Em algum lugar da capa do DVD fazia alguma alusão entre este filme e Gran Torino. Acredito que até que seja possível fazer algumas comparações com relação aos personagens e a situação que vivem, mas Gran Torino é muito superior. E isso se explica pela densidade dramática criada por Eastwwod, que o roteiro deste filme não proporciona. Mas Caine, como sempre, consegue dar vida ao seu personagem com muita honestidade, ou seja, ele consegue dar credibilidade ao Harry Brown. Mas o restante da trama é um tanto simples. Temos um aposentado que vive no seu mundo isolado até que uma situação transforma sua vida. Bom essa descrição vale para qualquer roteiro e esse não foge à regra. O diferencial é o ambiente - periferia londrina - e o sotaque! É um filme que consegue criar certo grau de tensão e ação, mas em outros aspectos deixa a desejar. Mesmo o dilema que a instituição Polícia é confrontada não é tão explorado assim. Então, acabamos assistindo um filme que não deveria ser "de ator", se mantendo devido à interpretação de Caine. Talvez, outro ator com menor expressão fizesse com que o filme sequer alcançasse algum destaque. Diferentemente de Gran Torino, que exige a participação de um grande ator, mas tem um história mais interessante e que se sustenta.
Roteiro fraco e que não consegue atrair a atenção para a trama. A relação entre o trio não é tão explorada, a situação de guerra, tampouco e, por fim, temos um drama "que não empolga". Sem conta a obviedade de muitas situações. Theron está mais linda do que nunca, explodindo em sensualidade... o que não ocorre com Cruz, que deveria ter essa função no filme. Townsend está completamente inexpressivo... uma interpretação fraca e tremendamente burocrática. A fotografia e a direção de arte merecem destaque, pois a recriação de época consegue criar o ar aristocrático da burguesia europeia, mas ambienta a Paris sob controle nazista muito bem. É um filme belo, mas com pouco conteúdo e com um história previsível. Não é ruim, é apenas um entretenimento que logo será esquecido.
Típico filme que deixa com um nó na garganta!!! E tudo porque uma geração lutou por ideais e hoje temos pessoas cada vez mais individualistas. Os depoimentos desde documentário são dilacerantes, pois quando Castillo retorna ao Chile para "rever sua história", reencontra pessoas de bairros simples e essas, mesmo diante da perda de filhos, entendem que a luta contra a ditadura não permitia outra opção. O início do documentário não sugere tudo que vem na sequência. Até os trinta minutos, mais ou menos, parece ser algo muito pessoal, mas quando os militantes do MIR passam a integrar a narrativa com mais efetividade o documentário ganha peso. E como os chilenos são politizados!!! Prova disso tivemos, no ano passado, o movimento dos estudantes pelas ruas de Santiago. O mais interessante neste filme que é a diretora tem condições de refletir sobre o que fez e, ao mesmo tempo, militantes do MIR fazem a autocrítica das ações da organização. Temos relatos terríveis sobre a repressão no chile e muitas imagens de arquivo que conseguem fazer com que a história permaneça viva. São tantos os questionamentos feitos no transcorrer do filme (quase três horas) que é necessário rever várias vezes e pensar em tudo que aconteceu no país e o resultado de hoje. Não é um documentário que inove na linguagem, mas consegue prender a atenção porque tem muito boas entrevistas... talvez, se quisesse reduzir uma pouco o tempo do filme, algumas entrevistas poderiam ser suprimidas ou terem seu tempo reduzido, mas mesmo assim, temos um filme sem igual em sua importância histórica não somente para o Chile, mas para toda a América Latina.
A intenção do filme é muito mais interessante que sua realização. Não é um drama político, tampouco uma comédia... Não que isso seja um problema, mas parece que a direção do próprio Beatty estava mais interessado em "dar uma lição de moral" do que discutir os meandros do poder e, consequentemente, qual o preço para se eleger. Beatty está exagerado em sua caracterização em em alguns momentos e sua direção, evidentemente, não conseguiu resolver o problema. A jornada do personagem de Beatty também não é nada que seja interessante, haja vista a obviedade comprometer o roteiro. Os raps são interessantes, mas só isso... Berry está linda como nunca!!! Mais sensual do que em Mulher Gato (que é a única coisa que salvou no filme!), mas com um papel meio forçado neste filme... o restante, vemos alguns bons atores trabalhando por um roteiro fraco. Enfim, um filme que cansa logo, mas da para suportar até o final.
Este documentário completa vinte anos em 2013 e acabou se transformando numa lenda. Pro muito tempo apenas ouvi falar dele e de suas denúncias, mas nem cheguei a vê-lo em VHS. Dizia-se que a Rede Globo comprou seus direitos para exibição e comercialização no Brasil... nunca fui atrás para saber se era verdade ou mais uma lenda do famoso documentário. Enfim, depois tive a oportunidade de assistir algumas vezes este filme, mas sempre em cópias muito ruins, contudo, o valor da denúncia sobrepõe às qualidades técnicas. Não é um documentário com produção requintada, tampouco com técnicas que chamem a atenção, é apenas funcional. Mas consegue construir (ou desconstruir) a história recente do Brasil a partir da perspectiva da mídia brasileira. A relação criada entre Marinho e Kane também configura-se numa das melhores sacada do filme. Mas sobre a denúncia, com o passar dos vinte anos, muito que ali está representando já tornou-se público... contudo, a Rede Globo continua norteado "reinando" na comunicação e política. A redemocratização brasileira não afetou a TV de Roberto Marinho e seus sucessores assimilaram a know how necessário para continuarem mantendo uma relação bastante questionável com o Poder. Talvez alguns índices mostrados no documentário, relacionados à década de 1990 tenha melhorado, haja vista ainda não ter sido lançado o Plano Real, mas as telenovelas ainda são a maior diversão dos brasileiros e o Jornal Nacional também permanece "dando a notícia como a entende" e construindo o que deve ser notícia. Talvez esse documentário devesse ser comprado pelo poder público para ser exibido nas escolas, como material didático obrigatório... vou além, o governo deveria contratar Fernando Meirelles para dirigir a continuação... e, como o governo federal continua sendo um dos grande anunciantes da TV Globo, deveria comprar o horário nobre e exibir "Muito Além do Cidadão Kane II - Dinastia". Mas provavelmente isso não ocorrerá e ainda continuaremos tendo de assistir, daqui 10 anos, a mesma cópia de baixa qualidade, mas com informações tão atuais quanto hoje... Foi Roberto Marino, mas deixou a receita para seus herdeiros e os antigos coronéis que governam o país também deixaram seus herdeiros com as mesmas concessões de TV... história requentada e muito atual!
Antes de tudo é necessário elogiar a interpretação de Liya Kebede. Ela conseguiu construir uma personagem forte, mas que não perdeu a humanidade. Ingênua em determinados momentos, mas obstinada em todos os demais. Às vezes encontramos com algumas boas personagens no cinema... mas o mais complicado é que essa Waris Dirie não é apenas uma personagem, ela existe! Bom, daí temos que entrar no segundo aspecto muito bom do filme: seu roteiro. Muito bem construído e que foge de possíveis rótulos pré-estabelecidos. Tem drama, certa dose de "aventura", humor e até romance... mas tudo isso equilibrado de modo que guarde o mais importante para o final! Aí entra a direção com sua construção impecável da trama. A edição faz com que o filme não perca o interesse em momento algum e, mesmo que saibamos o que aconteceu com a personagem, espera-se que venha algo mais. E tem! A trajetória de Waris é envolvente e avassaladora, assim como sua beleza. Alguns mais desavisados poderiam pensar que se trata de mais uma história de cinderela, mas proveniente da África... mas não é! E a parte final, muito mais do que ratificar o que já havia sido revelado anteriormente no filme, expõe uma face da violência contra as mulheres somalis. As cenas são duras e difíceis de serem assistidas... o que se vê e o que se imagina se transformam em uma coisa só e é abominável! Um filme que DEVE ser assistido por todos para que não se atribua à religião algumas culpas que não tem, já que possui muitas!!!
Fico pensando o teria feito este romance alcançar o status de best-seller e tenho dificuldade para entender. Mas, enfim, o filme acabou herdando grande parte dos leitores do filme e parece que conseguiu alcançar seus objetivos também. Mas pensando apenas no filme, a impressão que traz inicialmente é de que o diretor fez um "filme correto". Temos um roteiro explicativo, com personagens que buscam cativar e uma história que poderia ser classificada como de
superação e busca individual, ou seja, bem ao estilo "auto-ajuda".
Há quem goste deste estilo de filme... mas como assisti a versão do diretor e tem 146 minutos, acho que foi um tanto demasiado! A interpretação de Roberts está bem, constrói uma personagem vivenciando um conflito existencial pleno... nesse sentido, sua trajetória faz sentido. Por isso que o roteiro está bem construído. Temos inúmeros personagens coadjuvantes que servem muito bem de escada para Roberts e reforçam as características e busca de seu personagem. Mérito ao diretor! A fotografia também merece destaque, devido a heterogeneidade das locações... e todas ficaram muito bem. Bardem talvez represente o sonho de algumas mulheres, mas parece um personagem um tanto artificializado por maneirismos... e o português dele (como nativo, na trama) deixa muito a desejar! Quanto à trilha sonora, parece ter sido feita por alguém que está longe do Brasil há muito tempo, ou somente vive nos anos 60. Parece que conhece música brasileira "tipo exportação", não a que se faz no país. Não quero qualificar a música, mas a impressão que se tem é de que quem fez a trilha somente conhece o que é exportado e, como o personagem supostamente é um brasileiro, acaba ficando meio difícil de aceitar. Por fim, exceto por ser tão longo, o filme acaba realizando sua proposta. Não é a melhor comédia romântica que se fez e, se não tivesse Roberts no elenco talvez passasse despercebido... mas é bonzinho e da pra assistir tranquilamente.
O filme acaba sendo mais interessante pela proposta histórica do que, efetivamente, pelo caráter técnico-artístico. Uma narrativa clássica, sem grande novidades e que prejudica quem já conhece a história. Com relação às personagens, em alguns momentos parecem um tanto artificiais, tem-se a impressão de que "estão brincando de revolução". Mas acredito que grande parte deste problema esteja relacionado ao roteiro, que é muito fragmentado (quase toda hora temo um fade) e tira a unidade da trama. às vezes tem-se a impressão de que é um telefilme, devido à simplicidade da produção. Por fim, temos uma boa proposta de filme, mas que tem apenas alguns momentos interessantes, o restante é mediano. Contudo, por ser um filme curto, cumpre parcialmente sua proposta.
Surpreendente! A simplicidade da trama é potencializada ao máximo com o carisma dos personagens e a originalidade de onde é ambientada. Com isso, além de tecnicamente ser impecável, temos um filme muito agradável. De resto, evidentemente, tem todos os elementos didático-dramáticos, ou seja, uma lição de moral! Mas está bem construída e não faz com que os espectadores sintam-se idiotizados... Há também uma certa nostalgia com relação àqueles que gostam de vídeo game... Como ressuscitar a infância dos antigos frequentadores de fliperamas... Assim, acaba agradando a todas as gerações... De fato, um filme que tem tudo e de modo bem equilibrado, o que faz com que o resultado final seja muito bom... até os créditos finais!
O que me atraiu a este filme foi sua ambientação. Talvez o que atrai a todos os desavisados! Mas o filme é bem fraco. Fora este aspecto "denúncia" que a direção propõe, o restante é tudo um filme convencional de policiais e corrupção. É difícil trazer variações que possam incluir algo ao gênero, então, muitas vezes o melhor a fazer é criar personagens mais interessantes que a trama... mas esse não é o caso. Kilmer não está muito bem e como a trama é centrada nela, acaba se esvaziando no transcorrer do filme. Stone está no filme apenas para expor sua beleza, mas não tem oportunidade de desenvolver seu personagem, pois praticamente não sai da sala de entrevistas. As cenas de ação e tiroteio são boas, mas nada que mereça destaque, apenas funcionais... Uma dose de sentimentalismo barato em algumas cenas, mas nada que seja sustentado pelo roteiro... Talvez as melhores cenas sejam as que entram com os créditos finais, pois fecham o ciclo das denúncias que estava proposta no início. Passa tempo... para quem tiver algum para perder!
Filme sem graça, um 007 teen, mas que acrescenta bem pouco. Essa ausência de qualquer tipo de inovação e carisma de Pettyfer faz com que o filme fique arrastado, haja vista Rourke não ajudar muito. McGregor talvez apareça na tentativa de angariar um público extra, mas seu personagem é simplório demais. Alicia Silverstone está um pastiche de si... faz muito tempo que deixou de ser a Patricinha de Beverly Hills e não encontrou um papel que fosse adequado... enfim, um filme muito fraco e pueril, roteiro requentado inúmeras vezes e Bill Nighy mais caricato do que nunca... perda de tempo!
O filme é bom porque Andrucha Waddington conseguiu dar equilíbrio a uma trama e conter a verve cômica de alguns atores. Tecnicamente também é um filme muito bem acabado, como são todos de Waddington. Também, o filme busca potencializar as situações cômicas a deixar com que Adinet tenha de "fazer o seu show". Aí encontramos o equilíbrio que faz com que esta comédia seja muito melhor do que muitas outras que o cinema nacional tem produzido. Até a interpretação carregada de Sterblich consegue se encaixar nesta estrutura narrativa. Então, com um bom elenco coadjuvante, roteiro bem amarrado e direção inspirada, o resultado acaba sendo uma hora e meia divertida!!! Não é um besteirol (ainda bem!!!), mas também não é uma comédia requintada... é um meio termo entre esses dois gêneros... Bom!
Ingenuidade, amadorismo e mal gostos! Tudo isso, e muito mais. O roteiro é uma piada, apesar de um plot que poderia ser muito melhor explorado. Os diálogos parecem tão artificiais e didáticos (em alguns momentos) que às vezes faz ri! Os personagens são caricatos ao extremo e, quase sempre parece que estamos assistindo um monte de atores fingindo que estão brincando de polícia e ladrão! As cenas de ação parecem que foram feitas no quintal de uma casa, sem qualquer ensaio... e a edição, que poderia salvá-las, é tão amadora que somente reforça a baixa qualidade e incapacidade técnica de quem a fez. A trilha sonora é uma piada de mal gosto... nunca vi algo tão inadequado e de mal gosto... às vezes parece que foi feita para alguma novela mexicana ou do SBT. Os traficantes são tão caricatos que fica difícil de acreditar... e a trilha que toca quando aparece pela primeira vez a casa do traficante!!! Tem que ter muita coragem para escolher algo tão de mal gosto! Bom, o que há de bom neste filme? Nada... algumas imagens de Brasília... só! Thiago Lacerda está péssimo que faz rir...
Milton Gonçalves chorando em pronunciamento é caricato!
E o ufanismo caricato!!! Ah, ainda temos uma propaganda institucional das Forças Armadas!!! Tem de ter muita coragem para fazer parte desta produção!!!
Sem dúvida, a produção documentarista favorável à descriminalização dp uso de certas drogas tem feito um trabalho excepcional. Talvez, tecnicamente, esse documentário não traga a beleza estética de "Quebrando o Tabu", mas a opção narrativa e a escolha de buscar o embasamento técnico-acadêmico para sustentar essa tese acabou resultando muito bem. A investigação proposta extrapola as fronteiras do Brasil e vai buscar, também, no exterior algumas respostas para o porquê de se descriminalizar a maconha. Expondo os pontos de vista através de entrevistas muito bem editadas e dinâmicas, contudo, sem perder o conteúdo, além de imagens impactantes. O diretor consegue alcançar seu objetivo. Depois, cabe pensar sobre tudo que foi colocado e analisar se tais considerações representam, de fato, o que mostram. Mas essa é a função de um bom documentário, ou seja, traz a luz um debate. Excelente filme que merece ser assistido...
O roteiro é uma alegoria boba e moralista que, com o desenrolar da trama vai se tornando mais e mais óbvio e cansativo. Não inova em nada e as opções dramatúrgicas são extremamente pobres. Mesmo as boas atuações não conseguem melhorar a qualidade dos diálogos... parece que estamos assistindo algum tipo de "historinha evangelizadora". O Mal tentando corromper o Bem... e a cena do julgamento é uma ofensa aos "filmes de tribunal". Baldwin dirige de modo tão convencional que apenas as tomadas aéreas de Manhattan se destacam. Besteira e perda de tempo!
Acredito que o melhor seja destacar as qualidades deste documentário, pois acaba sendo uma aula. Quando termina, parece que não há lacunas na construção da proposta e a tese defendida está perfeita. E como isso é possível? Porque o documentário foi tão bem construído que não da muito espaço para o espectador pensar enquanto a argumentação vai sendo apresentada. Os elementos presentes no filme também dão tamanha credibilidade à argumentação que o espaço para questionamentos reduz. Temos ex-governantes que reavaliam suas atuações e, hoje, defendem a tese do filme. FHC tem sua tese sustentada por Clinton e Carter, dentre outras lideranças da Europa e América do Sul. Depois, temos a interação com o público suscetível às drogas, quando FHC vai às escolas... na sequência, conhecemos os viciados que se beneficiam da legislação mais liberal de países como a Holanda. E, além dessa construção argumentativa, temos uma bela fotografia e o dinamismo da linguagem criado pelas animações de ótima qualidade. Ah, não poderiam faltar as estatísticas, que temos acesso, mas não sabemos exatamente qual a fonte. Por fim, o argumento de FHC vence! Por fim, é um documentário extremamente bem feito e agradável de assistir, contudo, não apresenta aspectos negativos da legalização das drogas (somente a maconha é defendida a discriminalização), exceto, sutilmente menciona a dificuldade de tratamento no sistema de saúde pública dos viciados. Por fim, vale a pena ser assistido, mas torna-se necessário aprofundar nessa discussão antes de assumir um lado ou outro... o próprio cartaz já é uma obra de arte da publicidade!
Um filme muito bem feito, roteiro bem amarrado e atores equilibrados. Acredito que o aspecto mais importante mesmo seja o roteiro, pois consegue manipular o espectador no intuito de desconstruir a perspectiva de "bom e mau".
No início temos um homem comum - Butler - sofrendo uma violência sem limites. Os espectadores não têm dúvida ao abraçarem sua causa... mas o filme começa a se tornar interessante quando o perfil do personagem de Butler vêm a tona - mesmo que seja de uma maneira meio forçada demais! - e passamos a questionar o que ele fazia. Será que não mereceu o que aconteceu com sua família?
Essa dicotomia que da mais força ao roteiro. Talvez alguns exageros como fechar a cidade abale a qualidade do filme, mas o resultado final acaba sendo bom, pois o personagem de Foxx também passa por um processo de transformação. A direção consegue trabalhar bem com o gênero ação e suspense e isso da um dinamismo interessante ao filme. Por fim, se não é uma obra-prima, peno mesmo é possível dizer que é um filme que se destaca dentre os demais e traz um questionamento interessante acerca da Justiça!
Legal e divertido. Típico roteiro que se repete em muitas animações... superação à rejeição, etc., etc., etc... Mas bem feito e que consegue envolver. Ainda acho que O Galinho Chicken Little seja mais interessante como "animação auto-ajuda" para "os excluídos"!!! Mas as analogias possíveis neste filme também o fazem como algo distinto, seja pela perspectiva do desperdício ou mesmo pelo questionamento acerca do poder e ética! Evidentemente que essas temáticas acabam sendo assessórias na trama, mas interessantes de serem percebidas. Uma animação divertida!
Depois de "O Campeão" e "Rocky" é muito difícil fazer uma filme de box que traga elementos inovadores. Rourke também não é um ator que tenha grandes capacidades dramáticas, pois seus grande filmes se devem aos diretores, como exemplo cabe destacar suas interpretações em "Coração Satânico" e "O Selvagem da Motocicleta"... Suas limitações acabam sendo "o estilo" de seus personagens e em Homeboy estão lá: poucas palavras e linguagem corporal estrita. Os personagens de Rourke quase não se comunicam com palavras e Johnny Walker é assim, mais lacônico impossível. Então, o roteiro aposta nisso para tentar criar alguma coisa, mas não sai nada de novo. Assistimos a uma história requentada, que insere Christopher Walken na trama para "ver se e há algo mais para estender o filme", mas que acaba não agregando nada ao personagem de Rourke. Cenas de luta comuns e de pouca emoção...
Quanto mais temos acesso às histórias que ocorreram no período da ditadura militar, mais há a certeza de que não se pode deixar rever o passado do país. Nesse documentário, extremamente tocante, Flávia Castro vai em busca da história de seu pai. Mas não é uma história como qualquer outra (uma história importante... e não somente porque ele era seu pai!!!), ela retrata um período em que as pessoas viviam por seus ideais e a vida somente teria sentido se fosse assim. A trajetória de Celso (pai) e sua primeira mulher (Sandra) mostra exatamente isso. Depois do AI5 vão para Chile e Argentina prepararem-se para a luta armada. Na busca por essa história, Flávia Castro revisita todos os lugares por onde seus pais viveram e busca refletir sobre suas opções. O mais interessante neste documentário é que o processo de criação do documentário também é discutido, inclusive com o irmão da diretora, que é parte integrante da história. A edição acaba dando o tom do documentário e o transforma em uma obra histórica, mas envolta num sentimento filha-pai. Por fim, a trágica morte do pai de Flávia também acaba sendo objeto de questionamentos. Morto em 1984, em Porto Alegre, num crime que tomou todas as manchetes de jornais e estava envolto com criminosos nazistas, ex-delegado do DOPS e latrocínio. Um documento necessário!
Em certos filmes somos envolvidos de tal maneira pela história que muitos aspectos técnicos acabam sendo deixados de lado. Acredito que esse seja um deles, devido, evidentemente, à interpretação de Bardem. Limitado às expressões faciais, ele conseguiu construir um personagem completo e que transmite uma densidade inquietante. O filme, por si, já aborda um tema que merece ser trazido à tona e não tratado como um tabu. O questionamento acerca do direito de ter controle por sua própria vida é algo que muitas vezes pode cair no "lugar comum" e moralismos baratos, mas aqui não, a direção procura fugir disso e da construção de um dramalhão. O próprio senso de humor do personagem de Bardem contribui para isso. E o filme procura trazer outros pontos de vista sobre a eutanásia, mesmo que a perspectiva de Sampedro seja privilegiada pela narrativa. É um filme que se configura no inverso de O Escafandro e a Borboleta (outro filme magnífico), e que acaba sendo mais que um "filme de ator" para se tornar um "grande filme".
A ironia impera neste filme. Na própria escolha do elenco, Kubrick já brinca com o espectador. É interessante levar em consideração que o filme estreou em 1964, ou seja, dois anos depois da Crise dos Mísseis, então, a perspectiva de fim do mundo através de um enfrentamento nuclear não deixava de ser um perigo real. O roteiro consegue trabalhar com as sutilezas dos absurdos vivenciados pelas duas superpotências, e isso acaba sendo o mais interessante. O filme dua apenas o necessário e cumpre seu papel. A fotografia também merece destaque. Não é o melhor filme de Kubrick, mas um exemplo de quão gênio era este cineasta, pois conseguia trabalhar com diversos gêneros com maestria. O tempo passou e o filme continua tendo um valor que transcende à própria história que conta, pois sua ironia estende-se ao poder.
Não vale nem à pena perder muito tempo com comentários sobre esse filme. Uma grande besteira que se ancora nos efeitos especiais para ganhar vida, pois os atores hollywoodianos não conseguem segurar o filme devido ao roteiro terrivelmente caricato. Na verdade, tem tudo que todos os filmes de catástrofe têm, mas aqui, tudo de baixa qualidade. Ver NY ser destruída não é mais nenhuma novidade, então, se não tiver sido pelos salários, difícil imaginar o que teria levado Connelly e Reeves a aceitarem fazer tais personagens! Muito fraco!
Qual o limite da fé? O que representa a religião? Fé, religião e ética... como se relacionam? Talvez essas sejam as questões mais importantes trazidas pelo filme de Kiziltan. Mesmo que o filme seja ambientado na Turquia e tenhamos uma ordem sufi como objeto, o roteiro se adequaria muito bem a qualquer religião. Daí a amplitude que o filme alcança! Sua universalidade é assustadora! Mas, evidentemente, quando foca a ordem sufi turca a peculiaridade também propicia questionamentos extremamente interessantes. A interpretação de Erkan Can é algo emocionante, ele consegue exprimir o poder que a fé tem de guiar uma vida... e provocar o surgimento de dilemas. O olhar de Can gradualmente vai tomando conta da tela e a percepção de que o desequilíbrio o toma é angustiante. A questão que acaba se impondo é: como ele resolverá isso?! E aí a direção e roteirista se saíram muito bem. A fotografia, que mostra uma Turquia que difere das imagens turísticas também é um destaque. E as cerimônias sufi são potencializadas pelas imagens e som... um filme muito bom!
Harry Brown
3.5 130Em algum lugar da capa do DVD fazia alguma alusão entre este filme e Gran Torino. Acredito que até que seja possível fazer algumas comparações com relação aos personagens e a situação que vivem, mas Gran Torino é muito superior. E isso se explica pela densidade dramática criada por Eastwwod, que o roteiro deste filme não proporciona. Mas Caine, como sempre, consegue dar vida ao seu personagem com muita honestidade, ou seja, ele consegue dar credibilidade ao Harry Brown. Mas o restante da trama é um tanto simples. Temos um aposentado que vive no seu mundo isolado até que uma situação transforma sua vida. Bom essa descrição vale para qualquer roteiro e esse não foge à regra. O diferencial é o ambiente - periferia londrina - e o sotaque! É um filme que consegue criar certo grau de tensão e ação, mas em outros aspectos deixa a desejar. Mesmo o dilema que a instituição Polícia é confrontada não é tão explorado assim. Então, acabamos assistindo um filme que não deveria ser "de ator", se mantendo devido à interpretação de Caine. Talvez, outro ator com menor expressão fizesse com que o filme sequer alcançasse algum destaque. Diferentemente de Gran Torino, que exige a participação de um grande ator, mas tem um história mais interessante e que se sustenta.
Três Vidas e Um Destino
3.5 64Roteiro fraco e que não consegue atrair a atenção para a trama. A relação entre o trio não é tão explorada, a situação de guerra, tampouco e, por fim, temos um drama "que não empolga". Sem conta a obviedade de muitas situações. Theron está mais linda do que nunca, explodindo em sensualidade... o que não ocorre com Cruz, que deveria ter essa função no filme. Townsend está completamente inexpressivo... uma interpretação fraca e tremendamente burocrática. A fotografia e a direção de arte merecem destaque, pois a recriação de época consegue criar o ar aristocrático da burguesia europeia, mas ambienta a Paris sob controle nazista muito bem. É um filme belo, mas com pouco conteúdo e com um história previsível. Não é ruim, é apenas um entretenimento que logo será esquecido.
Rua Santa Fé
4.0 6Típico filme que deixa com um nó na garganta!!! E tudo porque uma geração lutou por ideais e hoje temos pessoas cada vez mais individualistas. Os depoimentos desde documentário são dilacerantes, pois quando Castillo retorna ao Chile para "rever sua história", reencontra pessoas de bairros simples e essas, mesmo diante da perda de filhos, entendem que a luta contra a ditadura não permitia outra opção. O início do documentário não sugere tudo que vem na sequência. Até os trinta minutos, mais ou menos, parece ser algo muito pessoal, mas quando os militantes do MIR passam a integrar a narrativa com mais efetividade o documentário ganha peso. E como os chilenos são politizados!!! Prova disso tivemos, no ano passado, o movimento dos estudantes pelas ruas de Santiago. O mais interessante neste filme que é a diretora tem condições de refletir sobre o que fez e, ao mesmo tempo, militantes do MIR fazem a autocrítica das ações da organização. Temos relatos terríveis sobre a repressão no chile e muitas imagens de arquivo que conseguem fazer com que a história permaneça viva. São tantos os questionamentos feitos no transcorrer do filme (quase três horas) que é necessário rever várias vezes e pensar em tudo que aconteceu no país e o resultado de hoje. Não é um documentário que inove na linguagem, mas consegue prender a atenção porque tem muito boas entrevistas... talvez, se quisesse reduzir uma pouco o tempo do filme, algumas entrevistas poderiam ser suprimidas ou terem seu tempo reduzido, mas mesmo assim, temos um filme sem igual em sua importância histórica não somente para o Chile, mas para toda a América Latina.
Politicamente Incorreto
3.2 14A intenção do filme é muito mais interessante que sua realização. Não é um drama político, tampouco uma comédia... Não que isso seja um problema, mas parece que a direção do próprio Beatty estava mais interessado em "dar uma lição de moral" do que discutir os meandros do poder e, consequentemente, qual o preço para se eleger. Beatty está exagerado em sua caracterização em em alguns momentos e sua direção, evidentemente, não conseguiu resolver o problema. A jornada do personagem de Beatty também não é nada que seja interessante, haja vista a obviedade comprometer o roteiro. Os raps são interessantes, mas só isso... Berry está linda como nunca!!! Mais sensual do que em Mulher Gato (que é a única coisa que salvou no filme!), mas com um papel meio forçado neste filme... o restante, vemos alguns bons atores trabalhando por um roteiro fraco. Enfim, um filme que cansa logo, mas da para suportar até o final.
Muito Além do Cidadão Kane
4.1 344 Assista AgoraEste documentário completa vinte anos em 2013 e acabou se transformando numa lenda. Pro muito tempo apenas ouvi falar dele e de suas denúncias, mas nem cheguei a vê-lo em VHS. Dizia-se que a Rede Globo comprou seus direitos para exibição e comercialização no Brasil... nunca fui atrás para saber se era verdade ou mais uma lenda do famoso documentário. Enfim, depois tive a oportunidade de assistir algumas vezes este filme, mas sempre em cópias muito ruins, contudo, o valor da denúncia sobrepõe às qualidades técnicas. Não é um documentário com produção requintada, tampouco com técnicas que chamem a atenção, é apenas funcional. Mas consegue construir (ou desconstruir) a história recente do Brasil a partir da perspectiva da mídia brasileira. A relação criada entre Marinho e Kane também configura-se numa das melhores sacada do filme. Mas sobre a denúncia, com o passar dos vinte anos, muito que ali está representando já tornou-se público... contudo, a Rede Globo continua norteado "reinando" na comunicação e política. A redemocratização brasileira não afetou a TV de Roberto Marinho e seus sucessores assimilaram a know how necessário para continuarem mantendo uma relação bastante questionável com o Poder. Talvez alguns índices mostrados no documentário, relacionados à década de 1990 tenha melhorado, haja vista ainda não ter sido lançado o Plano Real, mas as telenovelas ainda são a maior diversão dos brasileiros e o Jornal Nacional também permanece "dando a notícia como a entende" e construindo o que deve ser notícia. Talvez esse documentário devesse ser comprado pelo poder público para ser exibido nas escolas, como material didático obrigatório... vou além, o governo deveria contratar Fernando Meirelles para dirigir a continuação... e, como o governo federal continua sendo um dos grande anunciantes da TV Globo, deveria comprar o horário nobre e exibir "Muito Além do Cidadão Kane II - Dinastia". Mas provavelmente isso não ocorrerá e ainda continuaremos tendo de assistir, daqui 10 anos, a mesma cópia de baixa qualidade, mas com informações tão atuais quanto hoje... Foi Roberto Marino, mas deixou a receita para seus herdeiros e os antigos coronéis que governam o país também deixaram seus herdeiros com as mesmas concessões de TV... história requentada e muito atual!
Flor do Deserto
4.2 274Antes de tudo é necessário elogiar a interpretação de Liya Kebede. Ela conseguiu construir uma personagem forte, mas que não perdeu a humanidade. Ingênua em determinados momentos, mas obstinada em todos os demais. Às vezes encontramos com algumas boas personagens no cinema... mas o mais complicado é que essa Waris Dirie não é apenas uma personagem, ela existe! Bom, daí temos que entrar no segundo aspecto muito bom do filme: seu roteiro. Muito bem construído e que foge de possíveis rótulos pré-estabelecidos. Tem drama, certa dose de "aventura", humor e até romance... mas tudo isso equilibrado de modo que guarde o mais importante para o final! Aí entra a direção com sua construção impecável da trama. A edição faz com que o filme não perca o interesse em momento algum e, mesmo que saibamos o que aconteceu com a personagem, espera-se que venha algo mais. E tem! A trajetória de Waris é envolvente e avassaladora, assim como sua beleza. Alguns mais desavisados poderiam pensar que se trata de mais uma história de cinderela, mas proveniente da África... mas não é! E a parte final, muito mais do que ratificar o que já havia sido revelado anteriormente no filme, expõe uma face da violência contra as mulheres somalis. As cenas são duras e difíceis de serem assistidas... o que se vê e o que se imagina se transformam em uma coisa só e é abominável! Um filme que DEVE ser assistido por todos para que não se atribua à religião algumas culpas que não tem, já que possui muitas!!!
Comer Rezar Amar
3.3 2,3K Assista AgoraFico pensando o teria feito este romance alcançar o status de best-seller e tenho dificuldade para entender. Mas, enfim, o filme acabou herdando grande parte dos leitores do filme e parece que conseguiu alcançar seus objetivos também. Mas pensando apenas no filme, a impressão que traz inicialmente é de que o diretor fez um "filme correto". Temos um roteiro explicativo, com personagens que buscam cativar e uma história que poderia ser classificada como de
superação e busca individual, ou seja, bem ao estilo "auto-ajuda".
No Tempo das Borboletas
3.9 21 Assista AgoraO filme acaba sendo mais interessante pela proposta histórica do que, efetivamente, pelo caráter técnico-artístico. Uma narrativa clássica, sem grande novidades e que prejudica quem já conhece a história. Com relação às personagens, em alguns momentos parecem um tanto artificiais, tem-se a impressão de que "estão brincando de revolução". Mas acredito que grande parte deste problema esteja relacionado ao roteiro, que é muito fragmentado (quase toda hora temo um fade) e tira a unidade da trama. às vezes tem-se a impressão de que é um telefilme, devido à simplicidade da produção. Por fim, temos uma boa proposta de filme, mas que tem apenas alguns momentos interessantes, o restante é mediano. Contudo, por ser um filme curto, cumpre parcialmente sua proposta.
Detona Ralph
3.9 2,6K Assista AgoraSurpreendente! A simplicidade da trama é potencializada ao máximo com o carisma dos personagens e a originalidade de onde é ambientada. Com isso, além de tecnicamente ser impecável, temos um filme muito agradável. De resto, evidentemente, tem todos os elementos didático-dramáticos, ou seja, uma lição de moral! Mas está bem construída e não faz com que os espectadores sintam-se idiotizados... Há também uma certa nostalgia com relação àqueles que gostam de vídeo game... Como ressuscitar a infância dos antigos frequentadores de fliperamas... Assim, acaba agradando a todas as gerações... De fato, um filme que tem tudo e de modo bem equilibrado, o que faz com que o resultado final seja muito bom... até os créditos finais!
Ruas de Sangue
2.4 36 Assista AgoraO que me atraiu a este filme foi sua ambientação. Talvez o que atrai a todos os desavisados! Mas o filme é bem fraco. Fora este aspecto "denúncia" que a direção propõe, o restante é tudo um filme convencional de policiais e corrupção. É difícil trazer variações que possam incluir algo ao gênero, então, muitas vezes o melhor a fazer é criar personagens mais interessantes que a trama... mas esse não é o caso. Kilmer não está muito bem e como a trama é centrada nela, acaba se esvaziando no transcorrer do filme. Stone está no filme apenas para expor sua beleza, mas não tem oportunidade de desenvolver seu personagem, pois praticamente não sai da sala de entrevistas. As cenas de ação e tiroteio são boas, mas nada que mereça destaque, apenas funcionais... Uma dose de sentimentalismo barato em algumas cenas, mas nada que seja sustentado pelo roteiro... Talvez as melhores cenas sejam as que entram com os créditos finais, pois fecham o ciclo das denúncias que estava proposta no início. Passa tempo... para quem tiver algum para perder!
Alex Rider Contra o Tempo
2.3 117 Assista AgoraFilme sem graça, um 007 teen, mas que acrescenta bem pouco. Essa ausência de qualquer tipo de inovação e carisma de Pettyfer faz com que o filme fique arrastado, haja vista Rourke não ajudar muito. McGregor talvez apareça na tentativa de angariar um público extra, mas seu personagem é simplório demais. Alicia Silverstone está um pastiche de si... faz muito tempo que deixou de ser a Patricinha de Beverly Hills e não encontrou um papel que fosse adequado... enfim, um filme muito fraco e pueril, roteiro requentado inúmeras vezes e Bill Nighy mais caricato do que nunca... perda de tempo!
Os Penetras
2.6 1,1KO filme é bom porque Andrucha Waddington conseguiu dar equilíbrio a uma trama e conter a verve cômica de alguns atores. Tecnicamente também é um filme muito bem acabado, como são todos de Waddington. Também, o filme busca potencializar as situações cômicas a deixar com que Adinet tenha de "fazer o seu show". Aí encontramos o equilíbrio que faz com que esta comédia seja muito melhor do que muitas outras que o cinema nacional tem produzido. Até a interpretação carregada de Sterblich consegue se encaixar nesta estrutura narrativa. Então, com um bom elenco coadjuvante, roteiro bem amarrado e direção inspirada, o resultado acaba sendo uma hora e meia divertida!!! Não é um besteirol (ainda bem!!!), mas também não é uma comédia requintada... é um meio termo entre esses dois gêneros... Bom!
Segurança Nacional
1.7 218Ingenuidade, amadorismo e mal gostos! Tudo isso, e muito mais. O roteiro é uma piada, apesar de um plot que poderia ser muito melhor explorado. Os diálogos parecem tão artificiais e didáticos (em alguns momentos) que às vezes faz ri! Os personagens são caricatos ao extremo e, quase sempre parece que estamos assistindo um monte de atores fingindo que estão brincando de polícia e ladrão! As cenas de ação parecem que foram feitas no quintal de uma casa, sem qualquer ensaio... e a edição, que poderia salvá-las, é tão amadora que somente reforça a baixa qualidade e incapacidade técnica de quem a fez. A trilha sonora é uma piada de mal gosto... nunca vi algo tão inadequado e de mal gosto... às vezes parece que foi feita para alguma novela mexicana ou do SBT. Os traficantes são tão caricatos que fica difícil de acreditar... e a trilha que toca quando aparece pela primeira vez a casa do traficante!!! Tem que ter muita coragem para escolher algo tão de mal gosto! Bom, o que há de bom neste filme? Nada... algumas imagens de Brasília... só! Thiago Lacerda está péssimo que faz rir...
Milton Gonçalves chorando em pronunciamento é caricato!
Cortina de Fumaça
4.4 124Sem dúvida, a produção documentarista favorável à descriminalização dp uso de certas drogas tem feito um trabalho excepcional. Talvez, tecnicamente, esse documentário não traga a beleza estética de "Quebrando o Tabu", mas a opção narrativa e a escolha de buscar o embasamento técnico-acadêmico para sustentar essa tese acabou resultando muito bem. A investigação proposta extrapola as fronteiras do Brasil e vai buscar, também, no exterior algumas respostas para o porquê de se descriminalizar a maconha. Expondo os pontos de vista através de entrevistas muito bem editadas e dinâmicas, contudo, sem perder o conteúdo, além de imagens impactantes. O diretor consegue alcançar seu objetivo. Depois, cabe pensar sobre tudo que foi colocado e analisar se tais considerações representam, de fato, o que mostram. Mas essa é a função de um bom documentário, ou seja, traz a luz um debate. Excelente filme que merece ser assistido...
O Julgamento do Diabo
2.8 136O roteiro é uma alegoria boba e moralista que, com o desenrolar da trama vai se tornando mais e mais óbvio e cansativo. Não inova em nada e as opções dramatúrgicas são extremamente pobres. Mesmo as boas atuações não conseguem melhorar a qualidade dos diálogos... parece que estamos assistindo algum tipo de "historinha evangelizadora". O Mal tentando corromper o Bem... e a cena do julgamento é uma ofensa aos "filmes de tribunal". Baldwin dirige de modo tão convencional que apenas as tomadas aéreas de Manhattan se destacam. Besteira e perda de tempo!
Quebrando o Tabu
4.0 255Acredito que o melhor seja destacar as qualidades deste documentário, pois acaba sendo uma aula. Quando termina, parece que não há lacunas na construção da proposta e a tese defendida está perfeita. E como isso é possível? Porque o documentário foi tão bem construído que não da muito espaço para o espectador pensar enquanto a argumentação vai sendo apresentada. Os elementos presentes no filme também dão tamanha credibilidade à argumentação que o espaço para questionamentos reduz. Temos ex-governantes que reavaliam suas atuações e, hoje, defendem a tese do filme. FHC tem sua tese sustentada por Clinton e Carter, dentre outras lideranças da Europa e América do Sul. Depois, temos a interação com o público suscetível às drogas, quando FHC vai às escolas... na sequência, conhecemos os viciados que se beneficiam da legislação mais liberal de países como a Holanda. E, além dessa construção argumentativa, temos uma bela fotografia e o dinamismo da linguagem criado pelas animações de ótima qualidade. Ah, não poderiam faltar as estatísticas, que temos acesso, mas não sabemos exatamente qual a fonte. Por fim, o argumento de FHC vence! Por fim, é um documentário extremamente bem feito e agradável de assistir, contudo, não apresenta aspectos negativos da legalização das drogas (somente a maconha é defendida a discriminalização), exceto, sutilmente menciona a dificuldade de tratamento no sistema de saúde pública dos viciados. Por fim, vale a pena ser assistido, mas torna-se necessário aprofundar nessa discussão antes de assumir um lado ou outro... o próprio cartaz já é uma obra de arte da publicidade!
Código de Conduta
4.0 1,8K Assista AgoraUm filme muito bem feito, roteiro bem amarrado e atores equilibrados. Acredito que o aspecto mais importante mesmo seja o roteiro, pois consegue manipular o espectador no intuito de desconstruir a perspectiva de "bom e mau".
No início temos um homem comum - Butler - sofrendo uma violência sem limites. Os espectadores não têm dúvida ao abraçarem sua causa... mas o filme começa a se tornar interessante quando o perfil do personagem de Butler vêm a tona - mesmo que seja de uma maneira meio forçada demais! - e passamos a questionar o que ele fazia. Será que não mereceu o que aconteceu com sua família?
Tá Chovendo Hambúrguer
3.3 830 Assista AgoraLegal e divertido. Típico roteiro que se repete em muitas animações... superação à rejeição, etc., etc., etc... Mas bem feito e que consegue envolver. Ainda acho que O Galinho Chicken Little seja mais interessante como "animação auto-ajuda" para "os excluídos"!!! Mas as analogias possíveis neste filme também o fazem como algo distinto, seja pela perspectiva do desperdício ou mesmo pelo questionamento acerca do poder e ética! Evidentemente que essas temáticas acabam sendo assessórias na trama, mas interessantes de serem percebidas. Uma animação divertida!
Chance de Vencer
3.0 15 Assista AgoraDepois de "O Campeão" e "Rocky" é muito difícil fazer uma filme de box que traga elementos inovadores. Rourke também não é um ator que tenha grandes capacidades dramáticas, pois seus grande filmes se devem aos diretores, como exemplo cabe destacar suas interpretações em "Coração Satânico" e "O Selvagem da Motocicleta"... Suas limitações acabam sendo "o estilo" de seus personagens e em Homeboy estão lá: poucas palavras e linguagem corporal estrita. Os personagens de Rourke quase não se comunicam com palavras e Johnny Walker é assim, mais lacônico impossível. Então, o roteiro aposta nisso para tentar criar alguma coisa, mas não sai nada de novo. Assistimos a uma história requentada, que insere Christopher Walken na trama para "ver se e há algo mais para estender o filme", mas que acaba não agregando nada ao personagem de Rourke. Cenas de luta comuns e de pouca emoção...
e uma chuva que nunca tinha visto em ringue...
Diário de uma Busca
3.7 22 Assista AgoraQuanto mais temos acesso às histórias que ocorreram no período da ditadura militar, mais há a certeza de que não se pode deixar rever o passado do país. Nesse documentário, extremamente tocante, Flávia Castro vai em busca da história de seu pai. Mas não é uma história como qualquer outra (uma história importante... e não somente porque ele era seu pai!!!), ela retrata um período em que as pessoas viviam por seus ideais e a vida somente teria sentido se fosse assim. A trajetória de Celso (pai) e sua primeira mulher (Sandra) mostra exatamente isso. Depois do AI5 vão para Chile e Argentina prepararem-se para a luta armada. Na busca por essa história, Flávia Castro revisita todos os lugares por onde seus pais viveram e busca refletir sobre suas opções. O mais interessante neste documentário é que o processo de criação do documentário também é discutido, inclusive com o irmão da diretora, que é parte integrante da história. A edição acaba dando o tom do documentário e o transforma em uma obra histórica, mas envolta num sentimento filha-pai. Por fim, a trágica morte do pai de Flávia também acaba sendo objeto de questionamentos. Morto em 1984, em Porto Alegre, num crime que tomou todas as manchetes de jornais e estava envolto com criminosos nazistas, ex-delegado do DOPS e latrocínio. Um documento necessário!
Mar Adentro
4.2 607Em certos filmes somos envolvidos de tal maneira pela história que muitos aspectos técnicos acabam sendo deixados de lado. Acredito que esse seja um deles, devido, evidentemente, à interpretação de Bardem. Limitado às expressões faciais, ele conseguiu construir um personagem completo e que transmite uma densidade inquietante. O filme, por si, já aborda um tema que merece ser trazido à tona e não tratado como um tabu. O questionamento acerca do direito de ter controle por sua própria vida é algo que muitas vezes pode cair no "lugar comum" e moralismos baratos, mas aqui não, a direção procura fugir disso e da construção de um dramalhão. O próprio senso de humor do personagem de Bardem contribui para isso. E o filme procura trazer outros pontos de vista sobre a eutanásia, mesmo que a perspectiva de Sampedro seja privilegiada pela narrativa. É um filme que se configura no inverso de O Escafandro e a Borboleta (outro filme magnífico), e que acaba sendo mais que um "filme de ator" para se tornar um "grande filme".
Dr. Fantástico
4.2 665 Assista AgoraA ironia impera neste filme. Na própria escolha do elenco, Kubrick já brinca com o espectador. É interessante levar em consideração que o filme estreou em 1964, ou seja, dois anos depois da Crise dos Mísseis, então, a perspectiva de fim do mundo através de um enfrentamento nuclear não deixava de ser um perigo real. O roteiro consegue trabalhar com as sutilezas dos absurdos vivenciados pelas duas superpotências, e isso acaba sendo o mais interessante. O filme dua apenas o necessário e cumpre seu papel. A fotografia também merece destaque. Não é o melhor filme de Kubrick, mas um exemplo de quão gênio era este cineasta, pois conseguia trabalhar com diversos gêneros com maestria. O tempo passou e o filme continua tendo um valor que transcende à própria história que conta, pois sua ironia estende-se ao poder.
O Dia em que a Terra Parou
2.7 784 Assista AgoraNão vale nem à pena perder muito tempo com comentários sobre esse filme. Uma grande besteira que se ancora nos efeitos especiais para ganhar vida, pois os atores hollywoodianos não conseguem segurar o filme devido ao roteiro terrivelmente caricato. Na verdade, tem tudo que todos os filmes de catástrofe têm, mas aqui, tudo de baixa qualidade. Ver NY ser destruída não é mais nenhuma novidade, então, se não tiver sido pelos salários, difícil imaginar o que teria levado Connelly e Reeves a aceitarem fazer tais personagens! Muito fraco!
Takva: Fuga de Deus
3.4 9Qual o limite da fé? O que representa a religião? Fé, religião e ética... como se relacionam? Talvez essas sejam as questões mais importantes trazidas pelo filme de Kiziltan. Mesmo que o filme seja ambientado na Turquia e tenhamos uma ordem sufi como objeto, o roteiro se adequaria muito bem a qualquer religião. Daí a amplitude que o filme alcança! Sua universalidade é assustadora! Mas, evidentemente, quando foca a ordem sufi turca a peculiaridade também propicia questionamentos extremamente interessantes. A interpretação de Erkan Can é algo emocionante, ele consegue exprimir o poder que a fé tem de guiar uma vida... e provocar o surgimento de dilemas. O olhar de Can gradualmente vai tomando conta da tela e a percepção de que o desequilíbrio o toma é angustiante. A questão que acaba se impondo é: como ele resolverá isso?! E aí a direção e roteirista se saíram muito bem. A fotografia, que mostra uma Turquia que difere das imagens turísticas também é um destaque. E as cerimônias sufi são potencializadas pelas imagens e som... um filme muito bom!