Bem longe de ser ruim, é um filme que sabe criar e manter um clima de tensão e mistério crescente com cenas ambíguas que só vão fazer sentido lá na frente.
Talvez pelo título (imposto pelo estúdio contra a vontade de diretor e roteirista), muita gente espere uma história cheia de elementos sobrenaturais e demoníacos, mas não é o caso. O Exorcista III está mais para um thriller de serial killer com leves toques sobrenaturais, uma mistura interessante que foi me agradando a cada nova cena. Infelizmente, não agradou ao estúdio, que pediu para Blatty
adicionar uma sequência de exorcismo no final, justamente a parte onde o longa começa a desandar.
Está longe de ser um clássico como o original, o que não é demérito uma vez que quase nenhum filme de terror chegou a esse patamar nos últimos 50 anos, mas não faz feio. Se não fosse essa necessidade explorar a obra como franquia, é provável que fosse até melhor. Pelo menos, O Exorcista III é responsável por um dos melhores jumpscares já feito no cinema de horror, e isso executivo nenhum pode apagar.
Começou muito bem como uma comédia de realismo fantástico com toques de fábula. O cocô sumindo sem explicação dava aquele que de estranhamento.
Mas após o início promissor, o filme começou a desandar com a aparição do personagem do Christopher Walken. A partir daí as piadas foram ficando cada vez mais sem graça e desconexas com a proposta inicial do filme. Se fosse pra arriscar, diria que houve interferência do estúdio para deixar o longa mais próximo do humor que agrada o grande público.
Típico filme criado para estabelecer franquia, perde mais tempo apresentando o universo em que se encontra (que é muito interessante, vale dizer) do que desenvolvendo sua trama e seus personagens. Não só isso: prefere deixar pontas soltas para continuações e possíveis derivados em vez de concluir alguns de seus arcos.
O tal do vampirão El Jefe é um ótimo exemplo disso. Eles poderiam muito bem bater de frente com ele já nesse longa, mas preferem plantar a semente da ameaça maior e anular completamente qualquer perigo que a vilã poderia apresentar.
A ação é boa e algumas piadas até que funcionam, mas não deixa de ser só mais uma tentativa da Netflix de criar uma marca de sucesso. Em vez de contar uma boa história, Dupla Jornada se preocupa mais manter a assinatura dos assinantes com a promessa de sequências com um elenco estrelado.
Chega a ser impressionante como Brasília 18% falha em tudo que se propõe.
A trama sai do nada e termina em lugar nenhum, o ritmo não empolga (lá pela metade tem uma perseguição de carro que tão é interessante quanto ver grama crescer), os diálogos são forçados e repetitivos (sério que todo mundo tem que perguntar sobre o maldito laudo?) e as atuações chegam a ser amadoras, inclusive as de alguns atores mais experientes. É possível perceber o nível da produção já no começo, durante a cena do avião: pelas janelas dá para ver uma tela azul que deveria ter sido substituída por uma imagem do céu de Brasília.
Mas o mais fraco de tudo com certeza é o protagonista. Tão apático, tão inexpressivo, tão sem carisma. Nem parece se tratar de um legista, mas sim de um morto que fugiu do IML. O pior é tentarem te convencer que praticamente todas mulheres do filme se sentem atraídas por ele.
Estava com o hype nas alturas para esse filme. Um thriller de ação de altíssimo orçamento dirigido pelos Irmãos Russo, protagonizado pelo Ryan Gosling e com um vilão feito pelo Chris Evans? Manda ver!
Só que o primeiro trailer já tratou de baixar minhas expectativas. Dava para ver que The Gray Man seria uma grande amálgama do que vem sendo feito atualmente no cinema de ação. Tem um agente secreto misterioso tal qual o 007, mas que não tem metade do carisma do espião britânico. Vemos grandes set pieces, como em Missão Impossível, só que sem a intensidade das sequências protagonizadas por Tom Cruise. Vários combates corpo a corpo, mas cheios de corte e sem muita coreografia, diferente das lutas vistas em John Wick. É uma ação que diverte, um bom passatempo, mas que não empolga.
Agora, o que me incomodou mesmo foi justamente o antagonista da história. Apesar de matar a torto e a direito, Lloyd Hansen passa longe de ser ameaçador, pelo contrário, as constantes falhas e ataques de pelanca do personagem acabavam com qualquer imagem vilanesca que ele poderia ter. A impressão que eu tive é que tentaram inverter o clichê do vilão implacável e do herói metido a engraçadinho, mas não deu muito certo.
É como dizem: menos é mais. Os Russo conseguiram entregar sequências de ação melhores em uma sitcom de baixo orçamento do que em um blockbuster de orçamento milionário.
Muito bem montado, a edição vai dando informações à conta-gotas para que você fique mais e mais curioso pela próxima revelação. Tipo aqueles best-sellers que cada capítulo termina com um gancho, sabe?
Ainda assim, não é um doc que recomendo para todo mundo. Fazia tempo que uma história não me deixava tão mal, em diversos momentos me peguei pensando em dar uma pausa para continuar outro dia. É triste pensar que uma pessoa sofreu tanto assim.
Dá para dizer que Thor: Amor e Trovão é o oposto de Top Gun: Maverick. Não por lacração ou qualquer besteira dita por gente que não sabe interpretar um filme, mas porque tudo nele soa muito artificial.
Enquanto no filme do Tom Cruise havia todo um cuidado para as cenas serem o mais imersivas e realistas possíveis, nessa 4ª aventura do Deus do Trovão parece que foi feito no quintal do Taika Waititi depois de um churrasco. Os cenários são toscos, os efeitos especiais são artificiais de tão mal feitos e as poucas relações entre os personagens não são bem desenvolvidas.
Pelo menos aquela cena no mundo dos deuses dava para ter sido feita num cenário construído em vez de ser só mais uma tela verde.
Fico triste, pois a mensagem que Thor: Amor e Trovão quer passar é muito bonita. Mas o filme é tão descartável (acredito que seja o mais descartável do MCU) que ela acaba tendo o mesmo impacto de um GIF de anjinho enviado pela sua tia.
Talvez seja a hora da Marvel desacelerar. Realizar quase tantas produções por ano está comprometendo o resultado delas.
Desde que o primeiro Rocky foi feito, há quase 50 anos, os filmes de esporte meio que passaram a ter uma fórmula. Arremessando Alto não foge a essa regra, nem deveria, se continua funcionando é porque tem um motivo.
Mas há jeitos e jeitos de se seguir uma fórmula, e o longa da Netflix executa ela com muita energia. A direção e a edição fazem você se sentir dentro da quadra, além de adicionarem bastante personalidade à já tradicional sequência de treinamento.
E como é bom ver o Adam Sandler num papel um pouco mais sério. Não que eu não goste dele em comédia, mas parece que os dramas parecem explorar melhor aquela frustração e aquela raiva reprimida que ele traz para alguns personagens. E no caso do Stanley Sugerman você na expressão dele que ele é um cara que já quebrou a cara diversas e seguidas vezes. Está longe de ser um dos melhores papéis do Adam Sandler, mas dá pra ver como ele sente confortável no personagem, até porque faz parte de um mundo que o ator ama.
P.S.: Por que não fizeram antes um filme do Adam Sandler com a Queen Latifah? Nossa, como eles funcionam bem juntos. Queria ter visto mais do casal.
A única qualidade de Venom 2 é o seu tempo de duração. Imagina ter que passar mais de 1h20 vendo uma bomba dessas? Já mostra que os envolvidos têm mais noção que o Michael Bay ou o Zack Snyder.
Eu tava meio dividido com o filme, mas ele melhorou demais pra mim quando eu comecei a pensar nele como um slasher movie do MCU.
A America Chavez é a final girl, cujo erro fatal é não saber usar corretamente o próprio poder, enquanto a Wanda é o monstro, uma mistura de Carrie, A Estranha com Michael Myers. Como a Marvel nunca deixaria personagens importantes morrerem nessa brincadeira, as vítimas são
aqueles que estão lá só para vender boneco e por puro fanservice: o Raio Negro, o Senhor Fantástico, a Capitã Carter e aquele minotauro verde que estava em vários materiais de divulgação do filme.
Desde então, Multiverso da Loucura só melhora pra mim. Arrisco dizer que o filme mais autoral de todo o Universo Cinematográfico da Marvel.
Não vou mentir: é um filme besta, mas me fez rir horrores. Desde as participações especiais até as piadas com o "atual" cenário político dos EUA. Mas o que me fez dar risada mesmo foi a coragem de fazer troça com boa parte da mitologia do Sherlock Holmes, com direito a uma cena impagável com o Microft.
Mas é claro que poderia ter um roteiro melhor. Quer dizer, poderia ter um roteiro, já que tudo que vemos aqui são esquetes unidas por um fiapo de história. Nas parcerias anteriores da dupla, eles ao menos tentavam disfarçar isso.
Acho que nunca fiquei tão apático vendo um filme do Guillermo del Toro, de longe um dos meus diretores favoritos da atualidade. É muito bem gravado, é muito bem atuado, é muito bem fotografado, mas falta aquele brilho que só os clássicos modernos do del Toro têm. Não sei se foi pela falta dos monstros e criaturas sempre presentes nas obras dele ou se ele realmente estava pouco inspirado.
Fica impossível não comparar com Roma, tanto pela fotografia quanto pelo pano de fundo histórico. Mas Belfast passa bem longe ter o mesmo cuidado que o filme de Alfonso Cuarón. Tudo parece ser feito com muita pressa.
O início já dá o tom da produção: rapidamente vemos Buddy brincando na vizinhança quando, sem mais nem menos, começa o ataque dos protestantes. Mal a cena acaba, já vamos para a próxima, e depois para a próxima e assim por diante, sem que tenhamos tempo de nos importarmo com os personagens. E é através desses momentos rápidos que vários assuntos são abordados: religião, família, lar, amor, infância, violência e por aí vai, mas sem nunca se aprofundar em nenhum deles.
A impressão que fica quando os créditos começam a subir é que Kenneth Branagh queria usar a própria infância para emocionar plateias no mundo inteiro e ganhar vários prêmios, mas não fazia ideia de como fazer isso.
O melhor do Spielberg em muito tempo. Dá para ver como ele se desafiou e desafiou o elenco a cada coreografia. Muito bem executado em cada mínimo detalhe.
É um verdadeiro musical clássico feito nos dias de hoje, com amores que são sentidos de forma arrebatadora, com ódio expressado de forma bastante dramática. Uma pena que as pessoas que tenham birra com musicais - inclusive já fui uma delas - não reconheçam as qualidades da produção.
Durante os créditos no final, estranhei o nome da Debora Ann Woll aparecer com tanto destaque, afinal, a personagem dela aparece apenas rapidamente no começo durante o resumo do primeiro filme. Então pesquisando, descobri que a versão desse filme para o cinema é totalmente diferente. Nela, a Amanda (Deborah Ann Woll) sobreviveu e foi feita de refém após falhar no primeiro filme, sendo obrigada a ajudar a Minos a fazer as armadilhas (sim, nesse corte a personagem da Órfã não existe). No final, a Minos oferece o mesmo acordo à Zoey.
É meu guilty pleasure. Sei que os personagens são genéricos, sei que o roteiro é previsível, sei que as armadilhas não fazem sentido e seriam impossíveis de serem resolvidas. Ainda assim me divirto horrores assistindo, chegando a ficar preocupado se os personagens vão mesmo sair daquelas situações. Curioso para o que será dessa franquia depois do plot twist no final desse segundo filme.
Para começar, não tem como eu não amar um filme do Batman que é declaradamente inspirado em Seven e em outras obras do David Fincher.
Finalmente um filme que analisa a parte social do Batman e se presta a discutir toda a problemática do personagem, sobre como um ricaço prefere se meter numa roupa de morcego para sair na mão com trombadinhas em vez de usar toda grana dele para realmente fazer algo relevante.
Aqui o Batman é muito mais uma jornada de autodestruição do Bruce Wayne do que um símbolo de justiça e de dias melhores.
Claro, até o final, quando ele finalmente entende seu papel, percebendo que pode ser a esperança que Gotham tanto precisa.
. Um desenvolvimento de personagem executado com maestria.
Como filme, só não é perfeito por conta dos excessos. Apesar de vários ótimos personagens, alguns simplesmente sobram na trama, como o Pinguim (Colin Farrell monstruoso em todos os sentidos) e o Alfred. O final, então, cansativo demais, quando você pensa que os créditos vão subir, vem mais uma cena com um gancho para a continuação ou um possível spin-off.
Segundo uma rápida pesquisa no Google que acabei de fazer, a partida de tênis mais longa da história durou 11 horas e 5 minutos.
Posso dizer que essa foi a sensação que King Richard me passou: a de estar assistindo algo interminável e repetitivo. São mais de 2 horas e 20 minutos do personagem do Will Smith falando sobre o plano dele, o futuro das filhas, a importância de se esforçar, aí volta e fala sobre o plano de novo... A impressão que fica é que a edição não fez o seu trabalho, deixando todas as cenas que foram gravadas, por mais desnecessárias e inúteis que elas fossem.
Claro, a diferença entre King Richard e uma partida de tênis extremamente longa é que a segunda tem um objetivo claro. No final, alguém ganha e alguém perde. Já o filme parece não saber exatamente o que quer. Quer mostrar Richard como um pai esforçado? Como oportunista? Ou como exemplo de superação? Alguns podem dizer que intenção era justamente mostrar o lado humano dele, mas as falhas de Richard Williams nunca são muito exploradas e quando o são, não têm consequência nenhuma.
Essa falta de rumo ficou clara para mim em dois momentos. Em determinada cena, Richard diz para a filha que, na infância, o pai o abandonou enquanto era espancado por um branco, e que jurou que não iria cometer o mesmo erro. Tudo para descobrirmos que o paizão teve filhos em um primeiro casamento e que, olha só, os abandonou sem mais nem menos. O outro momento é quando já no final, numa partida decisiva para Venus, a câmera decide focar não no esforço da atleta, mas no rosto do pai.
Em vez de ver Will Smith (extremamente caricato) em tediosos monólogos sobre a importância do planejamento, do esforço ou da humildade (que ele não parecia colocar em prática), teria sido muito mais interessante ver algo explorando o ponto de vista da Venus, mostrando como foi para a Serena ficar tantos anos à sombra da irmã ou até que desse voz à Oracene, a subestimada mãe da família.
Só espero que no futuro façam um filme realmente focado nessas grandes tenistas, porque esse daqui é, acima de tudo, sobre os egos do pai delas e do Will Smith.
O Exorcista III
2.6 196 Assista AgoraBem longe de ser ruim, é um filme que sabe criar e manter um clima de tensão e mistério crescente com cenas ambíguas que só vão fazer sentido lá na frente.
Talvez pelo título (imposto pelo estúdio contra a vontade de diretor e roteirista), muita gente espere uma história cheia de elementos sobrenaturais e demoníacos, mas não é o caso. O Exorcista III está mais para um thriller de serial killer com leves toques sobrenaturais, uma mistura interessante que foi me agradando a cada nova cena. Infelizmente, não agradou ao estúdio, que pediu para Blatty
adicionar uma sequência de exorcismo no final, justamente a parte onde o longa começa a desandar.
Está longe de ser um clássico como o original, o que não é demérito uma vez que quase nenhum filme de terror chegou a esse patamar nos últimos 50 anos, mas não faz feio. Se não fosse essa necessidade explorar a obra como franquia, é provável que fosse até melhor. Pelo menos, O Exorcista III é responsável por um dos melhores jumpscares já feito no cinema de horror, e isso executivo nenhum pode apagar.
Meu Vizinho Mafioso
3.2 145Teria sido mais divertido se não fosse aquele final com uma barriga chatíssima
sobre os personagens do Bruce Willis e do Matthew Perry tendo que se acertar.
[spoiler][/spoiler]
A Inveja Mata
2.8 184 Assista AgoraComeçou muito bem como uma comédia de realismo fantástico com toques de fábula. O cocô sumindo sem explicação dava aquele que de estranhamento.
Mas após o início promissor, o filme começou a desandar com a aparição do personagem do Christopher Walken. A partir daí as piadas foram ficando cada vez mais sem graça e desconexas com a proposta inicial do filme. Se fosse pra arriscar, diria que houve interferência do estúdio para deixar o longa mais próximo do humor que agrada o grande público.
Dupla Jornada
3.0 178 Assista AgoraTípico filme criado para estabelecer franquia, perde mais tempo apresentando o universo em que se encontra (que é muito interessante, vale dizer) do que desenvolvendo sua trama e seus personagens. Não só isso: prefere deixar pontas soltas para continuações e possíveis derivados em vez de concluir alguns de seus arcos.
O tal do vampirão El Jefe é um ótimo exemplo disso. Eles poderiam muito bem bater de frente com ele já nesse longa, mas preferem plantar a semente da ameaça maior e anular completamente qualquer perigo que a vilã poderia apresentar.
A ação é boa e algumas piadas até que funcionam, mas não deixa de ser só mais uma tentativa da Netflix de criar uma marca de sucesso. Em vez de contar uma boa história, Dupla Jornada se preocupa mais manter a assinatura dos assinantes com a promessa de sequências com um elenco estrelado.
Bons Meninos
3.5 227O que é Euphoria perto de Good Boys?
Brasília 18%
2.3 24 Assista AgoraChega a ser impressionante como Brasília 18% falha em tudo que se propõe.
A trama sai do nada e termina em lugar nenhum, o ritmo não empolga (lá pela metade tem uma perseguição de carro que tão é interessante quanto ver grama crescer), os diálogos são forçados e repetitivos (sério que todo mundo tem que perguntar sobre o maldito laudo?) e as atuações chegam a ser amadoras, inclusive as de alguns atores mais experientes. É possível perceber o nível da produção já no começo, durante a cena do avião: pelas janelas dá para ver uma tela azul que deveria ter sido substituída por uma imagem do céu de Brasília.
Mas o mais fraco de tudo com certeza é o protagonista. Tão apático, tão inexpressivo, tão sem carisma. Nem parece se tratar de um legista, mas sim de um morto que fugiu do IML. O pior é tentarem te convencer que praticamente todas mulheres do filme se sentem atraídas por ele.
Agente Oculto
3.2 380 Assista AgoraEstava com o hype nas alturas para esse filme. Um thriller de ação de altíssimo orçamento dirigido pelos Irmãos Russo, protagonizado pelo Ryan Gosling e com um vilão feito pelo Chris Evans? Manda ver!
Só que o primeiro trailer já tratou de baixar minhas expectativas. Dava para ver que The Gray Man seria uma grande amálgama do que vem sendo feito atualmente no cinema de ação. Tem um agente secreto misterioso tal qual o 007, mas que não tem metade do carisma do espião britânico. Vemos grandes set pieces, como em Missão Impossível, só que sem a intensidade das sequências protagonizadas por Tom Cruise. Vários combates corpo a corpo, mas cheios de corte e sem muita coreografia, diferente das lutas vistas em John Wick. É uma ação que diverte, um bom passatempo, mas que não empolga.
Agora, o que me incomodou mesmo foi justamente o antagonista da história. Apesar de matar a torto e a direito, Lloyd Hansen passa longe de ser ameaçador, pelo contrário, as constantes falhas e ataques de pelanca do personagem acabavam com qualquer imagem vilanesca que ele poderia ter. A impressão que eu tive é que tentaram inverter o clichê do vilão implacável e do herói metido a engraçadinho, mas não deu muito certo.
É como dizem: menos é mais. Os Russo conseguiram entregar sequências de ação melhores em uma sitcom de baixo orçamento do que em um blockbuster de orçamento milionário.
A Garota da Foto
3.8 139 Assista AgoraMuito bem montado, a edição vai dando informações à conta-gotas para que você fique mais e mais curioso pela próxima revelação. Tipo aqueles best-sellers que cada capítulo termina com um gancho, sabe?
Ainda assim, não é um doc que recomendo para todo mundo. Fazia tempo que uma história não me deixava tão mal, em diversos momentos me peguei pensando em dar uma pausa para continuar outro dia. É triste pensar que uma pessoa sofreu tanto assim.
A Fera do Mar
3.7 237 Assista AgoraSe Waterworld é o Mad Max na água, então A Fera do Mar pode ser considerado um Como Treinar o Seu Dragão na água.
Thor: Amor e Trovão
2.9 973 Assista AgoraDá para dizer que Thor: Amor e Trovão é o oposto de Top Gun: Maverick. Não por lacração ou qualquer besteira dita por gente que não sabe interpretar um filme, mas porque tudo nele soa muito artificial.
Enquanto no filme do Tom Cruise havia todo um cuidado para as cenas serem o mais imersivas e realistas possíveis, nessa 4ª aventura do Deus do Trovão parece que foi feito no quintal do Taika Waititi depois de um churrasco. Os cenários são toscos, os efeitos especiais são artificiais de tão mal feitos e as poucas relações entre os personagens não são bem desenvolvidas.
Pelo menos aquela cena no mundo dos deuses dava para ter sido feita num cenário construído em vez de ser só mais uma tela verde.
Fico triste, pois a mensagem que Thor: Amor e Trovão quer passar é muito bonita. Mas o filme é tão descartável (acredito que seja o mais descartável do MCU) que ela acaba tendo o mesmo impacto de um GIF de anjinho enviado pela sua tia.
Talvez seja a hora da Marvel desacelerar. Realizar quase tantas produções por ano está comprometendo o resultado delas.
Arremessando Alto
3.7 284 Assista AgoraDesde que o primeiro Rocky foi feito, há quase 50 anos, os filmes de esporte meio que passaram a ter uma fórmula. Arremessando Alto não foge a essa regra, nem deveria, se continua funcionando é porque tem um motivo.
Mas há jeitos e jeitos de se seguir uma fórmula, e o longa da Netflix executa ela com muita energia. A direção e a edição fazem você se sentir dentro da quadra, além de adicionarem bastante personalidade à já tradicional sequência de treinamento.
E como é bom ver o Adam Sandler num papel um pouco mais sério. Não que eu não goste dele em comédia, mas parece que os dramas parecem explorar melhor aquela frustração e aquela raiva reprimida que ele traz para alguns personagens. E no caso do Stanley Sugerman você na expressão dele que ele é um cara que já quebrou a cara diversas e seguidas vezes. Está longe de ser um dos melhores papéis do Adam Sandler, mas dá pra ver como ele sente confortável no personagem, até porque faz parte de um mundo que o ator ama.
P.S.: Por que não fizeram antes um filme do Adam Sandler com a Queen Latifah? Nossa, como eles funcionam bem juntos. Queria ter visto mais do casal.
Oito Noites de Loucura
3.3 31 Assista Agora- Mamãe, eu não entendi a piada.
- Eu acho que ninguém entendeu, querido. Eles só estão rindo para agradar o prefeito
Venom: Tempo de Carnificina
2.7 636 Assista AgoraA única qualidade de Venom 2 é o seu tempo de duração. Imagina ter que passar mais de 1h20 vendo uma bomba dessas? Já mostra que os envolvidos têm mais noção que o Michael Bay ou o Zack Snyder.
Morra, Smoochy, Morra
3.0 65 Assista AgoraVale pela sátira aos filmes de máfia, mas podia ter explorado mais o humor negro.
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
3.5 1,2K Assista AgoraEu tava meio dividido com o filme, mas ele melhorou demais pra mim quando eu comecei a pensar nele como um slasher movie do MCU.
A America Chavez é a final girl, cujo erro fatal é não saber usar corretamente o próprio poder, enquanto a Wanda é o monstro, uma mistura de Carrie, A Estranha com Michael Myers. Como a Marvel nunca deixaria personagens importantes morrerem nessa brincadeira, as vítimas são
aqueles que estão lá só para vender boneco e por puro fanservice: o Raio Negro, o Senhor Fantástico, a Capitã Carter e aquele minotauro verde que estava em vários materiais de divulgação do filme.
Desde então, Multiverso da Loucura só melhora pra mim. Arrisco dizer que o filme mais autoral de todo o Universo Cinematográfico da Marvel.
O Chalé
3.3 723 Assista AgoraNunca torci tanto para duas crianças serem mortas em um filme de terror.
Holmes & Watson
2.3 47 Assista AgoraNão vou mentir: é um filme besta, mas me fez rir horrores. Desde as participações especiais até as piadas com o "atual" cenário político dos EUA. Mas o que me fez dar risada mesmo foi a coragem de fazer troça com boa parte da mitologia do Sherlock Holmes, com direito a uma cena impagável com o Microft.
Mas é claro que poderia ter um roteiro melhor. Quer dizer, poderia ter um roteiro, já que tudo que vemos aqui são esquetes unidas por um fiapo de história. Nas parcerias anteriores da dupla, eles ao menos tentavam disfarçar isso.
O Beco do Pesadelo
3.5 496 Assista AgoraAcho que nunca fiquei tão apático vendo um filme do Guillermo del Toro, de longe um dos meus diretores favoritos da atualidade. É muito bem gravado, é muito bem atuado, é muito bem fotografado, mas falta aquele brilho que só os clássicos modernos do del Toro têm. Não sei se foi pela falta dos monstros e criaturas sempre presentes nas obras dele ou se ele realmente estava pouco inspirado.
Belfast
3.5 291 Assista AgoraFica impossível não comparar com Roma, tanto pela fotografia quanto pelo pano de fundo histórico. Mas Belfast passa bem longe ter o mesmo cuidado que o filme de Alfonso Cuarón. Tudo parece ser feito com muita pressa.
O início já dá o tom da produção: rapidamente vemos Buddy brincando na vizinhança quando, sem mais nem menos, começa o ataque dos protestantes. Mal a cena acaba, já vamos para a próxima, e depois para a próxima e assim por diante, sem que tenhamos tempo de nos importarmo com os personagens. E é através desses momentos rápidos que vários assuntos são abordados: religião, família, lar, amor, infância, violência e por aí vai, mas sem nunca se aprofundar em nenhum deles.
A impressão que fica quando os créditos começam a subir é que Kenneth Branagh queria usar a própria infância para emocionar plateias no mundo inteiro e ganhar vários prêmios, mas não fazia ideia de como fazer isso.
Amor, Sublime Amor
3.4 355 Assista AgoraO melhor do Spielberg em muito tempo. Dá para ver como ele se desafiou e desafiou o elenco a cada coreografia. Muito bem executado em cada mínimo detalhe.
É um verdadeiro musical clássico feito nos dias de hoje, com amores que são sentidos de forma arrebatadora, com ódio expressado de forma bastante dramática. Uma pena que as pessoas que tenham birra com musicais - inclusive já fui uma delas - não reconheçam as qualidades da produção.
Escape Room 2: Tensão Máxima
2.8 357Uma curiosidade sobre o filme:
Durante os créditos no final, estranhei o nome da Debora Ann Woll aparecer com tanto destaque, afinal, a personagem dela aparece apenas rapidamente no começo durante o resumo do primeiro filme. Então pesquisando, descobri que a versão desse filme para o cinema é totalmente diferente. Nela, a Amanda (Deborah Ann Woll) sobreviveu e foi feita de refém após falhar no primeiro filme, sendo obrigada a ajudar a Minos a fazer as armadilhas (sim, nesse corte a personagem da Órfã não existe). No final, a Minos oferece o mesmo acordo à Zoey.
Escape Room 2: Tensão Máxima
2.8 357É meu guilty pleasure. Sei que os personagens são genéricos, sei que o roteiro é previsível, sei que as armadilhas não fazem sentido e seriam impossíveis de serem resolvidas. Ainda assim me divirto horrores assistindo, chegando a ficar preocupado se os personagens vão mesmo sair daquelas situações. Curioso para o que será dessa franquia depois do plot twist no final desse segundo filme.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraPara começar, não tem como eu não amar um filme do Batman que é declaradamente inspirado em Seven e em outras obras do David Fincher.
Finalmente um filme que analisa a parte social do Batman e se presta a discutir toda a problemática do personagem, sobre como um ricaço prefere se meter numa roupa de morcego para sair na mão com trombadinhas em vez de usar toda grana dele para realmente fazer algo relevante.
Aqui o Batman é muito mais uma jornada de autodestruição do Bruce Wayne do que um símbolo de justiça e de dias melhores.
Claro, até o final, quando ele finalmente entende seu papel, percebendo que pode ser a esperança que Gotham tanto precisa.
Como filme, só não é perfeito por conta dos excessos. Apesar de vários ótimos personagens, alguns simplesmente sobram na trama, como o Pinguim (Colin Farrell monstruoso em todos os sentidos) e o Alfred. O final, então, cansativo demais, quando você pensa que os créditos vão subir, vem mais uma cena com um gancho para a continuação ou um possível spin-off.
Desnecessária a cena do Charada no Arkham que só serve para introduzir MAIS UMA VERSÃO DO CORINGA.
King Richard: Criando Campeãs
3.8 409Segundo uma rápida pesquisa no Google que acabei de fazer, a partida de tênis mais longa da história durou 11 horas e 5 minutos.
Posso dizer que essa foi a sensação que King Richard me passou: a de estar assistindo algo interminável e repetitivo. São mais de 2 horas e 20 minutos do personagem do Will Smith falando sobre o plano dele, o futuro das filhas, a importância de se esforçar, aí volta e fala sobre o plano de novo... A impressão que fica é que a edição não fez o seu trabalho, deixando todas as cenas que foram gravadas, por mais desnecessárias e inúteis que elas fossem.
Claro, a diferença entre King Richard e uma partida de tênis extremamente longa é que a segunda tem um objetivo claro. No final, alguém ganha e alguém perde. Já o filme parece não saber exatamente o que quer. Quer mostrar Richard como um pai esforçado? Como oportunista? Ou como exemplo de superação? Alguns podem dizer que intenção era justamente mostrar o lado humano dele, mas as falhas de Richard Williams nunca são muito exploradas e quando o são, não têm consequência nenhuma.
Essa falta de rumo ficou clara para mim em dois momentos. Em determinada cena, Richard diz para a filha que, na infância, o pai o abandonou enquanto era espancado por um branco, e que jurou que não iria cometer o mesmo erro. Tudo para descobrirmos que o paizão teve filhos em um primeiro casamento e que, olha só, os abandonou sem mais nem menos. O outro momento é quando já no final, numa partida decisiva para Venus, a câmera decide focar não no esforço da atleta, mas no rosto do pai.
Em vez de ver Will Smith (extremamente caricato) em tediosos monólogos sobre a importância do planejamento, do esforço ou da humildade (que ele não parecia colocar em prática), teria sido muito mais interessante ver algo explorando o ponto de vista da Venus, mostrando como foi para a Serena ficar tantos anos à sombra da irmã ou até que desse voz à Oracene, a subestimada mãe da família.
Só espero que no futuro façam um filme realmente focado nessas grandes tenistas, porque esse daqui é, acima de tudo, sobre os egos do pai delas e do Will Smith.