Por mais que os momentos de ação sejam extremamente empolgantes, ou que as cenas de músicas sejam todas absurdas (a batalha de dança eu NUNCA MAIS vou me esquecer), as três horas passarem voando foi o que mais me pegou, simplesmente a história não cansa, não enjoa, eu tô me tremendo até agora. Taí um filme que exala vida, que exala verdade.
A obviedade é gritante, sim, e o discurso é apelativo e raso, com certeza, mas o que eu ri nessas 2h20 foi sacanagem. Uma dica: passem LONGE da sinopse.
Foda-se a história, foda-se o roteiro, eu quero o deslumbre, o espetáculo, a magia; eu quero sentir que faço parte de Pandora, e só James Cameron pra tornar isso possível. O cineasta que mais simbolizou o blockbuster nos últimos 30 anos conseguiu de novo, em sua odisseia megalomaníaca, trabalhosa, e absurdamente cara, nos transportar para o universo audiovisual mais lindo já criado. Na primeira cena embaixo d'água eu já tava chorando, essa é a força de James Cameron.
Tem mais coisas positivas do que eu me lembrava, como alguns trechos visuais no espaço (o contraponto de proporções entre a então minúscula nave e os colossais planetas), e a forma como a tensão é escalada através da montagem (o embate de Cooper com Dr. Mann alternando com Murph resgatando sua cunhada e sobrinho), sem falar da cena da ancoragem, talvez a melhor em encapsular uma situação de extrema dificuldade/urgência e isso ser comprado na íntegra pelo espectador, mas só. Todas as vezes que o filme chega perto de acertar novamente, seja na criação de conceitos ou em possibilidades dramáticas (o planeta aquático, os 23 anos que se passam na Endurance, o isolamento do Dr. Mann), a própria narrativa faz questão de se auto-sabotar (a cena do 1º planeta tem a morte estúpida do personagem de Wes Bentley, o astronauta que passa duas décadas em completa solidão é ignorado total pelo roteiro, o conflito do Dr. Mann é uma piada verborrágica).
Mas tais detalhes são passíveis de perdão quando colocados lado a lado com a sempre presente megalomania inepta de seu realizador. Se em um momento a sua frieza atrapalha o nosso embarque emocional na cena (Cooper reencontrando a filha no final chega a ser leviano), em outros ele declara que o amor é capaz de superar a gravidade e transforma o tema em um dos principais fundamentos da história. Sim, o amor. Na cabeça de Christopher Nolan faz sentido um cientista explicar para um piloto da NASA o que é um buraco de minhoca, assim como faz sentido uma física experiente buscar as respostas para a salvação da humanidade no seu quarto de criança (só escrevendo isso eu já me senti constrangido de novo). Nolan e sua insaciável cobiça por mais, mais e mais, mistura metafísica, teorias quânticas, apocalipse e discussões filosóficas numa salada que a primeira vista parece saudável, mas que desce amarga e não cala a boca nenhum minuto.
O Roberto Carlos imitando o Antônio Lopes foi uma das melhores coisas que eu já vi na vida. Só perde pro Beckham dizendo que quando ele via os brasileiros com a bola, a vontade que ele sentia era de fazer parte disso. Da gente. O Brasil vai ser hexa, foda-se.
Direto ao ponto demais pra ser considerado chato e com uma narrativa que entrega pontualmente aquilo que se propõe. Se não fosse pela montagem, que mira na frenesia e acerta o completo caos, e o excesso de diálogos - sim, estou falando do final - seria um grande filme.
Ou é muita maluquice minha ou eu não me lembro de algum filme que tenha me feito ficar tão tenso na mesma proporção em que me fazia gargalhar. Canalhice diferenciada demais.
Atlanta (4ª Temporada)
4.4 53 Assista AgoraSimplesmente não tem nada na TV atualmente que irá suprir a falta de Atlanta. Nada.
RRR: Revolta, Rebelião, Revolução
4.1 324 Assista AgoraPor mais que os momentos de ação sejam extremamente empolgantes, ou que as cenas de músicas sejam todas absurdas (a batalha de dança eu NUNCA MAIS vou me esquecer), as três horas passarem voando foi o que mais me pegou, simplesmente a história não cansa, não enjoa, eu tô me tremendo até agora. Taí um filme que exala vida, que exala verdade.
Marte Um
4.1 303 Assista AgoraA gente dá um jeito.
Hell House LLC
3.1 79O baile de favela no piano é inacreditável.
Triângulo da Tristeza
3.6 730 Assista AgoraA obviedade é gritante, sim, e o discurso é apelativo e raso, com certeza, mas o que eu ri nessas 2h20 foi sacanagem. Uma dica: passem LONGE da sinopse.
Avatar: O Caminho da Água
3.9 1,3K Assista AgoraFoda-se a história, foda-se o roteiro, eu quero o deslumbre, o espetáculo, a magia; eu quero sentir que faço parte de Pandora, e só James Cameron pra tornar isso possível. O cineasta que mais simbolizou o blockbuster nos últimos 30 anos conseguiu de novo, em sua odisseia megalomaníaca, trabalhosa, e absurdamente cara, nos transportar para o universo audiovisual mais lindo já criado. Na primeira cena embaixo d'água eu já tava chorando, essa é a força de James Cameron.
Sentença de Morte
3.6 266 Assista AgoraA cena do estacionamento é o ápice de James Wan como diretor, aquilo ali ele nunca mais fez.
O Menino do Pijama Listrado
4.2 3,7K Assista AgoraPra ser justo, esse finalzinho me pegou um pouco.
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraTem mais coisas positivas do que eu me lembrava, como alguns trechos visuais no espaço (o contraponto de proporções entre a então minúscula nave e os colossais planetas), e a forma como a tensão é escalada através da montagem (o embate de Cooper com Dr. Mann alternando com Murph resgatando sua cunhada e sobrinho), sem falar da cena da ancoragem, talvez a melhor em encapsular uma situação de extrema dificuldade/urgência e isso ser comprado na íntegra pelo espectador, mas só. Todas as vezes que o filme chega perto de acertar novamente, seja na criação de conceitos ou em possibilidades dramáticas (o planeta aquático, os 23 anos que se passam na Endurance, o isolamento do Dr. Mann), a própria narrativa faz questão de se auto-sabotar (a cena do 1º planeta tem a morte estúpida do personagem de Wes Bentley, o astronauta que passa duas décadas em completa solidão é ignorado total pelo roteiro, o conflito do Dr. Mann é uma piada verborrágica).
Mas tais detalhes são passíveis de perdão quando colocados lado a lado com a sempre presente megalomania inepta de seu realizador. Se em um momento a sua frieza atrapalha o nosso embarque emocional na cena (Cooper reencontrando a filha no final chega a ser leviano), em outros ele declara que o amor é capaz de superar a gravidade e transforma o tema em um dos principais fundamentos da história. Sim, o amor. Na cabeça de Christopher Nolan faz sentido um cientista explicar para um piloto da NASA o que é um buraco de minhoca, assim como faz sentido uma física experiente buscar as respostas para a salvação da humanidade no seu quarto de criança (só escrevendo isso eu já me senti constrangido de novo). Nolan e sua insaciável cobiça por mais, mais e mais, mistura metafísica, teorias quânticas, apocalipse e discussões filosóficas numa salada que a primeira vista parece saudável, mas que desce amarga e não cala a boca nenhum minuto.
Last and First Men
3.8 10Uma junção de áudio e vídeo mais do que hipnotizante, quase que transcendental.
Duas ou Três Coisas que Eu Sei Dela
3.7 82 Assista AgoraEu teria gostado muito mais se não fosse a incessante narração em forma de sussurro.
Soft & Quiet
3.5 243Santa & Catarina.
Ser este o primeiro longa da diretora Beth de Araújo soa quase como inacreditável. Aula de cinema.
A Pequena Sereia
3.7 577 Assista AgoraA porra da música do Sebastian vai ficar pra sempre na minha cabeça, que inferno.
Smiley Face: Louca de Dar Nó
3.3 216Eu quero me casar com a Anna Faris.
Pra Lá de Bagdá
3.4 44 Assista AgoraDeus salve a instituição filmes de maconheiro.
O Ladrão de Bagdá
3.9 37 Assista AgoraO cinema em seu puro estado de espetáculo.
Brasil 2002: Os Bastidores do Penta
3.8 72O Roberto Carlos imitando o Antônio Lopes foi uma das melhores coisas que eu já vi na vida. Só perde pro Beckham dizendo que quando ele via os brasileiros com a bola, a vontade que ele sentia era de fazer parte disso. Da gente. O Brasil vai ser hexa, foda-se.
Pandemônio
3.3 4Esse filme tem uma energia inacreditável.
O Rei da Comédia
4.0 366 Assista AgoraMartin Scorsese deu um jeito de encapsular por completo o sentimento da vergonha alheia e transformar numa narrativa. Outro filme perfeito.
Touro Indomável
4.2 708 Assista AgoraO auge estético de Scorsese, a imortalização de Thelma Schoonmaker e o trabalho definitivo de Robert De Niro. Um filme perfeito.
A Queda
3.2 743 Assista AgoraO roteiro é trágico, mas a direção até que acerta quando cria seus momentos de tensão - a cena da subida, por exemplo, me deixou zonzo.
Avatar
3.6 4,5K Assista AgoraJames Cameron é um operador de milagres. Sua bíblia é a câmera e sua palavra é o cinema.
22 Milhas
3.1 188 Assista AgoraDireto ao ponto demais pra ser considerado chato e com uma narrativa que entrega pontualmente aquilo que se propõe. Se não fosse pela montagem, que mira na frenesia e acerta o completo caos, e o excesso de diálogos - sim, estou falando do final - seria um grande filme.
Deadstream
3.2 92Ou é muita maluquice minha ou eu não me lembro de algum filme que tenha me feito ficar tão tenso na mesma proporção em que me fazia gargalhar. Canalhice diferenciada demais.