Fraco, arrastado e cansativo. A temática, sem dúvida, é de importância ímpar, no entanto, a proposta deste documentário torna tudo muito enfadonho. A direção é equivocada e perde tempo com coisas que não contribuem para uma discussão mais profunda sobre o tema. A escolha das personagens que ditam a narrativa do documentário talvez seja equivocada, se considerarmos o tempo que são expostas e a ausência de fatos relevantes que tragam novidades à discussão. Por vezes a direção lança mão de uma trilha sonora melodramática para tentar fortalecer o sentimento de exclusão que as crianças vivem ou os pais de algumas vítimas. Não é um recurso proibido, mas utilizado quando algo não está como deveria, e, neste caso, a dramaticidade é pouca. Enfim, um documentário que deixa muito a desejar e tem certas peculiaridades que tiram a universalidade do tema abordado. Tecnicamente fraco!
Simplesmente uma das maiores porcarias que já assisti. Começa com uma proposta construtivista e até certo ponto arrogante, mas consegue, sequer, mantê-la. Os personagens são caricatos e unidimensionais, o roteiro é maniqueísta e a direção não sabe exatamente que tipo de filme está fazendo. O roteiro se esvazia por si, uma vez que não define o que propõe de modo que envolva o espectador. Os atores são muito fracos e optam por "fazer caras e bocas" ao invés de construir personagens. Em muitos momentos parece a Oficina da Globo quando lança os atores para sua primeira temporada em Malhação. Os efeitos especiais são tocos e os cenários construídos lembram filmes da década de 50 ou 60, quando ainda não havia tanta tecnologia. Mas não exatamente pela precariedade dos efeitos, mas por sua pobreza. Neste filme é perceptível que os efeitos digitais estão presentes, mas não há interatividade com os personagens. Os cenários parece que foram criados apenas para serem admirados, como se fossem uma pintura ou fotografia. Então, perdem a razão de existir. Bom, mas quando se espera que nada pode piorar, a saída para tudo aquilo que estava acontecendo com os jovens formandos parece uma piada estúpida e sem graça. Acredito que o roteirista tenha ficado cansado de pensar e disse: "Vou escrever qualquer coisa para só terminar o filme." E o pior é que ficou "qualquer coisa" mesmo, e a pior e mais idiota "coisa" que poderiam escolher. É vergonhoso ver a cena entre o professor e a aluna. Não vou me estender para não trazer spoilers, mas este foi dos filmes mais difíceis de chegar ao final que me lembro. Pura perda de tempo... até o título em português é uma enganação!!! Fica o aviso!
De beleza sem igual... triste e melancólico. Solidão pós-moderna! Phoenix conseguiu encontrar a dose certa para criar seu personagem... uma relação sem igual com um S.O. parece ser a coisa mais normal do mundo graças ao roteiro muito bem elaborado e denso em emoções. Trilha sonora impecável e fotografia bela pela simplicidade... Emocionante e simples!
Clima trash, mas até este gênero pode ser sem qualidade... este é um exemplo. Tudo é muito fake e prejudica o desenvolvimento da trama. Uma promessa que não se concretiza... somente o tom erótico que tem alguma qualidade, mas pouca....
Uma grande besteira com boas intenções. Fotografia e direção de arte impecáveis, mas a história é tão frágil que incomoda. Um romance que não envolve e uma trama que chega a ser banal. Não há um romance, de fato. Pode-se até dizer que há uma analogia entre as relações sociais, mas mesmo assim é muito fraco no filme. Sem um bom roteiro, apenas uma ideia interessante, a direção teve de optar por fazer uma das fotografia mais belas que já vi. Bons atores, mas sem condições para desenvolverem papeis interessantes... um casal que não inspira a paixão que deveria. Não é um filme nem para fãs.
Uma Bela da Tarde teen... fazer esta relação é inevitável, seja pelo cenário parisiense ou mesmo pela beleza das duas atrizes em fases distintas da vida. Neste Jeune et Joli, Vacth consegue impor uma beleza enigmática e sedutora... às vezes um tanto triste, mas excitante assim mesmo. Os personagens coadjuvantes são muito bons e conseguem construir o mundo "perfeito" de Isabelle, que não a satisfaz e, por isso, a prostituição acaba sendo uma válvula de escape. Muito parecido com a Bela da Tarde mesmo, mas inferior... Em alguns momentos, que poderiam transformar o filme em uma lição de moral, a direção consegue reverter a situação e propõe uma abordagem mais interessante. Seja na relação entre os irmãos ou mesmo entre os amigos, o roteiro propõe uma perspectiva distinta e até certo ponto fugindo de um moralismo... Tecnicamente é um filme correto, sem aposta em fotografia, mas dando forte ênfase à trilha sonora. Vale muito à pena assistir!
Interessante, um filme ao estilo Oliver Stone, mas sem grandes polêmicas. Bela fotografia e muito boas interpretações. É um filme que acaba se tornando hermético para quem não conhece bem a história brasileira, pois não há a preocupação didática (e isso é muito bom) em explicar determinadas situações. O roteiro é bem construído, pois apesar de todos saberem como o filme vai acabar, consegue manter a tensão. Ao centrar a trama em Vargas, mais do que ocorria politicamente fora do palácio, acabamos tendo uma visão mais do homem do que do presidente. Belo filme, mas que proporciona um amplo debate sobre cada aspecto mostrado!
Boa interpretação, mas a linguagem televisiva enfraquece o filme. Tem um ritmo que prejudica a narrativa e perde a dramaticidade. O que poderia ser um grande filme acaba sendo algo que mistura novela com seriado. Uma personalidade como Giuliani poderia ter tido um filme de qualidade!
Emocionante. Os personagens são incrivelmente bem construídos e fazem com que nos envolvamos completamente. O filme não tem nada de novo e tecnicamente é de uma simplicidade sem igual, mas os personagens são tão cativantes que não há necessidade de mais nada. Um dos grandes personagens de Depp.
Filme de ação policial sem novidade e com personagens convencionais. Trama mais do que banal, uma vez que não traz nada de novo e mesmo as cenas de ação são repetidas. Filme médio para passar o tempo.
Muito melhor que o anterior, com um roteiro mais consistente e o elenco mais à vontade. Um belo filme da franquia com a tecnologia trabalhando a favor da trama.
Bonito, tocante e angustiante. Ao mesmo tempo em que as coisas que Estamira diz são hipnotizantes, a situação que ela vive é deprimente. Conforme aprofundamos em sua trajetória de vida, mas angustiante o documentário fica. Uma fotografia que alterna p&b e cor e imprime uma beleza distinta à narrativa. Talvez o "único problema" seja o tempo, a narrativa não alterna muito e em alguns momentos torna-se repetitiva, então, se fosse mais curto seria ideal. Mas vale a pena assistir e refletir sobre esta Estamira.
Muito bonito... sensível e tocante. Um elenco bastante inspirado com personagens consistentes e densos. A trama é angustiante. Um romance completamente fora do contexto, mas que ganha uma intensidade envolvente. Uma fotografia simples, mas que consegue transmitir as fases do relacionamento do casal. Vale assistir este filme e depois Um Método Perigoso...
Meio cansativo e quase "com lição de moral". A estrutura narrativa do filme poderia ser interessante, mas parece que a edição não consegue dar ritmo à trama. O ator que faz o professor paquistanês é muito fraco e cansativo, quase inexpressivo. Os coadjuvantes estão bem, mas um tanto caricatos. Enfim, um roteiro previsível e cansativo. Uma direção sem criatividade.
Um filme "bem feitinho", mas que lembra a fórmula de A Dama de Ferro. Watts consegue fazer uma Diana contida e bela. Roteiro e direção preferem optar por contar a história sem inovar. Não é um filme marcante, mas uma cinebio bonitinha...
Muito fraco, fraco mesmo. Roteiro extremamente pobre que se esconde nos efeitos da linguagem virtual. Muitas tramas superficiais que se transformam em algo sem profundidade e interesse. Tecnicamente bonitinho, mas perda de tempo... infelizmente, pois a série era muito bom e tinha tramas com densidade. Melhor que quiser fazer filmes para adolescentes assistir As Melhores Coisas do Mundo, esse sim, perfeito!
Um filme tradicional, com uma narrativa linear, mas de beleza ímpar! Uma direção muito cuidadosa e que prima pelos detalhes de produção na reconstituição de época, seja nos EUA ou na Rússia. Também consegue transformar um tema bastante delicado para os EUA numa trama acessível, interessante e agradável. De certo modo, é possível perceber as dificuldades que o pensamento socialista teve para se difundir nos EUA, principalmente depois da Revolução Russa. Beatty também interpreta com grande maestria, talvez somente menor do que sua direção. É um filme logo, mas que todos os momentos são justificáveis pela necessidade de entender os meandros do poder na URSS e nos sindicatos que surgiam na época, os EUA, tentando se alinhar ao pensamento socialista. Um filme necessário!
Um filme de Luhrmann, sem dúvida. Como pouco diretores, ele tem um estilo muito particular e quando tem em mãos um roteiro que lhe dá possibilidades, o transforma num grande show. Mas isso não é reducionismo do estilo deste diretor, pois já dirigiu belos filmes, no entanto, em Gatsby o show ficou maior que a trama. Parece que a direção se encantou com as possibilidades e quando percebeu estava criando um show. Alguns poderiam dizer que a casa de Gatsby requeria este show e o que Luhrmann fez foi apenas potencializar o sentimento que ele detinha Daisy... é possível, mas ganha uma dimensão incrível no filme. Mas temos outra característica de Luhrmann que é imbatível, o aspecto visual de seus filmes... a fotografia de Gatsby é uma obra de arte, tudo é belo e encantador. Mas quem acaba roubando a cena é Tobey Maguire. Ele consegue construir um personagem denso e ao mesmo tempo envolvido pelo que Gatsby representa. Dá coerência a ele e se transforma no fio condutor da trama, conforme o roteiro propõe. É um filme esteticamente impecável, contudo, que esconde um roteiro enfraquecido...
Este me parece ser o filme do gênero "simpático". O roteiro é simples e aposta parte nos gêneros roadmovie e drama. A premissa trágica também está presente em qualquer telefilme, mas de repente temos a entrada do personagem de Keitel que transforma tudo. Não é sua interpretação mais importante, mas neste filme ele impõe tanta "verdade" em seu Elvis que somos questionados a todos momento sobre quem é este homem. Mérito para a direção que consegue preservar este clima e o revive quando a trama está entrando para o caminho da convencionalidade. Fonda traz apenas sua beleza... o que de fato não é "apenas", pois ela é linda e ainda mais como Marylin, o mito que todo homem gostaria de beijar, como ela mesma diz! Schaech não ajuda muito, mas a direção consegue fazer com que ele não comprometa a trama. Por fim, mesmo para os não-fãs de Elvis o filme se torna um grande atrativo!
Romantismos à parte, o filme proporciona um recorte dos momentos finais da dominação estadunidense a Cuba. A Havana Pollack encontra a velha burguesia local que estava totalmente ligada aos interesses estadunidenses e aceitava a corrupção como uma instituição nacional e, ao mesmo tempo, revolucionários que gradualmente conquistavam o poder. O recorte temporal de Pollack é perfeito e, para problematizar este momento, o personagem de Redford entra com cinismo e sem qualquer idealismo. O caráter do personagem de Redford serve exatamente para que a ilha seja apresentada ao espectador durante este processo. Ao mesmo tempo em que os turistas buscam todo o tipo de prazeres, há uma população politizada que se articula para fazer a revolução. O filme não chega a ser didático, pois Pollack tem o cuidado de compor muito bem as cenas. Também não se posiciona objetivamente, apesar de apresentar a crítica sobre a atuação estadunidense no país. Um filme interessante!
Temos um típico filme "datado". E não é apenas pela proposta do roteiro, que aprofunda na discussão do sindicalismo de modo bastante interessante, mas porque sua fotografia é típica de quando foi produzido. Não temos grandes imagens, tampouco cenas marcantes, trata-se de um filme que pretende discutir um tema e ir a fundo neste processo. É quase uma discussão sociológica, mas com a necessidade de não se aprofundar tanto porque pretende ser rentável. Temos um atriz que se sai muito bem como a líder sindicalista conscientizada. Também muitas das vertentes do sindicalismo são apresentadas no transcorrer da trama, daí ser "didático". Falta um roteiro mais interessante e que provoque o espectador além de tentar ensiná-lo. Por isso acaba perdendo a força com o transcorrer do tempo, mas tem a qualidade de trazer o debate para o grande cinema!
Não é o gênero de filme de Costa-Gravas que prefiro, acredito que suas obras com teor político são infinitamente maiores. Apesar de encontrarmos uma crítica político-econômica neste filme, sua característica melhor está na ruptura com a linguagem figurada e transformação dela em fato. Muitas vezes o mundo corporativo utiliza uma linguagem de guerra - inclusive adaptando "O Príncipe" e a "A Arte da Guerra" para esta área - no sentido figurado, mas ela é travada realmente. O que Costa-Gravas fez foi levar isso ao limite... e funcionou. Mas o filme é longo e acaba se tornando cansativo a partir do momento em que não traz novidades para a trama. Evidentemente que esta é uma falha de roteiro. Mas o restante não tem a genialidade dese diretor, é tudo muito burocrático e a ironia da situação poucas vezes consegue empolga o espectador. Acaba sendo um bom filme como experimento, mas nada mais do que isso!
Bullying
4.2 112Fraco, arrastado e cansativo. A temática, sem dúvida, é de importância ímpar, no entanto, a proposta deste documentário torna tudo muito enfadonho. A direção é equivocada e perde tempo com coisas que não contribuem para uma discussão mais profunda sobre o tema. A escolha das personagens que ditam a narrativa do documentário talvez seja equivocada, se considerarmos o tempo que são expostas e a ausência de fatos relevantes que tragam novidades à discussão. Por vezes a direção lança mão de uma trilha sonora melodramática para tentar fortalecer o sentimento de exclusão que as crianças vivem ou os pais de algumas vítimas. Não é um recurso proibido, mas utilizado quando algo não está como deveria, e, neste caso, a dramaticidade é pouca. Enfim, um documentário que deixa muito a desejar e tem certas peculiaridades que tiram a universalidade do tema abordado. Tecnicamente fraco!
Jogos do Apocalipse
3.1 208 Assista AgoraSimplesmente uma das maiores porcarias que já assisti. Começa com uma proposta construtivista e até certo ponto arrogante, mas consegue, sequer, mantê-la. Os personagens são caricatos e unidimensionais, o roteiro é maniqueísta e a direção não sabe exatamente que tipo de filme está fazendo. O roteiro se esvazia por si, uma vez que não define o que propõe de modo que envolva o espectador. Os atores são muito fracos e optam por "fazer caras e bocas" ao invés de construir personagens. Em muitos momentos parece a Oficina da Globo quando lança os atores para sua primeira temporada em Malhação. Os efeitos especiais são tocos e os cenários construídos lembram filmes da década de 50 ou 60, quando ainda não havia tanta tecnologia. Mas não exatamente pela precariedade dos efeitos, mas por sua pobreza. Neste filme é perceptível que os efeitos digitais estão presentes, mas não há interatividade com os personagens. Os cenários parece que foram criados apenas para serem admirados, como se fossem uma pintura ou fotografia. Então, perdem a razão de existir. Bom, mas quando se espera que nada pode piorar, a saída para tudo aquilo que estava acontecendo com os jovens formandos parece uma piada estúpida e sem graça. Acredito que o roteirista tenha ficado cansado de pensar e disse: "Vou escrever qualquer coisa para só terminar o filme." E o pior é que ficou "qualquer coisa" mesmo, e a pior e mais idiota "coisa" que poderiam escolher. É vergonhoso ver a cena entre o professor e a aluna. Não vou me estender para não trazer spoilers, mas este foi dos filmes mais difíceis de chegar ao final que me lembro. Pura perda de tempo... até o título em português é uma enganação!!! Fica o aviso!
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraDe beleza sem igual... triste e melancólico. Solidão pós-moderna! Phoenix conseguiu encontrar a dose certa para criar seu personagem... uma relação sem igual com um S.O. parece ser a coisa mais normal do mundo graças ao roteiro muito bem elaborado e denso em emoções. Trilha sonora impecável e fotografia bela pela simplicidade... Emocionante e simples!
A Enfermeira Assassina
2.5 209 Assista AgoraClima trash, mas até este gênero pode ser sem qualidade... este é um exemplo. Tudo é muito fake e prejudica o desenvolvimento da trama. Uma promessa que não se concretiza... somente o tom erótico que tem alguma qualidade, mas pouca....
Trem Noturno para Lisboa
3.7 258 Assista AgoraBelo, tocante e com tudo que uma vida precisa ter para ter valido à pena! Um roteiro perfeito e interpretações irretocáveis!!!
Mundos Opostos
3.4 611 Assista AgoraUma grande besteira com boas intenções. Fotografia e direção de arte impecáveis, mas a história é tão frágil que incomoda. Um romance que não envolve e uma trama que chega a ser banal. Não há um romance, de fato. Pode-se até dizer que há uma analogia entre as relações sociais, mas mesmo assim é muito fraco no filme. Sem um bom roteiro, apenas uma ideia interessante, a direção teve de optar por fazer uma das fotografia mais belas que já vi. Bons atores, mas sem condições para desenvolverem papeis interessantes... um casal que não inspira a paixão que deveria. Não é um filme nem para fãs.
Jovem e Bela
3.4 477 Assista AgoraUma Bela da Tarde teen... fazer esta relação é inevitável, seja pelo cenário parisiense ou mesmo pela beleza das duas atrizes em fases distintas da vida. Neste Jeune et Joli, Vacth consegue impor uma beleza enigmática e sedutora... às vezes um tanto triste, mas excitante assim mesmo. Os personagens coadjuvantes são muito bons e conseguem construir o mundo "perfeito" de Isabelle, que não a satisfaz e, por isso, a prostituição acaba sendo uma válvula de escape. Muito parecido com a Bela da Tarde mesmo, mas inferior... Em alguns momentos, que poderiam transformar o filme em uma lição de moral, a direção consegue reverter a situação e propõe uma abordagem mais interessante. Seja na relação entre os irmãos ou mesmo entre os amigos, o roteiro propõe uma perspectiva distinta e até certo ponto fugindo de um moralismo... Tecnicamente é um filme correto, sem aposta em fotografia, mas dando forte ênfase à trilha sonora. Vale muito à pena assistir!
Memorial Day - Lembranças de Uma Guerra
3.2 21Propaganda melodramática sem muito valor. Nada de novo, tudo de novo outra vez!
Getúlio
3.1 383 Assista AgoraInteressante, um filme ao estilo Oliver Stone, mas sem grandes polêmicas. Bela fotografia e muito boas interpretações. É um filme que acaba se tornando hermético para quem não conhece bem a história brasileira, pois não há a preocupação didática (e isso é muito bom) em explicar determinadas situações. O roteiro é bem construído, pois apesar de todos saberem como o filme vai acabar, consegue manter a tensão. Ao centrar a trama em Vargas, mais do que ocorria politicamente fora do palácio, acabamos tendo uma visão mais do homem do que do presidente. Belo filme, mas que proporciona um amplo debate sobre cada aspecto mostrado!
Rudy - A História de Rudolph Giuliani
3.0 2Boa interpretação, mas a linguagem televisiva enfraquece o filme. Tem um ritmo que prejudica a narrativa e perde a dramaticidade. O que poderia ser um grande filme acaba sendo algo que mistura novela com seriado. Uma personalidade como Giuliani poderia ter tido um filme de qualidade!
Benny & Joon: Corações em Conflito
4.2 318 Assista AgoraEmocionante. Os personagens são incrivelmente bem construídos e fazem com que nos envolvamos completamente. O filme não tem nada de novo e tecnicamente é de uma simplicidade sem igual, mas os personagens são tão cativantes que não há necessidade de mais nada. Um dos grandes personagens de Depp.
A Sombra do Inimigo
2.7 238 Assista AgoraFilme de ação policial sem novidade e com personagens convencionais. Trama mais do que banal, uma vez que não traz nada de novo e mesmo as cenas de ação são repetidas. Filme médio para passar o tempo.
Além da Escuridão: Star Trek
4.0 1,4K Assista AgoraMuito melhor que o anterior, com um roteiro mais consistente e o elenco mais à vontade. Um belo filme da franquia com a tecnologia trabalhando a favor da trama.
Estamira
4.3 375 Assista AgoraBonito, tocante e angustiante. Ao mesmo tempo em que as coisas que Estamira diz são hipnotizantes, a situação que ela vive é deprimente. Conforme aprofundamos em sua trajetória de vida, mas angustiante o documentário fica. Uma fotografia que alterna p&b e cor e imprime uma beleza distinta à narrativa. Talvez o "único problema" seja o tempo, a narrativa não alterna muito e em alguns momentos torna-se repetitiva, então, se fosse mais curto seria ideal. Mas vale a pena assistir e refletir sobre esta Estamira.
Jornada da Alma
3.9 105Muito bonito... sensível e tocante. Um elenco bastante inspirado com personagens consistentes e densos. A trama é angustiante. Um romance completamente fora do contexto, mas que ganha uma intensidade envolvente. Uma fotografia simples, mas que consegue transmitir as fases do relacionamento do casal. Vale assistir este filme e depois Um Método Perigoso...
O Relutante Fundamentalista
3.6 32 Assista AgoraMeio cansativo e quase "com lição de moral". A estrutura narrativa do filme poderia ser interessante, mas parece que a edição não consegue dar ritmo à trama. O ator que faz o professor paquistanês é muito fraco e cansativo, quase inexpressivo. Os coadjuvantes estão bem, mas um tanto caricatos. Enfim, um roteiro previsível e cansativo. Uma direção sem criatividade.
Diana
3.0 346 Assista AgoraUm filme "bem feitinho", mas que lembra a fórmula de A Dama de Ferro. Watts consegue fazer uma Diana contida e bela. Roteiro e direção preferem optar por contar a história sem inovar. Não é um filme marcante, mas uma cinebio bonitinha...
Confissões de Adolescente
3.3 652Muito fraco, fraco mesmo. Roteiro extremamente pobre que se esconde nos efeitos da linguagem virtual. Muitas tramas superficiais que se transformam em algo sem profundidade e interesse. Tecnicamente bonitinho, mas perda de tempo... infelizmente, pois a série era muito bom e tinha tramas com densidade. Melhor que quiser fazer filmes para adolescentes assistir As Melhores Coisas do Mundo, esse sim, perfeito!
Reds
3.9 77Um filme tradicional, com uma narrativa linear, mas de beleza ímpar! Uma direção muito cuidadosa e que prima pelos detalhes de produção na reconstituição de época, seja nos EUA ou na Rússia. Também consegue transformar um tema bastante delicado para os EUA numa trama acessível, interessante e agradável. De certo modo, é possível perceber as dificuldades que o pensamento socialista teve para se difundir nos EUA, principalmente depois da Revolução Russa. Beatty também interpreta com grande maestria, talvez somente menor do que sua direção. É um filme logo, mas que todos os momentos são justificáveis pela necessidade de entender os meandros do poder na URSS e nos sindicatos que surgiam na época, os EUA, tentando se alinhar ao pensamento socialista. Um filme necessário!
O Grande Gatsby
3.9 2,7K Assista AgoraUm filme de Luhrmann, sem dúvida. Como pouco diretores, ele tem um estilo muito particular e quando tem em mãos um roteiro que lhe dá possibilidades, o transforma num grande show. Mas isso não é reducionismo do estilo deste diretor, pois já dirigiu belos filmes, no entanto, em Gatsby o show ficou maior que a trama. Parece que a direção se encantou com as possibilidades e quando percebeu estava criando um show. Alguns poderiam dizer que a casa de Gatsby requeria este show e o que Luhrmann fez foi apenas potencializar o sentimento que ele detinha Daisy... é possível, mas ganha uma dimensão incrível no filme. Mas temos outra característica de Luhrmann que é imbatível, o aspecto visual de seus filmes... a fotografia de Gatsby é uma obra de arte, tudo é belo e encantador. Mas quem acaba roubando a cena é Tobey Maguire. Ele consegue construir um personagem denso e ao mesmo tempo envolvido pelo que Gatsby representa. Dá coerência a ele e se transforma no fio condutor da trama, conforme o roteiro propõe. É um filme esteticamente impecável, contudo, que esconde um roteiro enfraquecido...
Um Estranho Chamado Elvis
3.5 22Este me parece ser o filme do gênero "simpático". O roteiro é simples e aposta parte nos gêneros roadmovie e drama. A premissa trágica também está presente em qualquer telefilme, mas de repente temos a entrada do personagem de Keitel que transforma tudo. Não é sua interpretação mais importante, mas neste filme ele impõe tanta "verdade" em seu Elvis que somos questionados a todos momento sobre quem é este homem. Mérito para a direção que consegue preservar este clima e o revive quando a trama está entrando para o caminho da convencionalidade. Fonda traz apenas sua beleza... o que de fato não é "apenas", pois ela é linda e ainda mais como Marylin, o mito que todo homem gostaria de beijar, como ela mesma diz! Schaech não ajuda muito, mas a direção consegue fazer com que ele não comprometa a trama. Por fim, mesmo para os não-fãs de Elvis o filme se torna um grande atrativo!
Havana
3.1 12Romantismos à parte, o filme proporciona um recorte dos momentos finais da dominação estadunidense a Cuba. A Havana Pollack encontra a velha burguesia local que estava totalmente ligada aos interesses estadunidenses e aceitava a corrupção como uma instituição nacional e, ao mesmo tempo, revolucionários que gradualmente conquistavam o poder. O recorte temporal de Pollack é perfeito e, para problematizar este momento, o personagem de Redford entra com cinismo e sem qualquer idealismo. O caráter do personagem de Redford serve exatamente para que a ilha seja apresentada ao espectador durante este processo. Ao mesmo tempo em que os turistas buscam todo o tipo de prazeres, há uma população politizada que se articula para fazer a revolução. O filme não chega a ser didático, pois Pollack tem o cuidado de compor muito bem as cenas. Também não se posiciona objetivamente, apesar de apresentar a crítica sobre a atuação estadunidense no país. Um filme interessante!
Norma Rae
3.7 50Temos um típico filme "datado". E não é apenas pela proposta do roteiro, que aprofunda na discussão do sindicalismo de modo bastante interessante, mas porque sua fotografia é típica de quando foi produzido. Não temos grandes imagens, tampouco cenas marcantes, trata-se de um filme que pretende discutir um tema e ir a fundo neste processo. É quase uma discussão sociológica, mas com a necessidade de não se aprofundar tanto porque pretende ser rentável. Temos um atriz que se sai muito bem como a líder sindicalista conscientizada. Também muitas das vertentes do sindicalismo são apresentadas no transcorrer da trama, daí ser "didático". Falta um roteiro mais interessante e que provoque o espectador além de tentar ensiná-lo. Por isso acaba perdendo a força com o transcorrer do tempo, mas tem a qualidade de trazer o debate para o grande cinema!
O Corte
3.9 128 Assista AgoraNão é o gênero de filme de Costa-Gravas que prefiro, acredito que suas obras com teor político são infinitamente maiores. Apesar de encontrarmos uma crítica político-econômica neste filme, sua característica melhor está na ruptura com a linguagem figurada e transformação dela em fato. Muitas vezes o mundo corporativo utiliza uma linguagem de guerra - inclusive adaptando "O Príncipe" e a "A Arte da Guerra" para esta área - no sentido figurado, mas ela é travada realmente. O que Costa-Gravas fez foi levar isso ao limite... e funcionou. Mas o filme é longo e acaba se tornando cansativo a partir do momento em que não traz novidades para a trama. Evidentemente que esta é uma falha de roteiro. Mas o restante não tem a genialidade dese diretor, é tudo muito burocrático e a ironia da situação poucas vezes consegue empolga o espectador. Acaba sendo um bom filme como experimento, mas nada mais do que isso!