O documentário Elis & Tom fala sobre o encontro de 2 lendas da música. Elis, considerada a maior intérprete brasileira da época, reúne-se com o mais famoso e prestigiado compositor brasileiro, conhecido mundialmente. Como havia de acontecer, faíscas foram geradas, atritos aconteceram. A bossa nova havia conquistado o mundo, mas, em 1974, não tocava tanto nas rádios, vivia um período de entresafra. Tom Jobim morava em Los Angeles. Elis viajou para lá e ambos gravaram um dos álbuns mais importantes da discografia brasileira, com canções que viraram clássicos. Roberto de Oliveira, empresário de Elis, gravou o encontro e manteve os negativos escondidos por quase 50 anos. Agora eles ressurgem nesse documentário instigante e revelador, uma ode à bossa nova e ao gênio desses 2 artistas.
Nosso Sonho é uma cinebiografia convencional que cumpre o que promete ao retratar a amizade de 2 jovens moradores da favela que conseguem furar o cerco, o destino sem perspectivas, ao sonharem com uma vida artística. Sem meios, sem formação musical, sem saber tocar um instrumento, com vozes medianas e aparência comum, compõem algumas canções e fazem grande sucesso, conquistando público classe média. O filme, claramente, se inspira na estética de Cidade de Deus (fotografia, roteiro), e entrega um produto digno, bem dirigido, comercial. O ritmo quase sempre envolve o espectador na atmosfera da amizade e no drama da relação entre pai e filho, o fio condutor da história.
Acabei de ver o filme Nosso Sonho em um cinema de Santos, na sessão das 18 e 30 h. Só havia eu na sala, o que é mais do que significativo. O público do cinema brasileiro sumiu, nem as comédias populares fazem sucesso. O perfil dos espectadores mudou. Quem frequenta as salas hoje é o público adolescente e infantil, os adultos frequentam os streamings. Filmes de superheróis, terror, desenhos e franquias têm público certo. E ainda tem o preconceito da classe média frequentadora de shopping. Nosso Sonho poderia furar essa bolha, já que conta a história de dois artistas famosos que vieram de baixo e conquistaram sucesso, é um filme competente, um drama musical bem dirigido e roteirizado, acima da média das cinebiografias habituais. Talvez no subúrbios das capitais encontre o público que merece.
Assisti ontem no Belas Artes o novo filme do diretor dos excelentes Aquarius e Bacurau, dessa vez um documentário. Em primeira pessoa, Kleber Mendonça começa falando de sua iniciação como cinéfilo, desde a adolescência, para falar, também, das salas de cinema de rua e o que elas representaram para ele, para a cidade de Recife e para a arte cinematográfica. Através de fotos e imagens de arquivo, ele um cria um amplo painel pessoal e universal sobre as mudanças que ocorreram ao longo de décadas, a deterioração dos prédios, a relação entre os filmes e os espectadores e com a própria cidade. O documentário transcorre como um diário íntimo, um cineasta revelando seus truques e segredos, em um filme prazeroso, leve e bem humorado, um verdadeiro refresco, embora às vezes melancólico e saudosista. Exibido no Festival de Cannes, presença no Festival de Nova York e Toronto, e na lista de representante do Brasil no Oscar, o documentário não tem a força de um filme denúncia, nem um diferencial que o credencia como candidato, mas tem seu charme particular, um final hilário, enigmático, trilha sonora perfeita e cenas significativas. Pretendo assistir novamente pelos detalhes.
Não vi, por isso não posso dizer nada sobre o filme em si, mas posso dizer sobre o "efeito manada", o marketing calculado, o complexo de vira-lata e o poderio econômico da indústria cinematográfica roliudiana. Há muitos bons filmes com algo a dizer que não despertam o interesse do público, esse mesmo público que tem preguiça de buscar filmes que não estão na mídia, que não investem milhões em publicidade, sem estrelas lindas e famosas, sem um produto já testado e aprovado por trás (nada se cria, tudo se copia). Seguem a manada. Como o cinema de roliúde é uma indústria, técnicos e profissionais preparam o lançamento, além de fazer pesquisa para que o enredo do filme agrade gregos e troianos, tudo calculado para não dá margem a erros - e muita gente pensa que o produto é fruto apenas de talentos. O tal complexo de vira-lata é comparar filmes nacionais com estrangeiros, sem refletir que aqui a grana é curtíssima, o apoio é pífio. São realidades incomparáveis. 1% de Bárbie é o orçamento de muitos filmes brasileiros. O espectador daqui tem preconceito, não valoriza o esforço e o talento tupininquim. E quando reclamamos desse massacre cultural, dessa falta de consciência, nos acusam de chatos. Na China Barbie estreou em quinto lugar, atrás de obras locais. Por que será?
Filme russo sobre a esposa de um dos maiores compositores de todos os tempos, é uma obra autoral e teatral. O diretor Kirill Serebrennikov imprime à história da jovem esposa obcecada pelo casamento uma aura onírica, entre o sonho e o pesadelo. Antonina Miliukova, aquela que foi sem nunca ter sido, se aprisiona no papel de esposa ao ser rejeitada pelo marido. O enlace dura apenas algumas semanas. O filme se desenrola após a separação, quando ela, então, não cai em si, mesmo sabendo que Tchaikovsky era homossexual, ou "invertido", termo usado na época. Alguns afirmam que ela era louca, obsessiva e neurótica, mas admitem a responsabilidade do compositor ao se casar por interesse, para dirimir comentários "maldosos". O filme tem seus problemas, mas é fascinante ao recriar ambientes e climas da época e jogar luz sobre a história desses dois personagens fascinantes. O filme fez parte da mostra competitiva do Festival dd Cannes e está em cartaz na Prime Video.
Filme arrastado, cansativo, grandiloquente, com trilha sonora excessiva, que se salva pela produção, tema e atores. Só consegui assistir do começo ao fim para saber o desfecho, conhecer melhor a história. Nas mãos de um diretor mais talentoso e com um roteiro mais enxuto, menos piegas, poderia render uma bela história.
Existem muitos documentários e filmes de ficção sobre o nazismo e é quase impossível, depois de tantas produções sobre o tema, buscar um ponto de vista original. Em Cabaré Eldorado: O Alvo dos Nazistas, dirigido por Benjamin Cantu, o enfoque é no tratamento dado a homossexuais e transexuais antes e depois da ascensão dos nazistas. Berlim vivia, nos anos 20, uma efervescência cultural, com certa liberdade. Artistas, políticos, cientistas e pessoas comuns frequentavam o Cabaret Eldorado, entre eles Ernst Rohm, graduado oficial nazista líder de um grupo paramilitar e próximo de Hitler. Rohm gozava de imunidade por causa de seu poder e, mesmo sendo gay, defendia os ideiais nazistas e perseguia judeus e homossexuais. O documentário acompanha também o melhor tenista alemão, também homossexual, e um cientista que desenvolveu e pôs em prática as primeiras cirurgias de mudança de sexo. O período de liberdade durou pouco, logo vieram as perseguições e mortes, que duraram mesmo após o fim da segunda grande guerra. Em cartaz na Netflix.
Até que ponto vai a tolerância de mães e pais com seus filhos? O abandono de uma criança se justifica dependendo da dificuldade em criá-los? Acredito que sim. Somos seres humanos imperfeitos, com personalidades distintas e diferentes graus de empatia. Nem sempre damos conta de certas dificuldades, algumas delas insuperáveis. O filme alemão Transtorno Explosivo conta a história de uma criança de 9 anos que lida com suas frustrações de maneira agressiva, violenta, sem se importar com o outro. Ao ser deixada pela mãe em um abrigo, motivada por seus distúrbios, a filha vive de lar adotivo em lar, cerca de 20 e poucos, sem se adaptar a nenhum deles: suas fugas e reações põem em risco ela mesma, tutores e crianças da mesma idade. É uma bomba-relógio preste a explodir. A personagem Benni, acredito, é um exemplo extremo de crianças problema, praticamente irrecuperáveis, só controladas por remédios tarja-preta e muita, mas muita paciência. Um lar, por melhor que seja, por mais amor e tolerância, jamais vai suprir suas necessidades, pelo menos na fase infantil, e pais e mães, sejam biológicas ou adotivas, não deveriam se sentir culpados por isso. Em cartaz na Prime Video.
O filme começa bem e vai ficando desinteressante conforme a história se desenvolve. Um pouco cansado de ver a homossexualidade tratada de maneira negativa, embora o preconceito e a discriminação sejam reais, mas o filme não se aprofunda. Quando jovens os protagonistas são másculos e mais velhos começam a dar pinta - achei esquisita a mudança também.
Excelente filme sobre uma das questões mais midiáticas, polêmicas e discutidas do momento, A Acusação exibe uma história complexa, plural e nada maniqueísta sobre Estupro, com personagens críveis e reais, sem desconsiderar a sociedade francesa e seus privilégios. Uma moça judia acusa um jovem universitário rico, filho de intelectuais, de tê-la estuprado. O filme não aponta culpados, mostra a versão de cada: o espectador que decida por ele. Nem o jovem intelectual é um canalha, nem a moça é uma pobre ingênua. Ambos são pessoas moldadas pelo ambiente em que vivem. Em cartaz na Prime Video, vale muito assistir.
Comédia inteligente e divertida sobre um tema sério tratado com inventidade, Carlinhos e Carlão faz rir e refletir. Luis Lobianco (excelente) interpreta um homofóbico que, de repente, se transforma em um gay afeminado durante a noite e acorda "recuperado" no dia seguinte. De machão infeliz, chato e mal humorado a homossexual colorido, divertido e bem humorado. Dessa maneira, com a transformação, ele enxerga os dois lados da moeda, o que comete preconceito e o que sofre preconceito, tornando-se, aos poucos, uma pessoa melhor e menos intolerante. O filme é uma grata surpresa, apesar da história não fechar com chave de outro: o final poderia ser melhor trabalhado.
Meu Nome é Gal
3.1 121 Assista AgoraFaltam só 3 dias! Os textos que li até agora são só elogios ao filme, uma bela homenagem a Gal. "Maria da Graça é o C..., Meu Nome é Gal"... rsss
Camaleões
3.3 191 Assista AgoraO filme segue morno até o terço final quando as coisas começam a se encaixar. Um pouco decepcionante, mas assistível.
Um Estranho no Lago
3.3 465 Assista AgoraAmo esse filme! Ousado!
Elis & Tom, Só Tinha de Ser com Você
3.9 28 Assista AgoraO documentário Elis & Tom fala sobre o encontro de 2 lendas da música. Elis, considerada a maior intérprete brasileira da época, reúne-se com o mais famoso e prestigiado compositor brasileiro, conhecido mundialmente. Como havia de acontecer, faíscas foram geradas, atritos aconteceram. A bossa nova havia conquistado o mundo, mas, em 1974, não tocava tanto nas rádios, vivia um período de entresafra. Tom Jobim morava em Los Angeles. Elis viajou para lá e ambos gravaram um dos álbuns mais importantes da discografia brasileira, com canções que viraram clássicos. Roberto de Oliveira, empresário de Elis, gravou o encontro e manteve os negativos escondidos por quase 50 anos. Agora eles ressurgem nesse documentário instigante e revelador, uma ode à bossa nova e ao gênio desses 2 artistas.
Nosso Sonho
3.8 181Nosso Sonho é uma cinebiografia convencional que cumpre o que promete ao retratar a amizade de 2 jovens moradores da favela que conseguem furar o cerco, o destino sem perspectivas, ao sonharem com uma vida artística. Sem meios, sem formação musical, sem saber tocar um instrumento, com vozes medianas e aparência comum, compõem algumas canções e fazem grande sucesso, conquistando público classe média. O filme, claramente, se inspira na estética de Cidade de Deus (fotografia, roteiro), e entrega um produto digno, bem dirigido, comercial. O ritmo quase sempre envolve o espectador na atmosfera da amizade e no drama da relação entre pai e filho, o fio condutor da história.
Nosso Sonho
3.8 181Acabei de ver o filme Nosso Sonho em um cinema de Santos, na sessão das 18 e 30 h. Só havia eu na sala, o que é mais do que significativo. O público do cinema brasileiro sumiu, nem as comédias populares fazem sucesso. O perfil dos espectadores mudou. Quem frequenta as salas hoje é o público adolescente e infantil, os adultos frequentam os streamings. Filmes de superheróis, terror, desenhos e franquias têm público certo. E ainda tem o preconceito da classe média frequentadora de shopping. Nosso Sonho poderia furar essa bolha, já que conta a história de dois artistas famosos que vieram de baixo e conquistaram sucesso, é um filme competente, um drama musical bem dirigido e roteirizado, acima da média das cinebiografias habituais. Talvez no subúrbios das capitais encontre o público que merece.
Nosso Sonho
3.8 181Sozinho numa sala de cinema de Santos aguardando a sessão. Dá uma tristeza!
Nosso Sonho
3.8 181Quem sabe o filme leve o público de volta ao cinema brasileiro.
Nosso Sonho
3.8 181Bom trailer, espero que faça sucesso.
O Porteiro
2.5 27 Assista AgoraO que está acontecendo com o público de comédia brasileira? Apenas 20 mil pessoas viram o filme, um fracasso total.
O Porteiro
2.5 27 Assista AgoraNenhum comentário? Como assim?
Retratos Fantasmas
4.2 231 Assista AgoraAssisti ontem no Belas Artes o novo filme do diretor dos excelentes Aquarius e Bacurau, dessa vez um documentário. Em primeira pessoa, Kleber Mendonça começa falando de sua iniciação como cinéfilo, desde a adolescência, para falar, também, das salas de cinema de rua e o que elas representaram para ele, para a cidade de Recife e para a arte cinematográfica. Através de fotos e imagens de arquivo, ele um cria um amplo painel pessoal e universal sobre as mudanças que ocorreram ao longo de décadas, a deterioração dos prédios, a relação entre os filmes e os espectadores e com a própria cidade. O documentário transcorre como um diário íntimo, um cineasta revelando seus truques e segredos, em um filme prazeroso, leve e bem humorado, um verdadeiro refresco, embora às vezes melancólico e saudosista. Exibido no Festival de Cannes, presença no Festival de Nova York e Toronto, e na lista de representante do Brasil no Oscar, o documentário não tem a força de um filme denúncia, nem um diferencial que o credencia como candidato, mas tem seu charme particular, um final hilário, enigmático, trilha sonora perfeita e cenas significativas. Pretendo assistir novamente pelos detalhes.
Mussum: O Filmis
3.7 166 Assista AgoraMelhor filme do público e júri em Gramado
Mussum: O Filmis
3.7 166 Assista AgoraEstreou hoje em Gramado e por enquanto só li elogios. Tomara que o filme seja mesmo bom, tomara.
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraNão vi, por isso não posso dizer nada sobre o filme em si, mas posso dizer sobre o "efeito manada", o marketing calculado, o complexo de vira-lata e o poderio econômico da indústria cinematográfica roliudiana. Há muitos bons filmes com algo a dizer que não despertam o interesse do público, esse mesmo público que tem preguiça de buscar filmes que não estão na mídia, que não investem milhões em publicidade, sem estrelas lindas e famosas, sem um produto já testado e aprovado por trás (nada se cria, tudo se copia). Seguem a manada. Como o cinema de roliúde é uma indústria, técnicos e profissionais preparam o lançamento, além de fazer pesquisa para que o enredo do filme agrade gregos e troianos, tudo calculado para não dá margem a erros - e muita gente pensa que o produto é fruto apenas de talentos. O tal complexo de vira-lata é comparar filmes nacionais com estrangeiros, sem refletir que aqui a grana é curtíssima, o apoio é pífio. São realidades incomparáveis. 1% de Bárbie é o orçamento de muitos filmes brasileiros. O espectador daqui tem preconceito, não valoriza o esforço e o talento tupininquim. E quando reclamamos desse massacre cultural, dessa falta de consciência, nos acusam de chatos. Na China Barbie estreou em quinto lugar, atrás de obras locais. Por que será?
A Esposa de Tchaikovsky
3.5 20Filme russo sobre a esposa de um dos maiores compositores de todos os tempos, é uma obra autoral e teatral. O diretor Kirill Serebrennikov imprime à história da jovem esposa obcecada pelo casamento uma aura onírica, entre o sonho e o pesadelo. Antonina Miliukova, aquela que foi sem nunca ter sido, se aprisiona no papel de esposa ao ser rejeitada pelo marido. O enlace dura apenas algumas semanas. O filme se desenrola após a separação, quando ela, então, não cai em si, mesmo sabendo que Tchaikovsky era homossexual, ou "invertido", termo usado na época. Alguns afirmam que ela era louca, obsessiva e neurótica, mas admitem a responsabilidade do compositor ao se casar por interesse, para dirimir comentários "maldosos". O filme tem seus problemas, mas é fascinante ao recriar ambientes e climas da época e jogar luz sobre a história desses dois personagens fascinantes. O filme fez parte da mostra competitiva do Festival dd Cannes e está em cartaz na Prime Video.
Till: A Busca por Justiça
3.7 67 Assista AgoraFilme arrastado, cansativo, grandiloquente, com trilha sonora excessiva, que se salva pela produção, tema e atores. Só consegui assistir do começo ao fim para saber o desfecho, conhecer melhor a história. Nas mãos de um diretor mais talentoso e com um roteiro mais enxuto, menos piegas, poderia render uma bela história.
Cabaré Eldorado: O Alvo dos Nazistas
3.9 11 Assista AgoraExistem muitos documentários e filmes de ficção sobre o nazismo e é quase impossível, depois de tantas produções sobre o tema, buscar um ponto de vista original. Em Cabaré Eldorado: O Alvo dos Nazistas, dirigido por Benjamin Cantu, o enfoque é no tratamento dado a homossexuais e transexuais antes e depois da ascensão dos nazistas. Berlim vivia, nos anos 20, uma efervescência cultural, com certa liberdade. Artistas, políticos, cientistas e pessoas comuns frequentavam o Cabaret Eldorado, entre eles Ernst Rohm, graduado oficial nazista líder de um grupo paramilitar e próximo de Hitler. Rohm gozava de imunidade por causa de seu poder e, mesmo sendo gay, defendia os ideiais nazistas e perseguia judeus e homossexuais. O documentário acompanha também o melhor tenista alemão, também homossexual, e um cientista que desenvolveu e pôs em prática as primeiras cirurgias de mudança de sexo. O período de liberdade durou pouco, logo vieram as perseguições e mortes, que duraram mesmo após o fim da segunda grande guerra. Em cartaz na Netflix.
Transtorno Explosivo
4.0 158 Assista AgoraAté que ponto vai a tolerância de mães e pais com seus filhos? O abandono de uma criança se justifica dependendo da dificuldade em criá-los? Acredito que sim. Somos seres humanos imperfeitos, com personalidades distintas e diferentes graus de empatia. Nem sempre damos conta de certas dificuldades, algumas delas insuperáveis. O filme alemão Transtorno Explosivo conta a história de uma criança de 9 anos que lida com suas frustrações de maneira agressiva, violenta, sem se importar com o outro. Ao ser deixada pela mãe em um abrigo, motivada por seus distúrbios, a filha vive de lar adotivo em lar, cerca de 20 e poucos, sem se adaptar a nenhum deles: suas fugas e reações põem em risco ela mesma, tutores e crianças da mesma idade. É uma bomba-relógio preste a explodir. A personagem Benni, acredito, é um exemplo extremo de crianças problema, praticamente irrecuperáveis, só controladas por remédios tarja-preta e muita, mas muita paciência. Um lar, por melhor que seja, por mais amor e tolerância, jamais vai suprir suas necessidades, pelo menos na fase infantil, e pais e mães, sejam biológicas ou adotivas, não deveriam se sentir culpados por isso. Em cartaz na Prime Video.
Levo Você Comigo
3.5 17 Assista AgoraO filme começa bem e vai ficando desinteressante conforme a história se desenvolve. Um pouco cansado de ver a homossexualidade tratada de maneira negativa, embora o preconceito e a discriminação sejam reais, mas o filme não se aprofunda. Quando jovens os protagonistas são másculos e mais velhos começam a dar pinta - achei esquisita a mudança também.
A Acusação
3.9 14Excelente filme sobre uma das questões mais midiáticas, polêmicas e discutidas do momento, A Acusação exibe uma história complexa, plural e nada maniqueísta sobre Estupro, com personagens críveis e reais, sem desconsiderar a sociedade francesa e seus privilégios. Uma moça judia acusa um jovem universitário rico, filho de intelectuais, de tê-la estuprado. O filme não aponta culpados, mostra a versão de cada: o espectador que decida por ele. Nem o jovem intelectual é um canalha, nem a moça é uma pobre ingênua. Ambos são pessoas moldadas pelo ambiente em que vivem. Em cartaz na Prime Video, vale muito assistir.
Carlinhos & Carlão
3.4 94 Assista AgoraComédia inteligente e divertida sobre um tema sério tratado com inventidade, Carlinhos e Carlão faz rir e refletir. Luis Lobianco (excelente) interpreta um homofóbico que, de repente, se transforma em um gay afeminado durante a noite e acorda "recuperado" no dia seguinte. De machão infeliz, chato e mal humorado a homossexual colorido, divertido e bem humorado. Dessa maneira, com a transformação, ele enxerga os dois lados da moeda, o que comete preconceito e o que sofre preconceito, tornando-se, aos poucos, uma pessoa melhor e menos intolerante. O filme é uma grata surpresa, apesar da história não fechar com chave de outro: o final poderia ser melhor trabalhado.
Carlinhos & Carlão
3.4 94 Assista AgoraEstá na Prime Video.
Carlinhos & Carlão
3.4 94 Assista AgoraMelhor do que imaginava. Excelentes atores e com números musicais divertidos, uma comédia acima da média.