeitos especiais tão toscos. Nisso, algumas homenagens acabam virando heresia.
É um encerramento bagunçado para um universo cinematográfico que sempre sofreu com a falta de organização. E quando chega a última cena, ficamos nos perguntando:
é um reboot? Um universo alternativo? É só uma piada? Vai continuar em outro filme? Parece que The Flash encerra o DCEU assumindo a grande bagunça que foi essa fase da DC nos cinemas.
É muito mais errado do que eu me lembrava. Me diverti duas vezes: primeiro pelas piadas e em seguida por concluir que várias delas seriam impensáveis nos dias de hoje.
Tem cachorro sendo arrastado até a morte, criança fumando maconha, criança dizendo que o beijo de língua foi elogiado pelo pai, cadáver sendo abandonado na chuva.
Esse aqui daria trabalho pra ser exibido num sábado à tarde.
Mas de tudo isso, o que me incomodou de verdade foi o protagonista. Que personagem insuportável e egoísta,
a ponto de flertar com uma mulher mais jovem após a esposa criticá-lo por desovar o corpo da tia.
Talvez essa seja a grande piada de Férias Frustradas que muita gente deixa passar despercebido, o Clark Griswold ser um cara que faz questão de passar tempo com a família, mas que, na verdade, não está nem aí pra ela. Toda viagem é só uma desculpa pra ele realizar os próprios sonhos.
Eu aceito a pessoa dizer que é clichê, comentar as atuações ruins ou apenas falar que não gosta desse tipo de filme, mas ficar de chororô porque não é mais uma franquia sobre racha e corridas é inaceitável pra mim. Já tem mais de 10 anos que Velozes e Furiosos não tem mais esse foco e, ainda assim, a cada novo lançamento surgem as mesmas reclamações sobre essa mudança de rumo.
Este é provavelmente um dos capítulos mais divertidos da franquia. Gargalhava alto com cada absurdo que era mostrado em tela (e não eram poucos!). E as frases de efeito? Uma mais canastrona que a outra. E diferente de algumas produções do gênero, a ação de Velozes e Furiosos 10 é bem filmada e editada, apesar dos cortes rápidos você entende exatamente o que acontece em tela. Diferente do 9º filme, em que um núcleo vai ao espaço numa cena bastante confusa de tão mal feita.
Outro grande acerto é o vilão, o mais imprevisível. Sou bastante crítico com os trabalhos do Jason Momoa, sempre acho que ele faz o mesmo sujeito mal-encarado e de poucas palavras, mas devo confessar que aqui ele mandou bem. Dá pra ver que o cara se divertiu bastante como Dante Reyes. A cada cena com ele eu ficava curioso pra saber qual seria a próxima maluquice daquele psicopata. Ei, Momoa, talvez seja a hora de investir numa carreira voltada pra comédia.
Se fosse pra apontar um defeito seria a falta de conclusão,
os créditos sobem justamente numa cena em que algo grandioso está para acontecer e deixa público curioso pra saber como o Toretto vai se sair daquela situação.
Já era de se esperar por ser apenas a 1ª parte do encerramento da franquia, só que não deixa de ser um pouco frustrante.
Torço com todas as minhas forças para que a continuação venha desrespeitando todas as leis de trânsito e da física, se tiver viagem no tempo e realidades paralelas será ainda melhor. E quem quiser ver corrida que ligue a TV no domingo às 9h da manhã e assista Fórmula 1 na Globo.
Tem um xerife durão e de honra inabalável, um vilão muito mau, carros velozes e cenas de ação que, apesar de não serem excepcionais, dão conta do recado. Sabe, às vezes num sábado à noite é só disso que a gente precisa.
Um misto bem satisfatório de comédia de ação com faroeste moderno.
Tinha tudo pra ser um filmaço, De Niro é talento puro e o Eddie Murphy é o carisma em pessoa. Para o azar de ambos, os responsáveis pareciam não entender com sobre a polícia, programas de TV ou mesmo relações pessoas funcionam. Pensando melhor, levando em conta o resultado final, acho que eles não deviam saber nem como filmes funcionam.
Conforme ouvia a história do Gênio, Alithea acabou percebendo que ela mesma estava presa numa garrafa. Mas diferente da garrafa do seu amigo mágico, a dela era feita de introversões, sentimentos reprimidos e hábitos adquiridos ao longo da vida. Após tantos anos vivendo dessa forma, deixar seu cárcere poderia ser uma tarefa tão difícil quanto fugir de um recipiente mágico. Com isso em mente, ela pediu o amor. Mas o amor não é algo a ser conquistado em vez de pedido?
Vejo muitas pessoas comentando aqui que o filme se perde no final, só que para mim foi o contrário. Ele é poético e melancólico em partes iguais, questionando se, nos dias de hoje, com tanta tecnologia e correria, ainda é possível existir algum tipo de magia, seja ela dos mitos ou do amor.
Na minha memória de adolescente, Evolução era tão mais divertido e engraçado. Deixando de lado as piadinhas duvidosas (e que não são poucas), a trama demora demais para acontecer, com as criaturas surgindo só depois da metade do filme.
Até isso acontecer, tome cenas aleatórias, como a ex-namorada do protagonista aparecendo do nada usando uma das camisas dele e ameaçando tirá-la no meio de uma lanchonete. Mais deslocada que isso, só a personagem da Julianne Moore, que só serve pra ficar tropeçando e derrubando as coisas. Fico me perguntando quanto ela devia estar devendo ao agiota para se prestar a esse papel.
E como desgraça pouca é bobagem, ainda tem um dos piores product placement que eu lembro de ter visto em qualquer produção. Não bastasse usar o xampu pra derrotar a criatura gigantesca no final, ainda tem um "comercial" dele antes dos créditos.
Se isso é evolução, acho que eu prefiro ser primitivo.
É evidente que a Netflix não se esforçou muito para fazer essa sequência, tanto que o mistério e a duração são mínimos, ainda assim eu achei bem divertido. A química entre o Adam Sandler e a Jennifer Aniston é tão boa que seguro as pontas desse filme básico. Eles se dão tão bem em cena que eu não ligaria se o filme tivesse meia hora a mais.
Me chamou a atenção por ser bem sombrio para os padrões da Disney, certos momentos parecem saídos de capas de disco de metal. Mas há personagens e informações demais para serem desenvolvidos em menos de 1h30, dando a impressão que algumas coisas são apenas jogadas.
Fico curioso para saber se os 12 minutos cortados pelos antigos chefões da Disney deixariam a animação melhor.
Gosto do personagem e gosto ainda mais do Idris Elba, mas pra mim não funcionou tão bem quanto deveria. A falta de ritmo e a condução sem imaginação das cenas compromete o que poderia ser um thriller de altíssimo nível. E fica ainda pior se comparado a alguns dos melhores episódios da série.
E quando você para pra pensar no roteiro... Já enquanto assistia notei que algo me incomodava, e não demorei para perceber o que era:
Luther, um procurado pela polícia, andava livremente pelas ruas de Londres. Policiais ou civis pouco se importavam com ele. Isso poderia ter sido contornado de um jeito tão simples, era só a polícia ter usado o Luther como consultor na investigação, um Hannibal Lecter só que sem todo o canibalismo. E a polícia teria se beneficiado bastante da ajuda do protagonista, uma vez que ele parece ter poderes de adivinho, concluindo e fazendo suposições a partir do absoluto nada.
Apesar de todo o esforço do Andy Serkis, o vilão soa tão vazio. Um psicopata que é sádico e maldoso simplesmente porque sim.
Pior que isso, só o comentário pra lá de batido sobre como as pessoas liberam seu lado mal na internet. Desde o surgimento da web, os filmes e séries já abordam esse tema, talvez seja hora de trocar o disco.
Ainda assim, não posso ignorar o final, que me deixou muito curioso.
Ao que tudo indica, após pegar um assassino malvadão, Luther irá se tornar um agente secreto/especial. É uma brincadeira com o famoso fancast do Idris Elba como 007, que só não aconteceu devido a alguns comentários feitos nas redes sociais (ok, talvez o vilao do filme tenha certa razão). Eles até fazem uma brincadeira lá pela metade, com o Luther recusando uma taça de martíni.
Se for pra ver o maior fã de David Bowie atuando como agente secreto, voltarei para uma sequência com a maior boa vontade do mundo.
sempre salvar aqueles dois gêmeos buchas na última cena, já é o segundo filme em que isso acontece. Nesse daqui, Chad ficou com o bucho mais esburacado que estrada brasileira e ainda assim sobreviveu.
Diferente de muitos comentários aqui, não acho que a franquia precisa acabar, por mim poderiam lançar um por ano que eu iria assistir com um sorriso no rosto.
Profundamente impactado por tudo nesse filme. Pelo protagonista, dono de uma voz doce e gentil em contraste com sua aparência, que só queria ser visto e tratado como um ser humano. Pela atuação absurda do John Hurt que, apesar de estar debaixo de quilos de maquiagem, conseguiu entregar uma performance das mais expressivas. E pelo final que me fez chorar como uma criança e me traz lágrimas aos olhos enquanto lembro dele para escrever este comentário.
A estética e a fotografia remete aos clássicos filmes de monstro da Universal, mal sabia eu que o monstro (ou monstros) retratado aqui não era John Merrick.
da crise no casamento dos pais sem vilanizar nenhum dos dois. É tudo muito humano, muito sensível. Tem vezes que uma relação não dá certo, mas não pelo marido ser controlador ou pela esposa ser egoísta, e sim porque eles não funcionam juntos. E as sucessivas tentativas de fazer dar certo só machucam mais e mais.
No final, foi muito bonito quando o pai do Spielberg (sei que esse não é o nome do personagem, mas não consigo chamar ele de outra forma), ao ver a alegria da ex-esposa numa foto, reconhece que o filho não seria feliz tentando ser outra pessoa.
P.S.: o Spielberg acha que engana quem inventando que tinha uma namorada quando tava no Ensino Médio?
Na primeira vemos um close no rosto de Ben, logo em seguida a câmera se afasta, revelando que ele está num avião, em meio a muitas pessoas. Ainda assim, o tom da cena dá a entender que o personagem se sente sozinho, um solitário na multidão.
Inclusive, esse recurso da câmera se afastando é usado várias e várias vezes durante o longa. Em alguns casos com o próprio Ben, como na cena que ele está andando pela cidade e o vemos ficar cada vez mais distante, uma formiguinha andando nas ruas. Ou também com outros personagens, como aconteceu logo após a Sra. Robinson ter seu segredo revelado: primeiro vemos sua expressão desolada, para logo em seguida ela ser mostrada solitária e acuada na própria mansão.
Há outros momentos que ressaltam como Ben e outros personagens se sentem vazios. Enquanto a festa está rolando ao redor da piscina, no fundo, sob a água, o mergulho de Ben sempre será solitário. Um peixinho no aquário eternamente esperando que algo traga sentido para a sua vida.
Já na última, Ben não está sozinho, Elaine sorri ao seu lado. Teria ele finalmente se libertado da solidão? Provavelmente não. Passado o momento de loucura, a monotonia e as incertezas vão tomando conta dos dois. Será que foi uma boa ideia? Para onde o ônibus vai? Qual dos dois vai descer primeiro?
Numa determinada cena o protagonista diz se sentir à deriva, sem saber para onde ir ou como fazer escolhas. Talvez isso explique o porquê do filme começar e terminar com ele trancado em veículos guiados por outras pessoas. Não há como se sentir perdido quando outras pessoas decidem o caminho por nós.
carro do senso na comunidade. Até então, salvo alguns detalhes, como o boné de um personagem ou determinadas falas, eu estava pensando que a trama de Entre Mulheres se passava há séculos.
Aí veio o carro e me fez encarar os fatos: tudo que as personagens sofreram é comum nos dias de hoje.
Afinal, infelizmente, esta é uma história que poderia ser contada em qualquer período da humanidade.
007 Contra Spectre
3.3 1,0K Assista AgoraLembro que na época que assisti Skyfall, comentei com um amigo como ele alçava a franquia do espião britânico ao patamar de grife. A fotografia, as locações, o figurino, estava tudo um patamar acima dos filmes de ação feitos na época. A partir dali, 007 era o que as outras produções do gênero tentariam ser.
Spectre vem para mostrar que essa ideia de grife foi levada a sério demais. A fotografia impecável continua lá. Cada nova cena parece saída diretamente de um comercial de perfume ou de uma marca de roupas muito caras: tudo muito lindo e blasé. Só que isso dura quase 2h30 e não 30 segundos, como os comerciais citados. Tirando a sequência do começo, não tem nada minimamente empolgante em Spectre. Para um filme de ação, a 4ª missão de Daniel Craig como James Bond é bastante apática.
E todo visual elegante serve só para disfarçar a trama desnecessariamente inchada e o vilão bobo que só sabe ficar repetindo a cada 5 minutos
como o 007 sofreu a vida inteira e como ele foi responsável por tudo aquilo.
Invasores
3.1 392 Assista AgoraArrisco dizer que é o filme de invasão alienígena mais genérico e mais chato já feito.
Elementos
3.7 470Mesmo os clichês quando feitos pela Pixar parece que tem um charme diferente. Um dia antes de assistir a esse daqui vi A Liga dos Monstros que é o que poderia se chamar de filme clichê: história de superação, personagens que duvidam de si mesmos e uma montagem de treinamento, como manda a cartilha de todo filme de esportes. Mas em nenhum momento a história cativa ou você se conecta com os personagens.
Já com a Pixar é diferente, desde os primeiros instantes nos afeiçoamos àquela família de fogo, às dificuldades que eles passaram. De certa forma, eles representam todos os imigrantes que já saíram de sua terra natal em busca de prosperidade, mas que são recebidos com olhares de desconfiança. É um jeito inteligente e lúdico de abordar o racismo.
Não tinha como Elementos não ser clichê, uma vez que ele bebe muito da fonte das, hoje clássicas, comédias românticas dos anos 90 e começo dos anos 2000. Não tem como ser mais clichê que isso, só que tem como fazer isso bem feito. E é exatamente o que vemos, com um visual de encher os olhos e um roteiro redondinho.
E, de certa forma, Elementos é sim uma mudança nos padrões da Pixar. Deve ser uma das únicas animações do estúdio que não aposta na já batida fórmula do protagonista que se perde e parte numa jornada de autodescoberta. Pode não ser inovador como Toy Story e Aranhaverso um dia foram, só que às vezes tudo que a gente precisa é acreditar durante 1h30 que pessoas podem superar suas diferenças para ficarem juntas, seja com o Tom Hanks e a Meg Ryan ou com o um desenho da Disney.
Freaky: No Corpo de um Assassino
3.2 464É divertido, mas poderia ter explorado bem mais a premissa. Sei lá, esperava mais bizarrices.
Dr. Hollywood - Uma Receita de Amor
3.1 84 Assista AgoraQuem poderia imaginar que o início de carreira do Dr. Rey tinha sido assim?
Mens@gem Para Você
3.4 428 Assista AgoraÉ gostosinho e bem divertido de se ver, o Tom Hanks e a Meg Ryan tem uma química invejável, dá gosto de ver os dois juntos em cena. Só não coloco entre os meus favoritos porque tem uma barriguinha ali nos 20 minutos finais que fez o ritmo desandar.
Striptease
2.7 313 Assista AgoraA parte que interessa, que é a Demi Moore tirando a roupa, é excelente. Tanto por ela ser linda e ter um corpão quanto por saber dançar muito bem. A cena dela saindo do banho só de toalha certamente teria feito minha adolescência mais feliz.
Só que tudo que não envolve isso é bem qualquer coisa. Parece que quiseram misturar comédia, noir, thriller erótico, crítica social e as peças não encaixaram muito bem... Pra piorar ainda tem o Burt Reynolds que parecia estar bêbado em todas as cenas. O personagem dele que era pra ser algum tipo de vilão simplesmente não representa ameaça em momento nenhum.
Desaparecida
3.7 289 Assista AgoraQuem lê thrillers está acostumado com o termo "suspense vira-página", usado para aqueles livros de mistério que você simplesmente não consegue largar até chegar ao final. Desaparecida é um suspense vira-página em forma de filme.
É tão bem amarrado, com reviravoltas colocadas no momento certo e um ritmo tão intenso que você simplesmente não liga de assistir a quase 2h de telas de computador e celular. É a prova de que para contar uma boa história você só precisa de um bom roteiro e uma boa ideia. Enquanto algumas produções não conseguem fazer isso com um orçamento milionário e efeitos especiais absurdos, este aqui te deixa preso do começo ao fim.
The Flash
3.1 749 Assista AgoraÉ divertido e é um bom passatempo, só que tinha potencial pra ser muito mais que isso. A impressão que dá é que fizeram apenas bom pra não deixar ninguém com saudade do DCEU e nem bravo o suficiente pra reclamar dele na internet.
É aquela diversão despretensiosa, como qualquer gibi de super-herói deveria ser, e quanto mais cedo você aceita a pegada cartunesca que ele propõe a ter, maior será a sua diversão.
Só é inaceitável que um filme que ficou tanto tempo sendo adiado e em pós-produção tenha efeitos especiais tão toscos. Nisso, algumas homenagens acabam virando heresia.
É um encerramento bagunçado para um universo cinematográfico que sempre sofreu com a falta de organização. E quando chega a última cena, ficamos nos perguntando:
é um reboot? Um universo alternativo? É só uma piada? Vai continuar em outro filme? Parece que The Flash encerra o DCEU assumindo a grande bagunça que foi essa fase da DC nos cinemas.
[spoiler][/spoiler]
Férias Frustradas
3.5 295É muito mais errado do que eu me lembrava. Me diverti duas vezes: primeiro pelas piadas e em seguida por concluir que várias delas seriam impensáveis nos dias de hoje.
Tem cachorro sendo arrastado até a morte, criança fumando maconha, criança dizendo que o beijo de língua foi elogiado pelo pai, cadáver sendo abandonado na chuva.
Mas de tudo isso, o que me incomodou de verdade foi o protagonista. Que personagem insuportável e egoísta,
a ponto de flertar com uma mulher mais jovem após a esposa criticá-lo por desovar o corpo da tia.
Talvez essa seja a grande piada de Férias Frustradas que muita gente deixa passar despercebido, o Clark Griswold ser um cara que faz questão de passar tempo com a família, mas que, na verdade, não está nem aí pra ela. Toda viagem é só uma desculpa pra ele realizar os próprios sonhos.
Sintonia de Amor
3.4 230 Assista AgoraCoitado do personagem do
Bill Pullman, cujo único erro foi ser sem graça demais.
[spoiler][/spoiler]
Velozes e Furiosos 10
3.0 296 Assista AgoraEu aceito a pessoa dizer que é clichê, comentar as atuações ruins ou apenas falar que não gosta desse tipo de filme, mas ficar de chororô porque não é mais uma franquia sobre racha e corridas é inaceitável pra mim. Já tem mais de 10 anos que Velozes e Furiosos não tem mais esse foco e, ainda assim, a cada novo lançamento surgem as mesmas reclamações sobre essa mudança de rumo.
Este é provavelmente um dos capítulos mais divertidos da franquia. Gargalhava alto com cada absurdo que era mostrado em tela (e não eram poucos!). E as frases de efeito? Uma mais canastrona que a outra. E diferente de algumas produções do gênero, a ação de Velozes e Furiosos 10 é bem filmada e editada, apesar dos cortes rápidos você entende exatamente o que acontece em tela. Diferente do 9º filme, em que um núcleo vai ao espaço numa cena bastante confusa de tão mal feita.
Outro grande acerto é o vilão, o mais imprevisível. Sou bastante crítico com os trabalhos do Jason Momoa, sempre acho que ele faz o mesmo sujeito mal-encarado e de poucas palavras, mas devo confessar que aqui ele mandou bem. Dá pra ver que o cara se divertiu bastante como Dante Reyes. A cada cena com ele eu ficava curioso pra saber qual seria a próxima maluquice daquele psicopata. Ei, Momoa, talvez seja a hora de investir numa carreira voltada pra comédia.
Se fosse pra apontar um defeito seria a falta de conclusão,
os créditos sobem justamente numa cena em que algo grandioso está para acontecer e deixa público curioso pra saber como o Toretto vai se sair daquela situação.
Torço com todas as minhas forças para que a continuação venha desrespeitando todas as leis de trânsito e da física, se tiver viagem no tempo e realidades paralelas será ainda melhor. E quem quiser ver corrida que ligue a TV no domingo às 9h da manhã e assista Fórmula 1 na Globo.
O Último Desafio
3.4 841 Assista AgoraTem um xerife durão e de honra inabalável, um vilão muito mau, carros velozes e cenas de ação que, apesar de não serem excepcionais, dão conta do recado. Sabe, às vezes num sábado à noite é só disso que a gente precisa.
Um misto bem satisfatório de comédia de ação com faroeste moderno.
É Hora do Show
2.8 118 Assista AgoraTinha tudo pra ser um filmaço, De Niro é talento puro e o Eddie Murphy é o carisma em pessoa. Para o azar de ambos, os responsáveis pareciam não entender com sobre a polícia, programas de TV ou mesmo relações pessoas funcionam. Pensando melhor, levando em conta o resultado final, acho que eles não deviam saber nem como filmes funcionam.
Era Uma Vez um Gênio
3.5 160 Assista Agora- Você já tentou se enganar dizendo para si mesma que não queria algo que queria? Não dá certo.
Conforme ouvia a história do Gênio, Alithea acabou percebendo que ela mesma estava presa numa garrafa. Mas diferente da garrafa do seu amigo mágico, a dela era feita de introversões, sentimentos reprimidos e hábitos adquiridos ao longo da vida. Após tantos anos vivendo dessa forma, deixar seu cárcere poderia ser uma tarefa tão difícil quanto fugir de um recipiente mágico. Com isso em mente, ela pediu o amor. Mas o amor não é algo a ser conquistado em vez de pedido?
Vejo muitas pessoas comentando aqui que o filme se perde no final, só que para mim foi o contrário. Ele é poético e melancólico em partes iguais, questionando se, nos dias de hoje, com tanta tecnologia e correria, ainda é possível existir algum tipo de magia, seja ela dos mitos ou do amor.
Evolução
2.7 307 Assista AgoraNa minha memória de adolescente, Evolução era tão mais divertido e engraçado. Deixando de lado as piadinhas duvidosas (e que não são poucas), a trama demora demais para acontecer, com as criaturas surgindo só depois da metade do filme.
Até isso acontecer, tome cenas aleatórias, como a ex-namorada do protagonista aparecendo do nada usando uma das camisas dele e ameaçando tirá-la no meio de uma lanchonete. Mais deslocada que isso, só a personagem da Julianne Moore, que só serve pra ficar tropeçando e derrubando as coisas. Fico me perguntando quanto ela devia estar devendo ao agiota para se prestar a esse papel.
E como desgraça pouca é bobagem, ainda tem um dos piores product placement que eu lembro de ter visto em qualquer produção. Não bastasse usar o xampu pra derrotar a criatura gigantesca no final, ainda tem um "comercial" dele antes dos créditos.
Se isso é evolução, acho que eu prefiro ser primitivo.
Mistério em Paris
2.8 173 Assista AgoraÉ evidente que a Netflix não se esforçou muito para fazer essa sequência, tanto que o mistério e a duração são mínimos, ainda assim eu achei bem divertido. A química entre o Adam Sandler e a Jennifer Aniston é tão boa que seguro as pontas desse filme básico. Eles se dão tão bem em cena que eu não ligaria se o filme tivesse meia hora a mais.
O Caldeirão Mágico
3.5 123Me chamou a atenção por ser bem sombrio para os padrões da Disney, certos momentos parecem saídos de capas de disco de metal. Mas há personagens e informações demais para serem desenvolvidos em menos de 1h30, dando a impressão que algumas coisas são apenas jogadas.
Fico curioso para saber se os 12 minutos cortados pelos antigos chefões da Disney deixariam a animação melhor.
Luther: O Cair da Noite
3.1 127 Assista AgoraGosto do personagem e gosto ainda mais do Idris Elba, mas pra mim não funcionou tão bem quanto deveria. A falta de ritmo e a condução sem imaginação das cenas compromete o que poderia ser um thriller de altíssimo nível. E fica ainda pior se comparado a alguns dos melhores episódios da série.
E quando você para pra pensar no roteiro... Já enquanto assistia notei que algo me incomodava, e não demorei para perceber o que era:
Luther, um procurado pela polícia, andava livremente pelas ruas de Londres. Policiais ou civis pouco se importavam com ele. Isso poderia ter sido contornado de um jeito tão simples, era só a polícia ter usado o Luther como consultor na investigação, um Hannibal Lecter só que sem todo o canibalismo. E a polícia teria se beneficiado bastante da ajuda do protagonista, uma vez que ele parece ter poderes de adivinho, concluindo e fazendo suposições a partir do absoluto nada.
Apesar de todo o esforço do Andy Serkis, o vilão soa tão vazio. Um psicopata que é sádico e maldoso simplesmente porque sim.
Pior que isso, só o comentário pra lá de batido sobre como as pessoas liberam seu lado mal na internet. Desde o surgimento da web, os filmes e séries já abordam esse tema, talvez seja hora de trocar o disco.
Ainda assim, não posso ignorar o final, que me deixou muito curioso.
Ao que tudo indica, após pegar um assassino malvadão, Luther irá se tornar um agente secreto/especial. É uma brincadeira com o famoso fancast do Idris Elba como 007, que só não aconteceu devido a alguns comentários feitos nas redes sociais (ok, talvez o vilao do filme tenha certa razão). Eles até fazem uma brincadeira lá pela metade, com o Luther recusando uma taça de martíni.
Se for pra ver o maior fã de David Bowie atuando como agente secreto, voltarei para uma sequência com a maior boa vontade do mundo.
Pânico VI
3.5 798 Assista AgoraDivertidíssimo, com ótimos momentos de tensão e bem mais sangue os anteriores. Só acho desnecessário
sempre salvar aqueles dois gêmeos buchas na última cena, já é o segundo filme em que isso acontece. Nesse daqui, Chad ficou com o bucho mais esburacado que estrada brasileira e ainda assim sobreviveu.
Diferente de muitos comentários aqui, não acho que a franquia precisa acabar, por mim poderiam lançar um por ano que eu iria assistir com um sorriso no rosto.
No entanto, gostaria que as próximas sequências fossem mais corajosas, deixaria a experiência bem mais interessante.
O Homem Elefante
4.4 1,0K Assista AgoraProfundamente impactado por tudo nesse filme. Pelo protagonista, dono de uma voz doce e gentil em contraste com sua aparência, que só queria ser visto e tratado como um ser humano. Pela atuação absurda do John Hurt que, apesar de estar debaixo de quilos de maquiagem, conseguiu entregar uma performance das mais expressivas. E pelo final que me fez chorar como uma criança e me traz lágrimas aos olhos enquanto lembro dele para escrever este comentário.
A estética e a fotografia remete aos clássicos filmes de monstro da Universal, mal sabia eu que o monstro (ou monstros) retratado aqui não era John Merrick.
Os Fabelmans
4.0 389O que mais me chamou a atenção nesse daqui foi que o Spielberg contou a história
da crise no casamento dos pais sem vilanizar nenhum dos dois. É tudo muito humano, muito sensível. Tem vezes que uma relação não dá certo, mas não pelo marido ser controlador ou pela esposa ser egoísta, e sim porque eles não funcionam juntos. E as sucessivas tentativas de fazer dar certo só machucam mais e mais.
No final, foi muito bonito quando o pai do Spielberg (sei que esse não é o nome do personagem, mas não consigo chamar ele de outra forma), ao ver a alegria da ex-esposa numa foto, reconhece que o filho não seria feliz tentando ser outra pessoa.
P.S.: o Spielberg acha que engana quem inventando que tinha uma namorada quando tava no Ensino Médio?
A Primeira Noite de Um Homem
4.1 810 Assista AgoraA primeira e a última cena, de certa forma, se completam.
Na primeira vemos um close no rosto de Ben, logo em seguida a câmera se afasta, revelando que ele está num avião, em meio a muitas pessoas. Ainda assim, o tom da cena dá a entender que o personagem se sente sozinho, um solitário na multidão.
Inclusive, esse recurso da câmera se afastando é usado várias e várias vezes durante o longa. Em alguns casos com o próprio Ben, como na cena que ele está andando pela cidade e o vemos ficar cada vez mais distante, uma formiguinha andando nas ruas. Ou também com outros personagens, como aconteceu logo após a Sra. Robinson ter seu segredo revelado: primeiro vemos sua expressão desolada, para logo em seguida ela ser mostrada solitária e acuada na própria mansão.
Há outros momentos que ressaltam como Ben e outros personagens se sentem vazios. Enquanto a festa está rolando ao redor da piscina, no fundo, sob a água, o mergulho de Ben sempre será solitário. Um peixinho no aquário eternamente esperando que algo traga sentido para a sua vida.
Já na última, Ben não está sozinho, Elaine sorri ao seu lado. Teria ele finalmente se libertado da solidão? Provavelmente não. Passado o momento de loucura, a monotonia e as incertezas vão tomando conta dos dois. Será que foi uma boa ideia? Para onde o ônibus vai? Qual dos dois vai descer primeiro?
Numa determinada cena o protagonista diz se sentir à deriva, sem saber para onde ir ou como fazer escolhas. Talvez isso explique o porquê do filme começar e terminar com ele trancado em veículos guiados por outras pessoas. Não há como se sentir perdido quando outras pessoas decidem o caminho por nós.
Entre Mulheres
3.7 262Fiquei em choque quando passou o
carro do senso na comunidade. Até então, salvo alguns detalhes, como o boné de um personagem ou determinadas falas, eu estava pensando que a trama de Entre Mulheres se passava há séculos.
Aí veio o carro e me fez encarar os fatos: tudo que as personagens sofreram é comum nos dias de hoje.