Uma grata surpresa! Que roteiro bem construído! Que personagens interessantes! Que interpretações!!! O aspecto que deve ser destacado é a qualidade da direção, pois conseguiu fazer com que o filme mantivesse o clima de suspense o tempo todo e possibilitasse reviravoltas constantemente. E não se trata de reviravoltas absurdas, estão muito bem inseridas na trama. É um grande prazer assistir a um filme e ser surpreendido, o que não ocorre com frequência. A construção das personagens são muito boas e seus olhares se destacam. Com uma trama bem construída e bons atores, os demais elementos (fotografia, trilha sonora, direção de arte, etc.) mesmo muito boas, sequer seriam necessárias. E ainda há a crítica acerca do mercado de medicamentos, seguindo a linha de outros grande filmes como Obrigado por Fumar. Show!!!
Breno Silveira parece testar o limite emocional de seu espectador. Isso já tinha sido feito em Os Filhos de Francisco, mas neste filme é muito mais elaborado, apesar de sua aposta flagrante é no aspecto emocional. O quanto é possível aguentar o sofrimento. E, nesse sentido, o personagem de João Miguel é primoroso. Sua feição é o reflexo de um drama que qualquer pessoa poderia ter vivido, daí a simplicidade e facilidade de identificação com qualquer espectador. Talvez, de alguma maneira, lembre o mesmo processo de ruptura que Win Wenders narrou em Paris, Texas. Mas no caso de Wenders, mais radical. E o personagem de João Miguel não busca a redenção, apenas roda pelo mundo. Daí o filme ganha os elementos de road movies e imensidão e diversidade do Brasil servem para reforçar o sentimento de exclusão social que o caminheiro passa a representar. Mas como Silveira é um diretor que gosta de acentuar as cores dramáticas, ainda insere na trama um menino em busca do pai e uma trilha sonora pautada pelas músicas de Roberto Carlos. Enfim, por mais que a trama não seja original, ganham em qualidade com a mistura equilibrada dos elementos citados. Silveira faz um filme muito sentimental, mas bem feito, com uma bela fotografia, boas interpretações (o menino está perfeito, sem contar João Miguel!) e a trilha... por mais que alguns possam entendê-la como "brega", seu nível de identificação com o público e com as situações vivenciadas pelos personagens é o diferencial. Belíssimo filme!
Um filme simples ao extremo e de dramaticidade ímpar. A opção narrativa deve ser destacada, pois ao escolher narrar a história sem o peso de uma tragédia o deixa mais assimilável. O drama da situação não precisa ser reforçado, ela fala por si. E a direção ainda alivia a tensão com personagens incríveis, como o padre e as mulheres ao redor de O'Brien. Com todo este clima instaurado, a entrada de Hunt em cena é perfeita. Dificilmente se vê o tema sexualidade tratado com tanta naturalidade e uma atriz como ela se despir sem pudores. Não há iluminação diferenciada para esconder o que quer que seja, Hunt aparece como qualquer mulher numa situação similar. E isso da uma grandeza admirável para a trama e para a personagem. Além de tudo isso, a proposta de discutir a sexualidade de pessoas com limitações físicas ganha uma dimensão que extrapola preceitos morais. E tudo isso de modo muito simples. Um roteiro objetivo, narrativa linear e bons personagens. Um filme simples e belo, graças, em grande parte, à direção precisa e aos atores.
Um filme belíssimo, com uma fotografia impecável! A direção de arte dá um show! Mas é um filme do estilão clássico dos filmes hollywwodianos. Se não fosse falado em russo e tivesse algum ator ocidental não faria diferença. Mas digo isso no que tange à qualidade e não a uma crítica específica. Os atores estão perfeitos, impecáveis. É um filme político, sem dúvida, mas segue a fórmula de dar ênfase ao romance, o que o deixa mais atrativo a quem não gosta de "filmes cabeça". Belo filme que vale à pena ser assistido por fãs de romances e de filmes políticos. E ainda se torna mais interessante se pudermos questionar a importância da Rússia produzir esta cinebio de um militar que deve ter sido por muitos anos demonizado pela URSS!
Grande documentário. Já começa com sua estrutura. A proposta de juntar os membros que fizeram parte do sequestro do embaixador em uma "mesa de bar" para revisitarem o evento surte muito efeito. Senti falta do Gabeira na conversa, pois estava monopolizada pelo Franklin Martins. E, por outro lado, temos as entrevistas com as pessoas que foram libertadas devido à ação. Tudo isso, misturado a imagens de época e a narrativa que traz a declaração da organização que foi divulgada na época faz com que o documentário ganhe um clima fantástico e se torne muito interessante. A edição é precisa e mesmo para quem conhece bem os fatos sempre acabam surgindo novidades "na conversa". Por fim, sobra para o espectador analisar os fatos, algo fundamental para um bom documentário! Imperdível!
Redford não acertou a mão. Infelizmente, apesar do potencial da trama, e aí a crítica política é inevitável, parece que o filme se arrasta demais. Não temos o suspense de outras tramas no mesmo estilo e tampouco a há qualquer resquício da investigação jornalística de "Todos os Homens do Presidente". Parece um filme "pop" para um público que possa estar mais interessado na perseguição do que numa discussão mais profunda sobre as motivações das ações do grupo em foco. O filme opta por não ser político e, por isso, perde seu potencial e se iguala a outros do mesmo estilo. Daí temos um Redford já "cansado" e sem condições para muitas fugas! Temos uma cena incrível que é Susan Saradon sendo "entrevistada" pelo jornalista, mas o personagem dela acaba aí. Por fim, uma promessa... Só isso!
A proposta até parece interessante, mas não consegue se realizar de maneira alguma. Primeiramente o filme não se define, tampouco deixa que entendamos o que pretende. Não que seja necessário classificar um filme em drama, comédia, romance, etc., mas neste caso a direção vai abrindo vários flancos e simplesmente abandona. Parece que o roteiro foi sendo construído conforme iam filmando, tal a sua fragilidade. Os personagens acabam se perdendo dentre de uma trama fraca, apesar de se perceber a tentativa de os atores "colocarem verdade" neles. Temos inúmeras possibilidades de o filme ganhar um impulso, mas a direção opta por um romance fraco, pouco verossímil e sem graça. A história do aborto, suas consequências, etc, abrem uma possibilidade interessante, mas para por aí. Temos uma crítica à Igreja, mas para no mesmo lugar que começou. Temos a enfermeira que parece ser um personagem desestabilizador, mas para por aí. Temos uma relação entre irmãos que poderia ser competitiva, um pai "ateu", há tanta coisa neste filme e parece que o roteirista foi escolhendo as menos interessantes e com o menor potencial dramático possível. Muitas cena sem importância e que pouco contribuem para o andamento da trama. O filme é curto, mas parece que não vai acabar nunca porque vamos perdendo o interesse conforme a direção vai fazendo suas escolhas. Mesmo a trilha sonora - de qualidade indiscutível - parece estar perdida, pois a direção quer que ela tenha um potencial maior do que o filme, que ela seja o fio condutor da trama. Não consegue e caminhamos para um final frustrante!
Tem que gostar mesmo deste universo, senão fica quase impossível aguentar tanto tempo de filme para chegar a nada! O filme é grandioso, imponente e tremendamente bem feito, mas possui uma narrativa cansativa e que deve agradar apenas admiradores da obra, pois a ação efetiva (e não quero dizer "correria") não gera qualquer vontade de saber o que vem a seguir. Os personagens são simplórios e cansativos. Com isso, a direção procura se segurar na grandiosidade da produção, e, nesse sentido é inquestionável sua qualidade. Mas haja paciência para esperar tanto tempo para chegar a algo que vai sendo adiado ad infinitum! Um história que poderia ser contada em menos de duas horas se estende tanto que o esvaziamento final é frustrante. Enfim, há quem goste e deve se divertir...
Bom roteiro, pois consegue manter o nível de suspense até o momento exato. Moore faz uma personagem bem consistente e isso deixa a trama mais densa. O clima de suspense criado pela direção também é muito bom, exceto quando cede à tentação de "aplicar sustos no espectador" por nada. Exceto pelo tom demasiadamente cristão e pela "lição de moral" que o roteiro propõe, acaba sendo um filme bom. Boa diversão.
Não tem a maestria da direção de um Intocáveis, tampouco um roteiro perfeito quanto LA Cidade Proibida, mas é um filme muito bem feito. Interpretações boas e convincentes. O roteiro é bem construído e consegue fazer com que a trama se desenvolva mantendo a atenção. O elenco estelar também chama a atenção e todos conseguem construir seus personagens de modo que não se sobreponham um ao outro, mas o conjunto funciona muito bem. Belas cenas de ação "de época" e, evidentemente, há a necessidade de abstrair a "fraca pontaria dos malvados", pois não é possível tanta bala desperdiçada para matar apenas cinco pessoas. Enfim, não chega a ser um Bugsy, mas fez seu papel!
Não empolga e sequer consegue trazer algo novo. Um filme de ação com alguma dose de suspense (pequena). O fato desencadeador do filme não surte efeito e apenas faz com que fiquemos esperando que aconteça alguma coisa que não acontece! O filme tenta se segurar nos efeito, que são bons, mas não suficientes para aguentar uma trama sem qualquer interesse. Fraco.
O mais importante neste filme é a capacidade de fazer o espectador se ligar à luta dos personagens para encontrar a família. Nesse sentido, o roteiro consegue criar todas "as armadinhas" necessárias para fisgar o espectador. Não é um filme com um roteiro perfeito, tampouco inovador, mas é extremamente funcional. É um grande drama que abre todas as brechas para que o espectador entre e se sinta à vontade num drama que vai consumindo as pessoas. Mas que sempre apresenta espasmos de esperança, o que faz com que não "arrase" quem assiste. Temos boas interpretações, principalmente dos meninos, de quem é exigido. E o diferencial nisso tudo, a catástrofe. Aí os efeitos especiais conseguiram criar um diferencial. A realidade se fez presente. Um filme muito intenso devido a carga emocional. Bom!
Um filme encantador pela sua rudeza. A poesia surge do que se entende "ausência de civilidade". Mas o filme acaba sendo ainda maior, porque a interpretação da menina é algo assustador. A expressão da menina frente à realidade acaba não necessitando palavras, contudo, aquelas que são emitidas tornam o momento mais intenso. Roteiro impecável e fotografia que tira a beleza de onde não haveria. Belíssimo filme... único, nesse sentido.
Bom filme policial com ação. Nada de novo... apenas uma diversão. Mas bem feito e não se torna cansativo, mesmo com mais de duas horas de duração. Só isso!
Muito fraco. O argumento já é demasiadamente batido e Furtado não consegue acrescentar nada que possa diferenciá-lo e trazer algum interesse. A trama não apresenta qualquer atrativo, também força suficiente para estimular o espectador a continuar assistindo. Algumas saídas são tão fracas -
como a história do apartamento ocupado e que depois chega o dono
- que idiotiza que assiste. A menina é muito bonita, mas não chama atenção como atriz. A garoto faz um personagem sem carisma e os coadjuvantes são lastimáveis. Mas tudo isso devido à história não conseguir se sustentar. O filme é curto, uma hora e quinze, mas parece que ruma sem sentido até chegar a um final mais idiotizante ainda! Franco demais... e pensar que Furtado dirigiu é o que causa mais estranhamento.
Um filme bem feito, interpretações boas e um roteiro bem construído. Tradicional, mas que funciona. Tem os elementos de suspense de "filmes de tribunal", mas também suporta os dramas familiares. Não é nada inovador, mas não deixa de ser um bom filme para a diversão. No que se propõe, consegue alcançar seus objetivos, mas é o típico filme feito em cima de uma fórmula.
O que mais chama a atenção neste filme é a direção de arte, pois sua reconstituição de São Paulo é impecável. A fotografia também fez com que o filme ganhasse um requinte extra, contudo, as qualidades vão parando por aí. Talvez ainda caiba ressaltar o trabalho dos atores, que construíram personagens bons - exceto o meninos que necessitaria de uma preparadora de elenco melhor. Mas a adaptação do livro para as telas ficou muito ruim. O roteiro é cheio de lacunas. Personagens que surgem e desaparecem do nada, situações que não se resolvem e a trajetória Hiroito acaba se tornando cansativa em alguns momentos. Não é um filme longo, no entanto, a trama não avança com facilidade e isso não é resultado de experimentalismo, apenas trata-se de um roteiro mal feito. O que poderia ser um Scarface brasileiro foi se perdendo pelo caminho... infelizmente!
Bonzinho, mas não acontece. A proposta estética é mais interessante do que a trama, e aí encontra-se o maior erro do filme. Temos bons atores trabalhando em prol de uma trama que não avança e tampouco gera expectativa. A edição é uma grande sacada, contudo, só funciona e conseguir estimular o espectador sobre o que virá a seguir... necessita de um grande "mistério" para avançar, e, em 180º não há isso. O sucesso do jornalista com seu primeiro livro acaba sendo banalizado, pois não há reais elementos que coloquem em xeque essa situação.
E, a revelação de que a caderneta era de seu amigo e da editora acaba sendo uma grande bobagem, pois não tem qualquer efeito. Muitas perguntas poderiam ser feitas sobre o porquê de eles terem deixado a situação avançar, ou mesmo sobre o relacionamento dos dois... nada disso entra na trama no sentido de problematizar seu desenvolvimento.
Diante da fragilidade do roteiro e do não-envolvimento do espectador com o que se passa, a única saída é ficar assistindo uma trama em ordem desconexas (que é incrível), mas sem razão para isso! E, o final trágico acaba sendo mera formalidade para que o filme acabe. Faltou elementos para que a trama se tornasse mais densa, ou seja, que houvesse algum antagonista! De resto, não adiantou uma fotografia bonita, locações boas e tudo mais... ficou cansativo.
O filme tem uma proposta interessante, mas não acontece. O roteiro, ao invés de proporcionar ao espectador formas para participar da trama, ele vai adiando "suas revelações" ao ponto de quando as faz já é tarde demais. Até, aproximadamente, os 42 minutos, o filme é muito cansativo e não contribui em nada. As informações que temos sobre o personagem de Hawke não o transformam em algo interessante. Situações muito forçadas -
como ser roubado no ônibus ou trabalhar em algo sinistro
- não ajudam muito na trama. O filme começa a esboçar uma melhora quando surge um assassinato e seus desdobramentos, mas logo entra num marasmo chato para que se conclua rapidamente. Enfim, um filme que prepara, prepara e prepara o espectador para algo que nunca acontece. Ainda, se dar possibilidade para que haja um envolvimento com o drama do personagem, com a trama ou mesmo com o suspense que se instaura, o filme passa e simplesmente esperamos que termine logo. A participação de alguns coadjuvantes é muito subaproveitada. Adireção que tenta criar uma linguagem visual que repercuta no personagem de Hawke, mas acaba sendo mais uma tentativa frustrada. Uma pena! Fraco!
Um roteiro que poderia ser filmado em qualquer época e continuaria atual. Neste filme, talvez o exotismo estético dos anos 80 chamem bastante atenção para as roupas, o que às vezes até fica engraçado, no entanto, o que importa é mesmo a trama. Saradon faz uma personagem perfeita, pois consegue equilibrar a maturidade de uma mulher de quarenta anos com o desejo e "inexperiência" frente à paixão de uma adolescente. E este conflito é o que prevalece no filme. Também há uma química boa entre os atores, mas não chega a ser um "filme erótico" como o clássico da mesma época "Nove e meia semanas de amor". Roteiro simples que se sustenta nos dois atores. Direção sem inovações, aposta nos atores e filma com simplicidade. Por fim, acabamos com um filme bom... só.
Às vezes esbarramos num filme como esse: "para assistir com um sorriso no rosto". Apesar de a tensão dramática dizer ao contrário, o filme é construído com uma leveza que impressiona. E isso não faz com que haja qualquer perda de dramaticidade. Os personagens são perfeitos, estão no limite. Nem acho Copper um bom ator, mas neste filem surpreendeu. Mas a mão da direção está muito presente, além de o roteiro ter sido enxugado para que a trama tivesse somente o necessário para que o espectador assistisse ao filme com um sorriso no rosto. Lawrence consegue fazer sua personagem ter o desequilíbrio e a perversidade necessárias para que seja única. Sua beleza também acaba sendo um desafio, pois ela a esconde, contudo, a sensualidade está latente e é um elemento importante neste filme. Os coadjuvantes estão perfeitos e as tiradinhas de alguns diálogos, como o de Hemingway são demais. A prova do equilíbrio perfeito, para que tivesse feito um filme simples se transformar neste diferencial está na montagem também. Tanto que o final alternativo que tem nos extras seria de derrubar o filme. Muito longo e não agregaria mais nada... também várias cenas que são legais, mas, de fato, não precisavam estar no filme e não estão. Bom assim!
Os filmes de Eastwood são muito simples, às vezes, se não fosse sua maestria na direção, poderiam ser considerados dramalhões ou melodramas... alguns poderiam, inclusive, dizer que Menina de Ouro é praticamente uma trama de novela mexicana. Mas não é, e isso tem uma razão, ou seja, a mão de Eastwood na direção para encontrar o equilíbrio perfeito e transformar o filme numa obra de arte. E Curvas da Vida, apesar de se parecer muito com um filme de Eastwood, não é. O diretor vem da "escola Eastwood", foi seu assistente e tudo mais. Inclusive, em muitas cenas parece haver a mão de Eastwood, mas o resultado final não tem a mesma qualidade. A trama continua sendo simples, centrada nos atores... Mas existem obviedades que cansam o espectador, como a relação entre a filha de Eastwood e o "bom rapaz". As cenas dos dois são cansativas, óbvias, diálogos pobres e, diria que não empolgam. As cenas da filha com o pai são mais interessantes, mas mesmo assim, o roteiro não conseguiu criar a carga dramática suficiente para que se transformasse em algo distinto de uma telenovela. Eastwood até que tenta, mas o mote principal que o afasta de filha não é trabalhado suficientemente. Enfim, é um genérico de Eastwood... bonzinho, mas só isso!
Gossip Girl com personagens requentados, bem fracos... e para piorar, uma narrativa (off) que parece ter saído do Sin City!!! Roteiro fraquinho e que não consegue dosar a proposta de intensidade dramática das cenas, assim, as personagens acabam sendo muito vazias. E não são vazias como uma proposta de estabelecer qualquer crítica social, mas porque foram mal construídas. Não tem o glamour da série, que era lago diferente, e somente empresta alguns arquétipos do que seria essa "juventude rica do Upper East Side"...
Hedonismo? Qual o limite para se alcançar o poder? A simplicidade do tema é exposta de forma magistral. Simples como poucos filmes e extremamente bem dirigido. Um filme que não se preocupa com a moralidade, apenas retrata a busca pelo prazer ilimitados! Belo!
Terapia de Risco
3.6 1,0K Assista AgoraUma grata surpresa! Que roteiro bem construído! Que personagens interessantes! Que interpretações!!! O aspecto que deve ser destacado é a qualidade da direção, pois conseguiu fazer com que o filme mantivesse o clima de suspense o tempo todo e possibilitasse reviravoltas constantemente. E não se trata de reviravoltas absurdas, estão muito bem inseridas na trama. É um grande prazer assistir a um filme e ser surpreendido, o que não ocorre com frequência. A construção das personagens são muito boas e seus olhares se destacam. Com uma trama bem construída e bons atores, os demais elementos (fotografia, trilha sonora, direção de arte, etc.) mesmo muito boas, sequer seriam necessárias. E ainda há a crítica acerca do mercado de medicamentos, seguindo a linha de outros grande filmes como Obrigado por Fumar. Show!!!
À Beira do Caminho
3.8 310Breno Silveira parece testar o limite emocional de seu espectador. Isso já tinha sido feito em Os Filhos de Francisco, mas neste filme é muito mais elaborado, apesar de sua aposta flagrante é no aspecto emocional. O quanto é possível aguentar o sofrimento. E, nesse sentido, o personagem de João Miguel é primoroso. Sua feição é o reflexo de um drama que qualquer pessoa poderia ter vivido, daí a simplicidade e facilidade de identificação com qualquer espectador. Talvez, de alguma maneira, lembre o mesmo processo de ruptura que Win Wenders narrou em Paris, Texas. Mas no caso de Wenders, mais radical. E o personagem de João Miguel não busca a redenção, apenas roda pelo mundo. Daí o filme ganha os elementos de road movies e imensidão e diversidade do Brasil servem para reforçar o sentimento de exclusão social que o caminheiro passa a representar. Mas como Silveira é um diretor que gosta de acentuar as cores dramáticas, ainda insere na trama um menino em busca do pai e uma trilha sonora pautada pelas músicas de Roberto Carlos. Enfim, por mais que a trama não seja original, ganham em qualidade com a mistura equilibrada dos elementos citados. Silveira faz um filme muito sentimental, mas bem feito, com uma bela fotografia, boas interpretações (o menino está perfeito, sem contar João Miguel!) e a trilha... por mais que alguns possam entendê-la como "brega", seu nível de identificação com o público e com as situações vivenciadas pelos personagens é o diferencial. Belíssimo filme!
As Sessões
3.8 629 Assista AgoraUm filme simples ao extremo e de dramaticidade ímpar. A opção narrativa deve ser destacada, pois ao escolher narrar a história sem o peso de uma tragédia o deixa mais assimilável. O drama da situação não precisa ser reforçado, ela fala por si. E a direção ainda alivia a tensão com personagens incríveis, como o padre e as mulheres ao redor de O'Brien. Com todo este clima instaurado, a entrada de Hunt em cena é perfeita. Dificilmente se vê o tema sexualidade tratado com tanta naturalidade e uma atriz como ela se despir sem pudores. Não há iluminação diferenciada para esconder o que quer que seja, Hunt aparece como qualquer mulher numa situação similar. E isso da uma grandeza admirável para a trama e para a personagem. Além de tudo isso, a proposta de discutir a sexualidade de pessoas com limitações físicas ganha uma dimensão que extrapola preceitos morais. E tudo isso de modo muito simples. Um roteiro objetivo, narrativa linear e bons personagens. Um filme simples e belo, graças, em grande parte, à direção precisa e aos atores.
Almirante
3.8 13 Assista AgoraUm filme belíssimo, com uma fotografia impecável! A direção de arte dá um show! Mas é um filme do estilão clássico dos filmes hollywwodianos. Se não fosse falado em russo e tivesse algum ator ocidental não faria diferença. Mas digo isso no que tange à qualidade e não a uma crítica específica. Os atores estão perfeitos, impecáveis. É um filme político, sem dúvida, mas segue a fórmula de dar ênfase ao romance, o que o deixa mais atrativo a quem não gosta de "filmes cabeça". Belo filme que vale à pena ser assistido por fãs de romances e de filmes políticos. E ainda se torna mais interessante se pudermos questionar a importância da Rússia produzir esta cinebio de um militar que deve ter sido por muitos anos demonizado pela URSS!
Hércules 56
4.0 18Grande documentário. Já começa com sua estrutura. A proposta de juntar os membros que fizeram parte do sequestro do embaixador em uma "mesa de bar" para revisitarem o evento surte muito efeito. Senti falta do Gabeira na conversa, pois estava monopolizada pelo Franklin Martins. E, por outro lado, temos as entrevistas com as pessoas que foram libertadas devido à ação. Tudo isso, misturado a imagens de época e a narrativa que traz a declaração da organização que foi divulgada na época faz com que o documentário ganhe um clima fantástico e se torne muito interessante. A edição é precisa e mesmo para quem conhece bem os fatos sempre acabam surgindo novidades "na conversa". Por fim, sobra para o espectador analisar os fatos, algo fundamental para um bom documentário! Imperdível!
Sem Proteção
3.0 124 Assista AgoraRedford não acertou a mão. Infelizmente, apesar do potencial da trama, e aí a crítica política é inevitável, parece que o filme se arrasta demais. Não temos o suspense de outras tramas no mesmo estilo e tampouco a há qualquer resquício da investigação jornalística de "Todos os Homens do Presidente". Parece um filme "pop" para um público que possa estar mais interessado na perseguição do que numa discussão mais profunda sobre as motivações das ações do grupo em foco. O filme opta por não ser político e, por isso, perde seu potencial e se iguala a outros do mesmo estilo. Daí temos um Redford já "cansado" e sem condições para muitas fugas! Temos uma cena incrível que é Susan Saradon sendo "entrevistada" pelo jornalista, mas o personagem dela acaba aí. Por fim, uma promessa... Só isso!
País do Desejo
1.9 57A proposta até parece interessante, mas não consegue se realizar de maneira alguma. Primeiramente o filme não se define, tampouco deixa que entendamos o que pretende. Não que seja necessário classificar um filme em drama, comédia, romance, etc., mas neste caso a direção vai abrindo vários flancos e simplesmente abandona. Parece que o roteiro foi sendo construído conforme iam filmando, tal a sua fragilidade. Os personagens acabam se perdendo dentre de uma trama fraca, apesar de se perceber a tentativa de os atores "colocarem verdade" neles. Temos inúmeras possibilidades de o filme ganhar um impulso, mas a direção opta por um romance fraco, pouco verossímil e sem graça. A história do aborto, suas consequências, etc, abrem uma possibilidade interessante, mas para por aí. Temos uma crítica à Igreja, mas para no mesmo lugar que começou. Temos a enfermeira que parece ser um personagem desestabilizador, mas para por aí. Temos uma relação entre irmãos que poderia ser competitiva, um pai "ateu", há tanta coisa neste filme e parece que o roteirista foi escolhendo as menos interessantes e com o menor potencial dramático possível. Muitas cena sem importância e que pouco contribuem para o andamento da trama. O filme é curto, mas parece que não vai acabar nunca porque vamos perdendo o interesse conforme a direção vai fazendo suas escolhas. Mesmo a trilha sonora - de qualidade indiscutível - parece estar perdida, pois a direção quer que ela tenha um potencial maior do que o filme, que ela seja o fio condutor da trama. Não consegue e caminhamos para um final frustrante!
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
4.1 4,7K Assista AgoraTem que gostar mesmo deste universo, senão fica quase impossível aguentar tanto tempo de filme para chegar a nada! O filme é grandioso, imponente e tremendamente bem feito, mas possui uma narrativa cansativa e que deve agradar apenas admiradores da obra, pois a ação efetiva (e não quero dizer "correria") não gera qualquer vontade de saber o que vem a seguir. Os personagens são simplórios e cansativos. Com isso, a direção procura se segurar na grandiosidade da produção, e, nesse sentido é inquestionável sua qualidade. Mas haja paciência para esperar tanto tempo para chegar a algo que vai sendo adiado ad infinitum! Um história que poderia ser contada em menos de duas horas se estende tanto que o esvaziamento final é frustrante. Enfim, há quem goste e deve se divertir...
Identidade Paranormal
3.2 661 Assista AgoraBom roteiro, pois consegue manter o nível de suspense até o momento exato. Moore faz uma personagem bem consistente e isso deixa a trama mais densa. O clima de suspense criado pela direção também é muito bom, exceto quando cede à tentação de "aplicar sustos no espectador" por nada. Exceto pelo tom demasiadamente cristão e pela "lição de moral" que o roteiro propõe, acaba sendo um filme bom. Boa diversão.
Caça aos Gângsteres
3.5 889 Assista AgoraNão tem a maestria da direção de um Intocáveis, tampouco um roteiro perfeito quanto LA Cidade Proibida, mas é um filme muito bem feito. Interpretações boas e convincentes. O roteiro é bem construído e consegue fazer com que a trama se desenvolva mantendo a atenção. O elenco estelar também chama a atenção e todos conseguem construir seus personagens de modo que não se sobreponham um ao outro, mas o conjunto funciona muito bem. Belas cenas de ação "de época" e, evidentemente, há a necessidade de abstrair a "fraca pontaria dos malvados", pois não é possível tanta bala desperdiçada para matar apenas cinco pessoas. Enfim, não chega a ser um Bugsy, mas fez seu papel!
Guerra Mundial Z
3.5 3,2K Assista AgoraNão empolga e sequer consegue trazer algo novo. Um filme de ação com alguma dose de suspense (pequena). O fato desencadeador do filme não surte efeito e apenas faz com que fiquemos esperando que aconteça alguma coisa que não acontece! O filme tenta se segurar nos efeito, que são bons, mas não suficientes para aguentar uma trama sem qualquer interesse. Fraco.
O Impossível
4.1 3,1K Assista AgoraO mais importante neste filme é a capacidade de fazer o espectador se ligar à luta dos personagens para encontrar a família. Nesse sentido, o roteiro consegue criar todas "as armadinhas" necessárias para fisgar o espectador. Não é um filme com um roteiro perfeito, tampouco inovador, mas é extremamente funcional. É um grande drama que abre todas as brechas para que o espectador entre e se sinta à vontade num drama que vai consumindo as pessoas. Mas que sempre apresenta espasmos de esperança, o que faz com que não "arrase" quem assiste. Temos boas interpretações, principalmente dos meninos, de quem é exigido. E o diferencial nisso tudo, a catástrofe. Aí os efeitos especiais conseguiram criar um diferencial. A realidade se fez presente. Um filme muito intenso devido a carga emocional. Bom!
Indomável Sonhadora
3.8 1,2KUm filme encantador pela sua rudeza. A poesia surge do que se entende "ausência de civilidade". Mas o filme acaba sendo ainda maior, porque a interpretação da menina é algo assustador. A expressão da menina frente à realidade acaba não necessitando palavras, contudo, aquelas que são emitidas tornam o momento mais intenso. Roteiro impecável e fotografia que tira a beleza de onde não haveria. Belíssimo filme... único, nesse sentido.
Jack Reacher: O Último Tiro
3.4 892 Assista AgoraBom filme policial com ação. Nada de novo... apenas uma diversão. Mas bem feito e não se torna cansativo, mesmo com mais de duas horas de duração. Só isso!
Houve uma Vez Dois Verões
3.4 210 Assista AgoraMuito fraco. O argumento já é demasiadamente batido e Furtado não consegue acrescentar nada que possa diferenciá-lo e trazer algum interesse. A trama não apresenta qualquer atrativo, também força suficiente para estimular o espectador a continuar assistindo. Algumas saídas são tão fracas -
como a história do apartamento ocupado e que depois chega o dono
A Negociação
3.0 264Um filme bem feito, interpretações boas e um roteiro bem construído. Tradicional, mas que funciona. Tem os elementos de suspense de "filmes de tribunal", mas também suporta os dramas familiares. Não é nada inovador, mas não deixa de ser um bom filme para a diversão. No que se propõe, consegue alcançar seus objetivos, mas é o típico filme feito em cima de uma fórmula.
Boca do Lixo
2.8 117O que mais chama a atenção neste filme é a direção de arte, pois sua reconstituição de São Paulo é impecável. A fotografia também fez com que o filme ganhasse um requinte extra, contudo, as qualidades vão parando por aí. Talvez ainda caiba ressaltar o trabalho dos atores, que construíram personagens bons - exceto o meninos que necessitaria de uma preparadora de elenco melhor. Mas a adaptação do livro para as telas ficou muito ruim. O roteiro é cheio de lacunas. Personagens que surgem e desaparecem do nada, situações que não se resolvem e a trajetória Hiroito acaba se tornando cansativa em alguns momentos. Não é um filme longo, no entanto, a trama não avança com facilidade e isso não é resultado de experimentalismo, apenas trata-se de um roteiro mal feito. O que poderia ser um Scarface brasileiro foi se perdendo pelo caminho... infelizmente!
180º
2.8 23Bonzinho, mas não acontece. A proposta estética é mais interessante do que a trama, e aí encontra-se o maior erro do filme. Temos bons atores trabalhando em prol de uma trama que não avança e tampouco gera expectativa. A edição é uma grande sacada, contudo, só funciona e conseguir estimular o espectador sobre o que virá a seguir... necessita de um grande "mistério" para avançar, e, em 180º não há isso. O sucesso do jornalista com seu primeiro livro acaba sendo banalizado, pois não há reais elementos que coloquem em xeque essa situação.
E, a revelação de que a caderneta era de seu amigo e da editora acaba sendo uma grande bobagem, pois não tem qualquer efeito. Muitas perguntas poderiam ser feitas sobre o porquê de eles terem deixado a situação avançar, ou mesmo sobre o relacionamento dos dois... nada disso entra na trama no sentido de problematizar seu desenvolvimento.
Estranha Obsessão
2.3 123 Assista AgoraO filme tem uma proposta interessante, mas não acontece. O roteiro, ao invés de proporcionar ao espectador formas para participar da trama, ele vai adiando "suas revelações" ao ponto de quando as faz já é tarde demais. Até, aproximadamente, os 42 minutos, o filme é muito cansativo e não contribui em nada. As informações que temos sobre o personagem de Hawke não o transformam em algo interessante. Situações muito forçadas -
como ser roubado no ônibus ou trabalhar em algo sinistro
Loucos de Paixão
3.5 59Um roteiro que poderia ser filmado em qualquer época e continuaria atual. Neste filme, talvez o exotismo estético dos anos 80 chamem bastante atenção para as roupas, o que às vezes até fica engraçado, no entanto, o que importa é mesmo a trama. Saradon faz uma personagem perfeita, pois consegue equilibrar a maturidade de uma mulher de quarenta anos com o desejo e "inexperiência" frente à paixão de uma adolescente. E este conflito é o que prevalece no filme. Também há uma química boa entre os atores, mas não chega a ser um "filme erótico" como o clássico da mesma época "Nove e meia semanas de amor". Roteiro simples que se sustenta nos dois atores. Direção sem inovações, aposta nos atores e filma com simplicidade. Por fim, acabamos com um filme bom... só.
O Lado Bom da Vida
3.7 4,7K Assista AgoraÀs vezes esbarramos num filme como esse: "para assistir com um sorriso no rosto". Apesar de a tensão dramática dizer ao contrário, o filme é construído com uma leveza que impressiona. E isso não faz com que haja qualquer perda de dramaticidade. Os personagens são perfeitos, estão no limite. Nem acho Copper um bom ator, mas neste filem surpreendeu. Mas a mão da direção está muito presente, além de o roteiro ter sido enxugado para que a trama tivesse somente o necessário para que o espectador assistisse ao filme com um sorriso no rosto. Lawrence consegue fazer sua personagem ter o desequilíbrio e a perversidade necessárias para que seja única. Sua beleza também acaba sendo um desafio, pois ela a esconde, contudo, a sensualidade está latente e é um elemento importante neste filme. Os coadjuvantes estão perfeitos e as tiradinhas de alguns diálogos, como o de Hemingway são demais. A prova do equilíbrio perfeito, para que tivesse feito um filme simples se transformar neste diferencial está na montagem também. Tanto que o final alternativo que tem nos extras seria de derrubar o filme. Muito longo e não agregaria mais nada... também várias cenas que são legais, mas, de fato, não precisavam estar no filme e não estão. Bom assim!
Curvas da Vida
3.5 374Os filmes de Eastwood são muito simples, às vezes, se não fosse sua maestria na direção, poderiam ser considerados dramalhões ou melodramas... alguns poderiam, inclusive, dizer que Menina de Ouro é praticamente uma trama de novela mexicana. Mas não é, e isso tem uma razão, ou seja, a mão de Eastwood na direção para encontrar o equilíbrio perfeito e transformar o filme numa obra de arte. E Curvas da Vida, apesar de se parecer muito com um filme de Eastwood, não é. O diretor vem da "escola Eastwood", foi seu assistente e tudo mais. Inclusive, em muitas cenas parece haver a mão de Eastwood, mas o resultado final não tem a mesma qualidade. A trama continua sendo simples, centrada nos atores... Mas existem obviedades que cansam o espectador, como a relação entre a filha de Eastwood e o "bom rapaz". As cenas dos dois são cansativas, óbvias, diálogos pobres e, diria que não empolgam. As cenas da filha com o pai são mais interessantes, mas mesmo assim, o roteiro não conseguiu criar a carga dramática suficiente para que se transformasse em algo distinto de uma telenovela. Eastwood até que tenta, mas o mote principal que o afasta de filha não é trabalhado suficientemente. Enfim, é um genérico de Eastwood... bonzinho, mas só isso!
Twelve: Vidas sem Rumo
2.7 248Gossip Girl com personagens requentados, bem fracos... e para piorar, uma narrativa (off) que parece ter saído do Sin City!!! Roteiro fraquinho e que não consegue dosar a proposta de intensidade dramática das cenas, assim, as personagens acabam sendo muito vazias. E não são vazias como uma proposta de estabelecer qualquer crítica social, mas porque foram mal construídas. Não tem o glamour da série, que era lago diferente, e somente empresta alguns arquétipos do que seria essa "juventude rica do Upper East Side"...
O Império dos Sentidos
3.3 304 Assista AgoraHedonismo? Qual o limite para se alcançar o poder? A simplicidade do tema é exposta de forma magistral. Simples como poucos filmes e extremamente bem dirigido. Um filme que não se preocupa com a moralidade, apenas retrata a busca pelo prazer ilimitados! Belo!