É um filme lindamente fotografado, talvez o único filme de Allen a ser filmado usando uma proporção anamórfica além de Manhattan. Jason Biggs é encantador (no seu melhor papel), no placar e ele que compartilha a fantástica química na tela com Woody Allen. Christina Ricci é de alto nível como uma personagem confusa, neurótica (talvez não tão perfeita como Diane Keaton em Annie Hall de 1977, mas não faz feio), e todos os papéis coadjuvantes são preenchidos muito bem. Tudo que eu quero de uma comédia romântica, e muito mais. Qualquer outra coisa é grande. Mas o melhor mesmo e a piada que Woody Allen fala sobre os dois maiores mitos sexuais de talento da história de Hollywood; Sophia Loren e Marilyn Monroe: ''Outro dia imaginei um ménage à trois com Marilyn Monroe e Sophia Loren. Se não me engano, foi a primeira vez que as duas grandes atrizes trabalharam juntas” - Gênio.
Os efeitos especiais, principalmente para época e até hoje são especialmente notáveis, principalmente na praga dos gafanhotos, a cargo do ótimo James Basevi. A fotografia e do genial Karl Freund , dos clássicos filmes mudos de F.W. Murnau. Luise Rainer mereceu seu Oscar, ela está quase irreconhecível no papel da devotada esposa do sempre ótimo Paul Muni. O produtor Irving Thalberg morreu bem no meio do projeto do qual tinha se dedicado por três anos e tudo ficou a cargo de Albert Lewin. O filme levou três Oscar, mas merecia muito mais.
Genial, o filme solta faíscas de talento a cada minuto. Annie Hall é uma declaração de amor a Diane Keaton e está brilha como nunca, até ganhou o seu Oscar de Melhor Atriz pelo filme. E é uma das mais belas declarações de amor a uma mulher que o cinema já fez. Na boa Diane foi, é, e sempre será sua mais divertida e melhor musa.
Joseph Von Sterbeng realiza sua obra-prima, recriando, a seu modo, a subida ao trono de Catarina II, da Rússia. O filme é um delírio barroco com cenários entupidos de estátuas retorcidas, ícones bizantinos, colunas espiraladas, móveis rebuscados e majestosas portas de ferro, todo este espaço dramático apanhado, juntamente com os personagens, por uma câmara fluente. O audacioso e sensual exercício de estilo atinge o auge no ritual no casamento de Catarina e Pedro, na Catedral de Kazan, soberbamente iluminado por Bert Glennon – um trecho de Cinema puro. Os figurinos são de Travis Benton e, na direção de arte, além de Hans Dreier, a colaboração dos artistas plásticos Peter Ballbusch e Richard Kolloesz e o próprio Von Sterberg Os tronos parecem coisa de outro planeta, como se fosse um filme de ficção científica. Na montagem, Sternberg abusa das fusões de imagens; a seqüência, bem no início do filme, em que vemos um desenrolar da história de alguns séculos da Rússia, passando por Ivan, o Terrível, e Pedro, o Grande (a futura czarina está ouvindo o pai contar a ela um pouco da história daquele país estranho e distante), é acachapante, brilhante, genial. Na seqüência do casamento da princesa prussiana com o grão-duque – aliás, uma seqüência toda ela impressionante –, Sternberg faz dois ou três big-close-ups do rosto da atriz que ele transformou em estrela, o rosto coberto por um véu branco, de babar, históricos, antológicos. E que beleza, que poder tem aquele rosto, que de fato foi feito para deixar apaixonadas as câmaras de cinema que passassem à sua frente. A interpretação de Marlene Dietrich, principalmente quando faz a tímida e espantada Princesa, é estupenda (prova que nunca foi uma atriz absorvida pelo seu mito, mas consciente das possibilidades de expressão que lhe oferecia seus diretores em especial Sternberg), assim como é excelente atuação de Sam Jaffe, como o Grão-Duque louco. Lodge está perfeito no tipo másculo e durão. A história: Sophia Frederica (Dietrich, excelente no papel), é a filha de um menor alemão príncipe e uma mãe ambiciosa. Ela é trazida para a Rússia pelo Conde Alexei (Lodge) a mando da Imperatriz Elizabeth (Dresser) para se casar com o sobrinho, o Grão-Duque Pedro (interpretado como um imbecil por Jaffe em sua estréia no cinema). Elizabeth arrogante renomeia ela Catherine e reforça a demanda para uma nova edição para uma noiva de um herdeiro ao trono. Infeliz em seu casamento, Catherine encontra consolo com o mulherengo Alexei, que em primeiro lugar, tem como amante Elizabeth. Assim Catherine com descobre isso, ela resolve ter vários amantes e leva todos entre o exército russo para cortejar em seu favor. Quando a velha Imperatriz morre 17 anos após o casamento, Peter sobe ao trono russo e toma medidas contra a sua esposa. Logo Catherine com suas parcelas e exercícios se envolve com um golpe de Estado, iniciando um reinado como Imperatriz que vai deixá-la conhecida na história como Catarina, a Grande O filme é notável por sua iluminação atenciosa e o expressionista projeto de arte do mestre Von Sternberg que cria com maestria o palácio russo. O crítico de cinema Robin Wood disse: ''um ambiente hiper-realista de pesadelo com suas gárgulas, suas figuras grotescas e imagens torcidas em cortações agonizantes, suas enormes portas que necessitam de uma meia dúzia de mulheres para fechar ou abrir. E seus espaços escuros e sombras sinistras criados pelos lampejos de inúmeras velas; seu esqueleto presidindo a mesa do banquete de casamento real são notórios. Intensamente erótico e dirigido com maestria por Josef Von Stenberg, esse filme tornou-se um marco na carreira de Marlene Dietrich, e é até hoje um dos retratos mais grotescos, luxuriosos e controversos do Império Russo. Para Martin Scorsese o diretor ''Joseph Von Sternberg'' foi um dos grandes iconoclastas do cinema mundial. Para Orson Welles o diretor ''Joseph Von Sternberg'' foi um dos mais injustiçados da história do cinema.
Jovens mulheres aguardam sua grande chance de brilhar nos palcos da Broadway, numa pensão para artistas , em Nova Iorque. Hepburn ótima recebe a notícia do suicídio de uma delas por desespero. Após a representação, ela faz um discurso em homenagem à amiga morta, arrancando lágrimas da platéia. O elenco além de Hepburn é delicioso, com destaque para a jovem Lucille Ball (antes da fama), Andrea Leeds (indicada ao Oscar por este papel) e principalmente Ginger Rogers.
Este filme é uma das obras-primas do hoje esquecido Frank Borzage (grande mestre). Surpreendemente adulto e avançando para época, mostra, a realidade social da crise, sem deixar de ter o habitual toque romântico, que são características do diretor, Loretta Young está excelente, esplendidamente fotografada por Joseph August, mas que rouba a cena é mesmo o grande Spencer Tracy num desempenho sensível e poderoso, desse que é com certeza um dos maiores atores que Hollywood teve.
The Blackout fornece uma aparência elegante e extrema nos cantos mais escuros da experiência humana. Modine é incrível como a liderança babaca que vai do céu ao inferno em pouco tempo, ainda bem que Claudia Schiffer não insistiu como atriz, mas a estonteante Béatrice Dalle está devastadora, linda, sexy, apesar do pequeno papel. Vale rever esse bom filme.
A direção de arte é soberba, e as tomadas de Nápoles, espetaculares. E, a rigor, bastaria a beleza majestosa de Sophia para justificar o filme. Ela está demais, e De Sica, é claro, usa e abusa daquele rosto absurdo, pleonástico, e do corpo sensacional, aquela coisa que excede. É uma bênção para os olhos. Matrimônio à Italiana teve duas indicações ao Oscar – como candidato a melhor filme estrangeiro e melhor atriz para Sophia Loren, que já havia ganho o prêmio da Academia dois anos antes, por Duas Mulheres. O filme ganhou o Globo de Ouro como melhor filme estrangeiro; havia sido indicado também para os prêmios de melhor atriz e melhor ator. Ao todo, o filme ganhou oito prêmios e teve cinco outras indicações. Sophia ganhou Moscow International Film Festival de Melhor Atriz; David di Donatello Awards de Melhor Atriz. Sophia Loren ou Marcello Mastroiann separados são ótimos, imagine juntos! Eu gosto do tom farsesco. Pra mim, ele convida à empatia crítica. Além disso, aprecio muito a trilha sonora. PS. Todo close-up na Sophia Loren é pouco. Vittorio De Sica é o homem certo para fotografar a Nápoles do período da pós guerra imediato e Sophia Loren é a mulher certa para trazer uma carga de fisicalidade e raro aquele desespero confirmar capaz de vibrar as cordas mais íntimas. Vittorio De Sica. ganhou quatro Oscars de melhor filme de língua estrangeira; Matrimonio all'italiana foi sua quinta nomeação e a primeira vez que ele perdeu. A estrela Sophia Loren, também foi indicada para melhor atriz, mas perdeu para a Julie Andrews (Loren. já tinha ganho em 1960). Nos últimos anos De Sica tem sido bastante criticado e Roberto Rossellini louvado, ambos são talentos, infelizmente os filmes de Rossellini não foram bem de bilheteria, os de De Sica sim, isso talvez tenha incomodado um pouco, afinal nos anos 60, De Sica fez também suas obras-primas como ''Duas Mulheres'' (1961); ''Ontem, Hoje e Amanhã'' (1963); ''O Jardim dos Finzi-Contini'' (1970); reverencie o mestre ele merece. É Sophia mamma mia vai ser linda e talentosa lá em casa, ou melhor na tela para todos.
O filme 1900 (Novecento) é uma obra-prima do Bernardo Bertolucci. Não é um filme para qualquer um assistir, mas sim para quem realmente é entendido de filme, pois é um filme muito extenso e vigoroso com um elenco estelar e primoroso. Gigantesco e ambicioso sem ser presunçoso painel sobre a história da Itália no século XX, na visão de dois jovens italianos, um camponês e um herdeiro de latifundiários que seguem rumos diferentes durante a primeira Guerra Mundial. A beleza plástica do filme é incrível com a trilha sonora inesquecível do mestre Ennio Morricone e fotografia impecável de outro mestre Vittorio Storaro. O elenco é gigante sobretudo as interpretações soberbas de Gérard Depardieu e principalmente Robert de Niro. Um filme às vezes cruel, mas válido. Mas uma obra-prima de Bernardo Bertolucci, junto com ''Último Tango em Paris'' (1972) e ''O Conformista'' (1970).
Com narrativa densa e estupendas atuações de Christopher Reeve (que não era só beleza), que transmite ao espectador toda sua vulnerabilidade e pavor do seu personagem e principalmente Morgan Freeman (fazendo um violento proxeneta, ele foi indicado ao Oscar pelo papel e deveria ter levado, mas ganhou do New York Film Critics Circle Awards; National Society of Film Critics Awards, USA e Independent Spirit Awards; pelo papel.
Cenas fortes, precisas, com excelente produção, suspense, emoção, paisagens inesquecíveis e bom embasamento científico. Baseado nas aventuras reais do escritor Farley Mowat. Ótimo desempenho do subestimado Charles Martin Smith.
A interpretação de Dirk Bogarde é estupenda. Se a estrela do filme realmente é o garoto, também é impossível esquecer a perfeita Silvana Mangano (mais bela do que nunca), encarnando tão bem uma dama tão mergulhada em seu mundinho sofisticado, que nem percebe a morte e a decadência chegando sob forma de peste, que vai devorando Veneza, tanto que ela ganhou ''O PRÊMIO DO SINDICATO DE JORNALISTAS ITALIANOS DE CINEMA DE MELHOR ATRIZ COADJUVANTE DO ANO''. No filme, Aschenbach é um compositor, e no livro o personagem é um escritor. Como a areia na ampulheta, não há nenhuma parada da passagem do tempo. Esta realização cinematográfica é incomparável em sua eloquência visual, nas mãos de um verdadeiro mestre Luchino Visconti.
Viúva escreve para seu primeiro amor, fazendo renascer a paixão entre os dois, após um intervalo de 35 anos. Telefilme que questiona, com humor e profundidade, a vida amorosa na velhice. Muita ironia nos diálogos da personagem Jean Miller, graças ao talento fora do comum de Beatrice Arthur - veterana comediante americana de teatro e televisão com as séries ''As Super-Gatas'' e ''Maude''.
Mesmo envelhecido, o filme impressiona pelo sentido poético da direção do talentoso e um pouco esquecido Frank Borzage. A bela fotografia ganhou o Oscar. Primeiro romance de Ernest Hemingway levado à tela. O galã Gary Cooper mostra talento, mas quem rouba a cena e veterana Helen Hayes (que quase rouba a cena).
O filme é fiel na reconstituição dos últimos meses de vida do músico Sid Vicious (que apesar de não ser uma grande músico, virou merecidamente a cara do movimento Punk), ao lado de Nancy Spungen, sem fornecer pistas para entender o comportamento autodestrutivo de ambos. A atuação de Chole Webb foi premiada, mas a atuação de Gary Oldman com Sid é estupenda, transformando o filme em seu ponto alto, cuja sequência da versão punk de ''My Way'' é clássica. Eu sou fã do movimento punk, do rock e do gótico, então sou suspeito, mas o filme vale e vale mesmo ser revisto.
Bond investiga milionário francês, o que traz ao carnaval brasileiro, às cataratas do Iguaçu e depois o leva ao espaço. As sequencias do bondinho do Pão de Açúcar e nas cataratas são muito bem feitas, as do carnaval péssimas. A bond-girl ''Lois Chiles'' foi substituída pela então pantera ''Jaclyn Smith'', pois o estúdio da série não permitiu que ela ficasse tanto tempo afastada, talvez com ela seria mais interessante. Mas mesmo assim ainda é um bom divertimento. O melhor mesmo ainda é ''007 Contra Goldfinger''.
O filme é uma crônica dos costumes decadentes da Roma Antiga, considerado por alguns como uma crítica à cultura ocidental. A fotográfica de imagens poderosas, do grande Giuseppe Rotunno, além da trilha que inclui efeitos eletroacústicos e música africana com garbo. Cenografia e figurinos impecáveis, o elenco é uma delicia a parte, com a ex-modelo Capucine, Magali Noël, o comediante Fanfulla, sem falar nos belos e futuros mal aproveitados atores Martin Potter e Hiram Keller.
JK Simmons prova - como a maioria de nós que vimos ele na série ''Oz - A vida é uma Prisão/Oz'' é um grande ator. O que dá ao filme um chute no estômago, apesar de suas improbabilidades, é seu retrato cru e brutal, mas também muito sutil da mudança, as relações de atrito entre professor e aluno, feiticeiro e aprendiz, gênio e mestre. Excelente filme.
Melodrama psicológico com tratamento inteligente, Michelle Williams foi indicada ao Oscar de Melhor atriz, mas a grande atuação é mesmo de Ryan Gosling (que assim como Edward Norton), já passou da hora de levarem a estatueta para casa.
Pode ter envelhecido um pouco, mas o elenco, que parece ter sido escolhido a dedo, atua com muita energia e entusiasmo, a grande Joan Fontaine (dos filmes de Hitchcock) é a bela mocinha (e que mocinha), destacando-se Jaffe pela excelente composição do fiel e valoroso aguadeiro, As cenas de ação são acompanhadas pelo score frenético de Alfred Newman.
Julio (Gael García Bernal) e seu amigo de classe alta Tenoch (Diego Luna) estão ansiosos para um verão cheio de bebida, drogas e sexo sem sentido tolo ou de juventude transviada, apenas se divertir e isso e legal e saudável. A narração e envolvente, as atuações soberbas do trio central, não à toa que Gael García Bernal e Diego Luna seguiram paralelamente carreira em Hollywood. Um filme fantasticamente vital. Que consegue investir num humor verdadeiro. Eu raramente vi outros filmes que retratam personagens e estilos de vida tão real quanto este. Eles não passam por qualquer esforço extra para representar o México (como também fazem com o Brasil), como um lugar de paraíso criminal ou de uma natureza extremamente bela, o que é feito com muita freqüência Destaque também para a trilha sonora dazzing de Frank Zappa e a excepcional fotografia do mexicano Emmanuel Lubezki que também tem tido uma grande carreira em Hollywood, inclusive ganhou o Oscar de fotografia no ano passado com o ótimo ''Gravidade/Gravity'' Sempre como um prêmio mais sério do mundo o New York Film Critics Circle Awards, escolheu esse o melhor filme estrangeiro de 2002. O roteiro foi indicado ao Oscar em 2002 e foi o grande vencedor no Festival de Veneza de melhor roteiro em 2001.
Robert Altman fez sua abordagem muito particular ao western, dando à sua narrativa uma dimensão anti-mítica que, de algum modo, nos revela o mundo do Oeste como nunca tínhamos visto. Ao desconstruir a mecânica do western, Altman criou uma poética narrativa, que se viria a afirmar como um dos clássicos do cinema de arte dos anos 70. Destaque para os excelentes desempenhos de Warren Beatty e Julie Cristie, a deslumbrante fotografia de Vilmos Zsigmond e trilha sonora de Leonard Cohen. Um filme plasticamente belo.
O melhor filme de Lars Von Trier até hoje, um filme cheio de contrastes, o filme resulta uma narrativa de arrebatadora intensidade dramática que transporta o espectador para além dos limites habituais, a fotografia de Robby Muller é espetacular, e a soberba interpretação de Emily Watson, torna o filme uma experiência rara e bela que vai dos olhos diretamente ao coração.
Na minha opinião é o melhor filme da dupla Jeanette MacDonald e Nelson Eddy. Robert Z. Leonard mostra todo seu talento na direção, destaque para o belo tema musical ''Will You Remember'' e a foto clara e luminosa do grande Olivier T. Marsh, mas John Barrymore em estupenda atuação quase rouba o filme da dupla.
Igual a Tudo na Vida
3.3 213 Assista AgoraÉ um filme lindamente fotografado, talvez o único filme de Allen a ser filmado usando uma proporção anamórfica além de Manhattan. Jason Biggs é encantador (no seu melhor papel), no placar e ele que compartilha a fantástica química na tela com Woody Allen. Christina Ricci é de alto nível como uma personagem confusa, neurótica (talvez não tão perfeita como Diane Keaton em Annie Hall de 1977, mas não faz feio), e todos os papéis coadjuvantes são preenchidos muito bem. Tudo que eu quero de uma comédia romântica, e muito mais. Qualquer outra coisa é grande. Mas o melhor mesmo e a piada que Woody Allen fala sobre os dois maiores mitos sexuais de talento da história de Hollywood; Sophia Loren e Marilyn Monroe: ''Outro dia imaginei um ménage à trois com Marilyn Monroe e Sophia Loren. Se não me engano, foi a primeira vez que as duas grandes atrizes trabalharam juntas” - Gênio.
Terra dos Deuses
3.9 18Os efeitos especiais, principalmente para época e até hoje são especialmente notáveis, principalmente na praga dos gafanhotos, a cargo do ótimo James Basevi. A fotografia e do genial Karl Freund , dos clássicos filmes mudos de F.W. Murnau. Luise Rainer mereceu seu Oscar, ela está quase irreconhecível no papel da devotada esposa do sempre ótimo Paul Muni. O produtor Irving Thalberg morreu bem no meio do projeto do qual tinha se dedicado por três anos e tudo ficou a cargo de Albert Lewin. O filme levou três Oscar, mas merecia muito mais.
Noivo Neurótico, Noiva Nervosa
4.1 1,1K Assista AgoraGenial, o filme solta faíscas de talento a cada minuto.
Annie Hall é uma declaração de amor a Diane Keaton e está brilha como nunca, até ganhou o seu Oscar de Melhor Atriz pelo filme.
E é uma das mais belas declarações de amor a uma mulher que o cinema já fez.
Na boa Diane foi, é, e sempre será sua mais divertida e melhor musa.
A Imperatriz Vermelha
4.1 22Joseph Von Sterbeng realiza sua obra-prima, recriando, a seu modo, a subida ao trono de Catarina II, da Rússia. O filme é um delírio barroco com cenários entupidos de estátuas retorcidas, ícones bizantinos, colunas espiraladas, móveis rebuscados e majestosas portas de ferro, todo este espaço dramático apanhado, juntamente com os personagens, por uma câmara fluente. O audacioso e sensual exercício de estilo atinge o auge no ritual no casamento de Catarina e Pedro, na Catedral de Kazan, soberbamente iluminado por Bert Glennon – um trecho de Cinema puro. Os figurinos são de Travis Benton e, na direção de arte, além de Hans Dreier, a colaboração dos artistas plásticos Peter Ballbusch e Richard Kolloesz e o próprio Von Sterberg
Os tronos parecem coisa de outro planeta, como se fosse um filme de ficção científica. Na montagem, Sternberg abusa das fusões de imagens; a seqüência, bem no início do filme, em que vemos um desenrolar da história de alguns séculos da Rússia, passando por Ivan, o Terrível, e Pedro, o Grande (a futura czarina está ouvindo o pai contar a ela um pouco da história daquele país estranho e distante), é acachapante, brilhante, genial.
Na seqüência do casamento da princesa prussiana com o grão-duque – aliás, uma seqüência toda ela impressionante –, Sternberg faz dois ou três big-close-ups do rosto da atriz que ele transformou em estrela, o rosto coberto por um véu branco, de babar, históricos, antológicos. E que beleza, que poder tem aquele rosto, que de fato foi feito para deixar apaixonadas as câmaras de cinema que passassem à sua frente.
A interpretação de Marlene Dietrich, principalmente quando faz a tímida e espantada Princesa, é estupenda (prova que nunca foi uma atriz absorvida pelo seu mito, mas consciente das possibilidades de expressão que lhe oferecia seus diretores em especial Sternberg), assim como é excelente atuação de Sam Jaffe, como o Grão-Duque louco. Lodge está perfeito no tipo másculo e durão.
A história: Sophia Frederica (Dietrich, excelente no papel), é a filha de um menor alemão príncipe e uma mãe ambiciosa. Ela é trazida para a Rússia pelo Conde Alexei (Lodge) a mando da Imperatriz Elizabeth (Dresser) para se casar com o sobrinho, o Grão-Duque Pedro (interpretado como um imbecil por Jaffe em sua estréia no cinema). Elizabeth arrogante renomeia ela Catherine e reforça a demanda para uma nova edição para uma noiva de um herdeiro ao trono.
Infeliz em seu casamento, Catherine encontra consolo com o mulherengo Alexei, que em primeiro lugar, tem como amante Elizabeth. Assim Catherine com descobre isso, ela resolve ter vários amantes e leva todos entre o exército russo para cortejar em seu favor. Quando a velha Imperatriz morre 17 anos após o casamento, Peter sobe ao trono russo e toma medidas contra a sua esposa. Logo Catherine com suas parcelas e exercícios se envolve com um golpe de Estado, iniciando um reinado como Imperatriz que vai deixá-la conhecida na história como Catarina, a Grande
O filme é notável por sua iluminação atenciosa e o expressionista projeto de arte do mestre Von Sternberg que cria com maestria o palácio russo. O crítico de cinema Robin Wood disse: ''um ambiente hiper-realista de pesadelo com suas gárgulas, suas figuras grotescas e imagens torcidas em cortações agonizantes, suas enormes portas que necessitam de uma meia dúzia de mulheres para fechar ou abrir. E seus espaços escuros e sombras sinistras criados pelos lampejos de inúmeras velas; seu esqueleto presidindo a mesa do banquete de casamento real são notórios.
Intensamente erótico e dirigido com maestria por Josef Von Stenberg, esse filme tornou-se um marco na carreira de Marlene Dietrich, e é até hoje um dos retratos mais grotescos, luxuriosos e controversos do Império Russo.
Para Martin Scorsese o diretor ''Joseph Von Sternberg'' foi um dos grandes iconoclastas do cinema mundial.
Para Orson Welles o diretor ''Joseph Von Sternberg'' foi um dos mais injustiçados da história do cinema.
No Teatro da Vida
3.8 13Jovens mulheres aguardam sua grande chance de brilhar nos palcos da Broadway, numa pensão para artistas , em Nova Iorque. Hepburn ótima recebe a notícia do suicídio de uma delas por desespero. Após a representação, ela faz um discurso em homenagem à amiga morta, arrancando lágrimas da platéia. O elenco além de Hepburn é delicioso, com destaque para a jovem Lucille Ball (antes da fama), Andrea Leeds (indicada ao Oscar por este papel) e principalmente Ginger Rogers.
O Paraíso de um Homem
4.3 4Este filme é uma das obras-primas do hoje esquecido Frank Borzage (grande mestre).
Surpreendemente adulto e avançando para época, mostra, a realidade social da crise, sem deixar de ter o habitual toque romântico, que são características do diretor, Loretta Young está excelente, esplendidamente fotografada por Joseph August, mas que rouba a cena é mesmo o grande Spencer Tracy num desempenho sensível e poderoso, desse que é com certeza um dos maiores atores que Hollywood teve.
Blackout
3.7 16The Blackout fornece uma aparência elegante e extrema nos cantos mais escuros da experiência humana. Modine é incrível como a liderança babaca que vai do céu ao inferno em pouco tempo, ainda bem que Claudia Schiffer não insistiu como atriz, mas a estonteante Béatrice Dalle está devastadora, linda, sexy, apesar do pequeno papel. Vale rever esse bom filme.
Matrimônio à italiana
4.1 36 Assista AgoraA direção de arte é soberba, e as tomadas de Nápoles, espetaculares.
E, a rigor, bastaria a beleza majestosa de Sophia para justificar o filme. Ela está demais, e De Sica, é claro, usa e abusa daquele rosto absurdo, pleonástico, e do corpo sensacional, aquela coisa que excede. É uma bênção para os olhos.
Matrimônio à Italiana teve duas indicações ao Oscar – como candidato a melhor filme estrangeiro e melhor atriz para Sophia Loren, que já havia ganho o prêmio da Academia dois anos antes, por Duas Mulheres. O filme ganhou o Globo de Ouro como melhor filme estrangeiro; havia sido indicado também para os prêmios de melhor atriz e melhor ator. Ao todo, o filme ganhou oito prêmios e teve cinco outras indicações.
Sophia ganhou Moscow International Film Festival de Melhor Atriz; David di Donatello Awards de Melhor Atriz.
Sophia Loren ou Marcello Mastroiann separados são ótimos, imagine juntos! Eu gosto do tom farsesco. Pra mim, ele convida à empatia crítica. Além disso, aprecio muito a trilha sonora.
PS. Todo close-up na Sophia Loren é pouco.
Vittorio De Sica é o homem certo para fotografar a Nápoles do período da pós guerra imediato e Sophia Loren é a mulher certa para trazer uma carga de fisicalidade e raro aquele desespero confirmar capaz de vibrar as cordas mais íntimas.
Vittorio De Sica. ganhou quatro Oscars de melhor filme de língua estrangeira; Matrimonio all'italiana foi sua quinta nomeação e a primeira vez que ele perdeu. A estrela Sophia Loren, também foi indicada para melhor atriz, mas perdeu para a Julie Andrews (Loren. já tinha ganho em 1960).
Nos últimos anos De Sica tem sido bastante criticado e Roberto Rossellini louvado, ambos são talentos, infelizmente os filmes de Rossellini não foram bem de bilheteria, os de De Sica sim, isso talvez tenha incomodado um pouco, afinal nos anos 60, De Sica fez também suas obras-primas como ''Duas Mulheres'' (1961); ''Ontem, Hoje e Amanhã'' (1963); ''O Jardim dos Finzi-Contini'' (1970); reverencie o mestre ele merece. É Sophia mamma mia vai ser linda e talentosa lá em casa, ou melhor na tela para todos.
1900
4.3 101 Assista AgoraO filme 1900 (Novecento) é uma obra-prima do Bernardo Bertolucci. Não é um filme para qualquer um assistir, mas sim para quem realmente é entendido de filme, pois é um filme muito extenso e vigoroso com um elenco estelar e primoroso. Gigantesco e ambicioso sem ser presunçoso painel sobre a história da Itália no século XX, na visão de dois jovens italianos, um camponês e um herdeiro de latifundiários que seguem rumos diferentes durante a primeira Guerra Mundial. A beleza plástica do filme é incrível com a trilha sonora inesquecível do mestre Ennio Morricone e fotografia impecável de outro mestre Vittorio Storaro. O elenco é gigante sobretudo as interpretações soberbas de Gérard Depardieu e principalmente Robert de Niro. Um filme às vezes cruel, mas válido.
Mas uma obra-prima de Bernardo Bertolucci, junto com ''Último Tango em Paris'' (1972) e ''O Conformista'' (1970).
Malandros de Rua
3.2 20Com narrativa densa e estupendas atuações de Christopher Reeve (que não era só beleza), que transmite ao espectador toda sua vulnerabilidade e pavor do seu personagem e principalmente Morgan Freeman (fazendo um violento proxeneta, ele foi indicado ao Oscar pelo papel e deveria ter levado, mas ganhou do New York Film Critics Circle Awards; National Society of Film Critics Awards, USA e Independent Spirit Awards; pelo papel.
Os Lobos Nunca Choram
3.6 21Cenas fortes, precisas, com excelente produção, suspense, emoção, paisagens inesquecíveis e bom embasamento científico. Baseado nas aventuras reais do escritor Farley Mowat. Ótimo desempenho do subestimado Charles Martin Smith.
Morte em Veneza
4.0 210 Assista AgoraA interpretação de Dirk Bogarde é estupenda. Se a estrela do filme realmente é o garoto, também é impossível esquecer a perfeita Silvana Mangano (mais bela do que nunca), encarnando tão bem uma dama tão mergulhada em seu mundinho sofisticado, que nem percebe a morte e a decadência chegando sob forma de peste, que vai devorando Veneza, tanto que ela ganhou ''O PRÊMIO DO SINDICATO DE JORNALISTAS ITALIANOS DE CINEMA DE MELHOR ATRIZ COADJUVANTE DO ANO''.
No filme, Aschenbach é um compositor, e no livro o personagem é um escritor. Como a areia na ampulheta, não há nenhuma parada da passagem do tempo. Esta realização cinematográfica é incomparável em sua eloquência visual, nas mãos de um verdadeiro mestre Luchino Visconti.
Cara & Coroas
4.5 2Viúva escreve para seu primeiro amor, fazendo renascer a paixão entre os dois, após um intervalo de 35 anos. Telefilme que questiona, com humor e profundidade, a vida amorosa na velhice. Muita ironia nos diálogos da personagem Jean Miller, graças ao talento fora do comum de Beatrice Arthur - veterana comediante americana de teatro e televisão com as séries ''As Super-Gatas'' e ''Maude''.
Adeus às Armas
3.5 17 Assista AgoraMesmo envelhecido, o filme impressiona pelo sentido poético da direção do talentoso e um pouco esquecido Frank Borzage. A bela fotografia ganhou o Oscar. Primeiro romance de Ernest Hemingway levado à tela. O galã Gary Cooper mostra talento, mas quem rouba a cena e veterana Helen Hayes (que quase rouba a cena).
Sid & Nancy: O Amor Mata
3.7 371 Assista AgoraO filme é fiel na reconstituição dos últimos meses de vida do músico Sid Vicious (que apesar de não ser uma grande músico, virou merecidamente a cara do movimento Punk), ao lado de Nancy Spungen, sem fornecer pistas para entender o comportamento autodestrutivo de ambos. A atuação de Chole Webb foi premiada, mas a atuação de Gary Oldman com Sid é estupenda, transformando o filme em seu ponto alto, cuja sequência da versão punk de ''My Way'' é clássica. Eu sou fã do movimento punk, do rock e do gótico, então sou suspeito, mas o filme vale e vale mesmo ser revisto.
007 Contra o Foguete da Morte
3.2 175 Assista AgoraBond investiga milionário francês, o que traz ao carnaval brasileiro, às cataratas do Iguaçu e depois o leva ao espaço. As sequencias do bondinho do Pão de Açúcar e nas cataratas são muito bem feitas, as do carnaval péssimas. A bond-girl ''Lois Chiles'' foi substituída pela então pantera ''Jaclyn Smith'', pois o estúdio da série não permitiu que ela ficasse tanto tempo afastada, talvez com ela seria mais interessante. Mas mesmo assim ainda é um bom divertimento. O melhor mesmo ainda é ''007 Contra Goldfinger''.
Satyricon de Fellini
3.8 145 Assista AgoraO filme é uma crônica dos costumes decadentes da Roma Antiga, considerado por alguns como uma crítica à cultura ocidental. A fotográfica de imagens poderosas, do grande Giuseppe Rotunno, além da trilha que inclui efeitos eletroacústicos e música africana com garbo. Cenografia e figurinos impecáveis, o elenco é uma delicia a parte, com a ex-modelo Capucine, Magali Noël, o comediante Fanfulla, sem falar nos belos e futuros mal aproveitados atores Martin Potter e Hiram Keller.
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraJK Simmons prova - como a maioria de nós que vimos ele na série ''Oz - A vida é uma Prisão/Oz'' é um grande ator. O que dá ao filme um chute no estômago, apesar de suas improbabilidades, é seu retrato cru e brutal, mas também muito sutil da mudança, as relações de atrito entre professor e aluno, feiticeiro e aprendiz, gênio e mestre. Excelente filme.
Namorados para Sempre
3.6 2,5K Assista AgoraMelodrama psicológico com tratamento inteligente, Michelle Williams foi indicada ao Oscar de Melhor atriz, mas a grande atuação é mesmo de Ryan Gosling (que assim como Edward Norton), já passou da hora de levarem a estatueta para casa.
Gunga Din
3.5 20 Assista AgoraPode ter envelhecido um pouco, mas o elenco, que parece ter sido escolhido a dedo, atua com muita energia e entusiasmo, a grande Joan Fontaine (dos filmes de Hitchcock) é a bela mocinha (e que mocinha), destacando-se Jaffe pela excelente composição do fiel e valoroso aguadeiro, As cenas de ação são acompanhadas pelo score frenético de Alfred Newman.
E Sua Mãe Também
4.0 519Julio (Gael García Bernal) e seu amigo de classe alta Tenoch (Diego Luna) estão ansiosos para um verão cheio de bebida, drogas e sexo sem sentido tolo ou de juventude transviada, apenas se divertir e isso e legal e saudável. A narração e envolvente, as atuações soberbas do trio central, não à toa que Gael García Bernal e Diego Luna seguiram paralelamente carreira em Hollywood. Um filme fantasticamente vital. Que consegue investir num humor verdadeiro.
Eu raramente vi outros filmes que retratam personagens e estilos de vida tão real quanto este. Eles não passam por qualquer esforço extra para representar o México (como também fazem com o Brasil), como um lugar de paraíso criminal ou de uma natureza extremamente bela, o que é feito com muita freqüência
Destaque também para a trilha sonora dazzing de Frank Zappa e a excepcional fotografia do mexicano Emmanuel Lubezki que também tem tido uma grande carreira em Hollywood, inclusive ganhou o Oscar de fotografia no ano passado com o ótimo ''Gravidade/Gravity''
Sempre como um prêmio mais sério do mundo o New York Film Critics Circle Awards, escolheu esse o melhor filme estrangeiro de 2002.
O roteiro foi indicado ao Oscar em 2002 e foi o grande vencedor no Festival de Veneza de melhor roteiro em 2001.
Onde os Homens São Homens
4.0 42 Assista AgoraRobert Altman fez sua abordagem muito particular ao western, dando à sua narrativa uma dimensão anti-mítica que, de algum modo, nos revela o mundo do Oeste como nunca tínhamos visto. Ao desconstruir a mecânica do western, Altman criou uma poética narrativa, que se viria a afirmar como um dos clássicos do cinema de arte dos anos 70. Destaque para os excelentes desempenhos de Warren Beatty e Julie Cristie, a deslumbrante fotografia de Vilmos Zsigmond e trilha sonora de Leonard Cohen. Um filme plasticamente belo.
Ondas do Destino
4.2 334 Assista AgoraO melhor filme de Lars Von Trier até hoje, um filme cheio de contrastes, o filme resulta uma narrativa de arrebatadora intensidade dramática que transporta o espectador para além dos limites habituais, a fotografia de Robby Muller é espetacular, e a soberba interpretação de Emily Watson, torna o filme uma experiência rara e bela que vai dos olhos diretamente ao coração.
Primavera
4.2 3Na minha opinião é o melhor filme da dupla Jeanette MacDonald e Nelson Eddy.
Robert Z. Leonard mostra todo seu talento na direção, destaque para o belo tema musical ''Will You Remember'' e a foto clara e luminosa do grande Olivier T. Marsh, mas John Barrymore em estupenda atuação quase rouba o filme da dupla.