Assisti Nós (2019) de Jordan Peele no Festival 125 Anos de Cinema do Telecine Cult. Eu ansiava por esse filme. Adoro o gênero e a Lupita Nyong´o que está impressionante! No passado uma família passeia em um parque de diversões, cenário clássico do gênero. Logo ficamos sabendo que os pais são separados porque a mãe cobra que ele veja mais a filha (Madison Curry). Ele está totalmente desligado, a mãe vai ao banheiro, a menina some e entra naqueles brinquedos cheio de espelhos, portas falsas. Lá ela se encontra com ela mesma, mas não é um reflexo, é uma igual a ela. Passa o tempo uma família feliz viaja para uma casa de campo lindíssima e confortável. Bem família de comercial de margarina. Agora aparece então a Lupita, é a mãe. Todos são muito felizes. O menino adora fazer truques. O pai é interpretado por Winston Duke e os filhos por Shahadi Wright Joseph e Evan Alex, os dois são ótimos. A família amiga deles é interpretada por Elisabeth Moss, Tim Heidecker, Noelle Sheldon e Calle Sheldon. De repente aparece uma família "igualzinha" pra atacá-los. Eu achei que ia ficar nisso, eles sendo perseguidos pelos vermelhos, mas não, o final é muito surpreendente e interessante. Arrasador! Tem muitas pontas soltas, mas a teoria é muito boa. O que gostei mais é que é possível o final. Não é algo sobrenatural e sim, científico. A que ponto chega a ciência.
Assisti O Crime do Monsieur Lange (1936) de Jean Renoir no Festival 125 Anos de Cinema do Telecine Cult. O Telecine tem passado aos domingos filmes marcantes da história do cinema. Começaram com os primeiros preto e branco mudos e agora estão em Jean Renoir. Essa semana será Buñuel. No Now tem alguns, no streaming da Telecine na internet a seleção de filmes é infinitamente maior. O que me impressiona em seus filmes são a quantidade de gente, nossa, é muito ator, personagem, até eu me perco. Imagino que como o cinema estava no começo, muitos aceitavam participar e ganhar pouco, porque se fosse o que se paga hoje em dia para cada personagem o filme seria caríssimo! Um casal chega fugindo em uma pensão perto da fronteira. Logo descobrem que o marido é um assassino procurado. A esposa resolve então contar a história deles, pra ver se as pessoas iam mesmo querer entregá-lo a polícia e ganhar a recompensa. Seus filmes são sempre a frente do seu tempo. A moça diz que já teve outros homens, mas agora é ele que ela ama. O filme segue para o passado. O dono de um periódico é um mal caráter, bon vivant, engana as mulheres, os funcionários, a família, os credores, deve todo mundo, não paga ninguém. E explora todo mundo, sempre dá um jeito sem vergonha de fazer as pessoas pagarem pra ele o que quer que seja. Ele morre, o jornal está coalhado de dívidas. O safado tinha colocado como dele uma novela periódica Arizona Jim, escrita por um francês que nunca foi aos Estados Unidos. Os funcionários se juntam em cooperativa, passam a produzir o Arizona-Jim e mais uma infinidade de produtos, até vão fazer um filme e todos prosperam. Todos passam a ganhar com dignidade e o jornal paga suas dívidas. Adorei ser ambientado em um periódico, que o sucesso se dava pela história do Arizona Jim publicado em capítulos a cada semana, que as edições se esgotavam. O safado do dono do jornal não tinha morrido e aparece. O elenco é numeroso. O casal fugitivo é interpretado por Renè Lefèvre e Florelle. O editor por Jules Berry. Alguns outros são: Nadia Sibirskaia, Marcel Levesque e Henri Guisol.
Assisti Emma (2020) de Autumn de Wilde no Telecine Premium. Esse filme foi muito elogiado e gostei muito do livro da Jane Austen. Emma é uma moça arrogante, mimada, insuportável e muito, mas muito rica. A autora é sempre muito mordaz em mostrar as perversas regras sociais da época. Se você não gostou da Emma, lembrem-se, a autora fez a Emma pra nós a odiarmos, ela é insuportável e arrogante. Sem ter o que fazer, já que tudo é feito por empregados, ela resolve se meter na vida afetiva das pessoas. Ela não faz nada, até se vestir fazem por ela. Acho que se na época dissessem que ricos não poderiam comer com as próprias mãos, os empregados dariam comida na boca. Diferente de muitas mulheres da época, ela pode dar-se ao luxo de ficar solteira. Riquíssima, com vida confortável, ela pode ficar solteira. Seu pai é interpretado por Bill Nighy. O que ela faz com a suposta melhor amiga é abominável. Ela acha o partido da amiga mais pobre que ela, então tenta arrumar outro casamento e desestrutura mais ainda a amiga sem personalidade. Anya-Taylor Joy está excelente! A amiga é interpretada por Mia Goth. Alguns outros do elenco são: Josh O´Connor, Johnny Flynn, Gemma Whelan, Amber Anderson, Miranda Hart, Rupert Graves, Callum Turner, Connor Swindells e Tanya Reynolds. A direção de arte é de tirar o fôlego. É um filme deslumbrante! Lindíssimas locações, belíssimos figurinos, e uma fotografia primorosa.
Assisti Animais Fantásticos: Crimes de Grindelwald (2018) de David Yates na HBOGo. Eu gostei muito do primeiro da série, curiosa pelos livros de J.K. Rowling. Nesse Johnny Deep e Jude Law aparecem, Law um pouco menos, mas imagino que mais na próxima sequência já que a trama termina com um segredo dele. Eu adoro os animais, o entrar e sair da mala, dessa vez entraram e saíram até de um balde. Gosto demais do grupo principal interpretado por Eddie Redmayne, Dan Fogler, Alison Sudol e Katherine Waterston. Ainda no elenco Erza Miller, Zoe Kravitz, William Nadylam, Claudia Kim e Callum Turner.
Assisti na época no cinema Idas e Vindas do Amor (2010) de Garry Marshall. Há poucas opções de filmes no cinema que não sejam violentos para ir com a minha mãe. Escolhemos esse. Os Estados Unidos pegaram o hábito de fazer filmes para o Dia dos Namorados, como eles fazem para o Natal. Mas também pegou o hábito de fazer regularmente filmes com várias histórias, eu gosto desse formato. Idas e Vindas do Amor não é o melhor desse gênero, mas é simpático. No elenco grandes e famosos atores como Ashton Kutcher que o seu personagem parece costurar as histórias. Ele é dono de uma loja de flores. Idas e Vindas do Amor passa em um único dia, no Dia dos Namorados. Jamie Foxx faz outro personagem simpático. Julia Roberts aparece pouco, mas tem um bonito perso-nagem. Outra que aparece pouco é a Jessica Alba, Queen Latifah e Kathy Bathes. Amei a história interpretada pela Shirley Mclaine e Hector Elizondo. Como alguns filmes desse formato sempre há uma história com uma criança, o menino é uma graça interpretado por Bryce Robinson. Alguns outros do elenco são: Jessica Biel, Jennifer Garner, Anne Hathaway, Topher Grace, Eric Dane, George Lopez, Bradley Cooper, Patrick Dempsey e Taylor Lautner. Eu achei a fotografia um pouco escura, não sei se era a cópia que vimos no cinema. Minha mãe não conhecia o exagero dos americanos na festa do Dia dos Namorados. Eu sabia, mas confesso que não achava que eles iam tão longe, muito cafona a festa. Eu não sabia que havia programas no cemitério, mas achei simpático que passam um filme e todo mundo vê no gramado, mas se fica lotado daquele jeito não sei se há romantismo. Eu e minha mãe estranhamos algumas crianças no cinema. Fiquei pensando que talvez elas vão pelos atores, por algum ídolo, não sei se sabem sobre o que é o filme. Crianças com menos de 10 anos não devem compreender metade dos diálogos. É um filme com conversas complexas adultas sobre relacionamentos. Eu estranho esse costume de ir ao cinema sem nem ao menos saber o que vai assistir. Ainda mais que o ingresso do cinema está muito caro.
Assisti A Máquina do Tempo (2002) de Simon Wells na HBO. Tinha vontade de ver esse filme, tinha amado o que resultou nesse, sabia que esse não tinha muitos elogios e como mal ouço falar nesse filme imaginei que não deveria ser uma maravilha. Mas a ideia de poder voltar no tempo ou se adiantar a ele sempre me soou fascinante e acho que muitos também sentem o mesmo. O filme é bem fraquinho, funciona, é bonitinho, mas quando os monstrinhos do futuro chegam fica bem sofrível. São lindas as cenas no passado, quando ele pede a sua amada em casamento. Depois ele segue para o futuro e as soluções são interessantes. A Máquina do Tempo de hoje já tem recursos modernos, portanto em um futuro próximo que nosso protagonista viaja, 2033, não é muito diferente de hoje. Quando nosso protagonista viaja distante demais, aí o filme fica bem tosquinho. Lindas as duas mulheres que aparecem no filme: Samantha Mumba e Sienna Guillory. Nosso protagonista é o Guy Pearce. Simpático o personagem do Orlando Jones. O Jeremy Irons não deve ter ficado muito confortável em seu personagem, espero que ao menos tenha ganhado muito bem para fazer esse papel.
Assisti O Mistério do Relógio da Parede (2018) de Eli Roth no Telecine Pipoca. Estava ansiosa pra ver esse filme depois que vi a chamada no Telecine. O roteiro é de John Bellairs. Que graça de filme! Eu gostei que não economizam nos aspectos mágicos da trama. E a casa tem muitos detalhes, acho que posso rever várias vezes e descobrir muitos outros detalhes que passaram despercebido. Amei a poltrona ser o cachorro da casa. O vitral que interage com os moradores da casa. Quase tudo na casa tem vida própria. O menino, Owen Vaccaro, é uma graça. Mas a dupla que contracena com ele é excelente, Cate Blanchett e Jack Black. O garoto fica órfão e vai viver com o tio mágico e atrapalhado. A vizinha faz mágicas também. O garoto começa então a aprender o ofício. É muito bonitinho! Alguns outros do elenco são: Vanessa Anne Williams, Sunny Suljic, Colleen Camp, Lorenza Izzo, Kyle MacLachlan e Renée Elise Goldsberry
Assisti na época no cinema As Sufragistas (2015) de Sarah Gravon. O roteiro é de Abi Mogan. Eu vi matérias falando da estreia desse filme e quis muito ver. Foi muito difícil achar um cinema que passasse esse filme. A senhora que sentou ao meu lado reclamou da mesma dificuldade. Sabia pouco das Sufragistas, mulheres que lutaram pelos direitos ao voto no início do século XX. O filme escolhe descrever a história de uma operária inglesa para mostrar esse movimento. É pelos olhos dessa operária que vemos as movimentações das sufragistas. Elas lutaram inicialmente pacificamente pelo direito ao voto, mas a forte repressão e a insucesso, fizeram elas chamarem a atenção de outras formas. Em vários momentos elas acham que vão conseguir o direito ao voto. Em um momento as mulheres vão dar os depoimentos, as que tinham coragem, porque sofriam muitas discriminação ou mesmo represálias por se posicionaram. Quando vão todas juntas ouvir o resultado descobrem que não, que continuam impedidas de votar. E elas são brutalmente espancadas pelos policiais. Elas usavam condecorações de quantas vezes tinham sido presas. Nas prisões faziam greves de fome, mas como os oficiais não queriam mártires faziam absurdos para que elas aceitassem alimentos. A personagem da Carey Mulligan representou as operárias. Em seu depoimento ela relata essas mulheres que trabalhavam desde muito cedo lavando roupas. Aos 7 trabalhavam meio período, aos 12 passavam a trabalhar período integral. Pela insalubridade do serviço, sempre na umidade, essas operárias viviam muito pouco. O elenco é grande: Grace Stottor, Brendam Gleeson, Romola Garai, Ben Whishaw e Shelley Longworth. O filho da operária é interpretada pelo fofo Adam Michael Dodd. Helena Bonham-Carter interpreta uma farmacêutica, ela queria ser médica mas por ser mulher não conseguiu. Ela deu continuidade a botica do seu pai. Meryl Streep faz uma pequena participação interpretando uma líder sufragista Emmeline Pankhurst, que vivia na clandestinidade porque era perseguida pelos policiais para ser presa. O filme relata um fato histórico muito determinante na causa. Uma sufragista, querendo chamar a atenção do rei, entra no meio de uma corrida de cavalos e é morta pisoteada. Só aí que as sufragistas conseguem destaques nos jornais. Até então a mídia raramente dava alguma nota. É quando acontece uma enorme passeata no cortejo fúnebre dessas sufragistas e é quando muitas outras mulheres aderem ao movimento e todas de branco com a faixa negra no braço. O filme termina nesse momento com imagens históricas. Logo depois as sufragistas inglesas conseguiram o direito ao voto. E vem uma lista dos anos que as mulheres puderam votar nos países. O Brasil veio antes da França. A maioria deu o direito ao voto nesse período quando mulheres do mundo todo lutavam pelo direito de votar. Fiquei chocada de descobrir que a Suíça só permitiu o voto da mulher na década de 70, perdi a vontade de conhecer esse país.
Assisti ao filme australiano O Casamento de Muriel (1994) de P.J. Hogan no DVD. Sempre tive curiosidade de ver esse filme de tanto que falaram. Gostei bastante! Principalmente pelo fato da protagonista não se modificar completamente dentro de um perfil pré-estabelecido. Muriel é uma garota com baixa-estima, com uma família complicada que vive inerte. Seu pai é um narcisista e um político corrupto. Claro, o sonho de Muriel é casar e também ser inserida no grupo de amigas que foi excluída. Gostei que o filme até realiza o sonho dela, mas a que preço? Ao preço do abandono de uma personalidade própria e de uma farsa. Ela acorda da ilusão, resolve voltar a ser ela mesma, uma moça diferente, que não se enquadrava na futilidade das suas colegas. Também esteticamente Muriel é diferente. É uma moça bastante alta, com estrutura óssea grande e não dentro do padrão físico considerado belo. Muriel é interpretada brilhantemente pela Toni Collette. Sua melhor amiga por Rachel Griffiths. O pai por Bill Hunter. O noivo por Daniel Lapaine. A trilha sonora é toda do ABBA.
Assisti A Grande Ilusão (2006) de Steven Zaillian no Corujão. É uma co-produção entre Estados Unidos e Alemanha e o nome original é All The King´s Men que não tem nada a ver com a versão que escolheram no Brasil, inclusive o nome no Brasil não tem nada a a ver com o filme. É uma refilmagem de um filme de mesmo nome original e tradução, de 1949. Foi o meu amigo que me indicou esse filme. Eu falava com ele sobre as opções que iam passar naquela noite na TV a cabo, não me interessava pelos que tinham, aí ele avisou que esse é bom e é realmente. All The King´s Men é um filme muito diferente, com um roteiro muito original, baseado no livro de Robert Penn Warren. Nosso protagonista é o maravilhoso Sean Penn. Ele é um homem simples, que já se candidatou a prefeito umas duas vezes, não ganhou e desistiu. Ele critica muito a corrupção no estado, prevê uma tragédia advinda da corrupção, que acaba acontecendo, e é então assediado para ser candidato a governador. No meio da campanha ele percebe que só o usam, muda o discurso, faz campanha sozinho e ganha. Ele não chega a mudar os seus ideais. Fica mais maduro, com algumas atitudes de uma pessoa simples que chega no poder, mas continua realizador para aqueles que o elegeram. O texto é muito bom, Sean Penn arrasa. Jude Law é um jornalista, da alta sociedade, que vai trabalhar para o personagem do Sean Penn. Gostei muito da edição de All The King´s Men, demoramos pra compreender muitas questões, inclusive suas amizades da juventude, o que os afastou. Seus amigos de juventude são interpretados por Kate Winslet e Mark Ruffalo. Gosto muito dessa atriz, a personagem dela é muito complexo, mas não exige muito de interpretação. O incrível Anthony Hoppkins está no elenco e ainda Patricia Clarkson, Kathy Baker e James Gandolfini.
Assisti Irmã Dulce (2014) de Vicente Amorim no Telecine Premium. Eu quis muito ver nos cinemas e consegui. Me programei para a pré estreia no CineMark , mas não consegui, cheguei atrasada. Tentei ver no TelecinePlay mais tarde, mas não tinha. Fiquei triste, até que no dia seguinte entrou na programação do TelecinePremium. Eu tinha visto muitas matérias e entrevistas e tinha ficado encantada com detalhes da vida de Irmã Dulce. Incrível ela ter continuado católica depois de tudo o que a igreja aprontou com ela. Como muitas religiões, fizeram um inferno da vida dessa mulher pelas regras de segregação, por falta de caridade, por falta de amor cristão. A igreja católica deve ter vergonha de homenagear a Irmã Dulce depois de tudo o que fizeram, ou pelo menos deveria. Irmã Dulce era bombardeada de tudo quanto é lado. Quando jovem ela invadiu uma casa abandonada e o prefeito reclamou, exigiu que ela saísse com os doentes, mas não fez nada para ajudar os doentes achando outro lugar. Era a insistência da Irmã Dulce que fazia com que as pessoas ajudassem e dessem um pouco mais. Belíssima história de amor. Quando o Papa veio ao Brasil, não colocaram o nome da Irmã Dulce para estar perto. Foi o filho adotivo e a cidade que pressionou para ela ser convidada. Por sorte esse Papa viu a importância da Irmã Dulce e a visitou mais uma vez depois. Irmã Dulce foi interpretada brilhantemente por Bianca Comparato e Regina Braga. A Irmã Dulce criança foi interpretada por Sophia Pereira Brachmans. Uma graça o menino que faz o filho adotivo interpretado por Lisandro Eduardo de Castro Oliveira. Ele mais velho foi interpretado por Amariuh Oliveira. Incrível como Irmã Dulce nunca abandonou esse filho, mesmo depois dele entrar pelo crime. Ela nunca desistiu dele, de procurá-lo pelas ruas. De visitá-lo na prisão. Até como mãe ela é um exemplo. Muitos outros bons atores estão no elenco. Irene Ravache faz uma irmã megera que parecia que tinha vindo do tempo da Inquisição. Luiz Carlos Vasconcelos um padre. O pai por Gracindo Jr. e a mãe por Glória Pires. Elenco incrível com Malu Valle e Zezé Polessa, Ótimas todas as atrizes que fizeram as freiras, Patrícia Oliveira e Zeca de Abreu. O amigo do Acordeon por Edinho Lima e Dudu dos Oito Barcos. O filme é incrivelmente bem realizado, belo esteticamente, corajoso de mostrar uma igreja católica tão pouco acolhedora e tão pouco cristã.
Assisti Pompeia (2014) de Paul W. S. Anderson no FX. Confesso que não estava muito animada, mas resolvi conferir. O começo é bom, bem realizado, mas depois comete o mesmo erro de um filme que vi anteriormente, simplificar os impérios em um romancezinho entre um escravo e a filha de um importante comerciante. E o final, ah o final, é muito, mas muito forçado e cheio de furos. Uma pena, o filme até que ia bem como entretenimento. Começa com um povo sendo dizimado pelos romanos. Só uma criança sobrevive que é transformada em escravo e depois em gladiador, um dos melhores. Ele é interpretado por Jon Snow, quer dizer, Kit Harington. Ele vai chamando a atenção nas lutas de arena e o levam para a de Pompeia. Lá o vulcão já está dando sinais. Os moradores da cidade não estranham porque há anos convivem com algumas turbulências provocadas pelo vulcão. No caminho ele conhece a chatinha Cassia interpretada pela Emily Browing. Ela volta a Pompeia para viver com os pais após ter ficado em Roma. Claro, os pombinhos se encantam. Em Pompeia ela começa a ser assediada por um romano que quer casar com ela. Seu pai está tentando fechar um grande negócio com o imperador. Sua mãe não gosta da aproximação. O romano é interpretado por Kiefer Sutherland. O pai da moça por Jared Harris e a mãe por Carrie-Anne Moss. Em Pompeia Jon Snow conhece outro gladiador interpretado pelo lindo Adewale Akinnuoye-Adbaje. O final tem tanto furo que se torna desconfortável, fiquei com vergonha alheia. Todos em Pompeia tentam chegar aos barcos para se salvarem, as ruas estão abarrotadas, ninguém consegue andar, mas quando Jon Snow vai perseguir a amada não tem mais uma viva alma nem morta nem viva. No começo com uma movimentaçãozinha de terra, o cavalo derruba o cavaleiro e fica indomável. No final, com os abalos insuportáveis do vulcão, foco e lava caindo, terra tremendo, uma biga com 4 cavalos anda sem eles estarem assustados ou indomáveis, o mesmo acontece com o cavalo do Jon Snow que não se assusta com nada. E tudo fica resumido na briguinha do romano com o escravo e sua amada. Reduziram Pompeia há um romancezinho romântico meloso e cafona.
Assisti Blade Runner 2049 (2017) de Denis Villeneuve na HBO Go Cine Record Especial. Eu tinha muita curiosidade de ver esse filme, não tanta que me levasse ao cinema, só ia ver mesmo quando chegasse na tv a cabo. Gosto demais do primeiro, mas não chego ser da turma dos fãs maníacos. E como esse filme é lindo! E como esse cartaz é pavoroso, não tem nada a ver com o filme, parece aqueles cartazes tudo iguais de filmes de super heróis que nunca conseguimos saber de qual filme é. Fico pensando se a confusão dos cartazes iguais são de propósito. Eu como acho tudo igual e acho que tudo eu já vi, nem vou olhar. Além do péssimo cartaz, as fotos também são escassas, bem desatualizado na forma de promoção do filme. O roteiro é muito bom. É baseado na história de Philip Dick escrito por Hampton Fancher. E como é delicado e bonito. Fiquei muito emocionada. Os replicantes foram proibidos. O planeta não tem mais humanos, ficou inabitável. Uma empresa comprou a que produzia replicantes e voltou a criá-los, agora com limitações. Nosso protagonista interpretado pelo lindo Ryian Gosling tem a função de localizar replicantes antigos para "aposentá-los" já que os replicantes não tinham tempo de vida. Em uma dessas excursões ele descobre um "milagre". No passado um replicante teve um filho. Ele tem que localizar o filho pra matar, esconde a investigação e começa a achar que foi ele. Interessante que eu achei que foi forçado ser ele, mas no decorrer do filme vemos que foi ele que viajou e passou achar que era ele. Ele que com a pouca informação que teve já concluiu. É linda demais a relação dele com a holograma dele interpretada pela linda cubana Ana de Armas. Muito triste quando ele entende que ela era só o que ele desejava, dizia só o que ele desejava ouvir. Mas será mesmo? Há muitas dúvidas no filme, como no primeiro e isso que o faz tão fascinante. Mais um produto que discute criador e criatura. Sim, Harrison Ford aparece, é a hora que o filme fica mais melancólico, mas é todo triste. Utilizaram recursos para a Sean Young estar exatamente como no filme anterior. E a belíssima música do Vangelis continua firme e forte. Quando Jared Leto apareceu eu jurava que era o mesmo ator do protagonista. Não sei se foi só impressão minha, mas eu achei que os dois eram o mesmo ator. Alguns outros do elenco são: Mackenzie Davis, Carla Juri, Sylvia Roeks, Dave Bautista, Lennie James e Robin Wright. Engraçado o trailer mostrar muita ação, Blade Runner 2049 é bem contemplativo e filosófico. Tem um pouco de ação e violência, mas a maioria é reflexivo.
Assisti Rebecca (2020) de Ben Wheatley na Netflix. Estava curiosa, eu amo essa história e adoro o elenco. Mas é outra história e com uma infinidade de furos no final, eram tantos furos que fiquei até tonta. E como falta sutileza! Esteticamente é um filme belíssimo! As locações são lindíssimas! O livro de Daphne Du Maurier eu li de uma edição da família, nem sei por onde anda, estava até encapado com tecido. E o filme do Hitchcock é cheio de silêncios. Essa versão é bem barulhenta. Lindos demais Lily James, Armie Hammer e Kristin Scott Thomas. Alguns outros do elenco são Bryony Miller, Ben Crompton, Kelly Hawes, Ann Dowd e Sam Riley Vou falar detalhes do filme e do final. Quero rever o filme do Hitchcock. Não lembro de ter tribunal. Que eu me lembro do livro e do filme é praticamente todo na mansão. O filme tem até corrida de carro tradicional de filme de ação, surreal. E é a protagonista que dirige igual uma alucinada. Ela vai atrás do boletim médico da consulta da morta Rebecca. Depois, de madrugada, no consultório, ela senta com o médico e o policial, falam da doença da morta e chegam, ali no consultório mesmo, a conclusão que a mulher se matou. Ok, é uma possibilidade, mas Rebecca não era uma mulher a se curvar, nem ao menos a uma doença. De madrugada mesmo soltam o acusado. Veja, teve um tribunal antes, e foi solto? Acho que não quiseram prolongar muito o filme com outra seção no tribunal, e resolveram tudo na madrugada mesmo pra ninguém ver. Se a barriga da mulher crescia por um tumor e ninguém sabia, sim o marido poderia achar que ela estaria grávida e sim, teria dúvida de quem seria. Agora não dá pra afirmar que seria do amante. E sim, ele poderia tê-la matado, ou qualquer outra pessoa. O exame e o resultado de câncer não prova nada que não foi morta. No começo também, por dias, a acompanhante larga sua patroa doente pra sair com o namorado. E a patroa insuportável que escravizava a jovem, dessa vez não faz nada. Concordo com a patroa, nada podia atrapalhar o desenvolver da trama, muito menos a coerência.
Assisti De Olhos Bem Fechados (1999) de Stanley Kubrick em HBO Mundi na casa da minha irmã. Sempre quis rever esse filme, tentei inclusive ver no DVD, mas não consegui comprar. É absolutamente maravilhoso! Último filme desse diretor incrível, ele nem chegou a ver o filme em cartaz nos cinemas. De Olhos Bem Fechados permite muitas leituras, e várias não conclusivas. Eu já fiz várias e imagino que vários já fizeram inúmeras outras. É com o casal belíssimo Nicole Kidman e Tom Cruise, mais lindos do que nunca. Muitos fatores me surpreenderam! Esse casal durante o filme entra em crise porque o que disseram abala a relação. Mas não há infidelidade física, só mental. E eles não conseguem olhar para o companheiro depois da revelação dos pensamentos, não dos atos. E as revelações são tão fortes que não sei realmente como conseguem permanecer juntos. Vou falar detalhes do filme: Outra questão é que não fica claro se tudo foi ilusão ou realmente aconteceu. Não vemos o protagonista sair de um apartamento e passar a caminhar pelas ruas. E ele começa a fazer isso todas as noites. Mas não sabemos se ele sonhou ou realmente tudo aconteceu. O meu amigo também ama esse filme e me perguntou o que eu achei que aconteceu com o pianista, eu acho que ele foi igualmente morto. Mas ele me lembrou que a moça poderia realmente ter morrido de overdose, e o pianista podia realmente ter voltado a sua cidade e viver com sua família. Outras duas questões pipocaram na minha mente. Uma deles é sobre o Tom Cruise. O personagem vai em uma reunião de uma seita. Nos Estados Unidos há muitas assim, com grupos de fanáticos que ainda praticam violência contra outras pessoas. Eu fiquei com a sensação que o Tom Cruise não entendeu nada do filme, já que ele entrou para a Cientologia, que não deixa de ser uma seita com ideias bem radiciais. A maravilhosa fotografia é de Larry Smith. Outros do elenco são: Sydney Pollack, Marie Richardson, Todd Field, Leslie Lowe, Radd Serbedzija e Leelee Sobieski. De Olhos Bem Fechados mostra ainda a superficialidade do mundo em que vivemos. Esse casal tem tudo, está muito bem no relacionamento, mesmo com anos de casados, uma filha linda, uma vida financeira maravilhosa, um apartamento incrível, ele está bem profissionalmente. Ela perdeu o emprego de gerente em uma galeria de arte, mas procura outro. Uma vida sexual intensa! E mesmo assim parecem vazios. Logo no começo eles vão em uma festa de Natal em uma casa luxuosa onde eles não conhecem ninguém. Não vi sentido deles buscarem em uma data familiar um lugar tão impessoal, sem amigos, sem familiares. Até mesmo em um momento moralista, em que ele procura a prostituta que beijou no dia anterior, ele é informado que ela descobriu que é soropositivo. Por uma desilusão, por um sonho, por uma perturbação provocada por sua esposa, ele quase se relaciona com outra mulher colocando em risco a vida de todos, antecipando o fim da vida de todos. Tudo é perfeito, mas eles estão insatisfeitos. E isso ocorre com vários personagens do filme. Amei De Olhos Bem Fechados! Dá pra ver inúmeras vezes e pensar inúmeras outras questões. Surpreendente!
Assisti Polícia Federal: A Lei é Para Todos (2017) de Marcelo Antunez no Telecine Premium. Eu estava meio reticente em ver esse filme, até que minha amiga comentou que a Operação Lava Jato começou na verdade com a prisão de um caminhoneiro que traficava drogas dentro de palmitos, que estava envolvido em um posto de gasolina e consequentemente envolvido com doleiros. Prendendo o doleiro chegaram à Petrobras e só aí é que chegaram à política. Tinham deputados envolvidos com a Petrobras. Tentaram tirar o caso da Polícia Federal e levar a investigação para Brasília, pelo foro privilegiado, como tinha traficante no meio, conseguiram que não fosse e não aconteceu o mesmo que ocorreu com as inúmeras investigações anteriores, Mensalão e tantas outras mencionadas no início do filme. Indo para Brasília, nada aconteceria como sempre acontece, ninguém seria preso e sempre diriam que faltavam provas, como aconteceu com a investigação do Collor na época que foi Presidente. E isso que faz a Operação Lava Jato ser diferente das outras, ela teve continuidade. E Lula só foi preso porque não tinha foro privilegiado porque não estava em nenhum cargo político. Lula não tinha nada no nome dele, nenhum telefone, carro, imóveis, nada, isso é no mínimo estranho. A pessoa tinha que ligar para um motorista para ele passar ao Lula. O Brasil precisa acabar definitivamente com o foro privilegiado. Vários países só mantém foro privilegiado para Presidente e algum outro cargo, mas todos os outros respondem igualmente como a população pelos seus crimes. No Brasil há um ranço de achar que políticos são seres superiores. Sim, políticos muito votados, médicos muito competentes, pesquisadores que descobrem vacina, professores dedicados são especiais e merecem respeito, mas nenhum deles está acima das leis. Os políticos só são nossos representantes, são iguais a todos nós. Não estão acima da lei até mesmo os policiais, investigadores e juízes. Todos precisam ser acompanhados e questionados. O elenco todo é muito bom: Antonio Calloni, Flávia Alessandra, João Baldasserini, Bruce Gomlevsky, Rainer Cadete, Marcelo Serrado, Roberto Birindelli, Roney Fachini, Leonardo Franco, Juliana Schalch, Leonardo Medeiros, Ary Fontoura, Sandra Corveloni, Genézio de Barros e Tadeu Aguiar.
Assisti Sete Homens e um Destino (1960) de John Sturges no Telecine Cult. Sempre quis ver esse filme, mesmo não tendo visto o do Akira Kurosawa que inspirou esse. Gostei! Ufa né? Porque eu andava vendo uns filmes bem sofríveis. Mas não é meu gênero preferido. Gosto de faroestes, mas não gosto de um filme que seja todo voltado a conflitos armados. Esses sete homens se unem aos poucos a pedido de uma aldeia pra protegê-la. O elenco é incrível: Yul Brynner, Steve McQueen, Charles Bronson, James Coburn, Robert Vaughn, Rosenda Monteros, Brad Dexter, Eli Wallach e Horst Buchholz.
Assisti Sete Homens e um Destino (2016) de Antoine Fuqua no Telecine Premium. Faz tempo que esse filme estreou no canal, mas li críticas tão ruins que demorei pra ver. Também amava o primeiro que é imbatível. É baseado no filme de Akira Kurosawa. Um dia zapeando achei lindas as imagens e fui ver. É muito bonito mesmo, vai muito bem para estragar tudo no final que é muito forçado, parece filme de super herói. Uma pena porque o filme ia bem. Belíssimas fotografias, lindas locações, boa escalação de elenco, ótimos cenários. Gostei muito que Denzel Washington é o principal. Ele que reúne o grupo com atores que adoro Chris Patt, Ethan Hawke, Byun-hun Lee, Manuel Garcia Rulfo, Martin Sensmeier e Vicente D´Onofrio. Gostei de ter uma mulher forte e determinada. Ela vive na cidade que o vilão do ouro aparece e mata o seu marido e vários moradores da região, além de queimar a igreja. Ela arruma um guardião e segue para contratar o grupo que vai salvar a cidade desse malfeitor. Ela treina tiro e consegue ajudar, mas foi bacana não colocar ela como eles, é só uma mulher que passa a saber atirar. Não ficou milagrosamente tão expert como os outros, mas ficou forte e destemida. Ela é interpretada por Haley Bennet. Bacana também que ela não casa com nenhum deles e continua na cidade que protegeu. Peter Sarsgaard está muito bem como o vilão.
A construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no curso do Rio Xingu gerou muita polêmica no que diz respeito à questão ambiental e à questão energética. De um lado, as populações tradicionais ribeirinhas e as indígenas, bem como ativistas e grupos ambientalistas que questionaram e questionam os impactos da construção dessa usina; de outro, o governo e outros ativistas que defendem a sua construção em prol do aumento da produção de energia no país e o fim dos temores de uma eventual crise energética. Uma vez concluída, Belo Monte se tornaria a segunda maior usina hidrelétrica do país, a maior 100% brasileira e a terceira maior do mundo, segundo dados do Governo Federal. Sua construção provocou diversos problemas, entre eles o desmatamento que ocorre nas áreas próximas. O documentário aborda impacto da obra da usina de Belo Monte no Pará. É exatamente isso que o documentário trata, mas embora seja um filme bem feito, tem um, porém só traz depoimentos de quem é contra a obra, ou seja, não promove o debate e não traz correção nas informações, também não entrevistou ninguém do setor elétrico brasileiro. Confesso que fiquei meio decepcionada uma vez que assistir o documentário para um trabalho da faculdade.
Assisti O Paciente - O Caso Tancredo Neves (2018) de Sergio Rezende no Telecine Premium. Acho importante filmes históricos e esse fato foi envolto em muita especulação e teorias conspiratórias. O filme trata dos pavorosos últimos dias de Tancredo Neves, a sucessão de erros médicos e a infinidade de pavões que queriam ser os salvadores do presidente para turbinar os seus egos e carreiras. É baseado no livro de Luís Mir que teve muita dificuldade de conseguir os documentos que relatavam esses últimos dias. Os médicos ocultaram o que puderam aquele período. Tancredo Neves está com dores abdominais, não quer ir ao hospital antes da posse. O médico Dr. Pinheiro da Rocha acha que é apendicite. Eu não sou médica, mas o pouco que lembro é que as dores de apendicite são absurdas. Tancredo Neves quer continuar driblando as dores com antibióticos e anti-inflamatórios. Pelo o que eu sei, as dores de apendicite são absurdas. Pra passar a dor a pessoa fica praticamente dopada. Tancredo Neves sente dores mas anda, treina discursos e aguenta vários dias assim. Mas enganos acontecem e se os enganos fossem corretamente corrigidos, talvez aqueles horrores não tivessem acontecido. Eu concordo com a conduta desse médico de não aceitar que o presidente fosse de jato para São Paulo, para o Incor, que eu saiba em apendicite o tempo é fundamental e Tancredo tinha 75 anos. O autor do livro acha que foi por vaidade, talvez, mas não sei, pelo diagnóstico que o médico tinha feito achei lógico o presidente ficar em Brasília. O problema é que para ser bem escondido enviaram para um hospital militar recém-construído, ainda não totalmente equipado. As confusões médicas são muitas. O médico leva toda equipe e prepara a sala de cirurgia, mas os outros médicos levam o presidente para outra sala e começam a discutir se iriam descer o presidente ou ele ia ficar naquela sala, com isso mais atrasos e tensão, isso mostra-se uma rotina em todo o tempo que o presidente lutou para sobreviver. A posse seria em dois dias e o autor do livro acha que a pressa do próprio Tancredo e dos médicos foram determinantes pra tantos erros nessa cirurgia. Não, não era apendicite, o médico faz um diagnóstico precipitado, tira um pedaço. Isso estava correto, o problema é que na pressa não fechou corretamente o local onde esse pedaço foi tirado e é essa hemorragia que vai matar o presidente 39 dias depois porque ninguém, absolutamente ninguém, percebe a hemorragia até um pouco antes dele morrer. Mas outros erros sucederam nessa cirurgia pela pressa. O médico que operou fica feliz, fecha rapidamente e deixa a hemorragia, sai da sala todo saltitante pra contar a família. Fica lá outro médico fechando o local. O responsável pelo tubo da garganta resolve tirar antes da hora, o que estava fechando o abdômen pergunta porque a precipitação, e o médico diz que é o pro presidente acordar logo e estar melhor logo para a posse. Nessa precipitação o pulmão do presidente enche de água, o que adia ainda mais a recuperação, e agrava ainda mais o caso. O presidente não melhora, convocam uma equipe de médicos pavões pra se juntar aos outros pavões já estabelecidos. Como Tancredo Neves ainda vomita muito e não come há dias, acham que é uma obstrução intestinal e fazem nova cirurgia, não é, não reparam a hemorragia de novo. Claro, o paciente não melhora e começa a perder muito sangue. Dr. Pinotti, o pavão mor, quer uma cintilografia, não entendi porque não fizeram isso antes da segunda cirurgia. O equipamento de cintilografia desse novo hospital nunca foi usado, o técnico mora em outra cidade, resolvem trazer Tancredo Neves pra São Paulo. O presidente está exausto, recebe bolsas e bolsas de sangue, está absurdamente fragilizado. É difícil convencê-lo da viagem, mas conseguem, é aí que as questões começam finalmente a se resolver. O exame em São Paulo aponta a hemorragia e o presidente é submetido há nova cirurgia, mas já estava muito, mas muito debilitado, fragilizado, pega duas infecções e acaba morrendo. Deve ter sido um filme de difícil realização, eu tive muita dificuldade em assistir porque dá muita revolta. Othon Bastos está incrível como Tancredo Neves, que cenas difíceis. Os médicos são só grandes atores: Leonardo Medeiros, Otávio Müller, Paulo Betti, Emiliano Queiroz, Leonardo Franco, Elcir de Souza e Pedro Brício. O autor do livro disse que o mais difícil foi levantar sobre a família do Tancredo, que a parte médica era quase um documentário, todos os passos estavam nos documentos médicos, mas que sobre a família não tinham dados. Evitaram no filme de evidenciar muito a família. Esthér Góes faz a Risoleta. Os filhos são interpretados por Mário Hermeto e Luciana Braga. Emílio Dantas faz o jornalista do governo, responsável pelos boletins oficiais a imprensa. Vale a pena assistir.
Assisti Uma Guerra Pessoal (2018) de Matthew Heinemann no Telecine Premium. O filme conta parte da história da correspondente de guerra americana Marie Colvin. Eu sempre fico impressionada com esses jornalistas que escolhem atuar em áreas de conflitos. O filme mostra exatamente os sentimentos múltiplos que levam uma pessoa a se expor a tanto risco. Marie Colvin, interpretada brilhantemente por Rosamund Pike, era uma mulher corajosa, que gostava da adrenalina, de ir em lugares que ninguém ia, mas que sabia da necessidade de dar as notícias das zonas de conflitos. Ela foi importantíssima para mostrar que a Síria mentia quando dizia que só atacava terroristas. Ela mostrou as inúmeras crianças mortas, mulheres mortas. Os sobreviventes vivendo semanas de água e açúcar racionado, em meio aos bombardeios. É em uma dessas ações que ela perde o olho e em outra que é morta. Ela tinha muita dificuldade de socialização quando voltava aos Estados Unidos. Devia ser muito difícil ver tanta ostentação sabendo que tanta gente sofria os efeitos da guerra em outro país. Alguns outros do elenco são Tom Hollander, Stanley Tucci, Natasha Jayetileke, Fady Elsayed, Corey Johnson e Faye Marsay. Como muitos soldados de guerra, ela fica traumatizada e fica internada por um tempo. Depois retoma aos campos de batalhas. O filme mostra quando ela conhece o fotógrafo Paul Conroy, interpretado por Jamie Dornan. Eles tornam-se parceiros nas matérias. Ele inclusive é também atingido no bombardeio que mata Marie Colvin. Ele fica gravemente ferido, mas sobrevive e é até hoje fotógrafo.
Assisti Casamento Sangrento (2019) de Matt Betinelli-Olpin e Tyller Gillett no Telecine Pipoca. Amei! Eu amo esse gênero e esse é muito bem realizado! Os cenários, a iluminação, tudo impecável! Uma bela jovem interpretada pela australiana Samara Weaving vai se casar na mansão da família do namorado. O filme começa no passado então já temos uma ideia do que irá acontecer. Há uma regra na família. Após o casamento, o novo integrante da família participa de um jogo. Ele tira uma carta que pode ser um jogo de damas, pique e esconde. Ela tira exatamente o pique e esconde. Começa então uma caçada da família atrás dela. Os caçadores são interpretados por Adam Brody, Mark O´Brien, Henry Czerny, Andie MacDowell, Melanie Scrofano, Kristian Bruun, Nicky Guadagni, Elyse Levesque, John Ralston, Liam MacDonald e Ethan Tavares. O noivo, muito traiçoeiro, não contou a amada sobre as tradições familiares e ela leva um tempo a entender o horror que vai passar nas próximas horas. E gosto de filmes de terror que terminam exatamente como eu quero, hahahahahaha, e esse foi exatamente assim. Qual a graça de um filme de terror se não é atender as nossas expectativas? Pelo jeito muita gente também adorou pela quantidade de fotos dessa da protagonista rindo!
Assisti O Irlandês (2019) de Martin Scorsese na Netflix. Eu tenho uma certa preguiça com filmes de gângsters. Minha irmã também. A preguiça aumentou muito quando vi que o filme tem 3h30 de duração. Só quis ver porque o diretor é excelente e pelos elogios que o Robert De Niro teve. Sim, o filme é ele e para ele. Está magistral, embora as excessivas intervenções digitais para rejuvenescimento e envelhecimento dos personagens me incomodem um pouco até demais. A minha irmã acha que o filme também é para Al Pacino brilhar, sim, está incrível, mas o filme é a história do Irlandês, um matador a serviço da máfia italiana nos Estados Unidos. Como disse a minha irmã, filmes de gangsters são sempre quem traiu e como será vingado. As mulheres são sempre objeto de decoração, parecem figurantes, raramente tem falas, já que eram sumariamente ignoradas nesse universo. O filme entrecorta no tempo e confesso que me perdia às vezes. O irlandês inicialmente fazia carregamento de carnes e desviava, quer dizer, roubava sempre uma parte para ganhar por fora. Ganhar por fora é bondade, pra vender o produto roubado. Ele conhece então um chefão da máfia e passa a trabalhar pra ele. Esse chefão é interpretado por Joe Pesci. O irlandês prospera, constitui família. Uma filha dele desde pequena não gosta dos amigos do pai e desconfia dos trabalhos do pai. A menina é uma graça interpretada por Lucy Gallina. Adulta é interpretada por Anna Paquin. Depois o irlandês conhece Jimmy Hoffa, líder sindical, que desapareceu e seu corpo nunca foi encontrado. A filha que sempre desconfiou do pai tinha adoração por Hoffa, incrível achar que Hoffa era muito diferente dos outros homens. Após a morte de Hoffa, vários integrantes dessa máfia são presos por motivos diversos. Depois que sai da prisão, O Irlandês acaba em uma casa de repouso. Suas filhas não o visitavam. Até entendo, mas como disse, todos os amigos do pai cometiam crimes. Alguns outros do elenco são Harvey Keitel, Bobby Cannavale e Ray Romano. O elenco é enorme, são inúmeros atores. A trilha sonora é ótima e tem no Spotify.
Nós
3.8 2,3K Assista AgoraAssisti Nós (2019) de Jordan Peele no Festival 125 Anos de Cinema do Telecine Cult. Eu ansiava por esse filme. Adoro o gênero e a Lupita Nyong´o que está impressionante! No passado uma família passeia em um parque de diversões, cenário clássico do gênero. Logo ficamos sabendo que os pais são separados porque a mãe cobra que ele veja mais a filha (Madison Curry). Ele está totalmente desligado, a mãe vai ao banheiro, a menina some e entra naqueles brinquedos cheio de espelhos, portas falsas. Lá ela se encontra com ela mesma, mas não é um reflexo, é uma igual a ela. Passa o tempo uma família feliz viaja para uma casa de campo lindíssima e confortável. Bem família de comercial de margarina. Agora aparece então a Lupita, é a mãe. Todos são muito felizes. O menino adora fazer truques. O pai é interpretado por Winston Duke e os filhos por Shahadi Wright Joseph e Evan Alex, os dois são ótimos. A família amiga deles é interpretada por Elisabeth Moss, Tim Heidecker, Noelle Sheldon e Calle Sheldon. De repente aparece uma família "igualzinha" pra atacá-los. Eu achei que ia ficar nisso, eles sendo perseguidos pelos vermelhos, mas não, o final é muito surpreendente e interessante. Arrasador! Tem muitas pontas soltas, mas a teoria é muito boa. O que gostei mais é que é possível o final. Não é algo sobrenatural e sim, científico. A que ponto chega a ciência.
O Crime do Sr. Lange
3.6 8Assisti O Crime do Monsieur Lange (1936) de Jean Renoir no Festival 125 Anos de Cinema do Telecine Cult. O Telecine tem passado aos domingos filmes marcantes da história do cinema. Começaram com os primeiros preto e branco mudos e agora estão em Jean Renoir. Essa semana será Buñuel. No Now tem alguns, no streaming da Telecine na internet a seleção de filmes é infinitamente maior. O que me impressiona em seus filmes são a quantidade de gente, nossa, é muito ator, personagem, até eu me perco. Imagino que como o cinema estava no começo, muitos aceitavam participar e ganhar pouco, porque se fosse o que se paga hoje em dia para cada personagem o filme seria caríssimo! Um casal chega fugindo em uma pensão perto da fronteira. Logo descobrem que o marido é um assassino procurado. A esposa resolve então contar a história deles, pra ver se as pessoas iam mesmo querer entregá-lo a polícia e ganhar a recompensa. Seus filmes são sempre a frente do seu tempo. A moça diz que já teve outros homens, mas agora é ele que ela ama. O filme segue para o passado. O dono de um periódico é um mal caráter, bon vivant, engana as mulheres, os funcionários, a família, os credores, deve todo mundo, não paga ninguém. E explora todo mundo, sempre dá um jeito sem vergonha de fazer as pessoas pagarem pra ele o que quer que seja. Ele morre, o jornal está coalhado de dívidas. O safado tinha colocado como dele uma novela periódica Arizona Jim, escrita por um francês que nunca foi aos Estados Unidos. Os funcionários se juntam em cooperativa, passam a produzir o Arizona-Jim e mais uma infinidade de produtos, até vão fazer um filme e todos prosperam. Todos passam a ganhar com dignidade e o jornal paga suas dívidas. Adorei ser ambientado em um periódico, que o sucesso se dava pela história do Arizona Jim publicado em capítulos a cada semana, que as edições se esgotavam. O safado do dono do jornal não tinha morrido e aparece. O elenco é numeroso. O casal fugitivo é interpretado por Renè Lefèvre e Florelle. O editor por Jules Berry. Alguns outros são: Nadia Sibirskaia, Marcel Levesque e Henri Guisol.
Emma.
3.4 290 Assista AgoraAssisti Emma (2020) de Autumn de Wilde no Telecine Premium. Esse filme foi muito elogiado e gostei muito do livro da Jane Austen. Emma é uma moça arrogante, mimada, insuportável e muito, mas muito rica. A autora é sempre muito mordaz em mostrar as perversas regras sociais da época. Se você não gostou da Emma, lembrem-se, a autora fez a Emma pra nós a odiarmos, ela é insuportável e arrogante. Sem ter o que fazer, já que tudo é feito por empregados, ela resolve se meter na vida afetiva das pessoas. Ela não faz nada, até se vestir fazem por ela. Acho que se na época dissessem que ricos não poderiam comer com as próprias mãos, os empregados dariam comida na boca. Diferente de muitas mulheres da época, ela pode dar-se ao luxo de ficar solteira. Riquíssima, com vida confortável, ela pode ficar solteira. Seu pai é interpretado por Bill Nighy. O que ela faz com a suposta melhor amiga é abominável. Ela acha o partido da amiga mais pobre que ela, então tenta arrumar outro casamento e desestrutura mais ainda a amiga sem personalidade. Anya-Taylor Joy está excelente! A amiga é interpretada por Mia Goth. Alguns outros do elenco são: Josh O´Connor, Johnny Flynn, Gemma Whelan, Amber Anderson, Miranda Hart, Rupert Graves, Callum Turner, Connor Swindells e Tanya Reynolds. A direção de arte é de tirar o fôlego. É um filme deslumbrante! Lindíssimas locações, belíssimos figurinos, e uma fotografia primorosa.
Animais Fantásticos - Os Crimes de Grindelwald
3.5 1,1K Assista AgoraAssisti Animais Fantásticos: Crimes de Grindelwald (2018) de David Yates na HBOGo. Eu gostei muito do primeiro da série, curiosa pelos livros de J.K. Rowling. Nesse Johnny Deep e Jude Law aparecem, Law um pouco menos, mas imagino que mais na próxima sequência já que a trama termina com um segredo dele. Eu adoro os animais, o entrar e sair da mala, dessa vez entraram e saíram até de um balde. Gosto demais do grupo principal interpretado por Eddie Redmayne, Dan Fogler, Alison Sudol e Katherine Waterston. Ainda no elenco Erza Miller, Zoe Kravitz, William Nadylam, Claudia Kim e Callum Turner.
Sempre ao Seu Lado
4.3 4,1K Assista AgoraTelecine Touch
Idas e Vindas do Amor
3.0 1,8K Assista AgoraAssisti na época no cinema Idas e Vindas do Amor (2010) de Garry Marshall. Há poucas opções de filmes no cinema que não sejam violentos para ir com a minha mãe. Escolhemos esse. Os Estados Unidos pegaram o hábito de fazer filmes para o Dia dos Namorados, como eles fazem para o Natal. Mas também pegou o hábito de fazer regularmente filmes com várias histórias, eu gosto desse formato. Idas e Vindas do Amor não é o melhor desse gênero, mas é simpático. No elenco grandes e famosos atores como Ashton Kutcher que o seu personagem parece costurar as histórias. Ele é dono de uma loja de flores. Idas e Vindas do Amor passa em um único dia, no Dia dos Namorados. Jamie Foxx faz outro personagem simpático. Julia Roberts aparece pouco, mas tem um bonito perso-nagem. Outra que aparece pouco é a Jessica Alba, Queen Latifah e Kathy Bathes. Amei a história interpretada pela Shirley Mclaine e Hector Elizondo. Como alguns filmes desse formato sempre há uma história com uma criança, o menino é uma graça interpretado por Bryce Robinson. Alguns outros do elenco são: Jessica Biel, Jennifer Garner, Anne Hathaway, Topher Grace, Eric Dane, George Lopez, Bradley Cooper, Patrick Dempsey e Taylor Lautner. Eu achei a fotografia um pouco escura, não sei se era a cópia que vimos no cinema. Minha mãe não conhecia o exagero dos americanos na festa do Dia dos Namorados. Eu sabia, mas confesso que não achava que eles iam tão longe, muito cafona a festa. Eu não sabia que havia programas no cemitério, mas achei simpático que passam um filme e todo mundo vê no gramado, mas se fica lotado daquele jeito não sei se há romantismo. Eu e minha mãe estranhamos algumas crianças no cinema. Fiquei pensando que talvez elas vão pelos atores, por algum ídolo, não sei se sabem sobre o que é o filme. Crianças com menos de 10 anos não devem compreender metade dos diálogos. É um filme com conversas complexas adultas sobre relacionamentos. Eu estranho esse costume de ir ao cinema sem nem ao menos saber o que vai assistir. Ainda mais que o ingresso do cinema está muito caro.
A Máquina do Tempo
3.2 303 Assista AgoraAssisti A Máquina do Tempo (2002) de Simon Wells na HBO. Tinha vontade de ver esse filme, tinha amado o que resultou nesse, sabia que esse não tinha muitos elogios e como mal ouço falar nesse filme imaginei que não deveria ser uma maravilha. Mas a ideia de poder voltar no tempo ou se adiantar a ele sempre me soou fascinante e acho que muitos também sentem o mesmo. O filme é bem fraquinho, funciona, é bonitinho, mas quando os monstrinhos do futuro chegam fica bem sofrível. São lindas as cenas no passado, quando ele pede a sua amada em casamento. Depois ele segue para o futuro e as soluções são interessantes. A Máquina do Tempo de hoje já tem recursos modernos, portanto em um futuro próximo que nosso protagonista viaja, 2033, não é muito diferente de hoje. Quando nosso protagonista viaja distante demais, aí o filme fica bem tosquinho. Lindas as duas mulheres que aparecem no filme: Samantha Mumba e Sienna Guillory. Nosso protagonista é o Guy Pearce. Simpático o personagem do Orlando Jones. O Jeremy Irons não deve ter ficado muito confortável em seu personagem, espero que ao menos tenha ganhado muito bem para fazer esse papel.
O Mistério do Relógio na Parede
2.9 222 Assista AgoraAssisti O Mistério do Relógio da Parede (2018) de Eli Roth no Telecine Pipoca. Estava ansiosa pra ver esse filme depois que vi a chamada no Telecine. O roteiro é de John Bellairs. Que graça de filme! Eu gostei que não economizam nos aspectos mágicos da trama. E a casa tem muitos detalhes, acho que posso rever várias vezes e descobrir muitos outros detalhes que passaram despercebido. Amei a poltrona ser o cachorro da casa. O vitral que interage com os moradores da casa. Quase tudo na casa tem vida própria. O menino, Owen Vaccaro, é uma graça. Mas a dupla que contracena com ele é excelente, Cate Blanchett e Jack Black. O garoto fica órfão e vai viver com o tio mágico e atrapalhado. A vizinha faz mágicas também. O garoto começa então a aprender o ofício. É muito bonitinho! Alguns outros do elenco são: Vanessa Anne Williams, Sunny Suljic, Colleen Camp, Lorenza Izzo, Kyle MacLachlan e Renée Elise Goldsberry
As Sufragistas
4.1 778 Assista AgoraAssisti na época no cinema As Sufragistas (2015) de Sarah Gravon. O roteiro é de Abi Mogan. Eu vi matérias falando da estreia desse filme e quis muito ver. Foi muito difícil achar um cinema que passasse esse filme. A senhora que sentou ao meu lado reclamou da mesma dificuldade. Sabia pouco das Sufragistas, mulheres que lutaram pelos direitos ao voto no início do século XX. O filme escolhe descrever a história de uma operária inglesa para mostrar esse movimento. É pelos olhos dessa operária que vemos as movimentações das sufragistas. Elas lutaram inicialmente pacificamente pelo direito ao voto, mas a forte repressão e a insucesso, fizeram elas chamarem a atenção de outras formas. Em vários momentos elas acham que vão conseguir o direito ao voto. Em um momento as mulheres vão dar os depoimentos, as que tinham coragem, porque sofriam muitas discriminação ou mesmo represálias por se posicionaram. Quando vão todas juntas ouvir o resultado descobrem que não, que continuam impedidas de votar. E elas são brutalmente espancadas pelos policiais. Elas usavam condecorações de quantas vezes tinham sido presas. Nas prisões faziam greves de fome, mas como os oficiais não queriam mártires faziam absurdos para que elas aceitassem alimentos. A personagem da Carey Mulligan representou as operárias. Em seu depoimento ela relata essas mulheres que trabalhavam desde muito cedo lavando roupas. Aos 7 trabalhavam meio período, aos 12 passavam a trabalhar período integral. Pela insalubridade do serviço, sempre na umidade, essas operárias viviam muito pouco. O elenco é grande: Grace Stottor, Brendam Gleeson, Romola Garai, Ben Whishaw e Shelley Longworth. O filho da operária é interpretada pelo fofo Adam Michael Dodd. Helena Bonham-Carter interpreta uma farmacêutica, ela queria ser médica mas por ser mulher não conseguiu. Ela deu continuidade a botica do seu pai. Meryl Streep faz uma pequena participação interpretando uma líder sufragista Emmeline Pankhurst, que vivia na clandestinidade porque era perseguida pelos policiais para ser presa. O filme relata um fato histórico muito determinante na causa. Uma sufragista, querendo chamar a atenção do rei, entra no meio de uma corrida de cavalos e é morta pisoteada. Só aí que as sufragistas conseguem destaques nos jornais. Até então a mídia raramente dava alguma nota. É quando acontece uma enorme passeata no cortejo fúnebre dessas sufragistas e é quando muitas outras mulheres aderem ao movimento e todas de branco com a faixa negra no braço. O filme termina nesse momento com imagens históricas. Logo depois as sufragistas inglesas conseguiram o direito ao voto. E vem uma lista dos anos que as mulheres puderam votar nos países. O Brasil veio antes da França. A maioria deu o direito ao voto nesse período quando mulheres do mundo todo lutavam pelo direito de votar. Fiquei chocada de descobrir que a Suíça só permitiu o voto da mulher na década de 70, perdi a vontade de conhecer esse país.
O Casamento de Muriel
3.8 238Assisti ao filme australiano O Casamento de Muriel (1994) de P.J. Hogan no DVD. Sempre tive curiosidade de ver esse filme de tanto que falaram. Gostei bastante! Principalmente pelo fato da protagonista não se modificar completamente dentro de um perfil pré-estabelecido. Muriel é uma garota com baixa-estima, com uma família complicada que vive inerte. Seu pai é um narcisista e um político corrupto. Claro, o sonho de Muriel é casar e também ser inserida no grupo de amigas que foi excluída. Gostei que o filme até realiza o sonho dela, mas a que preço? Ao preço do abandono de uma personalidade própria e de uma farsa. Ela acorda da ilusão, resolve voltar a ser ela mesma, uma moça diferente, que não se enquadrava na futilidade das suas colegas. Também esteticamente Muriel é diferente. É uma moça bastante alta, com estrutura óssea grande e não dentro do padrão físico considerado belo. Muriel é interpretada brilhantemente pela Toni Collette. Sua melhor amiga por Rachel Griffiths. O pai por Bill Hunter. O noivo por Daniel Lapaine. A trilha sonora é toda do ABBA.
A Grande Ilusão
3.2 92 Assista AgoraAssisti A Grande Ilusão (2006) de Steven Zaillian no Corujão. É uma co-produção entre Estados Unidos e Alemanha e o nome original é All The King´s Men que não tem nada a ver com a versão que escolheram no Brasil, inclusive o nome no Brasil não tem nada a a ver com o filme. É uma refilmagem de um filme de mesmo nome original e tradução, de 1949. Foi o meu amigo que me indicou esse filme. Eu falava com ele sobre as opções que iam passar naquela noite na TV a cabo, não me interessava pelos que tinham, aí ele avisou que esse é bom e é realmente. All The King´s Men é um filme muito diferente, com um roteiro muito original, baseado no livro de Robert Penn Warren. Nosso protagonista é o maravilhoso Sean Penn. Ele é um homem simples, que já se candidatou a prefeito umas duas vezes, não ganhou e desistiu. Ele critica muito a corrupção no estado, prevê uma tragédia advinda da corrupção, que acaba acontecendo, e é então assediado para ser candidato a governador. No meio da campanha ele percebe que só o usam, muda o discurso, faz campanha sozinho e ganha. Ele não chega a mudar os seus ideais. Fica mais maduro, com algumas atitudes de uma pessoa simples que chega no poder, mas continua realizador para aqueles que o elegeram. O texto é muito bom, Sean Penn arrasa. Jude Law é um jornalista, da alta sociedade, que vai trabalhar para o personagem do Sean Penn. Gostei muito da edição de All The King´s Men, demoramos pra compreender muitas questões, inclusive suas amizades da juventude, o que os afastou. Seus amigos de juventude são interpretados por Kate Winslet e Mark Ruffalo. Gosto muito dessa atriz, a personagem dela é muito complexo, mas não exige muito de interpretação. O incrível Anthony Hoppkins está no elenco e ainda Patricia Clarkson, Kathy Baker e James Gandolfini.
Irmã Dulce
3.7 126 Assista AgoraAssisti Irmã Dulce (2014) de Vicente Amorim no Telecine Premium. Eu quis muito ver nos cinemas e consegui. Me programei para a pré estreia no CineMark , mas não consegui, cheguei atrasada. Tentei ver no TelecinePlay mais tarde, mas não tinha. Fiquei triste, até que no dia seguinte entrou na programação do TelecinePremium.
Eu tinha visto muitas matérias e entrevistas e tinha ficado encantada com detalhes da vida de Irmã Dulce. Incrível ela ter continuado católica depois de tudo o que a igreja aprontou com ela. Como muitas religiões, fizeram um inferno da vida dessa mulher pelas regras de segregação, por falta de caridade, por falta de amor cristão. A igreja católica deve ter vergonha de homenagear a Irmã Dulce depois de tudo o que fizeram, ou pelo menos deveria.
Irmã Dulce era bombardeada de tudo quanto é lado. Quando jovem ela invadiu uma casa abandonada e o prefeito reclamou, exigiu que ela saísse com os doentes, mas não fez nada para ajudar os doentes achando outro lugar. Era a insistência da Irmã Dulce que fazia com que as pessoas ajudassem e dessem um pouco mais. Belíssima história de amor. Quando o Papa veio ao Brasil, não colocaram o nome da Irmã Dulce para estar perto. Foi o filho adotivo e a cidade que pressionou para ela ser convidada. Por sorte esse Papa viu a importância da Irmã Dulce e a visitou mais uma vez depois.
Irmã Dulce foi interpretada brilhantemente por Bianca Comparato e Regina Braga. A Irmã Dulce criança foi interpretada por Sophia Pereira Brachmans. Uma graça o menino que faz o filho adotivo interpretado por Lisandro Eduardo de Castro Oliveira. Ele mais velho foi interpretado por Amariuh Oliveira. Incrível como Irmã Dulce nunca abandonou esse filho, mesmo depois dele entrar pelo crime. Ela nunca desistiu dele, de procurá-lo pelas ruas. De visitá-lo na prisão. Até como mãe ela é um exemplo.
Muitos outros bons atores estão no elenco. Irene Ravache faz uma irmã megera que parecia que tinha vindo do tempo da Inquisição. Luiz Carlos Vasconcelos um padre. O pai por Gracindo Jr. e a mãe por Glória Pires. Elenco incrível com Malu Valle e Zezé Polessa, Ótimas todas as atrizes que fizeram as freiras, Patrícia Oliveira e Zeca de Abreu. O amigo do Acordeon por Edinho Lima e Dudu dos Oito Barcos. O filme é incrivelmente bem realizado, belo esteticamente, corajoso de mostrar uma igreja católica tão pouco acolhedora e tão pouco cristã.
Pompeia
2.7 873 Assista AgoraAssisti Pompeia (2014) de Paul W. S. Anderson no FX. Confesso que não estava muito animada, mas resolvi conferir. O começo é bom, bem realizado, mas depois comete o mesmo erro de um filme que vi anteriormente, simplificar os impérios em um romancezinho entre um escravo e a filha de um importante comerciante. E o final, ah o final, é muito, mas muito forçado e cheio de furos. Uma pena, o filme até que ia bem como entretenimento. Começa com um povo sendo dizimado pelos romanos. Só uma criança sobrevive que é transformada em escravo e depois em gladiador, um dos melhores. Ele é interpretado por Jon Snow, quer dizer, Kit Harington. Ele vai chamando a atenção nas lutas de arena e o levam para a de Pompeia. Lá o vulcão já está dando sinais. Os moradores da cidade não estranham porque há anos convivem com algumas turbulências provocadas pelo vulcão. No caminho ele conhece a chatinha Cassia interpretada pela Emily Browing. Ela volta a Pompeia para viver com os pais após ter ficado em Roma. Claro, os pombinhos se encantam. Em Pompeia ela começa a ser assediada por um romano que quer casar com ela. Seu pai está tentando fechar um grande negócio com o imperador. Sua mãe não gosta da aproximação. O romano é interpretado por Kiefer Sutherland. O pai da moça por Jared Harris e a mãe por Carrie-Anne Moss. Em Pompeia Jon Snow conhece outro gladiador interpretado pelo lindo Adewale Akinnuoye-Adbaje. O final tem tanto furo que se torna desconfortável, fiquei com vergonha alheia. Todos em Pompeia tentam chegar aos barcos para se salvarem, as ruas estão abarrotadas, ninguém consegue andar, mas quando Jon Snow vai perseguir a amada não tem mais uma viva alma nem morta nem viva. No começo com uma movimentaçãozinha de terra, o cavalo derruba o cavaleiro e fica indomável. No final, com os abalos insuportáveis do vulcão, foco e lava caindo, terra tremendo, uma biga com 4 cavalos anda sem eles estarem assustados ou indomáveis, o mesmo acontece com o cavalo do Jon Snow que não se assusta com nada. E tudo fica resumido na briguinha do romano com o escravo e sua amada. Reduziram Pompeia há um romancezinho romântico meloso e cafona.
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista AgoraAssisti Blade Runner 2049 (2017) de Denis Villeneuve na HBO Go Cine Record Especial. Eu tinha muita curiosidade de ver esse filme, não tanta que me levasse ao cinema, só ia ver mesmo quando chegasse na tv a cabo. Gosto demais do primeiro, mas não chego ser da turma dos fãs maníacos. E como esse filme é lindo! E como esse cartaz é pavoroso, não tem nada a ver com o filme, parece aqueles cartazes tudo iguais de filmes de super heróis que nunca conseguimos saber de qual filme é. Fico pensando se a confusão dos cartazes iguais são de propósito. Eu como acho tudo igual e acho que tudo eu já vi, nem vou olhar. Além do péssimo cartaz, as fotos também são escassas, bem desatualizado na forma de promoção do filme. O roteiro é muito bom. É baseado na história de Philip Dick escrito por Hampton Fancher. E como é delicado e bonito. Fiquei muito emocionada. Os replicantes foram proibidos. O planeta não tem mais humanos, ficou inabitável. Uma empresa comprou a que produzia replicantes e voltou a criá-los, agora com limitações. Nosso protagonista interpretado pelo lindo Ryian Gosling tem a função de localizar replicantes antigos para "aposentá-los" já que os replicantes não tinham tempo de vida. Em uma dessas excursões ele descobre um "milagre". No passado um replicante teve um filho. Ele tem que localizar o filho pra matar, esconde a investigação e começa a achar que foi ele. Interessante que eu achei que foi forçado ser ele, mas no decorrer do filme vemos que foi ele que viajou e passou achar que era ele. Ele que com a pouca informação que teve já concluiu. É linda demais a relação dele com a holograma dele interpretada pela linda cubana Ana de Armas. Muito triste quando ele entende que ela era só o que ele desejava, dizia só o que ele desejava ouvir. Mas será mesmo? Há muitas dúvidas no filme, como no primeiro e isso que o faz tão fascinante. Mais um produto que discute criador e criatura. Sim, Harrison Ford aparece, é a hora que o filme fica mais melancólico, mas é todo triste. Utilizaram recursos para a Sean Young estar exatamente como no filme anterior. E a belíssima música do Vangelis continua firme e forte. Quando Jared Leto apareceu eu jurava que era o mesmo ator do protagonista. Não sei se foi só impressão minha, mas eu achei que os dois eram o mesmo ator. Alguns outros do elenco são: Mackenzie Davis, Carla Juri, Sylvia Roeks, Dave Bautista, Lennie James e Robin Wright. Engraçado o trailer mostrar muita ação, Blade Runner 2049 é bem contemplativo e filosófico. Tem um pouco de ação e violência, mas a maioria é reflexivo.
Rebecca: A Mulher Inesquecível
2.9 334 Assista AgoraAssisti Rebecca (2020) de Ben Wheatley na Netflix. Estava curiosa, eu amo essa história e adoro o elenco. Mas é outra história e com uma infinidade de furos no final, eram tantos furos que fiquei até tonta. E como falta sutileza! Esteticamente é um filme belíssimo! As locações são lindíssimas! O livro de Daphne Du Maurier eu li de uma edição da família, nem sei por onde anda, estava até encapado com tecido. E o filme do Hitchcock é cheio de silêncios. Essa versão é bem barulhenta. Lindos demais Lily James, Armie Hammer e Kristin Scott Thomas. Alguns outros do elenco são Bryony Miller, Ben Crompton, Kelly Hawes, Ann Dowd e Sam Riley Vou falar detalhes do filme e do final. Quero rever o filme do Hitchcock. Não lembro de ter tribunal. Que eu me lembro do livro e do filme é praticamente todo na mansão. O filme tem até corrida de carro tradicional de filme de ação, surreal. E é a protagonista que dirige igual uma alucinada. Ela vai atrás do boletim médico da consulta da morta Rebecca. Depois, de madrugada, no consultório, ela senta com o médico e o policial, falam da doença da morta e chegam, ali no consultório mesmo, a conclusão que a mulher se matou. Ok, é uma possibilidade, mas Rebecca não era uma mulher a se curvar, nem ao menos a uma doença. De madrugada mesmo soltam o acusado. Veja, teve um tribunal antes, e foi solto? Acho que não quiseram prolongar muito o filme com outra seção no tribunal, e resolveram tudo na madrugada mesmo pra ninguém ver. Se a barriga da mulher crescia por um tumor e ninguém sabia, sim o marido poderia achar que ela estaria grávida e sim, teria dúvida de quem seria. Agora não dá pra afirmar que seria do amante. E sim, ele poderia tê-la matado, ou qualquer outra pessoa. O exame e o resultado de câncer não prova nada que não foi morta. No começo também, por dias, a acompanhante larga sua patroa doente pra sair com o namorado. E a patroa insuportável que escravizava a jovem, dessa vez não faz nada. Concordo com a patroa, nada podia atrapalhar o desenvolver da trama, muito menos a coerência.
De Olhos Bem Fechados
3.9 1,5K Assista AgoraAssisti De Olhos Bem Fechados (1999) de Stanley Kubrick em HBO Mundi na casa da minha irmã. Sempre quis rever esse filme, tentei inclusive ver no DVD, mas não consegui comprar. É absolutamente maravilhoso! Último filme desse diretor incrível, ele nem chegou a ver o filme em cartaz nos cinemas. De Olhos Bem Fechados permite muitas leituras, e várias não conclusivas. Eu já fiz várias e imagino que vários já fizeram inúmeras outras. É com o casal belíssimo Nicole Kidman e Tom Cruise, mais lindos do que nunca. Muitos fatores me surpreenderam! Esse casal durante o filme entra em crise porque o que disseram abala a relação. Mas não há infidelidade física, só mental. E eles não conseguem olhar para o companheiro depois da revelação dos pensamentos, não dos atos. E as revelações são tão fortes que não sei realmente como conseguem permanecer juntos.
Vou falar detalhes do filme: Outra questão é que não fica claro se tudo foi ilusão ou realmente aconteceu. Não vemos o protagonista sair de um apartamento e passar a caminhar pelas ruas. E ele começa a fazer isso todas as noites. Mas não sabemos se ele sonhou ou realmente tudo aconteceu. O meu amigo também ama esse filme e me perguntou o que eu achei que aconteceu com o pianista, eu acho que ele foi igualmente morto. Mas ele me lembrou que a moça poderia realmente ter morrido de overdose, e o pianista podia realmente ter voltado a sua cidade e viver com sua família.
Outras duas questões pipocaram na minha mente. Uma deles é sobre o Tom Cruise. O personagem vai em uma reunião de uma seita. Nos Estados Unidos há muitas assim, com grupos de fanáticos que ainda praticam violência contra outras pessoas. Eu fiquei com a sensação que o Tom Cruise não entendeu nada do filme, já que ele entrou para a Cientologia, que não deixa de ser uma seita com ideias bem radiciais. A maravilhosa fotografia é de Larry Smith. Outros do elenco são: Sydney Pollack, Marie Richardson, Todd Field, Leslie Lowe, Radd Serbedzija e Leelee Sobieski.
De Olhos Bem Fechados mostra ainda a superficialidade do mundo em que vivemos. Esse casal tem tudo, está muito bem no relacionamento, mesmo com anos de casados, uma filha linda, uma vida financeira maravilhosa, um apartamento incrível, ele está bem profissionalmente. Ela perdeu o emprego de gerente em uma galeria de arte, mas procura outro. Uma vida sexual intensa! E mesmo assim parecem vazios. Logo no começo eles vão em uma festa de Natal em uma casa luxuosa onde eles não conhecem ninguém. Não vi sentido deles buscarem em uma data familiar um lugar tão impessoal, sem amigos, sem familiares. Até mesmo em um momento moralista, em que ele procura a prostituta que beijou no dia anterior, ele é informado que ela descobriu que é soropositivo. Por uma desilusão, por um sonho, por uma perturbação provocada por sua esposa, ele quase se relaciona com outra mulher colocando em risco a vida de todos, antecipando o fim da vida de todos. Tudo é perfeito, mas eles estão insatisfeitos. E isso ocorre com vários personagens do filme. Amei De Olhos Bem Fechados! Dá pra ver inúmeras vezes e pensar inúmeras outras questões. Surpreendente!
Polícia Federal: A Lei é Para Todos
3.1 321Assisti Polícia Federal: A Lei é Para Todos (2017) de Marcelo Antunez no Telecine Premium. Eu estava meio reticente em ver esse filme, até que minha amiga comentou que a Operação Lava Jato começou na verdade com a prisão de um caminhoneiro que traficava drogas dentro de palmitos, que estava envolvido em um posto de gasolina e consequentemente envolvido com doleiros.
Prendendo o doleiro chegaram à Petrobras e só aí é que chegaram à política. Tinham deputados envolvidos com a Petrobras. Tentaram tirar o caso da Polícia Federal e levar a investigação para Brasília, pelo foro privilegiado, como tinha traficante no meio, conseguiram que não fosse e não aconteceu o mesmo que ocorreu com as inúmeras investigações anteriores, Mensalão e tantas outras mencionadas no início do filme. Indo para Brasília, nada aconteceria como sempre acontece, ninguém seria preso e sempre diriam que faltavam provas, como aconteceu com a investigação do Collor na época que foi Presidente. E isso que faz a Operação Lava Jato ser diferente das outras, ela teve continuidade.
E Lula só foi preso porque não tinha foro privilegiado porque não estava em nenhum cargo político. Lula não tinha nada no nome dele, nenhum telefone, carro, imóveis, nada, isso é no mínimo estranho. A pessoa tinha que ligar para um motorista para ele passar ao Lula. O Brasil precisa acabar definitivamente com o foro privilegiado. Vários países só mantém foro privilegiado para Presidente e algum outro cargo, mas todos os outros respondem igualmente como a população pelos seus crimes. No Brasil há um ranço de achar que políticos são seres superiores. Sim, políticos muito votados, médicos muito competentes, pesquisadores que descobrem vacina, professores dedicados são especiais e merecem respeito, mas nenhum deles está acima das leis. Os políticos só são nossos representantes, são iguais a todos nós. Não estão acima da lei até mesmo os policiais, investigadores e juízes. Todos precisam ser acompanhados e questionados.
O elenco todo é muito bom: Antonio Calloni, Flávia Alessandra, João Baldasserini, Bruce Gomlevsky, Rainer Cadete, Marcelo Serrado, Roberto Birindelli, Roney Fachini, Leonardo Franco, Juliana Schalch, Leonardo Medeiros, Ary Fontoura, Sandra Corveloni, Genézio de Barros e Tadeu Aguiar.
Sete Homens e Um Destino
4.1 236 Assista AgoraAssisti Sete Homens e um Destino (1960) de John Sturges no Telecine Cult. Sempre quis ver esse filme, mesmo não tendo visto o do Akira Kurosawa que inspirou esse. Gostei! Ufa né? Porque eu andava vendo uns filmes bem sofríveis. Mas não é meu gênero preferido. Gosto de faroestes, mas não gosto de um filme que seja todo voltado a conflitos armados. Esses sete homens se unem aos poucos a pedido de uma aldeia pra protegê-la. O elenco é incrível: Yul Brynner, Steve McQueen, Charles Bronson, James Coburn, Robert Vaughn, Rosenda Monteros, Brad Dexter, Eli Wallach e Horst Buchholz.
Sete Homens e Um Destino
3.6 575 Assista AgoraAssisti Sete Homens e um Destino (2016) de Antoine Fuqua no Telecine Premium. Faz tempo que esse filme estreou no canal, mas li críticas tão ruins que demorei pra ver. Também amava o primeiro que é imbatível. É baseado no filme de Akira Kurosawa. Um dia zapeando achei lindas as imagens e fui ver. É muito bonito mesmo, vai muito bem para estragar tudo no final que é muito forçado, parece filme de super herói. Uma pena porque o filme ia bem. Belíssimas fotografias, lindas locações, boa escalação de elenco, ótimos cenários. Gostei muito que Denzel Washington é o principal. Ele que reúne o grupo com atores que adoro Chris Patt, Ethan Hawke, Byun-hun Lee, Manuel Garcia Rulfo, Martin Sensmeier e Vicente D´Onofrio. Gostei de ter uma mulher forte e determinada. Ela vive na cidade que o vilão do ouro aparece e mata o seu marido e vários moradores da região, além de queimar a igreja. Ela arruma um guardião e segue para contratar o grupo que vai salvar a cidade desse malfeitor. Ela treina tiro e consegue ajudar, mas foi bacana não colocar ela como eles, é só uma mulher que passa a saber atirar. Não ficou milagrosamente tão expert como os outros, mas ficou forte e destemida. Ela é interpretada por Haley Bennet. Bacana também que ela não casa com nenhum deles e continua na cidade que protegeu. Peter Sarsgaard está muito bem como o vilão.
Belo Monte, Anúncio de uma Guerra
4.5 44A construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no curso do Rio Xingu gerou muita polêmica no que diz respeito à questão ambiental e à questão energética. De um lado, as populações tradicionais ribeirinhas e as indígenas, bem como ativistas e grupos ambientalistas que questionaram e questionam os impactos da construção dessa usina; de outro, o governo e outros ativistas que defendem a sua construção em prol do aumento da produção de energia no país e o fim dos temores de uma eventual crise energética. Uma vez concluída, Belo Monte se tornaria a segunda maior usina hidrelétrica do país, a maior 100% brasileira e a terceira maior do mundo, segundo dados do Governo Federal.
Sua construção provocou diversos problemas, entre eles o desmatamento que ocorre nas áreas próximas. O documentário aborda impacto da obra da usina de Belo Monte no Pará. É exatamente isso que o documentário trata, mas embora seja um filme bem feito, tem um, porém só traz depoimentos de quem é contra a obra, ou seja, não promove o debate e não traz correção nas informações, também não entrevistou ninguém do setor elétrico brasileiro. Confesso que fiquei meio decepcionada uma vez que assistir o documentário para um trabalho da faculdade.
O Paciente - O Caso Tancredo Neves
3.4 65Assisti O Paciente - O Caso Tancredo Neves (2018) de Sergio Rezende no Telecine Premium. Acho importante filmes históricos e esse fato foi envolto em muita especulação e teorias conspiratórias. O filme trata dos pavorosos últimos dias de Tancredo Neves, a sucessão de erros médicos e a infinidade de pavões que queriam ser os salvadores do presidente para turbinar os seus egos e carreiras. É baseado no livro de Luís Mir que teve muita dificuldade de conseguir os documentos que relatavam esses últimos dias. Os médicos ocultaram o que puderam aquele período. Tancredo Neves está com dores abdominais, não quer ir ao hospital antes da posse. O médico Dr. Pinheiro da Rocha acha que é apendicite. Eu não sou médica, mas o pouco que lembro é que as dores de apendicite são absurdas. Tancredo Neves quer continuar driblando as dores com antibióticos e anti-inflamatórios. Pelo o que eu sei, as dores de apendicite são absurdas. Pra passar a dor a pessoa fica praticamente dopada. Tancredo Neves sente dores mas anda, treina discursos e aguenta vários dias assim. Mas enganos acontecem e se os enganos fossem corretamente corrigidos, talvez aqueles horrores não tivessem acontecido. Eu concordo com a conduta desse médico de não aceitar que o presidente fosse de jato para São Paulo, para o Incor, que eu saiba em apendicite o tempo é fundamental e Tancredo tinha 75 anos. O autor do livro acha que foi por vaidade, talvez, mas não sei, pelo diagnóstico que o médico tinha feito achei lógico o presidente ficar em Brasília. O problema é que para ser bem escondido enviaram para um hospital militar recém-construído, ainda não totalmente equipado. As confusões médicas são muitas. O médico leva toda equipe e prepara a sala de cirurgia, mas os outros médicos levam o presidente para outra sala e começam a discutir se iriam descer o presidente ou ele ia ficar naquela sala, com isso mais atrasos e tensão, isso mostra-se uma rotina em todo o tempo que o presidente lutou para sobreviver. A posse seria em dois dias e o autor do livro acha que a pressa do próprio Tancredo e dos médicos foram determinantes pra tantos erros nessa cirurgia. Não, não era apendicite, o médico faz um diagnóstico precipitado, tira um pedaço. Isso estava correto, o problema é que na pressa não fechou corretamente o local onde esse pedaço foi tirado e é essa hemorragia que vai matar o presidente 39 dias depois porque ninguém, absolutamente ninguém, percebe a hemorragia até um pouco antes dele morrer. Mas outros erros sucederam nessa cirurgia pela pressa. O médico que operou fica feliz, fecha rapidamente e deixa a hemorragia, sai da sala todo saltitante pra contar a família. Fica lá outro médico fechando o local. O responsável pelo tubo da garganta resolve tirar antes da hora, o que estava fechando o abdômen pergunta porque a precipitação, e o médico diz que é o pro presidente acordar logo e estar melhor logo para a posse. Nessa precipitação o pulmão do presidente enche de água, o que adia ainda mais a recuperação, e agrava ainda mais o caso. O presidente não melhora, convocam uma equipe de médicos pavões pra se juntar aos outros pavões já estabelecidos. Como Tancredo Neves ainda vomita muito e não come há dias, acham que é uma obstrução intestinal e fazem nova cirurgia, não é, não reparam a hemorragia de novo. Claro, o paciente não melhora e começa a perder muito sangue. Dr. Pinotti, o pavão mor, quer uma cintilografia, não entendi porque não fizeram isso antes da segunda cirurgia. O equipamento de cintilografia desse novo hospital nunca foi usado, o técnico mora em outra cidade, resolvem trazer Tancredo Neves pra São Paulo. O presidente está exausto, recebe bolsas e bolsas de sangue, está absurdamente fragilizado. É difícil convencê-lo da viagem, mas conseguem, é aí que as questões começam finalmente a se resolver. O exame em São Paulo aponta a hemorragia e o presidente é submetido há nova cirurgia, mas já estava muito, mas muito debilitado, fragilizado, pega duas infecções e acaba morrendo. Deve ter sido um filme de difícil realização, eu tive muita dificuldade em assistir porque dá muita revolta. Othon Bastos está incrível como Tancredo Neves, que cenas difíceis. Os médicos são só grandes atores: Leonardo Medeiros, Otávio Müller, Paulo Betti, Emiliano Queiroz, Leonardo Franco, Elcir de Souza e Pedro Brício. O autor do livro disse que o mais difícil foi levantar sobre a família do Tancredo, que a parte médica era quase um documentário, todos os passos estavam nos documentos médicos, mas que sobre a família não tinham dados. Evitaram no filme de evidenciar muito a família. Esthér Góes faz a Risoleta. Os filhos são interpretados por Mário Hermeto e Luciana Braga. Emílio Dantas faz o jornalista do governo, responsável pelos boletins oficiais a imprensa. Vale a pena assistir.
Uma Guerra Pessoal
3.6 48Assisti Uma Guerra Pessoal (2018) de Matthew Heinemann no Telecine Premium. O filme conta parte da história da correspondente de guerra americana Marie Colvin. Eu sempre fico impressionada com esses jornalistas que escolhem atuar em áreas de conflitos. O filme mostra exatamente os sentimentos múltiplos que levam uma pessoa a se expor a tanto risco. Marie Colvin, interpretada brilhantemente por Rosamund Pike, era uma mulher corajosa, que gostava da adrenalina, de ir em lugares que ninguém ia, mas que sabia da necessidade de dar as notícias das zonas de conflitos. Ela foi importantíssima para mostrar que a Síria mentia quando dizia que só atacava terroristas. Ela mostrou as inúmeras crianças mortas, mulheres mortas. Os sobreviventes vivendo semanas de água e açúcar racionado, em meio aos bombardeios. É em uma dessas ações que ela perde o olho e em outra que é morta. Ela tinha muita dificuldade de socialização quando voltava aos Estados Unidos. Devia ser muito difícil ver tanta ostentação sabendo que tanta gente sofria os efeitos da guerra em outro país. Alguns outros do elenco são Tom Hollander, Stanley Tucci, Natasha Jayetileke, Fady Elsayed, Corey Johnson e Faye Marsay. Como muitos soldados de guerra, ela fica traumatizada e fica internada por um tempo. Depois retoma aos campos de batalhas. O filme mostra quando ela conhece o fotógrafo Paul Conroy, interpretado por Jamie Dornan. Eles tornam-se parceiros nas matérias. Ele inclusive é também atingido no bombardeio que mata Marie Colvin. Ele fica gravemente ferido, mas sobrevive e é até hoje fotógrafo.
Casamento Sangrento
3.5 950 Assista AgoraAssisti Casamento Sangrento (2019) de Matt Betinelli-Olpin e Tyller Gillett no Telecine Pipoca. Amei! Eu amo esse gênero e esse é muito bem realizado! Os cenários, a iluminação, tudo impecável! Uma bela jovem interpretada pela australiana Samara Weaving vai se casar na mansão da família do namorado. O filme começa no passado então já temos uma ideia do que irá acontecer. Há uma regra na família. Após o casamento, o novo integrante da família participa de um jogo. Ele tira uma carta que pode ser um jogo de damas, pique e esconde. Ela tira exatamente o pique e esconde. Começa então uma caçada da família atrás dela. Os caçadores são interpretados por Adam Brody, Mark O´Brien, Henry Czerny, Andie MacDowell, Melanie Scrofano, Kristian Bruun, Nicky Guadagni, Elyse Levesque, John Ralston, Liam MacDonald e Ethan Tavares. O noivo, muito traiçoeiro, não contou a amada sobre as tradições familiares e ela leva um tempo a entender o horror que vai passar nas próximas horas. E gosto de filmes de terror que terminam exatamente como eu quero, hahahahahaha, e esse foi exatamente assim. Qual a graça de um filme de terror se não é atender as nossas expectativas? Pelo jeito muita gente também adorou pela quantidade de fotos dessa da protagonista rindo!
O Irlandês
4.0 1,5K Assista AgoraAssisti O Irlandês (2019) de Martin Scorsese na Netflix. Eu tenho uma certa preguiça com filmes de gângsters. Minha irmã também. A preguiça aumentou muito quando vi que o filme tem 3h30 de duração. Só quis ver porque o diretor é excelente e pelos elogios que o Robert De Niro teve. Sim, o filme é ele e para ele. Está magistral, embora as excessivas intervenções digitais para rejuvenescimento e envelhecimento dos personagens me incomodem um pouco até demais. A minha irmã acha que o filme também é para Al Pacino brilhar, sim, está incrível, mas o filme é a história do Irlandês, um matador a serviço da máfia italiana nos Estados Unidos. Como disse a minha irmã, filmes de gangsters são sempre quem traiu e como será vingado. As mulheres são sempre objeto de decoração, parecem figurantes, raramente tem falas, já que eram sumariamente ignoradas nesse universo. O filme entrecorta no tempo e confesso que me perdia às vezes. O irlandês inicialmente fazia carregamento de carnes e desviava, quer dizer, roubava sempre uma parte para ganhar por fora. Ganhar por fora é bondade, pra vender o produto roubado. Ele conhece então um chefão da máfia e passa a trabalhar pra ele. Esse chefão é interpretado por Joe Pesci. O irlandês prospera, constitui família. Uma filha dele desde pequena não gosta dos amigos do pai e desconfia dos trabalhos do pai. A menina é uma graça interpretada por Lucy Gallina. Adulta é interpretada por Anna Paquin. Depois o irlandês conhece Jimmy Hoffa, líder sindical, que desapareceu e seu corpo nunca foi encontrado. A filha que sempre desconfiou do pai tinha adoração por Hoffa, incrível achar que Hoffa era muito diferente dos outros homens. Após a morte de Hoffa, vários integrantes dessa máfia são presos por motivos diversos. Depois que sai da prisão, O Irlandês acaba em uma casa de repouso. Suas filhas não o visitavam. Até entendo, mas como disse, todos os amigos do pai cometiam crimes. Alguns outros do elenco são Harvey Keitel, Bobby Cannavale e Ray Romano. O elenco é enorme, são inúmeros atores. A trilha sonora é ótima e tem no Spotify.