Esse filme não veio para documentar o processo de produção dos filmes de Jackson, muito menos para fazer uma análise complexa da obra de Tolkien ou biografá-lo, ele na verdade tem como intuito narrar a trajetória da obra " O Senhor dos Anéis" na cultura popular, sua influência ( como o título sugere, e eu não tinha percebido) em várias gerações e em como a trilogia de filmes ajudou a reativar a mania pela saga de J.R.R.Tolkien. Mas, afinal de contas, qual o motivo de tanta fascinação?
O filme então tenta mostrar as manifestações da obra em diversos segmentos, como a contracultura e os hippies; as bandas e suas referências musicais; as adaptações de Ralph Bakshi... Tudo com depoimentos mesclados de vários artistas e muitos aficcionados, denominados "ringers". Aliás, falando neles, vou aproveitar para manifestar minha opinião: nunca vi tanta tosquice e exagero, teve vários depoimentos que me deixaram constrangidos- sei que é natural de qualquer fanático de qualquer coisa- , tenho certezza que pessoas mais contidas também ficarão embaraçadas com alguns exageros e vergonhas alheias que irão presenciar por parte dos fãs. Mas essas pessoas em particular apenas não conseguem conter-se da emoção que uma obra pode-lhe causar, elas simplesmente não são providas de auto- controle; ás vezes, ele ajuda para uma melhor apreciação. Quanto aos depoimentos, tirando as besteiras da maioria dos fãs, gostei bastante da participação de Viggo Mortensen, Ian McKellen e , claro, o próprio Peter Jackson, genial cineasta responsável pela grandiosa adaptação, responsável pelo renascimento do fanatismo à obra de Tolkien. Descarto os comentários de Orlando Bloom- que sempre me irritou- usando aquelas velhas " a história fala de amor, esperança, lealdade.." ele é sempre redundante e se, não fala esas palavras exatamente dessa maneira aqui, é por que já as impregnou nos extras da trilogia contidas nos dvds. No geral, até tudo bem. Os comentários chorosos de alguns fãs também soavam parecido, por sinal. Ao final do longa é interessante reparar em como algo supostamente "descompromissado" como o livro " O Hobbit", que foi criado pelo autor intimamente a seus filhos, tenha ajudado a desencadear uma trilogia magnifica que se mostraria um fragmento de uma rica nova mitologia; e que essa mitologia- mais especificamente por causa da saga do anel- se infiltraria no imaginário popular, despertando valores já estagnados pelo cinismo, destoando do resto por trazer um espírito sincero de ingenuidade, uma história que parecia mais ser um relato de alguma coisa que realmente existiu, em algum lugar perdido em qualquer fenda do tempo- isso se deve ao tom auforista de Tolkien, sua obsessão por detalhes davam um tom verdadeiro à obra inteira, e isso realmente enraizava na imaginação. Como o autor Terry Pratchett, menciona em um de seus bons momentos no longa, e eu tento parafrasear aqui: " O gênero de fantasia é bom para os cerébro como uma bicicleta ergométrica é para o corpo: eles não te levam a lugar algum, mas exercitam seus músculos" No caso do primeiro, o cerébro.
Um complexo estudo de personagem, estilo documental, bela fotografia em preto e branco, além de montagem excepcional nas cenas de luta. De Niro está ótimo na pele do protagonista, além de ter um também ótimo elenco de apoio. A persona auto- destrutiva de LaMotta é exposta através de seus dramas pessoais, -muito bem desenvolvidos pelo ator- devidamente extravasados com fúria nos ringues. Enfim, um filme furioso, nervoso. E assim como LaMotta descontava sua infelicidade nos ringues, o próprio Scorcese refletia a sua no filme- já que estava a passar por um momento conturbado no período.
Esse é um daqueles filmes que parecem se sustentar apenas do contéudo a qual se baseiam, não cheguei a ler o livro, só conheço algo sobre os retratados e isso que me atiçou a vontade de ver o filme, mas, o fato é que essa obra não é densa como merecia os personagens, possui uma estética de "telefilme", é claramente uma produção de poucos recursos- diga-se, baixo- orçamento-, pelo que se pode perceber; mas se ao menos o diretor conduzisse tudo de maneira menos brega, poderíamos ignorar esses detalhes de espectador que preza por um visual mais refinado... Ah, e não irei atribuir os defeitos só a sua direção, em particular, não gostei também do elenco, considero algumas escolhas falhas. Tem alguns atores que se saem bem ,como é o caso de Armand Assante, que até tenta dar alguma profundidade a Nietzsche, porém o roteiro raso pouco ajuda, me fazendo lamentar ainda mais em como uma história interessante como esta poderia ficar melhor caso caísse nas mãos de produtores mais hábeis. O que resta nesse filme são flashes de bons momentos, porém são só piscares rápidos: as mesmas cenas acabam por desabar-se em atuações caricatas, momentos de humor desnecessários e pior: sem timming algum. Enfim, vale a pena ver por algumas cenas em que os personagens divagam enquanto se analisam, assim como apreciar um pouco da filosofia nietzschiana nesse processo- mas para isso não se precisa ver a este filme, basta ir à uma biblioteca. Vale muito mais a pena.
Essa é a obra mais intimista de Cronenberg, de muita qualidade, mas bastante contida na violência, e com baixíssimo teor no grotesco, a qual era habitual no diretor. Acontece que esse filme mostra uma maturidade maior de Cronenberg como autor, competência que já vem sendo mostrada desde " Marcas da Violência", sua exploração da natureza humana foi moldada, dessa vez, com muita sofisticação, usando personas importantes da área da psicanálise para discutir com mais afinco- e julgo profundidade- a psique humana. Só que nessa produção em específico, o diretor estava mais contido, mostrando uma direção mais segura ele mostra as divergência entre Freud e Jung- ambos vividos de forma excepcional por Mortensen e Fassbender, respectivamente- quanto à doutrina idealizada pelo primeiro, além de retratar o tratamento que Sabina teve por Carl Jung. Mas, só para finalizar, reconheço a imensa qualidade na atuação de Knigthley, acho que ela teve um desempenho brilhante, passa-se um pouco o tom, poderia cair na caricatura, só que ela equilibrou muito bem sua composição, numa atuação que considero complexa e bem executada. Enfim, filme brilhante.
Ótima introdução para os quem pensam em se adentrar na filosofia Sartriana, é realmente um achado interessante esse filme, já que é (talvez) uma das raras vezes que podemos presenciar um filósofo se auto- definindo numa obra audiovisual. Infelizmente, são poucos que tiveram um registro em vídeo tão eficaz,como este de Sartre, que englobasse-os juntamente ao contexto da época; Aliás, esse é justamente um dos pontos altos desse documentário: intercalar os ótimos diálogos com o escritor com imagens dos acontecimentos da época, contextualizando as idéias do autor com os eventos a qual presenciava; Não só em relação ao seu trabalho literário- filosófico, mas também em mostrar o lado ativista sempre atuante. Considero esse filme de vital importância para os que querem conhecer o pensamento do autor, pois o mesmo sintetiza algumas de suas principais obras, tais como " A Náusea". E, é realmente interessante ouvir conceitos seus sendo explicados por si mesmo, tal como o título sugere.
Temática interessante: o poder que a mídia exerce sobre as pessoas, a espetacularização da violência -e, principalmente, a necessidade das pessoas por ela- revelam nessa produção com intenção de agradar um novo público ainda sedento por um "novo Harry Potter" uma questão interessante que traz uma reflexão contundente, apesar do intuito ser o do cinemão de entretenimento. Bom, mas esse filme não é muito original, filmes descartáveis como " Os Condenados" já utilizaram de uma premissa parecida, só que não parecia ter em mente essa mesma uestão. Agora, se quer filmes que ultrapassem esse tanto em temática quanto em execução, eu recomendo o sensacional " O Show de Truman" que lida justamente com o poderio da mídia sobre nós- indo muito além disto aliás, muito filosófico- e um dos dois filmes de Haneke sobre a violência nas mídias, o "violência gratuita" e o "violência gratuita". he he
Achei simplesmente brilhante esse filme de Woody Allen, a reconstrução da época e a estética documental só ajudam a dar mais veracidade a todo esse colapso mental que Leonard Zelig sofre, com sua personalidade de várias facetas- e hilarias- frequentemente usada como alvo para psicanalistas e afins, que tentam desvendar os motivos de suas neuroses. Excelente filme, um dos melhores do diretor.
Filme impactante, averso a qualquer senso do que se considera correto (ao menos no senso-comum atual), escatologia pura, uma crítica implícita aos modos comportamentais humanos e nossa civilidade. Me sinto corajoso por ter superado esse preconceito e receio de ver uma obra que só foi um pouco menos pesado do que eu esperava, já que esse "Holocausto Canibal" não foi o filme mais chocante que vi, de fato. É cru, com cenas fortes e desrespeitosas com os animais - com certeza eles mataram de verdade!- tão fortes que o realizador chegou a ser julgado durante a época de lançamento e, por mim, nada mais que justo, tomara que tenha sido punido quanto a isso, não de maneira equiparada ao sofrimento dos animais, mas suficiente reflexiva para que se pense melhor no que se está fazendo. ( Pequeno desabafo)
Enfim, ás vezes é bom se desprender de conceitos pré- formados, para embarcar em coisas que podem trazer angústias, em vez do mero entretenimento, desde que isso te traga alguma espécie de acréscimo; foi isso que pensei que teria de recompensa por todo choque, só que a reflexão final de toda esta agonia pesa menos na balança do que seus choques, por isso, deixo esse como regular, daquelas obras que ainda tem sobre vida por causa da polêmica, um gore movie bizarro que não saio recomendando, apenas deixo-os com a própria conta em risco.
Esperava mais também, por justamente se tratar de Gus Van Sant; Aqui, ele faz mais do mesmo, alguma pieguices aqui e ali, previsibilidades... Exceto na cena em que os dois simulam uma despedida, o filme não parece querer fugir muito do que o povo espera.
Bom, mas sem a ousadia de obras como "elefante", que tentam de alguma forma inovar a linguagem.
Ótimo documentário sobre um dos maiores ícones da cultura do século XX. O filme faz um resumo da vida do artista, percorrendo por pequenas memórias de infância, falando sobre o paternalismo opressivo de seu pai e seu refúgio através de seus desenhos. Ótimos depoimentos, como de familiares como Roy Disney, filho de seu irmão; além de admiradores como John Lasseter. Legal também ver, mesmo que de forma resumida, a ascensão gradual de Disney, que começou seu interesse por animação durante uma época que trabalhou desenhando para publicidade. Admirável seu esforço junto com Ub Iwerks para produzir cartoons e criar, assim, o famoso camundongo Mickey Mouse- fruto de uma tentativa de superar o "roubo" do personagem anteriormente criado: Oswald. O filme não deixa de mencionar o suposto anti-semitismo de Disney, os conflitos com alguns de seus principais animadores- como Ub Iwerks, que sofreu diversas desavenças e não recebeu crédito por Mickey Mouse, que teve seu sketch como o definitivo-, que acabou por resultar no manifesto do Sindicato de Animadores, mostrando um registro em vídeo onde o próprio Disney faz declarações; O filme ainda decorre em sua vida pessoal com Lilian e ainda seu posterior "desinteresse" por filmes, mostrando a focalização do artista na construção do famoso parque temático. No geral, um bom filme sobre uma memorável personalidade, é uma pena que o filme não foque em outras partes de sua vida, como o suposto envolvimento com o FBI e sua busca por seus verdadeiros pais, já que Walt não tinha certeza quanto sua relação sanguínea com seus pais de criação. Ele foi um cara que tinha ideais puramente americanos e era bem de direita, logo foi bem visto com suas criações que santificavam a importância da família, criando vilões que ameaçassem destruí-la.
Primeiro filme visando o público juvenil de Scorsese, porém atraindo também adultos, devido à contundência de seu tema. O filme é tecnicamente impecável e mereceu os prêmios relativos à direção de arte; a trilha é brilhantemente orquestrada pelo sempre competente Howard Shore e o elenco é ímpar. Gostei bastante do uso do 3D, usado de forma orgânica aqui, sem exageros. Enfim, "Hugo" é um filme saudosista, que homenageia o cinema, mais exclusivamente aos bons momentos de Mèlies, prestigiando sua visão cinematográfica. Julgo o filme importante justamente por essa "fusão" de futuro(presente) e passado, o primeiro transparece nos aspectos técnicos, no além filme, através da película digital e uso de tecnologia 3D de ponta, para a realização do filme; já o segundo se diz na proposta do enredo e seus conceitos, já que ele mira o passado para glorificar o cinema em seus primórdios, o que costuma emocionar quando bem conduzido, como é o caso desse filme.
Não cheguei a ver " O Artista", mas creio que esse "Hugo" mereceu pelo menos suas indicações; o grande vencedor do Oscar deve ter suas qualidades, não duvido, e ainda possui esse aspecto saudosista que esse "Hugo" também possui, porém o novo filme de Scorsese está ligado às modernidades sem esquecer de prestigiar seus precursores e isso me é mais emblemático que a representação de passagem do cinema mudo pro falado, que de certa forma transparece a transição que passamos do cinema em película para o digital.
Típico filme "lição de vida". Muita pieguice e clichês, numa história já contada diversas vezes. Aliás, bem que os produtores desses filmes poderiam ao menos mudar o esporte ( ao exemplo de "Moneybal", com Pitt), sempre usam o futebol americano como metáfora para a superação, em sua maioria. Ah, e Sandra Bullock não fez nada que já não tenha feito em toda a sua carreira, me desculpem quem gostou, mas não achei grande coisa. Esse prêmio que ela venceu deve ter sido mais pelo "conjunto da obra". Mas, enfim..
Excelente filme sobre a jornada de um jovem em busca de ascensão social. A história se passa mais ou menos no século 18, entre a Irlanda e Inglaterra e vai mostrando a vida do jovem "gradativamente". O aspecto técnico é impecável, a cinematografia estonteante, aliás, se congelassem qualquer frame e coloca-sem uma moldura em torno, poderia facilmente compor um espaço em algum museu, já que a composição das cenas são tão bem elaboradas e belas que daria para fazer isso facilmente. Sem falar na trilha, ponto sempre marcante nos filmes de Kubrick (e nesse aqui não é diferente). No fim, imaginei que o preciosismo de Kubrick é tanto, que deduzi que talvez até a quantidade de passos que os personagens dão até os gestos mais sutis, foram previamente calculados.
Engraçado em certos momentos, e os atores estão bons. Só achei a direção de Harold Ramis meio frouxa, sem falar que o roteiro parece decair mais ao fim. Algumas cenas precisavam de mais "takes", senti um ar de improviso em certas partes. Mas, se a idéia é não levar nada a sério mesmo (nem mesmo a linguagem), então tudo bem. xD
Se vale bastante pela direção de arte apoiada na arte do Frazetta. A história é muito simples e, no geral, pouco importa xD; o fato é que Bakshi trabalhou bem com a rotoscopia, trabalhando com o erotismo de forma brilhante em certos pontos.
Um filme até divertido, não esperava isso. Pena que o design de personagens, o "blender" do troço não seja tão bom, ainda mais quando contrastados com os longas da Pixar. É um filme inferior em termos técnicos (e até narrativos) a muito que se tem por aí, mas cumpre a missão de entreter. Enfim, possui bons momentos.
Esse filme do Judge começa muito bem, mas parece decair a "graça" no decorrer. É um bom filme, porém nunca consegue superar seu próprio começo, em termos de hilaridade.
A Influência do Anel
3.8 13Esse filme não veio para documentar o processo de produção dos filmes de Jackson, muito menos para fazer uma análise complexa da obra de Tolkien ou biografá-lo, ele na verdade tem como intuito narrar a trajetória da obra " O Senhor dos Anéis" na cultura popular, sua influência ( como o título sugere, e eu não tinha percebido) em várias gerações e em como a trilogia de filmes ajudou a reativar a mania pela saga de J.R.R.Tolkien. Mas, afinal de contas, qual o motivo de tanta fascinação?
O filme então tenta mostrar as manifestações da obra em diversos segmentos, como a contracultura e os hippies; as bandas e suas referências musicais; as adaptações de Ralph Bakshi... Tudo com depoimentos mesclados de vários artistas e muitos aficcionados, denominados "ringers". Aliás, falando neles, vou aproveitar para manifestar minha opinião: nunca vi tanta tosquice e exagero, teve vários depoimentos que me deixaram constrangidos- sei que é natural de qualquer fanático de qualquer coisa- , tenho certezza que pessoas mais contidas também ficarão embaraçadas com alguns exageros e vergonhas alheias que irão presenciar por parte dos fãs. Mas essas pessoas em particular apenas não conseguem conter-se da emoção que uma obra pode-lhe causar, elas simplesmente não são providas de auto- controle; ás vezes, ele ajuda para uma melhor apreciação.
Quanto aos depoimentos, tirando as besteiras da maioria dos fãs, gostei bastante da participação de Viggo Mortensen, Ian McKellen e , claro, o próprio Peter Jackson, genial cineasta responsável pela grandiosa adaptação, responsável pelo renascimento do fanatismo à obra de Tolkien. Descarto os comentários de Orlando Bloom- que sempre me irritou- usando aquelas velhas " a história fala de amor, esperança, lealdade.." ele é sempre redundante e se, não fala esas palavras exatamente dessa maneira aqui, é por que já as impregnou nos extras da trilogia contidas nos dvds. No geral, até tudo bem. Os comentários chorosos de alguns fãs também soavam parecido, por sinal.
Ao final do longa é interessante reparar em como algo supostamente "descompromissado" como o livro " O Hobbit", que foi criado pelo autor intimamente a seus filhos, tenha ajudado a desencadear uma trilogia magnifica que se mostraria um fragmento de uma rica nova mitologia; e que essa mitologia- mais especificamente por causa da saga do anel- se infiltraria no imaginário popular, despertando valores já estagnados pelo cinismo, destoando do resto por trazer um espírito sincero de ingenuidade, uma história que parecia mais ser um relato de alguma coisa que realmente existiu, em algum lugar perdido em qualquer fenda do tempo- isso se deve ao tom auforista de Tolkien, sua obsessão por detalhes davam um tom verdadeiro à obra inteira, e isso realmente enraizava na imaginação.
Como o autor Terry Pratchett, menciona em um de seus bons momentos no longa, e eu tento parafrasear aqui: " O gênero de fantasia é bom para os cerébro como uma bicicleta ergométrica é para o corpo: eles não te levam a lugar algum, mas exercitam seus músculos" No caso do primeiro, o cerébro.
Touro Indomável
4.2 708 Assista AgoraUm complexo estudo de personagem, estilo documental, bela fotografia em preto e branco, além de montagem excepcional nas cenas de luta. De Niro está ótimo na pele do protagonista, além de ter um também ótimo elenco de apoio. A persona auto- destrutiva de LaMotta é exposta através de seus dramas pessoais, -muito bem desenvolvidos pelo ator- devidamente extravasados com fúria nos ringues.
Enfim, um filme furioso, nervoso. E assim como LaMotta descontava sua infelicidade nos ringues, o próprio Scorcese refletia a sua no filme- já que estava a passar por um momento conturbado no período.
Recomendo!
Quando Nietzsche Chorou
3.5 291 Assista AgoraEsse é um daqueles filmes que parecem se sustentar apenas do contéudo a qual se baseiam, não cheguei a ler o livro, só conheço algo sobre os retratados e isso que me atiçou a vontade de ver o filme, mas, o fato é que essa obra não é densa como merecia os personagens, possui uma estética de "telefilme", é claramente uma produção de poucos recursos- diga-se, baixo- orçamento-, pelo que se pode perceber; mas se ao menos o diretor conduzisse tudo de maneira menos brega, poderíamos ignorar esses detalhes de espectador que preza por um visual mais refinado... Ah, e não irei atribuir os defeitos só a sua direção, em particular, não gostei também do elenco, considero algumas escolhas falhas. Tem alguns atores que se saem bem ,como é o caso de Armand Assante, que até tenta dar alguma profundidade a Nietzsche, porém o roteiro raso pouco ajuda, me fazendo lamentar ainda mais em como uma história interessante como esta poderia ficar melhor caso caísse nas mãos de produtores mais hábeis. O que resta nesse filme são flashes de bons momentos, porém são só piscares rápidos: as mesmas cenas acabam por desabar-se em atuações caricatas, momentos de humor desnecessários e pior: sem timming algum.
Enfim, vale a pena ver por algumas cenas em que os personagens divagam enquanto se analisam, assim como apreciar um pouco da filosofia nietzschiana nesse processo- mas para isso não se precisa ver a este filme, basta ir à uma biblioteca. Vale muito mais a pena.
Um Método Perigoso
3.5 1,1KEssa é a obra mais intimista de Cronenberg, de muita qualidade, mas bastante contida na violência, e com baixíssimo teor no grotesco, a qual era habitual no diretor. Acontece que esse filme mostra uma maturidade maior de Cronenberg como autor, competência que já vem sendo mostrada desde " Marcas da Violência", sua exploração da natureza humana foi moldada, dessa vez, com muita sofisticação, usando personas importantes da área da psicanálise para discutir com mais afinco- e julgo profundidade- a psique humana. Só que nessa produção em específico, o diretor estava mais contido, mostrando uma direção mais segura ele mostra as divergência entre Freud e Jung- ambos vividos de forma excepcional por Mortensen e Fassbender, respectivamente- quanto à doutrina idealizada pelo primeiro, além de retratar o tratamento que Sabina teve por Carl Jung. Mas, só para finalizar, reconheço a imensa qualidade na atuação de Knigthley, acho que ela teve um desempenho brilhante, passa-se um pouco o tom, poderia cair na caricatura, só que ela equilibrou muito bem sua composição, numa atuação que considero complexa e bem executada.
Enfim, filme brilhante.
Sartre por ele mesmo
4.4 13Ótima introdução para os quem pensam em se adentrar na filosofia Sartriana, é realmente um achado interessante esse filme, já que é (talvez) uma das raras vezes que podemos presenciar um filósofo se auto- definindo numa obra audiovisual. Infelizmente, são poucos que tiveram um registro em vídeo tão eficaz,como este de Sartre, que englobasse-os juntamente ao contexto da época; Aliás, esse é justamente um dos pontos altos desse documentário: intercalar os ótimos diálogos com o escritor com imagens dos acontecimentos da época, contextualizando as idéias do autor com os eventos a qual presenciava; Não só em relação ao seu trabalho literário- filosófico, mas também em mostrar o lado ativista sempre atuante.
Considero esse filme de vital importância para os que querem conhecer o pensamento do autor, pois o mesmo sintetiza algumas de suas principais obras, tais como " A Náusea". E, é realmente interessante ouvir conceitos seus sendo explicados por si mesmo, tal como o título sugere.
Jogos Vorazes
3.8 5,0K Assista AgoraTemática interessante: o poder que a mídia exerce sobre as pessoas, a espetacularização da violência -e, principalmente, a necessidade das pessoas por ela- revelam nessa produção com intenção de agradar um novo público ainda sedento por um "novo Harry Potter" uma questão interessante que traz uma reflexão contundente, apesar do intuito ser o do cinemão de entretenimento.
Bom, mas esse filme não é muito original, filmes descartáveis como " Os Condenados" já utilizaram de uma premissa parecida, só que não parecia ter em mente essa mesma uestão. Agora, se quer filmes que ultrapassem esse tanto em temática quanto em execução, eu recomendo o sensacional " O Show de Truman" que lida justamente com o poderio da mídia sobre nós- indo muito além disto aliás, muito filosófico- e um dos dois filmes de Haneke sobre a violência nas mídias, o "violência gratuita" e o "violência gratuita". he he
'Té.
Zelig
4.2 355Achei simplesmente brilhante esse filme de Woody Allen, a reconstrução da época e a estética documental só ajudam a dar mais veracidade a todo esse colapso mental que Leonard Zelig sofre, com sua personalidade de várias facetas- e hilarias- frequentemente usada como alvo para psicanalistas e afins, que tentam desvendar os motivos de suas neuroses.
Excelente filme, um dos melhores do diretor.
Holocausto Canibal
3.1 833Filme impactante, averso a qualquer senso do que se considera correto (ao menos no senso-comum atual), escatologia pura, uma crítica implícita aos modos comportamentais humanos e nossa civilidade. Me sinto corajoso por ter superado esse preconceito e receio de ver uma obra que só foi um pouco menos pesado do que eu esperava, já que esse "Holocausto Canibal" não foi o filme mais chocante que vi, de fato.
É cru, com cenas fortes e desrespeitosas com os animais - com certeza eles mataram de verdade!- tão fortes que o realizador chegou a ser julgado durante a época de lançamento e, por mim, nada mais que justo, tomara que tenha sido punido quanto a isso, não de maneira equiparada ao sofrimento dos animais, mas suficiente reflexiva para que se pense melhor no que se está fazendo. ( Pequeno desabafo)
Enfim, ás vezes é bom se desprender de conceitos pré- formados, para embarcar em coisas que podem trazer angústias, em vez do mero entretenimento, desde que isso te traga alguma espécie de acréscimo; foi isso que pensei que teria de recompensa por todo choque, só que a reflexão final de toda esta agonia pesa menos na balança do que seus choques, por isso, deixo esse como regular, daquelas obras que ainda tem sobre vida por causa da polêmica, um gore movie bizarro que não saio recomendando, apenas deixo-os com a própria conta em risco.
Inquietos
3.9 1,6K Assista AgoraEsperava mais também, por justamente se tratar de Gus Van Sant; Aqui, ele faz mais do mesmo, alguma pieguices aqui e ali, previsibilidades... Exceto na cena em que os dois simulam uma despedida, o filme não parece querer fugir muito do que o povo espera.
Bom, mas sem a ousadia de obras como "elefante", que tentam de alguma forma inovar a linguagem.
Walt: O Homem por trás do mito
3.9 7Ótimo documentário sobre um dos maiores ícones da cultura do século XX. O filme faz um resumo da vida do artista, percorrendo por pequenas memórias de infância, falando sobre o paternalismo opressivo de seu pai e seu refúgio através de seus desenhos. Ótimos depoimentos, como de familiares como Roy Disney, filho de seu irmão; além de admiradores como John Lasseter. Legal também ver, mesmo que de forma resumida, a ascensão gradual de Disney, que começou seu interesse por animação durante uma época que trabalhou desenhando para publicidade. Admirável seu esforço junto com Ub Iwerks para produzir cartoons e criar, assim, o famoso camundongo Mickey Mouse- fruto de uma tentativa de superar o "roubo" do personagem anteriormente criado: Oswald.
O filme não deixa de mencionar o suposto anti-semitismo de Disney, os conflitos com alguns de seus principais animadores- como Ub Iwerks, que sofreu diversas desavenças e não recebeu crédito por Mickey Mouse, que teve seu sketch como o definitivo-, que acabou por resultar no manifesto do Sindicato de Animadores, mostrando um registro em vídeo onde o próprio Disney faz declarações; O filme ainda decorre em sua vida pessoal com Lilian e ainda seu posterior "desinteresse" por filmes, mostrando a focalização do artista na construção do famoso parque temático.
No geral, um bom filme sobre uma memorável personalidade, é uma pena que o filme não foque em outras partes de sua vida, como o suposto envolvimento com o FBI e sua busca por seus verdadeiros pais, já que Walt não tinha certeza quanto sua relação sanguínea com seus pais de criação.
Ele foi um cara que tinha ideais puramente americanos e era bem de direita, logo foi bem visto com suas criações que santificavam a importância da família, criando vilões que ameaçassem destruí-la.
Um claro reflexo de suas sensações, acredito.
A Invenção de Hugo Cabret
4.0 3,6K Assista AgoraPrimeiro filme visando o público juvenil de Scorsese, porém atraindo também adultos, devido à contundência de seu tema. O filme é tecnicamente impecável e mereceu os prêmios relativos à direção de arte; a trilha é brilhantemente orquestrada pelo sempre competente Howard Shore e o elenco é ímpar.
Gostei bastante do uso do 3D, usado de forma orgânica aqui, sem exageros. Enfim, "Hugo" é um filme saudosista, que homenageia o cinema, mais exclusivamente aos bons momentos de Mèlies, prestigiando sua visão cinematográfica. Julgo o filme importante justamente por essa "fusão" de futuro(presente) e passado, o primeiro transparece nos aspectos técnicos, no além filme, através da película digital e uso de tecnologia 3D de ponta, para a realização do filme; já o segundo se diz na proposta do enredo e seus conceitos, já que ele mira o passado para glorificar o cinema em seus primórdios, o que costuma emocionar quando bem conduzido, como é o caso desse filme.
Não cheguei a ver " O Artista", mas creio que esse "Hugo" mereceu pelo menos suas indicações; o grande vencedor do Oscar deve ter suas qualidades, não duvido, e ainda possui esse aspecto saudosista que esse "Hugo" também possui, porém o novo filme de Scorsese está ligado às modernidades sem esquecer de prestigiar seus precursores e isso me é mais emblemático que a representação de passagem do cinema mudo pro falado, que de certa forma transparece a transição que passamos do cinema em película para o digital.
Um Sonho Possível
4.0 2,4K Assista AgoraTípico filme "lição de vida". Muita pieguice e clichês, numa história já contada diversas vezes. Aliás, bem que os produtores desses filmes poderiam ao menos mudar o esporte ( ao exemplo de "Moneybal", com Pitt), sempre usam o futebol americano como metáfora para a superação, em sua maioria.
Ah, e Sandra Bullock não fez nada que já não tenha feito em toda a sua carreira, me desculpem quem gostou, mas não achei grande coisa. Esse prêmio que ela venceu deve ter sido mais pelo "conjunto da obra". Mas, enfim..
Barry Lyndon
4.2 400 Assista AgoraExcelente filme sobre a jornada de um jovem em busca de ascensão social. A história se passa mais ou menos no século 18, entre a Irlanda e Inglaterra e vai mostrando a vida do jovem "gradativamente". O aspecto técnico é impecável, a cinematografia estonteante, aliás, se congelassem qualquer frame e coloca-sem uma moldura em torno, poderia facilmente compor um espaço em algum museu, já que a composição das cenas são tão bem elaboradas e belas que daria para fazer isso facilmente. Sem falar na trilha, ponto sempre marcante nos filmes de Kubrick (e nesse aqui não é diferente).
No fim, imaginei que o preciosismo de Kubrick é tanto, que deduzi que talvez até a quantidade de passos que os personagens dão até os gestos mais sutis, foram previamente calculados.
Dando um ar de "perfeição" à obra inteira.
Ano Um
2.6 495 Assista AgoraEngraçado em certos momentos, e os atores estão bons. Só achei a direção de Harold Ramis meio frouxa, sem falar que o roteiro parece decair mais ao fim. Algumas cenas precisavam de mais "takes", senti um ar de improviso em certas partes. Mas, se a idéia é não levar nada a sério mesmo (nem mesmo a linguagem), então tudo bem. xD
Fogo e Gelo
3.5 35Se vale bastante pela direção de arte apoiada na arte do Frazetta. A história é muito simples e, no geral, pouco importa xD; o fato é que Bakshi trabalhou bem com a rotoscopia, trabalhando com o erotismo de forma brilhante em certos pontos.
Atividade Paranormal
2.9 2,7K Assista AgoraSimples, com uma idéia nem tão original assim. Superestimado, mas um exemplo do que se fazer com poucos recursos.
O Professor Aloprado 2: A Família Klump
2.4 205 Assista AgoraAquele típico humor com flatulências de Murphy.
Deu a Louca na Chapeuzinho
3.0 620Um filme até divertido, não esperava isso. Pena que o design de personagens, o "blender" do troço não seja tão bom, ainda mais quando contrastados com os longas da Pixar. É um filme inferior em termos técnicos (e até narrativos) a muito que se tem por aí, mas cumpre a missão de entreter. Enfim, possui bons momentos.
No Rastro da Bala
3.6 298Simulação de um filme do Tarantino. Divertido.
Como Enlouquecer seu Chefe
3.3 236 Assista AgoraEsse filme do Judge começa muito bem, mas parece decair a "graça" no decorrer. É um bom filme, porém nunca consegue superar seu próprio começo, em termos de hilaridade.
Asas do Desejo
4.3 493 Assista AgoraBelo filme de Wenders.
Cartas na Mesa
3.6 113 Assista AgoraBom. Mas descartável.
Humano, Demasiado Humano - Nietzsche
4.1 25Bom, porém curto. x( Poderiam ter dedicado mais tempo, resumiram muito quando poderiam se aprofundar mais. Porém, gostei bastante. :)
Frankenstein de Mary Shelley
3.7 257 Assista AgoraÓtimo filme! Vou tentar ver outros do Kenneth Branagh, exceto "Thor", talvez. x)