Filme básico e convencional sobre reencontros. Temos todos os tipos de personagens já usados ao extremos neste tipo de filme. O problema é que neste caso não há nenhum que se destaque e as tramas são tão óbvias que o filme vai perdendo o interesse conforme se aprofunda. Há, desde o cara que virou superstar até a
. E não temos interpretações que possam chamar a atenção, ou seja, tudo morno! Para este tipo de filme é necessário que algo seja diferente, senão cai no lugar comum e torna-se cansativo. Não há destaque, muito similar a qualquer produção para a televisão.
A morte da personagem de Weaver é interessante para revigorar a trama.
A dúvida passa a perdurar no filme, contudo, vai se chegando ao final e parece que o filme perde a força. Tanto preparo para acabar de modo pouco arrojado. Buckley acaba dando o tom do filme pelo seu personagem enigmático, e DeNiro assume o papel de coadjuvante de luxo, dando mais credibilidade à trama. Um filme que funciona mais pelo clima de tensão que proporciona do que por uma originalidade, mas isso não o prejudica!
Um tanto frustrante. Por mais que traga aspectos da vida de Jobs que pouca gente conhecia, não chega a empolgar. O filme é frio, parece que se desenvolve de modo burocrático e não envolve o espectar. Por mais que apresente alguns aspectos trágicos da vida de Jobs, não chega a emocionar. Um filme burocrático ao extremo que se perde em alguns meandros do processo de negociação que levou Jobs a perder sua empresa e depois recuperá-la. Kutcher também não contribui muito para isso, apesar de buscarem caracterizá-lo como Jobs (e o caminhar ficou muito bom!), faltou carisma. Jobs acaba sendo um filme cansativo, sem emoção. Apenas vemos uma pessoa obstinada e que passa por cima de tudo para alcançar seus objetivos.
Uma pequena obra-prima! Assistir a este filme é um deleite, pois desde o roteiro, passando pelas interpretações e concluindo com a direção, temos uma obra diferenciada. O filme não parte de uma premissa clara, pois ao mesmo tempo em que temos um "menino criativo", também temos um "professor estafado" e não tempos certeza para que caminho seguirá a trama. Esta sacada é boa e ao mesmo tempo em que acompanhamos a construção da relação entre o menino e o professor, percebemos que a vida do professor passa a ser mais interessante conforme se aprofunda na fantasia do menino. O roteiro trabalha com esta relação de maneira incrível, pois, de repente, o que parecia um trama simples de aluno/professor, se transforma num vício. Acredito que apenas o final seja um tanto frustrante, mas não faz com que o filme perca sua qualidade.
Lucélia Santos fez um documentário necessário, de fato, um documento que serve como denúncia acerca de tudo o que a população timorense vivenciou... e vivencia. Santos não busca inovar na linguagem documental e aposta no "arroz com feijão", por isso faz um documentário bem correto, com boas entrevistas e cenas marcantes, às vezes, chocantes. Talvez o diferencial neste documentário seja o aspecto dramático que Santos impõe. Às vezes parece que estamos seguindo uma narrativa dramática de novela, que busca levar à emoção os espectadores, mas isto não desqualifica o documentário, pois não é excessivo, apenas o torna peculiar. Enfim, temos uma denúncia dura e que ratifica o desinteresse das potências por alguns países "com importância diminuta no sistema internacional".
Um show de produção! Duas grandes personagens, mas apenas Owne se destacando. Seu Hemingway é algo desafiador. Ao mesmo tempo representa a grandiosidade de um gênio da literatura, demonstra o quão inseguro era. Seu caráter acaba sendo colocado à prova e, muitas vezes, sua coragem acaba sendo questionada. Por si, a vida de Hemingway já seria um show, mas quando ganha a visão crítica de Gellhorn deveria ser um atrativo ainda maior, no entanto, devido à interpretação fraca de Kidman, o filme perde intensidade. Mas com a mega produção da HBO por traz, continua sendo uma grande pedida!
Bastante interessante devido ao roteiro. E a direção conseguiu explorar essa potencialidade da trama fazendo com que o espectador fosse conduzido ao seu bel prazer. A maneira que a narrativa se desenrola não deixa a possibilidade para que o final seja revelado. Nesse sentido, lembra muito a maestria de Shaymalam em Sexto Sentido (apenas neste filme). Conduzir a trama é um trabalho de direção e aqui ela se sai muito bem. Os personagens são construídos sem muitos trejeitos para ficarem carregados demais, o que deixa a trama mais interessante. O suspense e a incerteza conduzem a trama, contudo, final é o mais interessante. Bela sacada, pois se demorasse um pouco mais para se resolver, teríamos o filme entrando num momento complicado de "sangue por sangue"... Vale a pena!
Filme muito interessante e com produção bem acabada. Talvez o maior problema seja o roteiro, pois devido a sua fragmentação e necessidade de passagem de tempo constante, a direção não soube explorar muito bem essa questão na edição e colocou fades demais. Fica cansativo termos a tela escura o tempo todo. Mas é um filme que mantém boa regularidade, as interpretação são corretas, sem grandes destaques e a direção de arte fez um belo trabalho. Um bom filme!
Boas interpretações e belas cenas de ação nas corridas. É interessante visitar a romântica F1 dos anos 70, que, de acordo com o próprio filme, morriam vários corredores nas temporadas. Todo este ambiente é muito bem reconstituído e a direção de arte não pouco esforços nesse sentido. Bruhl, que é um ator diferenciado e já vem mostrando isso desde Salvador, consegue impor dramaticidade extra à vida de Niki Lauda. No entanto, em determinado momento do filme não há muito mais o que mostrar e há uma "barriga" no roteiro que o faz perder força. Talvez o tempo excessivo tenha sido o grande problema do filme, com meia hora mesmo teria conseguido mostrar o que pretendia. Apesar de ser um bom filme, não chega aos pés do documentário sobre Ayrton Senna, este sim, daria um filme incrível, Infelizmente a família de Senna não pretende que certo aspectos de sua vida seja expostas para que ele continue sendo um mito, assim, temos o grande piloto que jamais será superado!
Belíssima história! O roteiro é um primor, pois consegue explorar ao máximo os sentimentos sem ser piegas. Não é uma história de amor comum que ocorre na infância, é algo mais, pois a proposta da direção extrapola o realismo e o mescla com algo distinto, mas de grande potencial para envolver o espectador. As interpretações parecem estranhas inicialmente, mas logo se adequam completamente à proposta do filme. A direção é precisa e constrói um cenário de beleza sem igual. Grandes atores fazendo personagens sem glamour e extremamente verdadeiros. As crianças são um show a parte, agem com uma naturalidade e, ao mesmo tempo, um desencanto pela vida que assusta. O olha dos dois é algo marcante. A direção de arte dá show, uma beleza que invade a tela e pontua a trama. Enfim, um filme para ver e rever muitas vezes!
Um filme comum, que não empolga. O roteiro é um apanhando de várias lições que, requentadas, surgem nestes personagens. O problema é que o filme não inova em nada e ainda vai ficando cansativo com o transcorrer. Os personagens não são cativantes quanto Carros e, com certeza, será um filme a ser esquecido. Evidentemente que no aspecto técnico o filme é impecável, mas parece que as pessoas precisam mais do que voz de Ivete Sangalo e 3D, é necessário uma trama interessante, e, neste caso, faltou completamente.
Talvez o filme até tenha uma proposta boa, no entanto, desde o estilo de interpretação das atriz (Ohana naturalista e Giácomo completamente histriônico) até a pobreza na reconstituição de época fazem com que vá perdendo sua qualidade. Discutir a importância da telenovela na cultura brasileira parece perfeito e isso ser feito na vida de uma prostituta, uma sacada e tanto, mas para por aí. Há uma secessão de personagens que entram na trama somente para justificar pequenas passagens da vida de Ohana e não têm função. Isso sim, lembra algumas novelas de baixa qualidade em que os autores lançam mão de personagens para consertar a trama. Neste caso, para um roteiro cinematográfico, torna-se muito precário. O filme da personagem de Ohana é uma piada, seja pela baixa qualidade de interpretação ator, seja pela besteira com que é tratada sua homossexualidade. Os avós dele são outros personagens de melodrama pobre e o final, esse sim, uma porcaria. A cena final dos dois merecia uma Framboesa! Ainda temos o personagem de Solano que não serve para absolutamente nada. Cria-se uma função estúpida para justificar a personagem do filho de Ohana, mas acaba sendo tão banal e lugar comum que cansa o espectador. Por fim, até o movimento revolucionário da época acaba se tornando piada em si mesmo. A cara de "malvado" de Nero é de tirar risos de qualquer pessoa. Talvez o diretor use a máxima rodriguiana de que "não basta ser honesta, tem de parecer honesta", nesta caso, adaptada para "não basta ser malvado, tem de parecer malvado". Patético. E que pobreza esta direção de arte. Na ausência de recursos, optou por fazer quase todas as cenas dentro de carros, mas com filmagem tecnicamente questionável. Enfim, um filme que deixa muito a desejar!
Infelizmente o filme vai sumindo conforme se desenvolve. A cena inicial, com o encontro do casal recém-separado é sufocante, a densidade criada pelos diálogos é algo que dificilmente conseguimos encontrar. Wagner Moura e Mariana Lima dão um show na cena... e não para por aí, o encontro dos dois no consultório também é algo incrível. Mas não sobre esse relacionamento que o o filme iria tratar num primeiro plano. Evidentemente que esse é o fato que desencadeia toda a situação problema, mas depois se transforma num road movie e a entrada e saída de personagens não acrescenta muito à trama. Temos bons coadjuvantes, belíssima fotografia, mas quanto mais o filme se afasta da relação entre marido e mulher e entra numa busca desenfreada pelo filho, mais ele vai enfraquecendo. Mesmo a relação problemática do personagem de Moura com o pai é algo insuficiente para desencadear tudo que vem pela frente... falta subsídio para aceitarmos essa força que é dada à relação dos dois. Parece que em algum momento a direção se envolve demais com o visual do filme e suas escolhas enfraquecem a trama central. A personagem de Mariana Lima fica esquecida... Por fim, parece que tudo que foi prometido numa primeira cena inesquecível, se acaba... Ah, e que trilha!!! Essa sim é de uma dramaticidade ímpar!
Uma grande decepção. Scott "engana" o espectador quando constrói a estética de Alien e promete que teremos um filme de suspense daquele calibre, mas logo vai se perdendo com a fragilidade do roteiro e a interpretação completamente equivocada de Rapace. Sua personagem é uma caricatura, assim como muito outros, inclusive de Theron. O filme tenta se segurar no aspecto estético, que é de qualidade ímpar, e nos efeitos especiais, no entanto, como já vivos em inúmeras outras situações, com um roteiro tão fraco, não foi possível. Scott errou de modo grosseiro!
O que deve ser destacado neste filme é apenas a interpretação de Phoenix, que destoava dos demais, contudo, os demais aspectos são muito fracos. Temos um roteiro fraco, uma direção imprecisa e personagens sem qualquer brilho. Talvez o mais interessante dos coadjuvantes Perry, que já demonstrava sua verve cômica. Exceto por isso, mais nada merece destaque. Da filmografia de Phoenix, este é um filme que poderia ter sido esquecido. Fraco, muito fraco!
Cinema simples e que procura, de modo indireto, ressaltar os "valores cubanos" impregnados nas crianças que vivem alheias ao modelo capitalista. O mais interessante no filme é que começa com uma "exaltação" à vida dos cubanos que mudaram seu status sócio-econômico. Vemos uma Cuba com pessoas andando de carro importando, viajando para o exterior, etc. Uma família que talvez fuja da imagem que constantemente temos de Cuba. Mas daí, o roteiro, de forma magistral e simples, consegue levar o espectador a adentrar no universo daqueles que moram na favela e que não, necessariamente, necessitam das modernidades (representada no PlayStation). Mas a direção não demoniza a modernidade, apenas mostra. Daí a qualidade do filme ganha, e muito. Também, por foca a trama na vida dos meninos, gera uma empatia quase que imediata. Não é um filme que se destaque por aspectos técnicos, mas é muito bem feito e isto está claro na tela. Desde os enquadramentos até a edição, tudo é simples. Assim, temos uma pérola cubana do cinema.
Um filme interessantíssimo por duas razões, primeiramente porque consegue subverter o gênero de suspense e trazer algo novo, num local novo. O clima proposto pela direção é mantido durante todo o filme, aumentando sua tensão. O roteiro se apresenta como um achado, pois é o responsável pelas revelações e a possibilidade de conduzir o espectador até o final num nível de tensão ideal. Esteticamente o filme merece destaque, pois é uma fotografia preciosa. Enfim, o filme surpreende pelo que é e pela maneira com que a direção ousou e conseguiu em resultado ímpar.
Muito bom. A opção pela comédia é a grande sacada, pois consegue fazer uma crítica bem pontual à atuação estadunidense na guerra. Os personagens são bem construídos e demonstram as várias facetas dos soldados que estão lutando em nome dos EUA. O humor é pontual e às vezes com certo refinamento. A fotografia é diferenciada e chama muita atenção, ressaltando a aridez do deserto e a situação que os personagens vivem. Evidentemente que, devido ao gênero, não é um filme político e, por isso, não temos uma exposição mais profunda sobre a presença estadunidense no Iraque, mas acaba sendo um filme muito interessante. Bom mesmo!
O que chama a atenção neste filme é seu aspecto estético. Não é um filme de grande interpretação, mas nitidamente, de diretor. Leterrier tem o controle absoluto das imagens ao ponto de elas chamarem mais atenção do que o roteiro, que é relativamente simples. Não que seja sem qualidade, muito pelo contrário, a direção é tão precisa que, sabendo de suas limitações, aposta do aspecto visual e na qualidade dos atores. Temos um elenco de primeira linha atuando sem estrelismos e sabendo da importância dos personagens para a trama, mas não de modo individual. Jet Li, que não é nenhum talento dramático, é abafado pelos demais atores, mas não desaparece, pois seu personagem Danny foi construído com estas limitações do ator. A fotografia também necessita ser destacada. Enfim, o filme, apesar de não ser uma obra prima, merece o devido destaque pela "mão firme" do diretor que produziu uma obra autoral e estilosa. Não agrada a quem quer muita ação, porque não se trata disso, e não agrada a quem busca um filme de máfia, mas estabelece um meio termo nisso e cria um estilo. Bom.
Cristina Ricci constrói uma personagem bastante densa e que demonstra instabilidade emocional para enfrentar a vida. Poderia ser bem simples, mas esta situação é potencializada frustração da mãe e "abandono" do pai. Inicialmente Ricci consegue dar bastante credibilidade à personagem, mas há alguma instabilidade em sua criação. Contudo, não compromete o filme porque os coadjuvantes dão suporte à trama. Lange, como mãe, leva o sentimento de frustração ao extremo e isso repercute diretamente na filha. Uma interpretação magistral. Williamns, como amiga, também faz o contraponto de Ricci e se sai muito bem. Ainda temos uma crítica com relação à situação em que os americanos vivem, sob pressão e que se voltam ao uso de medicamentos. Por fim, temos um filme bom, devido à direção bem correta, mas que com o passar do tempo não consegue manter o padrão do início. Mas mesmo assim, acima da média.
Que porcaria é esse filme! Elenco B, trama sem qualquer requinte e que aposta e saídas consagradas, além de terem sido usadas ao extremo. Um suspense que não consegue manter o padrão de tensionamento que propõe, ou seja, a premissa dos fatos aponta um desdobramento e aos poucos, como não pode ser revelado, para que o filme não acabe com 20 minutos, há uma grande enrolação. Personagens que surgem para tapar buraco do roteiro e que são "uma piada", como o "místico" que mantém contato com os ETs. E ainda por cima, com um final frustrante. Perda de tempo e dinheiro com o ingresso!
Besterol! Roteiro fraco, estereótipos que nada acrescentam à trama e previsibilidade cansativa. Um típico filme que a RioFilmes vem jogando no mercado e que são, no mínimo, de qualidade duvidosa. Atores subaproveitados numa trama que busca um riso fácil. É interessante como o filme é tecnicamente muito bom, mas aposta num roteiro que nada salva. Por fim, perda de tempo!
Rever este filme é sempre um grande prazer, e, quando a qualidade do som e imagem aumentam, o prazer é triplicado! Ressaltar as qualidades deste filme acaba sendo "lugar comum", pois ele ajudou a mudar a concepção de ficção científica e terror. Também, esteticamente, é inquestionável. Mas desta última vez o que me chamou a atenção foi o caráter "politicamente incorreto" do filme. É interessante perceber como os cineastas não tinham pudor ao retratar as pessoas fumando, o que hoje é quase um crime. Fumar em uma nave espacial parece um absurdo, mas em Alien é possível aventar a possibilidade de que haja mais fumaça de cigarro do que dos jatos de "gelo seco" que saem dos tubos toda hora. O poder dos lobbies da indústria do tabaco emplacava em produções como essa! É isso!
Uma das melhores melhores metáforas sobre a guerra já feitos. Cada detalhe, cada cena, cada personagem tem uma função específica para estabelecer a devida crítica. E tudo isso recheado com belas interpretações, direção segura e uma trama muito bem contada, sem se arrastar em cenas que não teriam significado. Tudo no filme é necessário para mostrar o significado da guerra. E o final é a melhor sacada. Seja pelo seu ineditismo, seja pela lógica racional que pautam as relações entre estados e que perdurou durante o conflito entre bósnios e sérvios. Angustiante!
10 Anos de Pura Amizade
2.9 212Filme básico e convencional sobre reencontros. Temos todos os tipos de personagens já usados ao extremos neste tipo de filme. O problema é que neste caso não há nenhum que se destaque e as tramas são tão óbvias que o filme vai perdendo o interesse conforme se aprofunda. Há, desde o cara que virou superstar até a
menina popular que não deu certo na vida
Poder Paranormal
3.2 701O clima de suspense do filme é seu maior trunfo. Temos personagens que não se mostram por completo e isso amplia a tensão.
A morte da personagem de Weaver é interessante para revigorar a trama.
Jobs
3.1 750 Assista AgoraUm tanto frustrante. Por mais que traga aspectos da vida de Jobs que pouca gente conhecia, não chega a empolgar. O filme é frio, parece que se desenvolve de modo burocrático e não envolve o espectar. Por mais que apresente alguns aspectos trágicos da vida de Jobs, não chega a emocionar. Um filme burocrático ao extremo que se perde em alguns meandros do processo de negociação que levou Jobs a perder sua empresa e depois recuperá-la. Kutcher também não contribui muito para isso, apesar de buscarem caracterizá-lo como Jobs (e o caminhar ficou muito bom!), faltou carisma. Jobs acaba sendo um filme cansativo, sem emoção. Apenas vemos uma pessoa obstinada e que passa por cima de tudo para alcançar seus objetivos.
Dentro da Casa
4.1 553 Assista AgoraUma pequena obra-prima! Assistir a este filme é um deleite, pois desde o roteiro, passando pelas interpretações e concluindo com a direção, temos uma obra diferenciada. O filme não parte de uma premissa clara, pois ao mesmo tempo em que temos um "menino criativo", também temos um "professor estafado" e não tempos certeza para que caminho seguirá a trama. Esta sacada é boa e ao mesmo tempo em que acompanhamos a construção da relação entre o menino e o professor, percebemos que a vida do professor passa a ser mais interessante conforme se aprofunda na fantasia do menino. O roteiro trabalha com esta relação de maneira incrível, pois, de repente, o que parecia um trama simples de aluno/professor, se transforma num vício. Acredito que apenas o final seja um tanto frustrante, mas não faz com que o filme perca sua qualidade.
Timor Lorosae - O Massacre que o Mundo Não Viu
3.8 8Lucélia Santos fez um documentário necessário, de fato, um documento que serve como denúncia acerca de tudo o que a população timorense vivenciou... e vivencia. Santos não busca inovar na linguagem documental e aposta no "arroz com feijão", por isso faz um documentário bem correto, com boas entrevistas e cenas marcantes, às vezes, chocantes. Talvez o diferencial neste documentário seja o aspecto dramático que Santos impõe. Às vezes parece que estamos seguindo uma narrativa dramática de novela, que busca levar à emoção os espectadores, mas isto não desqualifica o documentário, pois não é excessivo, apenas o torna peculiar. Enfim, temos uma denúncia dura e que ratifica o desinteresse das potências por alguns países "com importância diminuta no sistema internacional".
Hemingway & Martha
3.5 121 Assista AgoraUm show de produção! Duas grandes personagens, mas apenas Owne se destacando. Seu Hemingway é algo desafiador. Ao mesmo tempo representa a grandiosidade de um gênio da literatura, demonstra o quão inseguro era. Seu caráter acaba sendo colocado à prova e, muitas vezes, sua coragem acaba sendo questionada. Por si, a vida de Hemingway já seria um show, mas quando ganha a visão crítica de Gellhorn deveria ser um atrativo ainda maior, no entanto, devido à interpretação fraca de Kidman, o filme perde intensidade. Mas com a mega produção da HBO por traz, continua sendo uma grande pedida!
O Mistério das Duas Irmãs
3.5 1,5K Assista AgoraBastante interessante devido ao roteiro. E a direção conseguiu explorar essa potencialidade da trama fazendo com que o espectador fosse conduzido ao seu bel prazer. A maneira que a narrativa se desenrola não deixa a possibilidade para que o final seja revelado. Nesse sentido, lembra muito a maestria de Shaymalam em Sexto Sentido (apenas neste filme). Conduzir a trama é um trabalho de direção e aqui ela se sai muito bem. Os personagens são construídos sem muitos trejeitos para ficarem carregados demais, o que deixa a trama mais interessante. O suspense e a incerteza conduzem a trama, contudo, final é o mais interessante. Bela sacada, pois se demorasse um pouco mais para se resolver, teríamos o filme entrando num momento complicado de "sangue por sangue"... Vale a pena!
Em Teu Nome
3.1 37 Assista AgoraFilme muito interessante e com produção bem acabada. Talvez o maior problema seja o roteiro, pois devido a sua fragmentação e necessidade de passagem de tempo constante, a direção não soube explorar muito bem essa questão na edição e colocou fades demais. Fica cansativo termos a tela escura o tempo todo. Mas é um filme que mantém boa regularidade, as interpretação são corretas, sem grandes destaques e a direção de arte fez um belo trabalho. Um bom filme!
Rush: No Limite da Emoção
4.2 1,3K Assista AgoraBoas interpretações e belas cenas de ação nas corridas. É interessante visitar a romântica F1 dos anos 70, que, de acordo com o próprio filme, morriam vários corredores nas temporadas. Todo este ambiente é muito bem reconstituído e a direção de arte não pouco esforços nesse sentido. Bruhl, que é um ator diferenciado e já vem mostrando isso desde Salvador, consegue impor dramaticidade extra à vida de Niki Lauda. No entanto, em determinado momento do filme não há muito mais o que mostrar e há uma "barriga" no roteiro que o faz perder força. Talvez o tempo excessivo tenha sido o grande problema do filme, com meia hora mesmo teria conseguido mostrar o que pretendia. Apesar de ser um bom filme, não chega aos pés do documentário sobre Ayrton Senna, este sim, daria um filme incrível, Infelizmente a família de Senna não pretende que certo aspectos de sua vida seja expostas para que ele continue sendo um mito, assim, temos o grande piloto que jamais será superado!
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista AgoraBelíssima história! O roteiro é um primor, pois consegue explorar ao máximo os sentimentos sem ser piegas. Não é uma história de amor comum que ocorre na infância, é algo mais, pois a proposta da direção extrapola o realismo e o mescla com algo distinto, mas de grande potencial para envolver o espectador. As interpretações parecem estranhas inicialmente, mas logo se adequam completamente à proposta do filme. A direção é precisa e constrói um cenário de beleza sem igual. Grandes atores fazendo personagens sem glamour e extremamente verdadeiros. As crianças são um show a parte, agem com uma naturalidade e, ao mesmo tempo, um desencanto pela vida que assusta. O olha dos dois é algo marcante. A direção de arte dá show, uma beleza que invade a tela e pontua a trama. Enfim, um filme para ver e rever muitas vezes!
Aviões
2.8 175 Assista AgoraUm filme comum, que não empolga. O roteiro é um apanhando de várias lições que, requentadas, surgem nestes personagens. O problema é que o filme não inova em nada e ainda vai ficando cansativo com o transcorrer. Os personagens não são cativantes quanto Carros e, com certeza, será um filme a ser esquecido. Evidentemente que no aspecto técnico o filme é impecável, mas parece que as pessoas precisam mais do que voz de Ivete Sangalo e 3D, é necessário uma trama interessante, e, neste caso, faltou completamente.
A Novela das 8
3.3 107Talvez o filme até tenha uma proposta boa, no entanto, desde o estilo de interpretação das atriz (Ohana naturalista e Giácomo completamente histriônico) até a pobreza na reconstituição de época fazem com que vá perdendo sua qualidade. Discutir a importância da telenovela na cultura brasileira parece perfeito e isso ser feito na vida de uma prostituta, uma sacada e tanto, mas para por aí. Há uma secessão de personagens que entram na trama somente para justificar pequenas passagens da vida de Ohana e não têm função. Isso sim, lembra algumas novelas de baixa qualidade em que os autores lançam mão de personagens para consertar a trama. Neste caso, para um roteiro cinematográfico, torna-se muito precário. O filme da personagem de Ohana é uma piada, seja pela baixa qualidade de interpretação ator, seja pela besteira com que é tratada sua homossexualidade. Os avós dele são outros personagens de melodrama pobre e o final, esse sim, uma porcaria. A cena final dos dois merecia uma Framboesa! Ainda temos o personagem de Solano que não serve para absolutamente nada. Cria-se uma função estúpida para justificar a personagem do filho de Ohana, mas acaba sendo tão banal e lugar comum que cansa o espectador. Por fim, até o movimento revolucionário da época acaba se tornando piada em si mesmo. A cara de "malvado" de Nero é de tirar risos de qualquer pessoa. Talvez o diretor use a máxima rodriguiana de que "não basta ser honesta, tem de parecer honesta", nesta caso, adaptada para "não basta ser malvado, tem de parecer malvado". Patético. E que pobreza esta direção de arte. Na ausência de recursos, optou por fazer quase todas as cenas dentro de carros, mas com filmagem tecnicamente questionável. Enfim, um filme que deixa muito a desejar!
A Busca
3.4 714 Assista AgoraInfelizmente o filme vai sumindo conforme se desenvolve. A cena inicial, com o encontro do casal recém-separado é sufocante, a densidade criada pelos diálogos é algo que dificilmente conseguimos encontrar. Wagner Moura e Mariana Lima dão um show na cena... e não para por aí, o encontro dos dois no consultório também é algo incrível. Mas não sobre esse relacionamento que o o filme iria tratar num primeiro plano. Evidentemente que esse é o fato que desencadeia toda a situação problema, mas depois se transforma num road movie e a entrada e saída de personagens não acrescenta muito à trama. Temos bons coadjuvantes, belíssima fotografia, mas quanto mais o filme se afasta da relação entre marido e mulher e entra numa busca desenfreada pelo filho, mais ele vai enfraquecendo. Mesmo a relação problemática do personagem de Moura com o pai é algo insuficiente para desencadear tudo que vem pela frente... falta subsídio para aceitarmos essa força que é dada à relação dos dois. Parece que em algum momento a direção se envolve demais com o visual do filme e suas escolhas enfraquecem a trama central. A personagem de Mariana Lima fica esquecida... Por fim, parece que tudo que foi prometido numa primeira cena inesquecível, se acaba... Ah, e que trilha!!! Essa sim é de uma dramaticidade ímpar!
Prometheus
3.1 3,4K Assista AgoraUma grande decepção. Scott "engana" o espectador quando constrói a estética de Alien e promete que teremos um filme de suspense daquele calibre, mas logo vai se perdendo com a fragilidade do roteiro e a interpretação completamente equivocada de Rapace. Sua personagem é uma caricatura, assim como muito outros, inclusive de Theron. O filme tenta se segurar no aspecto estético, que é de qualidade ímpar, e nos efeitos especiais, no entanto, como já vivos em inúmeras outras situações, com um roteiro tão fraco, não foi possível. Scott errou de modo grosseiro!
Uma Noite na Vida de Jimmy Reardon
2.9 17O que deve ser destacado neste filme é apenas a interpretação de Phoenix, que destoava dos demais, contudo, os demais aspectos são muito fracos. Temos um roteiro fraco, uma direção imprecisa e personagens sem qualquer brilho. Talvez o mais interessante dos coadjuvantes Perry, que já demonstrava sua verve cômica. Exceto por isso, mais nada merece destaque. Da filmografia de Phoenix, este é um filme que poderia ter sido esquecido. Fraco, muito fraco!
Habanastation
3.7 14Cinema simples e que procura, de modo indireto, ressaltar os "valores cubanos" impregnados nas crianças que vivem alheias ao modelo capitalista. O mais interessante no filme é que começa com uma "exaltação" à vida dos cubanos que mudaram seu status sócio-econômico. Vemos uma Cuba com pessoas andando de carro importando, viajando para o exterior, etc. Uma família que talvez fuja da imagem que constantemente temos de Cuba. Mas daí, o roteiro, de forma magistral e simples, consegue levar o espectador a adentrar no universo daqueles que moram na favela e que não, necessariamente, necessitam das modernidades (representada no PlayStation). Mas a direção não demoniza a modernidade, apenas mostra. Daí a qualidade do filme ganha, e muito. Também, por foca a trama na vida dos meninos, gera uma empatia quase que imediata. Não é um filme que se destaque por aspectos técnicos, mas é muito bem feito e isto está claro na tela. Desde os enquadramentos até a edição, tudo é simples. Assim, temos uma pérola cubana do cinema.
A Espinha do Diabo
3.8 350 Assista AgoraUm filme interessantíssimo por duas razões, primeiramente porque consegue subverter o gênero de suspense e trazer algo novo, num local novo. O clima proposto pela direção é mantido durante todo o filme, aumentando sua tensão. O roteiro se apresenta como um achado, pois é o responsável pelas revelações e a possibilidade de conduzir o espectador até o final num nível de tensão ideal. Esteticamente o filme merece destaque, pois é uma fotografia preciosa. Enfim, o filme surpreende pelo que é e pela maneira com que a direção ousou e conseguiu em resultado ímpar.
Três Reis
3.4 139 Assista AgoraMuito bom. A opção pela comédia é a grande sacada, pois consegue fazer uma crítica bem pontual à atuação estadunidense na guerra. Os personagens são bem construídos e demonstram as várias facetas dos soldados que estão lutando em nome dos EUA. O humor é pontual e às vezes com certo refinamento. A fotografia é diferenciada e chama muita atenção, ressaltando a aridez do deserto e a situação que os personagens vivem. Evidentemente que, devido ao gênero, não é um filme político e, por isso, não temos uma exposição mais profunda sobre a presença estadunidense no Iraque, mas acaba sendo um filme muito interessante. Bom mesmo!
Cão de Briga
3.6 452 Assista AgoraO que chama a atenção neste filme é seu aspecto estético. Não é um filme de grande interpretação, mas nitidamente, de diretor. Leterrier tem o controle absoluto das imagens ao ponto de elas chamarem mais atenção do que o roteiro, que é relativamente simples. Não que seja sem qualidade, muito pelo contrário, a direção é tão precisa que, sabendo de suas limitações, aposta do aspecto visual e na qualidade dos atores. Temos um elenco de primeira linha atuando sem estrelismos e sabendo da importância dos personagens para a trama, mas não de modo individual. Jet Li, que não é nenhum talento dramático, é abafado pelos demais atores, mas não desaparece, pois seu personagem Danny foi construído com estas limitações do ator. A fotografia também necessita ser destacada. Enfim, o filme, apesar de não ser uma obra prima, merece o devido destaque pela "mão firme" do diretor que produziu uma obra autoral e estilosa. Não agrada a quem quer muita ação, porque não se trata disso, e não agrada a quem busca um filme de máfia, mas estabelece um meio termo nisso e cria um estilo. Bom.
Geração Prozac
3.6 465Cristina Ricci constrói uma personagem bastante densa e que demonstra instabilidade emocional para enfrentar a vida. Poderia ser bem simples, mas esta situação é potencializada frustração da mãe e "abandono" do pai. Inicialmente Ricci consegue dar bastante credibilidade à personagem, mas há alguma instabilidade em sua criação. Contudo, não compromete o filme porque os coadjuvantes dão suporte à trama. Lange, como mãe, leva o sentimento de frustração ao extremo e isso repercute diretamente na filha. Uma interpretação magistral. Williamns, como amiga, também faz o contraponto de Ricci e se sai muito bem. Ainda temos uma crítica com relação à situação em que os americanos vivem, sob pressão e que se voltam ao uso de medicamentos. Por fim, temos um filme bom, devido à direção bem correta, mas que com o passar do tempo não consegue manter o padrão do início. Mas mesmo assim, acima da média.
Os Escolhidos
3.3 951 Assista AgoraQue porcaria é esse filme! Elenco B, trama sem qualquer requinte e que aposta e saídas consagradas, além de terem sido usadas ao extremo. Um suspense que não consegue manter o padrão de tensionamento que propõe, ou seja, a premissa dos fatos aponta um desdobramento e aos poucos, como não pode ser revelado, para que o filme não acabe com 20 minutos, há uma grande enrolação. Personagens que surgem para tapar buraco do roteiro e que são "uma piada", como o "místico" que mantém contato com os ETs. E ainda por cima, com um final frustrante. Perda de tempo e dinheiro com o ingresso!
O Concurso
2.3 665 Assista AgoraBesterol! Roteiro fraco, estereótipos que nada acrescentam à trama e previsibilidade cansativa. Um típico filme que a RioFilmes vem jogando no mercado e que são, no mínimo, de qualidade duvidosa. Atores subaproveitados numa trama que busca um riso fácil. É interessante como o filme é tecnicamente muito bom, mas aposta num roteiro que nada salva. Por fim, perda de tempo!
Alien: O Oitavo Passageiro
4.1 1,3K Assista AgoraRever este filme é sempre um grande prazer, e, quando a qualidade do som e imagem aumentam, o prazer é triplicado! Ressaltar as qualidades deste filme acaba sendo "lugar comum", pois ele ajudou a mudar a concepção de ficção científica e terror. Também, esteticamente, é inquestionável. Mas desta última vez o que me chamou a atenção foi o caráter "politicamente incorreto" do filme. É interessante perceber como os cineastas não tinham pudor ao retratar as pessoas fumando, o que hoje é quase um crime. Fumar em uma nave espacial parece um absurdo, mas em Alien é possível aventar a possibilidade de que haja mais fumaça de cigarro do que dos jatos de "gelo seco" que saem dos tubos toda hora. O poder dos lobbies da indústria do tabaco emplacava em produções como essa! É isso!
Terra de Ninguém
4.0 80Uma das melhores melhores metáforas sobre a guerra já feitos. Cada detalhe, cada cena, cada personagem tem uma função específica para estabelecer a devida crítica. E tudo isso recheado com belas interpretações, direção segura e uma trama muito bem contada, sem se arrastar em cenas que não teriam significado. Tudo no filme é necessário para mostrar o significado da guerra. E o final é a melhor sacada. Seja pelo seu ineditismo, seja pela lógica racional que pautam as relações entre estados e que perdurou durante o conflito entre bósnios e sérvios. Angustiante!