Neste ótimo documentário, Scorsese faz uma retrospectiva a respeito das origens do cinema americano, ao mesmo tempo que comenta a respeito de suas influências, o diretor indica os princípios dessa forma de arte, comentando sobre os bastidores de Hollywood e a dificuldade para se ter liberdade de criação. Ele cita muitos nomes poucos conhecidos do cinema americano, além de fazer pequenas análises de filmes de grandes mestres como Kubrick e D. W. Griffith.
Filme bastante contundente, esse do Bélar Tarr. Aliás, nunca havia visto um filme desse húngaro, e não me decepcionei. Tem um tema frequente nos tempos atuais, mas lidado de maneira diferente. Gostei como ele relacionou o caos do mundo atual com o choque filosófico que Nietzsche deve ter causado a um tempo atrás. Toda aquela ventania, toda a relutância do cavalo são provas de que algo não deve estar certo, e a tranquilidade e falta de ação dos protagonistas (que continuam rotineiros) só simbolizam ainda mais nós mesmos, nunca alterados perante o caos.
Ótimo filme, mas requer uma certa "paciência" e força de vontade para poder realmente apreciá-lo, pois é um filme com ritmo lento e que dar informações através de sutilezas.
Nossa, repugnante. Acabo por fazer com que essas sensações de nojo e repugnância interfiram na análise objetiva que posso fazer a este filme, ou seja, Pasolini poderia ter alguma questão a analisar e, de fato, ele usa o tema dos nazi-fascistas, dando uma função social ao filme apesar de toda a escatologia. Não deixa de ser uma alegoria interessante, mas não recomendo para quem tem estômago fraco.
Dá uma sensação de "vídeo- aula", pode soar meio artificial ás vezes, forçado por assim dizer. Embora a conversação dos personagens seja de extrema relevância, abordando inúmeros temas filosóficos e interessantes, o filme soa como algo didático. Agora entendo por que os colégios e faculdades passavam esse filme para os seus alunos.
Recomendado para quem gosta de aguçar a percepção.
Achei que a adaptação ficou boa. Ocorreu uma mudança na ena final, e algumas passagens foram alteradas, embora ocorram do mesmo jeito. Tudo bem, é a diferença das mídias, Welles fez algumas mudanças e tal, mas pouco importa se o sentido, o espírito da obra original não seja alterado. O que não foi o caso aqui.
A única coisa que os leitores de Kafka poderão chiar, deve ser o final. Mas, enfim. Recomendado mesmo assim. x)
Com certeza, um dos maiores suspenses já feitos. Não imaginava que Hitchcock fosse produzir um longa tão superior ou igualitário à "Psicose". Se não superou, pelo menos se igualou, pois esse filme demonstra todo um domínio de narrativa, a tensão é crescente, tudo devido à ótima direção e o excelente desempenho dos atores; James Stewart, aliás, frequente colaborador do diretor se sai muito bem, além dos atores que fazem os assassinos, simplesmente excelentes. Não irei citar os outros, só digo que são igualmente verossímeis e eficazes. Ok, fica aqui a recomendação. Só posso dizer que gostei tanto do filme que pus-me a ver de novo, logo em seguida! xP
Ps: Quantos cortes tem esse filme?? EU contei uns 3. x)
Estou muito ansioso para ver o resultado final, a julgar pela excepcional iniciativa de Peter Jackson em registrar as filmagens por meio de videoblogs (estão muito bacanas) Esses vídeos só aumentam ainda mais a vontade de assistir.
Mais um clássico premiado a caminho? Não duvido. :)
Longa autobiográfico, que causa um pouco de ruptura do modo de abordagem neo- realista, cristalizando-se em algo com uma pegada mais surreal. Havia começado a ver uma vez a um filme de Fellini, mas somente agora tive o prazer de concluir, o filme anterior era " A doce vida", que agora, depois da ótima experiência nesse, me empolgou a conhecer o restante da filmografia do diretor. Esta aqui, uma obra bem pessoal, atemporal em sua narrativa, embora sabemos estar sendo levados a alguma resolução. O erudito Wagner tem seu "dança das valquírias" (é esse o nome?) tocando recorrentemente. Não há muito o que falar do filme, a não ser que fosse em aspectos técnicos. Achei a montagem boa, bem ritmado e com transições muito interessantes entre as cenas. A fotografia em preto e branco é muito eficaz tbm. O lance é se deixar levar e apreciar as inúmeras facetas do diretor ao decorrer do longa.
Legal como Glauber incorpora elementos da mitologia popular brasileira, explorando o regionalismo e utilizando muita matéria prima inexplorada de nossa cultura. Esse desprendimento da linguagem importada em prol de uma estética totalmente nova fica evidente nesse filme e no ótimo " Terra em transe" que viria a seguir.
Assistindo sua filmografia do último filme até os primeiros, fica dificil acreditar que esse filme é obra de Peter Jackson. Essa pérola trash, " Bad taste", faz jus ao patamar que foi colocado em relação ao gênero. A graça surge mais da tosqueira, na criatividade dos efeitos especiais (o orçamento era limitado...), característicos do diretor. Aliás, ele faz uma ponta bacana no filme, como um psicopata sedento por carne. Vale conferir para conhecer esse outro lado do diretor, que ainda consegue melhorar-se no estilo com o divertidíssimo "Braindead", a se lançado posteriormente. :)
Fraquíssima sequência! Se o longa anterior ganhava pela premissa inovadora, esse perde pela falta de originalidade. Esse aqui só repete a fórmula do antecessor. "Se beber, não case- parte 2" nada mais é do que uma tentativa de simular o primeiro filme, só que utiliza-se de apelação barata e um mal aproveitamento de alguns personagens, como o Alan. Pelo visto, a única coisa que eles repetiram eficazmente do primeiro foi a bilheteria, o que parecia ser o real objetivo aqui, vide o roteiro pouco inspirado e absolutamente sugado do, já citado, primeiro filme.
Um filme memorável, que pode enganar alguns pelo título. Parece sugerir um "filme de investigação" mais vai para um rumo diferente. Assim, existe uma busca, mas o filme não é convicto nisso pois está mais interessado em sugerir coisas, existe muitas coisas nas entrelinhas de "Picnic na Montanha Misteriosa". A sensação de transe, muito instigante na parte que as garotas se encontram na montanha é realmente alucinadora. A partir daquele momento, exceto a gordinha,todas as meninas parecem já estarem inertes, sob efeito da atmosfera misteriosa daquela montanha.
Coisas passaram por minha cabeça o filme inteiro, e acho que Weir iria ficar satisfeito com isso. Fiquei tentando fazer uma ligação entre Sara e o inexplicável evento, tentando encontrar um elo que unisse tudo. Ou mesmo os 2 rapazes que tentaram procurá-las. Tudo é sugestão.
Encaro a história como uma tremenda alegoria, o diretor parece não se preocupar tanto com o enredo, parece mais interessado em criticar o modo vitoriano de impor, como a aparente repressão sexual. Aliás, a montanha poderia ser bem uma representação disso, pois uma das personagens haviam visto uma das professoras(?) desaparecidas com trajes indignos para uma mulher "decente". E as próprias garotas pareciam ter desvinculado-se à "etiqueta" quando tiraram algumas peças de roupa, como o sapato na própria montanha, subindo-a.
A questão da opressão e militância de seu pai, tendo como contraponto a suavidade de sua mãe, traz para André, vivido com energia por Selton Mello, uma confusão perante os sentidos, mais ainda quando se vê envolvido pela beleza de sua irmã Ana. Privar uma sensação por que a mesma possa ser uma violação é algo difícil para quem quer se tornar o profeta de sua própria história
Uma das grandes obras da chamada " Era de ouro" da animação dos estúdios Disney. Vê-se aqui, um cuidado maior, aquele natural perfeccionismo. Repare no cuidado anatômico dos personagens em relação aos animais de" Branca de Neve e os Sete anões", tudo é mais detalhado nesse filme. A trilha é uma das melhores já feitas para um filme, em minha opinião. Se casa perfeitamente com o espírito do longa. Que, aliás, é o mais impressionista do estúdio.
Esse filme foi o último a qual Walt estava direcionando o controle criativo, e fica bem aparente quando se analisa temas habituais de seus filmes, que é a santidade da família e o mal que faz o seu desvencilhamento. Esse filme, assim como "Fantasia", não foi muito bem em bilheteria em sua época, no caso específico de " Bambi", a fraqueza da compra de ingressos se deu pelo período de guerra, a qual o mundo vivia.
Enfim, um clássico autêntico do estúdio. Que para mim e muitos outros sempre traz aquela ótima sensação de nostalgia.
Uma verdadeira obra- prima da animação, e também, uma das últimas a qual Walt Disney esteve envolvido na direção criativa. É realmente um marco do espetáculo cinematográfico, com esplêndidos devaneios visuais, tendo, inclusive, um dos mais sombrios trechos animados já concebidos por Disney até então. A estrutura da "narrativa" é diferente e, alguns, irão considerar enfadonha. Basta ir assistir com uma postura diferente, como se fosse assistir uma peça erudita com o bônus de imagens a enfeitando. Ou seria o contrário?
Stokowski havia sugerido a proposta de conduzir algum longa animado de Walt, uma espécie de "fantasia" onde a cinética iria acompanhar o ritmo da música. Walt gostou da idéia e o resultado é essa imersão audiovisual de tamanha beleza, que não foi muito aceita em sua época, mas hoje se revela um clássico a viver por muitas eras.
Obra sensível e muito marcante de Selton Mello. Achei muito lírico, com uma direção de arte bacana. Tem um aspecto "road movie", com uma sensação árida e muitos sotaques. Paulo José é uma ótima presença, assim como o próprio Selton. O filme encerra de maneira muito bela com aquele plano sequência do final. Muito bom o filme.
Não gostei. Ficou devendo muito, ainda mais se for considerar a obra que se baseia. Capturou o espírito "sujo" do submundo de Fritz, mas tudo é desconexo, como já comentaram em posts anteriores e o filme não parece conduzir a nada. Chega uma hora que fica monótono. A animação é cheio de problemas de timming e tal, mas não vou julgar muito pois soube que o Ralph Bakshi fez quase tudo sozinho. Mas dou ponto por sua ousadia em adaptar a HQ do Crumb, pois de certa forma, esse filme ajudou a tirar aquele estereótipo de que desenho animado é restrito ao público infantil ( assim como fez na maioria de seus longas animados).
Uma Viagem Pessoal pelo Cinema Americano
4.6 64Neste ótimo documentário, Scorsese faz uma retrospectiva a respeito das origens do cinema americano, ao mesmo tempo que comenta a respeito de suas influências, o diretor indica os princípios dessa forma de arte, comentando sobre os bastidores de Hollywood e a dificuldade para se ter liberdade de criação. Ele cita muitos nomes poucos conhecidos do cinema americano, além de fazer pequenas análises de filmes de grandes mestres como Kubrick e D. W. Griffith.
O Cavalo de Turim
4.2 211Filme bastante contundente, esse do Bélar Tarr. Aliás, nunca havia visto um filme desse húngaro, e não me decepcionei. Tem um tema frequente nos tempos atuais, mas lidado de maneira diferente. Gostei como ele relacionou o caos do mundo atual com o choque filosófico que Nietzsche deve ter causado a um tempo atrás.
Toda aquela ventania, toda a relutância do cavalo são provas de que algo não deve estar certo, e a tranquilidade e falta de ação dos protagonistas (que continuam rotineiros) só simbolizam ainda mais nós mesmos, nunca alterados perante o caos.
Ótimo filme, mas requer uma certa "paciência" e força de vontade para poder realmente apreciá-lo, pois é um filme com ritmo lento e que dar informações através de sutilezas.
Recomendo!
Salò, ou os 120 Dias de Sodoma
3.2 1,0KNossa, repugnante. Acabo por fazer com que essas sensações de nojo e repugnância interfiram na análise objetiva que posso fazer a este filme, ou seja, Pasolini poderia ter alguma questão a analisar e, de fato, ele usa o tema dos nazi-fascistas, dando uma função social ao filme apesar de toda a escatologia.
Não deixa de ser uma alegoria interessante, mas não recomendo para quem tem estômago fraco.
Contato
4.1 804 Assista AgoraExcelente filme de Robert Zemeckis. Sem dúvida, uma obra- prima!
"Eles deveriam ter enviado um poeta."
:)
Ponto de Mutação
4.0 149Dá uma sensação de "vídeo- aula", pode soar meio artificial ás vezes, forçado por assim dizer. Embora a conversação dos personagens seja de extrema relevância, abordando inúmeros temas filosóficos e interessantes, o filme soa como algo didático. Agora entendo por que os colégios e faculdades passavam esse filme para os seus alunos.
Recomendado para quem gosta de aguçar a percepção.
O Processo
4.0 128 Assista AgoraAchei que a adaptação ficou boa. Ocorreu uma mudança na ena final, e algumas passagens foram alteradas, embora ocorram do mesmo jeito. Tudo bem, é a diferença das mídias, Welles fez algumas mudanças e tal, mas pouco importa se o sentido, o espírito da obra original não seja alterado. O que não foi o caso aqui.
A única coisa que os leitores de Kafka poderão chiar, deve ser o final. Mas, enfim.
Recomendado mesmo assim. x)
Eu Sei Que Vou Te Amar
3.6 140Poético, de aspecto teatral e com boas atuações. Aliás, eu gostei mesmo foi da perfomance da Fernanda Torres.
Interessante, mas não me atingiu não, embora tenha (vá lá) substância.
Festim Diabólico
4.3 885 Assista AgoraCom certeza, um dos maiores suspenses já feitos. Não imaginava que Hitchcock fosse produzir um longa tão superior ou igualitário à "Psicose". Se não superou, pelo menos se igualou, pois esse filme demonstra todo um domínio de narrativa, a tensão é crescente, tudo devido à ótima direção e o excelente desempenho dos atores; James Stewart, aliás, frequente colaborador do diretor se sai muito bem, além dos atores que fazem os assassinos, simplesmente excelentes. Não irei citar os outros, só digo que são igualmente verossímeis e eficazes.
Ok, fica aqui a recomendação. Só posso dizer que gostei tanto do filme que pus-me a ver de novo, logo em seguida! xP
Ps: Quantos cortes tem esse filme?? EU contei uns 3. x)
Jogo de Cena
4.4 336Nossa, genial. Pois, afinal de contas, existe atuação mais convincente do que a da vida real?
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
4.1 4,7K Assista AgoraEstou muito ansioso para ver o resultado final, a julgar pela excepcional iniciativa de Peter Jackson em registrar as filmagens por meio de videoblogs (estão muito bacanas) Esses vídeos só aumentam ainda mais a vontade de assistir.
Mais um clássico premiado a caminho? Não duvido. :)
8½
4.3 409 Assista AgoraLonga autobiográfico, que causa um pouco de ruptura do modo de abordagem neo- realista, cristalizando-se em algo com uma pegada mais surreal. Havia começado a ver uma vez a um filme de Fellini, mas somente agora tive o prazer de concluir, o filme anterior era " A doce vida", que agora, depois da ótima experiência nesse, me empolgou a conhecer o restante da filmografia do diretor. Esta aqui, uma obra bem pessoal, atemporal em sua narrativa, embora sabemos estar sendo levados a alguma resolução. O erudito Wagner tem seu "dança das valquírias" (é esse o nome?) tocando recorrentemente.
Não há muito o que falar do filme, a não ser que fosse em aspectos técnicos. Achei a montagem boa, bem ritmado e com transições muito interessantes entre as cenas. A fotografia em preto e branco é muito eficaz tbm. O lance é se deixar levar e apreciar as inúmeras facetas do diretor ao decorrer do longa.
Recomendo. x)
A Mosca
3.7 1,1KPérola escatológica do Cronenberg. Muito bom. x)
Deus e o Diabo na Terra do Sol
4.1 429 Assista AgoraLegal como Glauber incorpora elementos da mitologia popular brasileira, explorando o regionalismo e utilizando muita matéria prima inexplorada de nossa cultura. Esse desprendimento da linguagem importada em prol de uma estética totalmente nova fica evidente nesse filme e no ótimo " Terra em transe" que viria a seguir.
Bom, já está favoritado. :)
Terra em Transe
4.1 286 Assista AgoraUm ótimo exemplar da estética poética- política do cinema de Glauber rocha. "A estética da fome" como costumam denominar.
Recomendo.
:)
Os Muppets
3.3 847 Assista AgoraDivertido. Nada mais que isso.
Se bem que eles não pareciam pretender ser mais que ISSO.
x)
Trash: Náusea Total
3.6 242 Assista AgoraAssistindo sua filmografia do último filme até os primeiros, fica dificil acreditar que esse filme é obra de Peter Jackson. Essa pérola trash, " Bad taste", faz jus ao patamar que foi colocado em relação ao gênero. A graça surge mais da tosqueira, na criatividade dos efeitos especiais (o orçamento era limitado...), característicos do diretor. Aliás, ele faz uma ponta bacana no filme, como um psicopata sedento por carne.
Vale conferir para conhecer esse outro lado do diretor, que ainda consegue melhorar-se no estilo com o divertidíssimo "Braindead", a se lançado posteriormente.
:)
Se Beber, Não Case! Parte II
3.5 2,4K Assista AgoraFraquíssima sequência!
Se o longa anterior ganhava pela premissa inovadora, esse perde pela falta de originalidade. Esse aqui só repete a fórmula do antecessor.
"Se beber, não case- parte 2" nada mais é do que uma tentativa de simular o primeiro filme, só que utiliza-se de apelação barata e um mal aproveitamento de alguns personagens, como o Alan.
Pelo visto, a única coisa que eles repetiram eficazmente do primeiro foi a bilheteria, o que parecia ser o real objetivo aqui, vide o roteiro pouco inspirado e absolutamente sugado do, já citado, primeiro filme.
Picnic na Montanha Misteriosa
3.8 176 Assista AgoraUm filme memorável, que pode enganar alguns pelo título. Parece sugerir um "filme de investigação" mais vai para um rumo diferente. Assim, existe uma busca, mas o filme não é convicto nisso pois está mais interessado em sugerir coisas, existe muitas coisas nas entrelinhas de "Picnic na Montanha Misteriosa".
A sensação de transe, muito instigante na parte que as garotas se encontram na montanha é realmente alucinadora. A partir daquele momento, exceto a gordinha,todas as meninas parecem já estarem inertes, sob efeito da atmosfera misteriosa daquela montanha.
Coisas passaram por minha cabeça o filme inteiro, e acho que Weir iria ficar satisfeito com isso. Fiquei tentando fazer uma ligação entre Sara e o inexplicável evento, tentando encontrar um elo que unisse tudo. Ou mesmo os 2 rapazes que tentaram procurá-las. Tudo é sugestão.
Encaro a história como uma tremenda alegoria, o diretor parece não se preocupar tanto com o enredo, parece mais interessado em criticar o modo vitoriano de impor, como a aparente repressão sexual. Aliás, a montanha poderia ser bem uma representação disso, pois uma das personagens haviam visto uma das professoras(?) desaparecidas com trajes indignos para uma mulher "decente". E as próprias garotas pareciam ter desvinculado-se à "etiqueta" quando tiraram algumas peças de roupa, como o sapato na própria montanha, subindo-a.
Filme marcante.
Lavoura Arcaica
4.2 381 Assista AgoraA questão da opressão e militância de seu pai, tendo como contraponto a suavidade de sua mãe, traz para André, vivido com energia por Selton Mello, uma confusão perante os sentidos, mais ainda quando se vê envolvido pela beleza de sua irmã Ana. Privar uma sensação por que a mesma possa ser uma violação é algo difícil para quem quer se tornar o profeta de sua própria história
Bambi
3.5 440 Assista AgoraUma das grandes obras da chamada " Era de ouro" da animação dos estúdios Disney. Vê-se aqui, um cuidado maior, aquele natural perfeccionismo. Repare no cuidado anatômico dos personagens em relação aos animais de" Branca de Neve e os Sete anões", tudo é mais detalhado nesse filme. A trilha é uma das melhores já feitas para um filme, em minha opinião. Se casa perfeitamente com o espírito do longa. Que, aliás, é o mais impressionista do estúdio.
Esse filme foi o último a qual Walt estava direcionando o controle criativo, e fica bem aparente quando se analisa temas habituais de seus filmes, que é a santidade da família e o mal que faz o seu desvencilhamento. Esse filme, assim como "Fantasia", não foi muito bem em bilheteria em sua época, no caso específico de " Bambi", a fraqueza da compra de ingressos se deu pelo período de guerra, a qual o mundo vivia.
Enfim, um clássico autêntico do estúdio. Que para mim e muitos outros sempre traz aquela ótima sensação de nostalgia.
Fantasia
4.1 299 Assista AgoraUma verdadeira obra- prima da animação, e também, uma das últimas a qual Walt Disney esteve envolvido na direção criativa. É realmente um marco do espetáculo cinematográfico, com esplêndidos devaneios visuais, tendo, inclusive, um dos mais sombrios trechos animados já concebidos por Disney até então. A estrutura da "narrativa" é diferente e, alguns, irão considerar enfadonha. Basta ir assistir com uma postura diferente, como se fosse assistir uma peça erudita com o bônus de imagens a enfeitando. Ou seria o contrário?
Stokowski havia sugerido a proposta de conduzir algum longa animado de Walt, uma espécie de "fantasia" onde a cinética iria acompanhar o ritmo da música. Walt gostou da idéia e o resultado é essa imersão audiovisual de tamanha beleza, que não foi muito aceita em sua época, mas hoje se revela um clássico a viver por muitas eras.
O Palhaço
3.6 2,2K Assista AgoraObra sensível e muito marcante de Selton Mello. Achei muito lírico, com uma direção de arte bacana. Tem um aspecto "road movie", com uma sensação árida e muitos sotaques. Paulo José é uma ótima presença, assim como o próprio Selton. O filme encerra de maneira muito bela com aquele plano sequência do final. Muito bom o filme.
Aconselho.
:)
O Gato Fritz
3.4 52Não gostei. Ficou devendo muito, ainda mais se for considerar a obra que se baseia. Capturou o espírito "sujo" do submundo de Fritz, mas tudo é desconexo, como já comentaram em posts anteriores e o filme não parece conduzir a nada. Chega uma hora que fica monótono. A animação é cheio de problemas de timming e tal, mas não vou julgar muito pois soube que o Ralph Bakshi fez quase tudo sozinho. Mas dou ponto por sua ousadia em adaptar a HQ do Crumb, pois de certa forma, esse filme ajudou a tirar aquele estereótipo de que desenho animado é restrito ao público infantil ( assim como fez na maioria de seus longas animados).
Agora sei por que o Crumb não curtiu.
Entre os Muros da Escola
3.9 363 Assista AgoraExcelente retrato da relação aluno/professor.