Gostei muito de "Get Out" por apresentar essa premissa de a todo momento se manter como um suspense, mas conseguir ser tão eficiente em ser crítico e diversas vezes usar o alívio cômico muito bem dosado. Sem utilizar artifícios grotescos para causar impacto, a trama se sustenta principalmente nos diálogos e nas cenas esquisitas do cotidiano dessa família bizarra, e é dessa forma que você entra na paranóia do personagem Chris. Créditos ao diretor e roteirista Jordan Peele, que consegue nos deixar interessados na história até o fim.
Os melhores momentos do filme são os processos criativos e de gravação, além da ótima atuação do Paul Dano. Inclusive, essa parte do filme representada por ele é bem mais interessante do que a segunda (apesar do elenco todo estar afinado). Senti que foi uma história até que bem contada, mas eu queria mais informações. Acho que dava pra abordar mais (e melhor) algumas coisas. E a tradução é uma ofensa aos olhos mesmo.
O filme é bem divertido. Não tem como ir ao cinema assistir filmes da Marvel esperando por muito desenvolvimento de personagens ou por um roteiro muito complexo. A proposta deixou de ser essa faz tempo. Porém, a vilã Hela poderia ser muito melhor aproveitada. O pouco que aparece, é fácil acreditar na sua força e maldade, graças ao trabalho da Cate, mas no clímax da história, ela se mostra facilmente eliminável. Outro ponto que me desagradou foi o Hulk: achei forçado demais e que ele parecia um garotinho mimado de 10 anos que destoa muito do que eu conheço do personagem. Ok, o filme é do Taika e já era de se imaginar um humor mais presente, mas no caso do Hulk, pra mim, não rolou. É o melhor dos 3, ao menos. Não que isso seja lá muita coisa, hahaha.
Chega uma hora que o "vai e vem" do roteiro incomoda. Essa necessidade em querer ser complexo deixa a trama mais complicada do que instigante, e pra mim esse foi um problema na história. Mas, tecnicamente, é um filmo belíssimo. O uso das cores da fotografia me encantou a cada close em neon na linda Charlize Theron, e a trilha sonora: tô simplesmente viciada. Ah, só pra destacar: a sequência da escada é uma das coisas mais sensacionais que já vi em filmes de ação.
Não que eu esperasse um filme de ação ou na linha "mafioso" ao pé da letra, mas o título não entrega a expectativa que promete. Apesar disso, a proposta é muito interessante e as atuações da Jessica e do Oscar são boas e harmoniosas, mas faltou algo para ser um filme realmente marcante.
Não é comum sentir isso ao ver um filme, mas a verdade é que houve uma vontade enorme da minha parte em ver Elizabeth Sloane lidando não só com este caso, mas muitos outros. Simplesmente não queria que o filme acabasse. Isso graças (primeiramente) à grandíssima atuação da Jessica Chastain, que mantém uma regularidade absurda a cada interpretação. Aqui, ela consegue desenvolver sua personagem de forma espetacular, criando um certo medo, respeito e admiração diante de sua postura tão calculista e firme. A parte mais técnica também acerta muito. Desde o roteiro, que trabalha com diálogos inteligentes e tenta nos introduzir a essa atividade não tão popular em nosso país como nos EUA, até o figurino e a maquiagem, que estão lá para representar toda a força e independência da personagem, que também tem diversos problemas pessoais por conta de sua profissão, já que o foco de sua carreira é muito mais voltado em atingir seus objetivos profissionais. Ah, e o elenco de apoio também merece ser lembrado (se eu esqueci, a culpa é do brilho da Chastain, hahahahaha). É maravilhoso ver filmes com uma representante feminina tão bem construída e idealista como a Miss Sloane, ainda mais se tratando de um tema tão delicado como 2ª emenda americana. FILMAÇO!
Gostaria de mais Villeneuve assinando roteiros. Se ele já mandou esse interessante filme na estreia, imagina com mais experiência? Mas enfim, "32 dias de Agosto" é um longa bem agradável de se ver. Mistura bem alguns tons dramáticos com outros levemente engraçados, deixando a jornada dos dois amigos fácil de se envolver. Legal como aqui ele já colocava elementos "surpresa" em momentos tão comuns e como ele já tinha uma característica crua de gravar determinadas cenas.
Tô bem surpresa com essa produção. E é bacana a diversidade de comentários, como cada um percebe diferente o filme. Pra mim, por exemplo, funciona muito bem a questão do desenvolvimento da personagem e todo o "caminho" que ela percorre psicologicamente, mesmo que se passe apenas em um ambiente e possa ser algo "demorado". Aliás,
essas discussões internas que ela tem com a figura do marido e dela própria são as melhores partes, e é muito interessante a forma como ela começa a confrontar essas memórias e até onde elas levam.
O final dá uma caída pela mastigação, até porque esta é uma adaptação de SK, que adora "por os pingos nos Is". Mas os simbolismos com o trauma dela e a importância de encará-los como algo real em relação à figura do psicopata conseguem salvar o desfecho e não deixá-lo tão clichê.
Isso que chamam de megalomania do Aronofsky é algo que me faz ir assistir a um filme dele, porque eu sei que serei impactada psicologicamente de alguma forma indagadora, não sendo "só mais um" filme no cinema. Porém, a quantidade de informação que "Mother!" se propõe a apresentar, principalmente em sua reta final, acaba sendo o próprio tiro no pé do roteiro. A primeira parte funciona muito bem e cria todo o clímax necessário para o mistério da trama; há uma tensão constante e perturbadora. Mas rolou mesmo uma mastigada ali no final, embora eu veja que há muitas alegorias cabíveis além dessa relação Divino-Terra. Ao mesmo tempo que há muita informação, essa tentativa de se explicar me soou bem desnecessária. Mas isso não tira o mérito do filme, que é admirável e merece muito ser visto no cinema. JLaw está realmente muito bem. E sigo esperando por mais um filme do Aronofsky, que continua sendo um dos diretores mais interessantes dessa era norte-americana.
Olha, fazia um bom tempo que eu não via um filme tão agradável como esse. Mistura muito bem momentos divertidos e de tensão dramática, já que o protagonista possui uma condição específica que é nada simples de lidar, mas ao mesmo tempo se mostra encantador com sua honestidade e seu amor por Sam. Extremamente recomendado! E é impossível não se apaixonar pelo Bill depois desse aqui, sério! hahaha.
É complicado falar sobre "Alien Covenant". O filme oscila em ter aspectos muito legais e outros bem ruins. O maior acerto, sem dúvidas, é a interpretação de Fassbender como Walter/David. Essa contrariedade no próprio discurso do personagem e as respostas que vão surgindo em relação aos xenomorfos é intrigante e deixa a trama interessante, mas não segura todo o filme. Também gostei bastante da primeira parte, com as primeiras mortes e a forma que elas aconteceram, mas aí alguns absurdos do roteiro deixam difícil a tarefa de defender o longa. É uma experiência bacana pra quem curte os filmes anteriores e o universo da criatura, mas exige uma boa dose de paciência.
Eu amei "Jackie Brown", de verdade. É um dos filmes mais "simples" do Tarantino, mas de uma força do caralho. Jackie é mais uma dessas pessoas como a gente, que recebe um salário furrenho por ano pra sobreviver, enfrenta discriminações e se vira como pode. A Pam Grier fez um trabalho sensacional aqui, pois ela consegue transmitir força e serenidade com simples gestos e olhares. É IMPOSSÍVEL não criar simpatia pela personagem, e todos os créditos ficam para a atriz. O filme é divertido, tem diálogos sensacionais (como sempre) e uma ótima reviravolta. Eu esperava um pouco mais de peso no final, mas achei bom,de qualquer forma. E temos aqui uma das melhores trilhas sonoras do Tarantino, fácil.
O filme cumpre a proposta do mistério e plot twist, mas oscila bastante entre começar a ficar interessante e logo cair na monotonia. A dupla Jolie e Denzel Washington, por outro lado, funciona bem.Porém, apesar dos crimes ficarem mais elaborados conforme são realizados, cada um causando um impacto visual forte, o desfecho para a história do assassino não compensou todo o preparo psicológico que estavam criando no espectador.
"Questão de Honra" é um ótimo filme na linha jurídica. Mesmo com mais de duas horas, em nenhum momento fiquei cansada ou senti que o filme deu uma estagnada no desenvolvimento. Acho que esse trunfo fica com o roteiro, que é bastante dinâmico e trabalha muito bem os diálogos. Possui alguns clichês, mas nada que estrague o resultado final. E é sempre bom ver Jack Nicholson com mais uma atuação brilhante, mesmo que ele apareça bem menos do que eu gostaria.
Pra quem assiste as duas temporadas, sempre fica a curiosidade de entender como Bob começou a perturbar a vida da Laura e como realmente tudo aconteceu até o dia de sua morte. Pra mim, o filme cumpre muito bem a explicação dos últimos dias de sua vida, com uma atuação fantástica da Sheryl Lee. Só não dei nota máxima porque, mesmo com a força que o filme ganha quando foca na Laura, achei que algumas cenas ficaram aleatórias demais, com uma edição que não me agradou e nem acho que acrescentou de forma positiva (só mais confusa, hahaha).
Gostei muito do desfecho para a trilogia. Achei que ficou faltando no quesito "guerra" que o título se propõe, mas o desenvolvimento da história e as referências deram um gostinho a mais pra esse final, que foi muito emocionante.
As discussões propostas são interessantes, mas é uma pena que sejam bem rasas. O filme acaba se perdendo na questão do romance e entre propor o debate, então isso fez com que eu não me conectasse com ambos a ponto de embarcar na ideia. Apesar disso, a Juliette tá um espetáculo como sempre. Vale dar uma chance, mas sem muita expectativa como eu estava.
Duas histórias cheias de sensibilidade e totalmente diferentes, apesar da solidão e do término de relacionamento estarem presentes em ambas. A primeira traz incríveis quotes envolvendo uma lata de abacaxi e o parabéns de uma estranha, enquanto a segunda é encantadora pela simplicidade dos personagens, pelo esbarrão na hora do almoço, pela troca de olhares. Kar Wai Wong tem uma habilidade única de tratar desses assuntos, a qual eu gosto e muito.
Por mais que o filme seja bem mais compacto em mostrar toda a história do explorador, foi incrível conhecer essa história e seu triste fim. Infelizmente, o filme foi vendido mesmo com essa ideia de aventura, sendo que sua proposta é bem mais complexa e exige bastante disposição de quem o assiste. Os melhores momentos são os filmados nas florestas. Há uma tensão constante por nunca sabermos o que esperar das aventuras de Fawcett e pela expectativa de, finalmente, encontrar Z com ele. Achei que o Charlie Hunnam mandou muito bem na atuação e, finalmente, conseguiu se desvencilhar totalmente do Jax. Conseguiu me emocionar e me convenceu no personagem. É um belo filme, que nos mostra o quanto subestimamos a natureza e o quanto esta é surpreendente. Aliás, não só isso: nossa percepção totalmente equivocada de progresso como civilização é fortemente posto à prova. Gostei muito e espero que ganhe mais reconhecimento.
Gostei muito do roteiro, trabalhou bem a questão do conflito de interesses que existe dentro de qualquer espécie. Se nem entre os macacos é possível viver em completa harmonia, que dirá entre nós, humanos ainda mais falhos. Os efeitos são incríveis e deixou uma ponta bacana para o terceiro filme.
"Dunkirk" é um bom filme, sem dúvidas, e impressiona pela qualidade técnica (coisa que todo mundo já comentou e que é o destaque do filme mesmo). Achei bacana a forma como foi dividida a história, creio que isso deu uma dinâmica a mais para o filme, já que seria bastante difícil criar os momentos de tensão sem esse recurso. Aliás, o ápice do filme é muito bem conduzido, embora o restante seja um pouco sonolento em alguns momentos. Não chega a configurar num top 3 do Nolan, mas merece ser visto, principalmente no cinema.
Um belíssimo documentário, que trata de um tema que procuramos tanto em nossa vida, diariamente. Porém, o olhar sobre a felicidade aqui traz esclarecimentos importantes e mega válidos, que me fez repensar várias coisas, principalmente em relação ao quanto depositamos esse sentimento em coisas que mal pensamos, simplesmente porque estamos acostumados a direcioná-lo de forma errônea.
No final, me veio aquela frase do "Into the Wild" na cabeça. "Happiness is only real when shared". =)
Assisti essa animação pela primeira vez aos 24 anos e, por mais simples que o roteiro seja, consegui me divertir bastante e fui cativada pelo trio Mike-Sullivan-Boo. De jeito nenhum esse filme parece de 2001. Envelheceu muito bem!
É impossível fazer um doc de, aproximadamente, 1h30 que fale substancialmente de toda a carreira do Bowie. Por isso dei uma nota razoável. É legal que pessoas próximas a ele tenham contado um pouco como era estar com ele no início de sua carreira, mas achei que ficou algo muito compacto, até mesmo nos anos 70 (período que o doc mais fala sobre). Porém, é sempre bom ter algum novo material que fale sobre esse artista espetacular.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraGostei muito de "Get Out" por apresentar essa premissa de a todo momento se manter como um suspense, mas conseguir ser tão eficiente em ser crítico e diversas vezes usar o alívio cômico muito bem dosado.
Sem utilizar artifícios grotescos para causar impacto, a trama se sustenta principalmente nos diálogos e nas cenas esquisitas do cotidiano dessa família bizarra, e é dessa forma que você entra na paranóia do personagem Chris. Créditos ao diretor e roteirista Jordan Peele, que consegue nos deixar interessados na história até o fim.
The Beach Boys: Uma História de Sucesso
3.9 168 Assista AgoraOs melhores momentos do filme são os processos criativos e de gravação, além da ótima atuação do Paul Dano. Inclusive, essa parte do filme representada por ele é bem mais interessante do que a segunda (apesar do elenco todo estar afinado).
Senti que foi uma história até que bem contada, mas eu queria mais informações. Acho que dava pra abordar mais (e melhor) algumas coisas.
E a tradução é uma ofensa aos olhos mesmo.
Thor: Ragnarok
3.7 1,9K Assista AgoraO filme é bem divertido. Não tem como ir ao cinema assistir filmes da Marvel esperando por muito desenvolvimento de personagens ou por um roteiro muito complexo. A proposta deixou de ser essa faz tempo.
Porém, a vilã Hela poderia ser muito melhor aproveitada. O pouco que aparece, é fácil acreditar na sua força e maldade, graças ao trabalho da Cate, mas no clímax da história, ela se mostra facilmente eliminável. Outro ponto que me desagradou foi o Hulk: achei forçado demais e que ele parecia um garotinho mimado de 10 anos que destoa muito do que eu conheço do personagem. Ok, o filme é do Taika e já era de se imaginar um humor mais presente, mas no caso do Hulk, pra mim, não rolou.
É o melhor dos 3, ao menos. Não que isso seja lá muita coisa, hahaha.
Atômica
3.6 1,1K Assista AgoraChega uma hora que o "vai e vem" do roteiro incomoda. Essa necessidade em querer ser complexo deixa a trama mais complicada do que instigante, e pra mim esse foi um problema na história. Mas, tecnicamente, é um filmo belíssimo.
O uso das cores da fotografia me encantou a cada close em neon na linda Charlize Theron, e a trilha sonora: tô simplesmente viciada.
Ah, só pra destacar: a sequência da escada é uma das coisas mais sensacionais que já vi em filmes de ação.
O Ano Mais Violento
3.5 285Não que eu esperasse um filme de ação ou na linha "mafioso" ao pé da letra, mas o título não entrega a expectativa que promete. Apesar disso, a proposta é muito interessante e as atuações da Jessica e do Oscar são boas e harmoniosas, mas faltou algo para ser um filme realmente marcante.
Armas na Mesa
4.0 223 Assista AgoraNão é comum sentir isso ao ver um filme, mas a verdade é que houve uma vontade enorme da minha parte em ver Elizabeth Sloane lidando não só com este caso, mas muitos outros. Simplesmente não queria que o filme acabasse.
Isso graças (primeiramente) à grandíssima atuação da Jessica Chastain, que mantém uma regularidade absurda a cada interpretação. Aqui, ela consegue desenvolver sua personagem de forma espetacular, criando um certo medo, respeito e admiração diante de sua postura tão calculista e firme.
A parte mais técnica também acerta muito. Desde o roteiro, que trabalha com diálogos inteligentes e tenta nos introduzir a essa atividade não tão popular em nosso país como nos EUA, até o figurino e a maquiagem, que estão lá para representar toda a força e independência da personagem, que também tem diversos problemas pessoais por conta de sua profissão, já que o foco de sua carreira é muito mais voltado em atingir seus objetivos profissionais. Ah, e o elenco de apoio também merece ser lembrado (se eu esqueci, a culpa é do brilho da Chastain, hahahahaha).
É maravilhoso ver filmes com uma representante feminina tão bem construída e idealista como a Miss Sloane, ainda mais se tratando de um tema tão delicado como 2ª emenda americana. FILMAÇO!
32 de Agosto na Terra
3.3 25 Assista AgoraGostaria de mais Villeneuve assinando roteiros. Se ele já mandou esse interessante filme na estreia, imagina com mais experiência?
Mas enfim, "32 dias de Agosto" é um longa bem agradável de se ver. Mistura bem alguns tons dramáticos com outros levemente engraçados, deixando a jornada dos dois amigos fácil de se envolver.
Legal como aqui ele já colocava elementos "surpresa" em momentos tão comuns e como ele já tinha uma característica crua de gravar determinadas cenas.
Jogo Perigoso
3.5 1,1K Assista AgoraTô bem surpresa com essa produção. E é bacana a diversidade de comentários, como cada um percebe diferente o filme. Pra mim, por exemplo, funciona muito bem a questão do desenvolvimento da personagem e todo o "caminho" que ela percorre psicologicamente, mesmo que se passe apenas em um ambiente e possa ser algo "demorado".
Aliás,
essas discussões internas que ela tem com a figura do marido e dela própria são as melhores partes, e é muito interessante a forma como ela começa a confrontar essas memórias e até onde elas levam.
O final dá uma caída pela mastigação, até porque esta é uma adaptação de SK, que adora "por os pingos nos Is". Mas os simbolismos com o trauma dela e a importância de encará-los como algo real em relação à figura do psicopata conseguem salvar o desfecho e não deixá-lo tão clichê.
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraIsso que chamam de megalomania do Aronofsky é algo que me faz ir assistir a um filme dele, porque eu sei que serei impactada psicologicamente de alguma forma indagadora, não sendo "só mais um" filme no cinema. Porém, a quantidade de informação que "Mother!" se propõe a apresentar, principalmente em sua reta final, acaba sendo o próprio tiro no pé do roteiro.
A primeira parte funciona muito bem e cria todo o clímax necessário para o mistério da trama; há uma tensão constante e perturbadora. Mas rolou mesmo uma mastigada ali no final, embora eu veja que há muitas alegorias cabíveis além dessa relação Divino-Terra.
Ao mesmo tempo que há muita informação, essa tentativa de se explicar me soou bem desnecessária. Mas isso não tira o mérito do filme, que é admirável e merece muito ser visto no cinema.
JLaw está realmente muito bem. E sigo esperando por mais um filme do Aronofsky, que continua sendo um dos diretores mais interessantes dessa era norte-americana.
No Espaço Não Existem Sentimentos
4.3 449Olha, fazia um bom tempo que eu não via um filme tão agradável como esse. Mistura muito bem momentos divertidos e de tensão dramática, já que o protagonista possui uma condição específica que é nada simples de lidar, mas ao mesmo tempo se mostra encantador com sua honestidade e seu amor por Sam.
Extremamente recomendado! E é impossível não se apaixonar pelo Bill depois desse aqui, sério! hahaha.
Alien: Covenant
3.0 1,2K Assista AgoraÉ complicado falar sobre "Alien Covenant". O filme oscila em ter aspectos muito legais e outros bem ruins. O maior acerto, sem dúvidas, é a interpretação de Fassbender como Walter/David. Essa contrariedade no próprio discurso do personagem e as respostas que vão surgindo em relação aos xenomorfos é intrigante e deixa a trama interessante, mas não segura todo o filme.
Também gostei bastante da primeira parte, com as primeiras mortes e a forma que elas aconteceram, mas aí alguns absurdos do roteiro deixam difícil a tarefa de defender o longa.
É uma experiência bacana pra quem curte os filmes anteriores e o universo da criatura, mas exige uma boa dose de paciência.
Jackie Brown
3.8 739 Assista AgoraEu amei "Jackie Brown", de verdade. É um dos filmes mais "simples" do Tarantino, mas de uma força do caralho.
Jackie é mais uma dessas pessoas como a gente, que recebe um salário furrenho por ano pra sobreviver, enfrenta discriminações e se vira como pode. A Pam Grier fez um trabalho sensacional aqui, pois ela consegue transmitir força e serenidade com simples gestos e olhares. É IMPOSSÍVEL não criar simpatia pela personagem, e todos os créditos ficam para a atriz.
O filme é divertido, tem diálogos sensacionais (como sempre) e uma ótima reviravolta. Eu esperava um pouco mais de peso no final, mas achei bom,de qualquer forma. E temos aqui uma das melhores trilhas sonoras do Tarantino, fácil.
O Colecionador de Ossos
3.7 664 Assista AgoraO filme cumpre a proposta do mistério e plot twist, mas oscila bastante entre começar a ficar interessante e logo cair na monotonia.
A dupla Jolie e Denzel Washington, por outro lado, funciona bem.Porém, apesar dos crimes ficarem mais elaborados conforme são realizados, cada um causando um impacto visual forte, o desfecho para a história do assassino não compensou todo o preparo psicológico que estavam criando no espectador.
Questão de Honra
3.8 283 Assista Agora"Questão de Honra" é um ótimo filme na linha jurídica. Mesmo com mais de duas horas, em nenhum momento fiquei cansada ou senti que o filme deu uma estagnada no desenvolvimento. Acho que esse trunfo fica com o roteiro, que é bastante dinâmico e trabalha muito bem os diálogos.
Possui alguns clichês, mas nada que estrague o resultado final. E é sempre bom ver Jack Nicholson com mais uma atuação brilhante, mesmo que ele apareça bem menos do que eu gostaria.
Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer
3.9 273 Assista AgoraPra quem assiste as duas temporadas, sempre fica a curiosidade de entender como Bob começou a perturbar a vida da Laura e como realmente tudo aconteceu até o dia de sua morte. Pra mim, o filme cumpre muito bem a explicação dos últimos dias de sua vida, com uma atuação fantástica da Sheryl Lee.
Só não dei nota máxima porque, mesmo com a força que o filme ganha quando foca na Laura, achei que algumas cenas ficaram aleatórias demais, com uma edição que não me agradou e nem acho que acrescentou de forma positiva (só mais confusa, hahaha).
Planeta dos Macacos: A Guerra
4.0 969 Assista AgoraGostei muito do desfecho para a trilogia. Achei que ficou faltando no quesito "guerra" que o título se propõe, mas o desenvolvimento da história e as referências deram um gostinho a mais pra esse final, que foi muito emocionante.
Palavras e Imagens
3.6 78 Assista AgoraAs discussões propostas são interessantes, mas é uma pena que sejam bem rasas. O filme acaba se perdendo na questão do romance e entre propor o debate, então isso fez com que eu não me conectasse com ambos a ponto de embarcar na ideia.
Apesar disso, a Juliette tá um espetáculo como sempre. Vale dar uma chance, mas sem muita expectativa como eu estava.
Amores Expressos
4.2 357 Assista AgoraDuas histórias cheias de sensibilidade e totalmente diferentes, apesar da solidão e do término de relacionamento estarem presentes em ambas.
A primeira traz incríveis quotes envolvendo uma lata de abacaxi e o parabéns de uma estranha, enquanto a segunda é encantadora pela simplicidade dos personagens, pelo esbarrão na hora do almoço, pela troca de olhares.
Kar Wai Wong tem uma habilidade única de tratar desses assuntos, a qual eu gosto e muito.
Z: A Cidade Perdida
3.4 320 Assista AgoraPor mais que o filme seja bem mais compacto em mostrar toda a história do explorador, foi incrível conhecer essa história e seu triste fim.
Infelizmente, o filme foi vendido mesmo com essa ideia de aventura, sendo que sua proposta é bem mais complexa e exige bastante disposição de quem o assiste.
Os melhores momentos são os filmados nas florestas. Há uma tensão constante por nunca sabermos o que esperar das aventuras de Fawcett e pela expectativa de, finalmente, encontrar Z com ele.
Achei que o Charlie Hunnam mandou muito bem na atuação e, finalmente, conseguiu se desvencilhar totalmente do Jax. Conseguiu me emocionar e me convenceu no personagem.
É um belo filme, que nos mostra o quanto subestimamos a natureza e o quanto esta é surpreendente. Aliás, não só isso: nossa percepção totalmente equivocada de progresso como civilização é fortemente posto à prova.
Gostei muito e espero que ganhe mais reconhecimento.
Planeta dos Macacos: O Confronto
3.9 1,8K Assista AgoraGostei muito do roteiro, trabalhou bem a questão do conflito de interesses que existe dentro de qualquer espécie. Se nem entre os macacos é possível viver em completa harmonia, que dirá entre nós, humanos ainda mais falhos.
Os efeitos são incríveis e deixou uma ponta bacana para o terceiro filme.
Dunkirk
3.8 2,0K Assista Agora"Dunkirk" é um bom filme, sem dúvidas, e impressiona pela qualidade técnica (coisa que todo mundo já comentou e que é o destaque do filme mesmo).
Achei bacana a forma como foi dividida a história, creio que isso deu uma dinâmica a mais para o filme, já que seria bastante difícil criar os momentos de tensão sem esse recurso.
Aliás, o ápice do filme é muito bem conduzido, embora o restante seja um pouco sonolento em alguns momentos.
Não chega a configurar num top 3 do Nolan, mas merece ser visto, principalmente no cinema.
Happy: Você é Feliz?
4.2 78Um belíssimo documentário, que trata de um tema que procuramos tanto em nossa vida, diariamente. Porém, o olhar sobre a felicidade aqui traz esclarecimentos importantes e mega válidos, que me fez repensar várias coisas, principalmente em relação ao quanto depositamos esse sentimento em coisas que mal pensamos, simplesmente porque estamos acostumados a direcioná-lo de forma errônea.
No final, me veio aquela frase do "Into the Wild" na cabeça. "Happiness is only real when shared". =)
Monstros S.A.
4.2 1,5K Assista AgoraAssisti essa animação pela primeira vez aos 24 anos e, por mais simples que o roteiro seja, consegui me divertir bastante e fui cativada pelo trio Mike-Sullivan-Boo.
De jeito nenhum esse filme parece de 2001. Envelheceu muito bem!
Bowie: The Man Who Changed the World
2.5 31 Assista AgoraÉ impossível fazer um doc de, aproximadamente, 1h30 que fale substancialmente de toda a carreira do Bowie. Por isso dei uma nota razoável.
É legal que pessoas próximas a ele tenham contado um pouco como era estar com ele no início de sua carreira, mas achei que ficou algo muito compacto, até mesmo nos anos 70 (período que o doc mais fala sobre).
Porém, é sempre bom ter algum novo material que fale sobre esse artista espetacular.