Vi essa série ao longo de um ano e meio, entre tantas outras coisas. Dada a sua densidade, não consegui dar a continuidade que usualmente dispenso às histórias que acompanho. De modo geral, é uma série espetacular, embora eu tenha deixado de entender algumas coisas lá pelo meio da terceira temporada. São, literalmente, muitas camadas! Sem dúvidas é daquelas que demandam que a gente reveja em algum momento do futuro, o que farei com grande prazer. Trata-se de um espetáculo visual, informacional e sonoro, para além de uma das melhores histórias já criadas para a TV.
A sinopse está errada, mas o filme é bom. É um thriller que não chega a ferver, mas que é cozido lentamente, e cujo resultado final é um prato satisfatório com algumas camadas de sabor. Acho que com mais 20min algumas pontas soltas poderiam ser amarradas, especialmente no que tange ao background de "Henry" e ao próprio crime em si- motivação é sempre algo imprescindível para mim.
A história é (bem) melhor que a série. Mas conheci a história pela série, que não nega seu tom ficcional. Realmente poderia ter metade dos capítulos e, de repente, se ater mais ao que de fato aconteceu. Mas é show/entretenimento, então entendo (mas não fico satisfeito com) toda a encheção de linguiça. Nove episódios foi demais.
Esse curta é estupendo pela música e pela expressividade desse fenômeno que é Tilda Swinton. Interpretar um "alien" e nos fazer ver um é para poucos. E pensar que anos depois ela atuaria com nosso alien predileto, David Bowie. Curioso pensar que tanto ele quanto ela são considerados camaleões em suas respectivas áreas.
Esse filme é todo sobre estética/fotografia e trilha sonora. Tem a digital de PTA, nos melhores dias, o que quer dizer "rolê aleatório". É um lance que eu começo não gostando muito e acabo gostando um pouco.
Minha sensação após ver esse filme é exatamente a dos dois comentários abaixo. Ao tempo em que me tocou a sensibilidade da homenagem(?) de Gaspar Noé aos idosos, como filme achei monótono. Será a velhice isso, uma monotonia até a degeneração dos neurônios ou o piripaque cardíaco fatal? Por outro lado, gostei de ver os lampejos de vida,apesar da idade avançada: a reafirmação da autonomia (até onde deu) de morar na própria casa; a possibilidade de romance; a escolha dos hábitos e a atividade intelectual. É uma vida que só os afortunados experimentarão. Falo isso sem esperança alguma.
Sem dúvidas o melhor que vi de Rohmer. Como esse cara faz filmes bonitos! As reflexões das personagens são a síntese do modernismo: liberdade, sexualidade, moral, dever, angústia, tudo isso permeado pela bela paisagem urbana francesa.
Filme excelente, o segundo melhor dos cinco que vi de Rohmer. Como são esteticamente bonitos os filmes desse diretor. É realmente um cinema que já não se vê muito. Diálogos profundos, lances de câmera, a natureza em seu esplendor e bastantes reflexões sobre vida, liberdade, sexualidade e comportamento de modo geral. Esse só não é melhor que "Amor à Tarde".
O filme é bom, mas dos cinco que vi, não o elegeria como o melhor de Rohmer - como a nota alta aqui pode sugerir. Amor à tarde sem dúvida foi o melhor que vi, seguido por A Colecionadora.
Ainda me impressiona ver como o cinema brasileiro no século XX era ruim. Só chanchadas, literalmente: umas frases espirituosas aqui e ali, uns nudes, atuações meia-boca da maioria do elenco e a velha exploração da Miséria S.A. que é este país. Verdade seja dita, Zé Wilker e Betty Faria mandaram bem em seus papéis, mas enredo e roteiro são tão confusos quanto a América Central. Mas se eu tivesse algum compromisso com a crítica, reconheceria o valor histórico e a fotografia bonita do país. Alguns filmes de que gosto tiveram clara inspiração no filme e nas suas personagens. Impossível, por exemplo, não ver que Seziom d'O Homem que Desafiou o Diabo é inspirado em Zé da Luz.
Enredo e fotografia muito bons, mas o roteiro deixou a desejar. O filme realmente tem uma trama de mistério e suspense muito bem tecida, mas o roteiro é um quebra-cabeça quase hermético - até pra quem curte o estilo, como eu.
Excelente filme. Só mesmo uma direção magistral para tornar um "drama familiar" algo mais, e é o que temos aqui. Gosto muito dos jogos de câmera que são bem utilizados aqui: é como um lembrete que nos relembra de que há outras perspectivas em cena, nunca apenas a que está defronte de nós. Também fico feliz quando exploram as neuras e paranóias que nos fazem tão humanos: medos ridículos, apegos exacerbados a outras pessoas e crenças variadas...que criaturinha o ser humano é!
O livro de Gabriel Feltran (Irmãos: uma história do PCC) é tão magistral que deu ensejo a esse documentário, mas também à série Irmãos (aquela meia boca da Netflix). Documentário muito bom, poderia ser ainda maior, porque a história dessa facção se confunde com a do crime no Brasil do séc. XXI. Infelizmente o Brasil é um bom país para que organizações criminosas prosperem: território gigante, fragmentado, com uma histórica e abissal desigualdade social e, a cereja do bolo, com um sistema de justiça capenga. Não vislumbro o fim dessa guerra, infelizmente.
Excelente minissérie. Como deve ser difícil fazer um evento dessa magnitude, ainda mais inspirado em algo tão paradigmático quanto foi o Woodstock 69. É realmente lamentável que os organizadores não tenham aprendido nada: fiquei chocado várias vezes com a leviandade (para não dizer má-fé) com que lidaram com os problemas. Impressionante que não tenha morrido ninguém, mas os danos foram colossais. Um fracasso retumbante no país mais rico do mundo, onde não se esperaria tanta precariedade. O comportamento insano das pessoas ja devia ser algo esperado, mas isso tbm mostra que os organizadores estavam com a cabeça noutro lugar.
Um pornô softcore com um enredo bem mais ou menos. Pareceu-me uma miscelânea de conceitos e de referências, sem dizer muito. Incrível como a fotografia pareceu a dos filmes de Sean Baker (Projeto Flórida e Tangerine).
É esse o tipo de filme que quero ver na véspera de um feriado, à noite, com quem escolhi compartilhar a vida. Drama na medida certa, aquele tempero de utopia/distopia high tech, trilha sonora memorável e uma linda fotografia, tudo em perfeita sintonia. Estou grato, pois nem sempre é fácil achar filmes tão palatáveis como esse.
Embora a produção siga incidindo nos mesmos erros das temporadas passadas (inverossimilhança, abuso de closes em June etc), nessa ela ganhou uma carga dramática maior e um quê de "pé no chão", com as possibilidades de retomada de algumas relações e suas inevitáveis consequências. Eu vinha frustrado com as demais temporadas, mas achei essa a melhor até agora, o que aumentou as expectativas para a que está por vir.
Ok, esse não é o primeiro filme "viajado" que eu vejo na vida, então não preciso me prolongar nesse quesito. O que gostei: as poucas e marcantes músicas e a linda fotografia. O que não gostei: da história.
Essa temporada é, basicamente, Offred se transformando em Zé Pequeno!? Na boa...o episódio de que menos gostaram (o 09, "Heroic"), foi um dos que mais gostei. Ali eu vi várias atuações honestas e uma personagem sofrendo as consequências psíquicas de mais uma punição injusta - lembrando que ela já estava num crescendo de sair dos trilhos mentais. Agora, pra mim continua sendo difícil creditar a atuação de Elisabeth Moss com tantos "carões" e tantas cenas exageradas e inverossímeis. Pra mim o maior erro da série é buscarem transformar Offred numa SUPER-heroína, em vez de uma heroína de carne e osso. Parece que Gilead inteira fecha seus totalitários olhos para o que ela faz - como, quando e com quem quer. Sigamos.
Mr. Robot (4ª Temporada)
4.6 369Vi essa série ao longo de um ano e meio, entre tantas outras coisas. Dada a sua densidade, não consegui dar a continuidade que usualmente dispenso às histórias que acompanho.
De modo geral, é uma série espetacular, embora eu tenha deixado de entender algumas coisas lá pelo meio da terceira temporada.
São, literalmente, muitas camadas!
Sem dúvidas é daquelas que demandam que a gente reveja em algum momento do futuro, o que farei com grande prazer.
Trata-se de um espetáculo visual, informacional e sonoro, para além de uma das melhores histórias já criadas para a TV.
O Desconhecido
3.1 68 Assista AgoraA sinopse está errada, mas o filme é bom.
É um thriller que não chega a ferver, mas que é cozido lentamente, e cujo resultado final é um prato satisfatório com algumas camadas de sabor.
Acho que com mais 20min algumas pontas soltas poderiam ser amarradas, especialmente no que tange ao background de "Henry" e ao próprio crime em si- motivação é sempre algo imprescindível para mim.
Inventando Anna
3.4 173 Assista AgoraA história é (bem) melhor que a série. Mas conheci a história pela série, que não nega seu tom ficcional.
Realmente poderia ter metade dos capítulos e, de repente, se ater mais ao que de fato aconteceu.
Mas é show/entretenimento, então entendo (mas não fico satisfeito com) toda a encheção de linguiça. Nove episódios foi demais.
Caprice
3.5 6Bonitinho mas ordinário.
THE BOX
3.8 4Esse curta é estupendo pela música e pela expressividade desse fenômeno que é Tilda Swinton.
Interpretar um "alien" e nos fazer ver um é para poucos.
E pensar que anos depois ela atuaria com nosso alien predileto, David Bowie. Curioso pensar que tanto ele quanto ela são considerados camaleões em suas respectivas áreas.
Dustin
3.4 6Um filme que sai do nada e chega a lugar nenhum.
Licorice Pizza
3.5 598Esse filme é todo sobre estética/fotografia e trilha sonora.
Tem a digital de PTA, nos melhores dias, o que quer dizer "rolê aleatório".
É um lance que eu começo não gostando muito e acabo gostando um pouco.
Vortex
4.0 66Minha sensação após ver esse filme é exatamente a dos dois comentários abaixo.
Ao tempo em que me tocou a sensibilidade da homenagem(?) de Gaspar Noé aos idosos, como filme achei monótono.
Será a velhice isso, uma monotonia até a degeneração dos neurônios ou o piripaque cardíaco fatal?
Por outro lado, gostei de ver os lampejos de vida,apesar da idade avançada: a reafirmação da autonomia (até onde deu) de morar na própria casa; a possibilidade de romance; a escolha dos hábitos e a atividade intelectual.
É uma vida que só os afortunados experimentarão. Falo isso sem esperança alguma.
Amor à Tarde
4.1 41 Assista AgoraSem dúvidas o melhor que vi de Rohmer.
Como esse cara faz filmes bonitos!
As reflexões das personagens são a síntese do modernismo: liberdade, sexualidade, moral, dever, angústia, tudo isso permeado pela bela paisagem urbana francesa.
A Colecionadora
3.8 49 Assista AgoraFilme excelente, o segundo melhor dos cinco que vi de Rohmer.
Como são esteticamente bonitos os filmes desse diretor. É realmente um cinema que já não se vê muito.
Diálogos profundos, lances de câmera, a natureza em seu esplendor e bastantes reflexões sobre vida, liberdade, sexualidade e comportamento de modo geral.
Esse só não é melhor que "Amor à Tarde".
O Raio Verde
4.1 87O filme é bom, mas dos cinco que vi, não o elegeria como o melhor de Rohmer - como a nota alta aqui pode sugerir.
Amor à tarde sem dúvida foi o melhor que vi, seguido por A Colecionadora.
Bye Bye Brasil
3.9 145 Assista AgoraAinda me impressiona ver como o cinema brasileiro no século XX era ruim. Só chanchadas, literalmente: umas frases espirituosas aqui e ali, uns nudes, atuações meia-boca da maioria do elenco e a velha exploração da Miséria S.A. que é este país.
Verdade seja dita, Zé Wilker e Betty Faria mandaram bem em seus papéis, mas enredo e roteiro são tão confusos quanto a América Central.
Mas se eu tivesse algum compromisso com a crítica, reconheceria o valor histórico e a fotografia bonita do país. Alguns filmes de que gosto tiveram clara inspiração no filme e nas suas personagens. Impossível, por exemplo, não ver que Seziom d'O Homem que Desafiou o Diabo é inspirado em Zé da Luz.
Cidadão Klein
4.0 22Enredo e fotografia muito bons, mas o roteiro deixou a desejar.
O filme realmente tem uma trama de mistério e suspense muito bem tecida, mas o roteiro é um quebra-cabeça quase hermético - até pra quem curte o estilo, como eu.
The Humans
3.4 44 Assista AgoraExcelente filme.
Só mesmo uma direção magistral para tornar um "drama familiar" algo mais, e é o que temos aqui.
Gosto muito dos jogos de câmera que são bem utilizados aqui: é como um lembrete que nos relembra de que há outras perspectivas em cena, nunca apenas a que está defronte de nós.
Também fico feliz quando exploram as neuras e paranóias que nos fazem tão humanos: medos ridículos, apegos exacerbados a outras pessoas e crenças variadas...que criaturinha o ser humano é!
PCC: Poder Secreto
4.0 23O livro de Gabriel Feltran (Irmãos: uma história do PCC) é tão magistral que deu ensejo a esse documentário, mas também à série Irmãos (aquela meia boca da Netflix).
Documentário muito bom, poderia ser ainda maior, porque a história dessa facção se confunde com a do crime no Brasil do séc. XXI.
Infelizmente o Brasil é um bom país para que organizações criminosas prosperem: território gigante, fragmentado, com uma histórica e abissal desigualdade social e, a cereja do bolo, com um sistema de justiça capenga.
Não vislumbro o fim dessa guerra, infelizmente.
Grandes Fracassos: Woodstock 99
3.8 113Excelente minissérie.
Como deve ser difícil fazer um evento dessa magnitude, ainda mais inspirado em algo tão paradigmático quanto foi o Woodstock 69.
É realmente lamentável que os organizadores não tenham aprendido nada: fiquei chocado várias vezes com a leviandade (para não dizer má-fé) com que lidaram com os problemas.
Impressionante que não tenha morrido ninguém, mas os danos foram colossais.
Um fracasso retumbante no país mais rico do mundo, onde não se esperaria tanta precariedade.
O comportamento insano das pessoas ja devia ser algo esperado, mas isso tbm mostra que os organizadores estavam com a cabeça noutro lugar.
Pleasure
3.4 113 Assista AgoraUm pornô softcore com um enredo bem mais ou menos.
Pareceu-me uma miscelânea de conceitos e de referências, sem dizer muito.
Incrível como a fotografia pareceu a dos filmes de Sean Baker (Projeto Flórida e Tangerine).
Estradeiros
3.3 3Ruim.
Não via a hora de acabar.
Apesar de ser um tema intrigante, o filme é ruim mesmo.
É isso.
Marjorie Prime
3.4 43 Assista AgoraÉ esse o tipo de filme que quero ver na véspera de um feriado, à noite, com quem escolhi compartilhar a vida.
Drama na medida certa, aquele tempero de utopia/distopia high tech, trilha sonora memorável e uma linda fotografia, tudo em perfeita sintonia.
Estou grato, pois nem sempre é fácil achar filmes tão palatáveis como esse.
O Conto da Aia (4ª Temporada)
4.3 428 Assista AgoraEmbora a produção siga incidindo nos mesmos erros das temporadas passadas (inverossimilhança, abuso de closes em June etc), nessa ela ganhou uma carga dramática maior e um quê de "pé no chão", com as possibilidades de retomada de algumas relações e suas inevitáveis consequências.
Eu vinha frustrado com as demais temporadas, mas achei essa a melhor até agora, o que aumentou as expectativas para a que está por vir.
All the Crows in the World
3.5 5Um belo nonsense.
Gostei.
Memória
3.5 64 Assista AgoraOk, esse não é o primeiro filme "viajado" que eu vejo na vida, então não preciso me prolongar nesse quesito.
O que gostei: as poucas e marcantes músicas e a linda fotografia.
O que não gostei: da história.
O Conto da Aia (3ª Temporada)
4.3 596 Assista AgoraEssa temporada é, basicamente, Offred se transformando em Zé Pequeno!?
Na boa...o episódio de que menos gostaram (o 09, "Heroic"), foi um dos que mais gostei. Ali eu vi várias atuações honestas e uma personagem sofrendo as consequências psíquicas de mais uma punição injusta - lembrando que ela já estava num crescendo de sair dos trilhos mentais.
Agora, pra mim continua sendo difícil creditar a atuação de Elisabeth Moss com tantos "carões" e tantas cenas exageradas e inverossímeis.
Pra mim o maior erro da série é buscarem transformar Offred numa SUPER-heroína, em vez de uma heroína de carne e osso. Parece que Gilead inteira fecha seus totalitários olhos para o que ela faz - como, quando e com quem quer.
Sigamos.
Continência ao Amor
3.2 322 Assista AgoraPor que esse filme tem capa e título que me remetem àqueles clipes deploráveis do Kwai?