Desesperadamente profundo e poético, belo, trágico, destaque para a soberba fotografia do veterano Vittorio Storaro, a excepcional trilha sonora de Gato Barbieri, um dos grandes filmes do diretor Bernardo Bertolucci junto com ''O Conformista'' e ''1900'', e claro atuação soberba de Marlon Brando (na sua última grande atuação, que segundo o próprio em sua autobiografia, disse que jamais voltaria a atuar assim), e realmente jamais o fez.
Sempre quis falar desse filme, mas quando li a crítica do brasileiro Dilson Gomes, ele disse tudo, vou transcrever sua bela crítica: Há vida depois da morte? Qualquer tentativa de resposta será no mínimo improvável. Baleias de Agosto prova que há vida, muita vida, perto da morte. Quem garante os preceitos dessa tese são as octogenárias irmãs Libby Strong (Bette Davis, então com 79 anos) e Sarah Webber (Lillian Gish, então com 91 anos). O que lhes preserva a vida, antes de tudo, são as recordações, lembranças da mãe, dos maridos e das baleias de agosto. A ranzinza e inflexível Libby pouco se preocupa com reformas na velha casa de verão da ilha do Maine. Irremediavelmente cega e Sarah precisa cuidar dela, esta, dedicada à casa e a Libby, vive ''ocupada, sempre ocupada'' (uma tentativa de manter a vida, ou o que resta dela, em constante movimento). Para ela, uma janela panorâmica na sala daria pouco trabalho e grata a satisfação de ver a paisagem marítima próxima à mesa. Mas a intransigência (ou a cegueira) de Libby não permite qualquer mudança. Até mesmo a visita de Nicolas Maranov (Vicent Prince, 78 anos), um nobre foragido da Rússia czarista, parece incomodar Libby. Para Sarah ele é motivo de festa Vaidade e orgulho emergem nos sentimentos fraternos. A amiga Tisha Doughty (Ann Sothern, 78 anos), prepara seu jogo para conquistar Sarah e provocar a separação das irmãs, movida talvez por ciúme. É agosto, no horizonte elas tentam divisar algum sinal das baleias. Lilian Gish surpreende com sua longevidade cinematográfica (ela começou no cinema em 1912); e Bette Davis, há muito considerada a mais talentosa das atrizes americanas, ainda surpreende; quando atua provoca seu interlocutor e consegue fazer a câmara (e o espectador), compactuar com idéias, sentimentos e ''pequenas maldades'' das suas personagens'', porque ela não ganhou o Oscar aquele ano, não da pra entender. Vincent Prince, conhecido como o ''mestre do macabro'', mostra o lado escondido de sua verdadeira face. Um ator que traz aristocracia na postura e na inflexão da voz. Ann Sothern recebeu a única indicação ao Oscar de sua carreira na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante; uma daquelas grandes atrizes mal aproveitadas; aqui está soberba. Outro veterano ator com mais de 150 filmes no currículo é Harry Carey Jr. retratado um faz-tudo bem humorado e barulhento que entrega suas linhas em um perfeito sotaque do Maine. O roteiro de David Berry, baseado em sua peça homônima, é simples na sua condução, mas rico ao retratar a complexidade dos sentimentos humanos. E revela-se como uma sincera reverência à imperecível capacidade de suas intérpretes.
Estréia da sempre ótima Diane Keaton, mas o show quem dá mesmo e a veterana Bea Arthur e Richard S. Castellano como os país que estão incansavelmente tentando dissuadir Richie e Joan de se divorciar. Sylvester Stallone antes da fama faz uma ponta, boa diversão, o filme recebeu o OSCAR.
É a melhor versão da clássica história de Robert Louis Stevenson; o grande e hoje subestimado diretor Rouben Mamoulian, insistiu em colocar Fredric March e ele ganhou o Oscar e o prêmio de melhor ator no Festival de Veneza. Miriam Hopkins também teve um excelente desempenho como garota de cabaré aterrorizada por Hyde, sendo memorável a fusão da perna dela, balançando na cama. O filme é rico no uso de técnicas narrativas e de imagem (algumas herdadas do cinema mudo), o uso funcional das cortinas diagonais, a câmara subjetiva, o som, a fotografia em claro-escuro do brilhante Karl Struss, confirmam o gênio de Mamoulian, em fase cintilante, em fim tudo aqui beira a perfeição.
Michael Dougals e Diane Keaton (até cantando, uma grande atriz do nível de Bette Davis, Meryl Streep, Anna Magnani, que tem sido mal aproveitada desde ''Tudo em Família'' de 2005, se alguém tiver alguma dúvida do talento dessa moça, basta assistir dois filmes em que ela fez no mesmo ano de 1977 - o drama ''À Procura de Mr. Goodbar '' e a comédia ''Noivo Neurótico, Noiva Nervosa '' que lhe deu o OSCAR, o moça versátil); desempenham muito bem seus papéis, escondendo as deficiências do roteiro. Vale muito assistir esse filme.
O filme e romântico, mais foi ousado para época, ainda mais numa superprodução, tratando de temas, mesmo que singelo, como a impotência masculina, homossexualismo, além de mostra um travesti e uma cena e uma criança ingerindo álcool. A bela trilha sonora do mestre Bernard Hermann (dos filme de Hitchcock como o clássico Psicose e de Orson Welles como Cidadão Kane); contou com uma canção, também chamada "Tender Is the Night", de Sammy Fain (música) e Paul Francis Webster (letras), que foi nomeado para o Oscar de Melhor Canção. O elenco é excelente, Jason Robards (escolha ousada na época, pois não era famoso), Joan Fontaine (como a irmã que apesar de sofisticada e fria e calculista) e Paul Lukas.
Tudo já foi dito sobre esse filme, aqui não é diferente, mas vale a pena falar sempre. Este é um daqueles filmes que melhoram com a idade. Ele é de 1950, de uma época em que não havia necessidade de se recorrer a uma dúzia de escritores para se alinhavar um roteiro fora de propósito. Quando se fala em “A Malvada” logo vem o nome de Bette Davis na mente. Mas aquele que talvez seja seu papel mais famoso, não lhe rendeu um Oscar de melhor atriz em 1951. Mais espertos Cannes e os New York Film Critics Circle Awards lhe deram o prêmio de Melhor Atriz daquele ano. Nos bastidores, Anne Baxter se recusou a ser indicada ao Oscar como melhor atriz coadjuvante. O estúdio então acabou colocando as duas em competição direta na categoria “melhor atriz principal”. Isso acabou fazendo com que os votantes da academia se dividissem entre as duas, e nenhuma levasse a estatueta para casa. A novata Judy Holliday acabou vencendo por sua atuação em “Nascida Ontem”. Apesar do título do filme chamar ''A Atenção para Eve'', quem acabou roubando a cena foi sem dúvidas Margo (Bette Davis é claro, o filme é Davis até os ossos). Até hoje suas frases são cultuadas por fãs. Isso claro, devido à grande contribuição de Bette Davis, que esteve perfeita no personagem, com seu típico ar arrogante e esnobe. Frases como “Pode colocar a estatueta onde seu coração deveria estar”, “Esses fanáticos por autógrafos não são gente”, “Apertem os cintos, hoje será uma noite turbulenta” ou “Detesto sentimentalismo barato”, marcaram época. Qualquer atriz ''com A maiúsculo'', tem que ter essa interpretação como base. A habilidade de Joseph L. Mankiewicz na direção, a profundidade dos diálogos e a interpretação arrasadora do vasto elenco, com duas das maiores coadjuvantes de todos os tempos: Thelma Ritter e Celeste Holm e ainda deu destaque para o maior símbolo sexual da história do cinema Marilyn Monroe; com destaque mesmo para Bette Davis e Anne Baxter, e Davis tinha muito de Margo Channing: era uma das maiores estrelas do cinema, se não a maior de todas, em 1950. Bette Davis brilha em cada tomada em que aparece. Entre as atrizes originalmente considerados para jogar Margo Channing foram a inspiração original de Mankiewicz, Susan Hayward , que foi rejeitada por Zanuck como "muito jovem", Marlene Dietrich , classificou como "muito alemã", e Gertrude Lawrence, que foi descartada da disputa quando seu advogado insistiu que Lawrence não tem que beber ou fumar no filme, e que o roteiro seria reescrito para permitir que ela cantasse uma canção. Zanuck queria Barbara Stanwyck, mas ela não estava disponível. Tallulah Bankhead e Ingrid Bergman foram também cogitadas, como era Joan Crawford, que já estava trabalhando no filme The Damned Do not Cry . Eventualmente, o papel foi para Claudette Colbert, mas quando Colbert feriu gravemente as costas e foi forçada a retirar-se pouco antes do início das filmagens, Bette Davis foi escolhida para substituí-la, Bette Davis é uma das atrizes que têm presença mais forte diante de uma câmara de cinema, e aqui, num papel brilhante, cheio de matizes, ela brilha, talvez a maior interpretação da história do cinema de mulher, do lado dela talvez, Vivien Leigh em ''...E o Vento Levou''; Anna Magnani em ''Roma, Cidade Aberta''; Sophia Loren em ''Duas mulheres''; Maggie Smith em ''A Primavera de uma Solteirona''; Glenda Jackson ''Elizabeth R''; Meryl Streep em ''A Escolha de Sofia''; Ingrid Bergman em "Sonata de outono"; Irene Papas em Electra, a Vingadora; Maria Falconetti em ''O Martírio de Joana D'Arc''; Louise Brooks em ''A Caixa de Pandora''; Marlene Dietrich, em ''O Anjo Azul''; Dorothy Dandridge em ''Carmen Jones''; Giulietta Masina em ''A Estrada da Vida''; Gena Rowlands em ''Uma Mulher Sob Influência''; Glenn Close em Ligações Perigosas''; Romy Schneider em ''O Importante É Amar''... No filme Davis é Margo Channing estrela de teatro decadente que vê seu reinado ser ameaçado por Eve Harrington (Anne Baxter), uma atriz mais jovem do que ela - mas igualmente ambiciosa, calculista e perigosa; embora como disse a crítica Pauline Kael seja difícil acreditar que Anne Baxter algum dia pudesse ameaçar Bette Davis.
Matt Dillon fez parte da famosa "Brat Pack", apelido dado a um grupo de jovens atores que frequentemente apareciam juntos em filmes para adolescentes nos anos 80. Junto com Dillon, como Tom Cruise, Matt Dillon, Rob Lowe, C. Thomas Howell, Patrick Swayze, Ralph Macchio, Emilio Estevez, Judd Nelson, Anthony Michael Hall,James Spader e Robert Downey, Jr., Leif Garrett... Outros atores que tiveram ligação com o grupo foram Jon Cryer, John Cusack, Kevin Bacon, Jemi Gertz, Matthew Broderick, Sean Penn e Kiefer Sutherland. É até mesmo Nicolas Cage, Vincent Spano. O termo, feito em cima do nome do grupo Rat Pack dos anos 50 e 60, teve popularidade em uma reportagem da revista New York Magazine sobre um grupo de famosos atores adolescentes. O grupo se caracterizou por seus filmes terem uma crítica a geração patética, cínica, possessiva e ideologicamente árida da época. Os filmes eram feitos com o estereótipo adolescente, onde se localizavam na maioria das vezes no subúrbio de Chicago, focalizando o dia-a-dia dos adolescentes de classe média-alta. Do grupo Sean Penn e Robert Downey, Jr. conseguiram com o tempo respeito de crítica e público. Seguidos por Kiefer Sutherland, Nicolas Cage e Kevin Bacon, estes talvez mais de público. Mas ninguém conseguiu fama e fortuna como Tom Cruise, mas na época Rob Lowe era o favorito, mas um escândalo sexual atrapalhou sua carreira. Matt Dillon nessa época era chamado de o novo James Dean, mas sua carreira teve altos e baixos. Nessa época fez três filmes para adolescentes ícones de uma geração - ''A Um Passo do Abismo/Over the Edge" 1980; ''O Selvagem da Motocicleta/Rumble Fish" 1983; ''Vidas Sem Rumo/The Outsiders" 1983. Mas seu melhor filme da década de 80 foi mesmo ''Drugstore Cowboy'' de Gus Van Sant. Na época Dillon estava com 27 anos, e se sai muito bem, apesar da pele acetinada, perfeita. Ele passa uma pertubação ao seu personagem, que indica, com talento, toda a sua suscetibilidade infantil. Como quando ele ameaça um traficante com seu trabuco perigosamente dependurado nos dedos: sabe-se que ele acabou de se picar, portanto pode disparar por nada um dos muitos momentos estilosos do filme). É um papel que lembra um pouco Rusty James de ''O Selvagem da Motocicleta'' - talvez uma versão mais barra-pesada. O filme conta com uma participação do escritor e ícone beatnik William S. Burroughs.
Faroeaste satírico com muita ação, música e humor. Stewart é o xerife que não gosta de usar armas, mas quando se queima, acaba com os bandidos. Marlene Dietrich, a garota do saloon, esquentada que canta alguns números musicais provocantes no saloon - Last Chance, incluindo o famoso e delicioso ''See What the Boys in the Back Room Will Have''. E num caso de clichê às avessas, a habitual cena de luta no western, se dá entre mulheres, com Frenchy (Dietrich) e Lily (Una Merkel), se atracando em uma briga feia e antológica do cinema. A diva das divas Marlene Dietrich rouba a cena, mostrando que era ótima também nas comédias.
A história já na época já estava um pouco ultrapassada, a versão com Lilian Gish em 1923, dizem ser melhor, mas o talento excepcional de Helen Hayes compensa tudo. O primeiro filme dessa grande dama do teatro foi em The Weavers of Life (1917) o último foi A Maldição do Espelho (TV Movie) (1985), ganhou dois Oscar um 1931 e outro em 1970, assista os filmes ''Adeus às Armas (1932)'', ''Anastácia - A Princesa Esquecida (1956)'' e ''Médico e Amante (1931), para entender o talento dessa grande atriz.
Literatura cinematográfica enfim. O trabalho de Luiz Fernando Carvalho de quem já admirava pelo seu belíssimo trabalho na mini-série ''Os Maias'', tem uma tarefa difícil de traduzir em linguagem cinematográfica o discurso complexo do narrador e protagonista do romance de Randun Nassar, e consegue, tudo é perfeito as imagens, os sons, o elenco primoroso, tudo em fim. Aliás, Senton mostra mais uma vez que um comediante é o melhor ator que tem.
Sempre vi falar de Cacilda Becker, todas as pessoas da arte de modo geral nacionais que eu admiro, sempre falaram do talento e da mulher extraordinária que foi, no teatro quem viu jamais esqueceu, infelizmente, devido minha idade não pude ver, mas nesse filme, se percebe o quanto talento essa estupenda atriz tinha. Cacilda segundo todos que conviveram com ela, o quanto era generosa e combativa; ela não se definia ideologicamente mas se colocava decididamente contra o arbítrio. Além de dar apoio nos casos de perseguição policial da época devido a ditadura, apoiava também as reuniões noturnas da categoria artística que eram feitas nos teatros, após os espetáculos, inclusive com a presença de estudantes, afim de debater qual atitude tomar diante da situação horrorosa da política (da época!!!). Mas voltando ao filme, Floradas na Serra é simplesmente magnífico! Alberto Cavalcanti na época disse: Cacilda Becker não deve nada para as grandes atrizes do mundo, aqui incluídas: Bette Davis, Vivien Leigh, Greta Garbo e Ingrid Bergman. Destaque também para Miro Cerni o médico galã do filme e o grande Jardel Filho. O filme é um dos filmes brasileiros que ganharam o título de clássico merecidamente junto com obras imortais, como: Limite (1930), O Pagador de promessas (1962), Vidas Secas (1963), Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964),Terra em Transe (1967), Cidade de Deus (2002), Pixote, a Lei do Mais Fraco (1981), O Bandido da Luz Vermelha (1968),Memórias do Cárcere (1984), Lavoura Arcaica (2001), Ganga Bruta (1933), Vereda da Salvação (1963), etc...
O nome de Lélia Abramo foi ''esquecido'' ou omitido com dois ''esquecimentos'': primeiro, na cerimônia de entrega do Prêmio Candango, no Festival de Brasília, para os melhores do ano em cinema na época, todo elenco viajou para a capital, menos Lélia, a única vencedora do prêmio acabou nas mãos dela, que levou o prêmio de melhor atriz coadjuvante do festival. Depois, no guia de filmes n°9, de setembro de 1967, na nota publicada à página 3, sobre o filme ''O Caso dos Irmãos Naves'', por Ely Azeredo, o nome de Lélia não consta no texto quando o autor analisa o trabalho dos atores do filme. Segundo a própria também em sua autobiografia - ''VIDA E ARTE - MEMÓRIAS DE LÉLIA ABRAMO''. Curiosamente na ficha técnica feita aqui, mais uma vez seu nome foi esquecido. Ironia não!!!!
Absorvente do início ao fim, o filme, além das primorosas atuações das duas atrizes, tem uma apurada fotografia de Tony Gaudio e uma ótima trilha sonora de Max Steiner. Edmund Goulding um pouco esquecido hoje, esta habilidoso como sempre.
A obra prima de Leni Riefenstahl, é Olympia. A qualidade técnica e artística dela, que nos anos 30 do século passado foi escolhida para ser a cineasta da máquina de propaganda política na Alemanha Nazista. Imagine-se uma mulher àquela época , no auge de uma ideologia masculina ditatorial , ser catapultada a um posto com essa responsabilidade. Tinha que ser muito competente mesmo. Mas Leni jogou fora a chance de ter sido a maior cineasta mulher da história ao se envolver com nazismo, ela perdeu e nos também.
Bette Davis teve sua primeira das onze indicações que recebeu ao Oscar (bem, merecia mais, não entendo porque não foi indicada por filmes como ''A Floresta Petrificada [1936]; ''Mulher Marcada [1937]''; ''Tudo Isto e o Céu Também [1940]''; ''Satã Janta Conosco [1942]''; ''O Coração Não Envelhece [1945]''; ''Dama por Um Dia [1961]''; ''As Baleias de Agosto [1987]'', só para citar alguns), neste filme ela teve um trabalho unanimemente elogiado pela crítica e pelo público na época. A revista LIFE glorificou dizendo: ''É provavelmente a melhor interpretação de uma atriz norte-americana que jamais se viu nas telas''. Bette está estupenda como ambiciosa e sensual camareira que escraviza um aristocrático estudante de medicina; a indicação ao Oscar de Bette nesse filme foi algo raro que só aconteceu com ela e o ator Paul Muni no ano seguinte, isto foi um candidato de fora do catálogo, que ficou em segundo lugar, sobre os votos finais. Não foi uma nomeação oficial, mas merecia ter levado, embora naquele ano estavam perfeitas também ''Marlene Dietrich em A Imperatriz Galante''; ''Myrna Loy em A Ceia dos Acusados''; ''Grace Moore em Uma Noite de Amor'' e vencedora ''Claudette Colbert em Aconteceu Naquela Noite'', está última estava tão convencida de que ela iria perder o Oscar para candidata de fora do catálogo Bette Davis que ela não compareceu à cerimônia originalmente. Ela foi chamada de uma estação de trem para pegar seu prêmio de academia.
O filme é uma grande brincadeira de Robert Altman sobre o mundo da moda, onde os atores praticamente improvisavam, mas os críticos esperavam uma crítica dura sobre o mundo da moda como Altman geralmente fazia sobre tudo, não entenderam muito a grande brincadeira do diretor, e até mesmo os atores não entenderam muito com exceção de alguns principalmente (Sophia Loren e Kim Basinger) ambas perfeitas, Sophia ganha por sua participação no filme O Prêmio National Board of Review, USA, e recebe uma indicação ao Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante pelo filme; também é o décimo terceiro e último filme que ela fez com seu grande parceiro Marcelo Mastroianni (o filme não tem atores principais, mas Marcelo e Sophia que estão no topo dos créditos do filme e também são os que mais aparecem no filme); crítica sobre o filme - O filme foi recebido pela crítica com uma mistura de aplausos, perplexidade e desdém, o filme causou mal-estar e desconforto entre algumas celebridades da moda, que se sentiram ridicularizadas pelos personagens criados como caricaturas deles próprios. Uma destas estrelas, o estilista Karl Lagerfeld, chegou a discutir pela imprensa com o diretor. A cena final em que dezenas de modelos desfilam nuas pela passarela, após uma crise de falta de criatividade de uma estilista, vivida pela atriz francesa Anouk Aimée , mostrando, na visão de Altman, a temporalidade e futilidade das roupas caríssimas criadas por estes estilistas, tornou-se um clássico. É uma brincadeira de Robert Altman, tem tudo a ver com época, ele mais uma vez pregou uma grande peça em todos. A cena do strip-tease de Sophia Loren, revivendo a cena célebre de ''Ontem, Hoje e Amanhã'', vale tudo, detalhe Sophia já passava dos 60 anos, grande dama.
Primeira obra-prima de William Wyler. No elenco irrepreensível, destaca-se a grande e hoje um pouco esquecida Ruth Chatterton, em inesquecível interpretação na sua despedida de Hollywood, por vontade própria, a atriz se dedicou ao teatro, como a esposa fútil e vazia. O filme é uma verdadeira aula de narração cinematográfica.
Curioso o filme, com roteiro do próprio Tod Browning, junto com Garrett Fort, Guy Endore e o grande Erich von Stroheim. As cenas em que as miniaturas de gente matam as vítimas são particularmente notáveis e já vale o filme.
Crawford aparece muito bem sob as lentes e cuidados do fotógrafo e do figurinista como de praxe. ''O tipo de coisa que os fãs gostam'', como disse um jornal da época. O diretor Brown, um pouco esquecido hoje em dia, tem seu estilo límpido e deu vitalidade à história um tanto banal, mas Crawford sempre vale à pena.
Como diz o o ator Marcelo Masfield, claro ninguém melhor que a canastra Faye Dunaway para quebrar cabides, escovas de cabelo, latas de sabão em pó e tudo que estivesse à mão na cabeça da pobre criança... sem nunca perder aquele ''olhar de Laura Mars''. E a pequena Mara Hobel chora tanto pelo filme, que só lágrimas daria para fazer duas ou três novelas mexicanas daquelas que o Silvio Santos adora nos irritar repetindo tantas vezes em seu canal em monólogo, mas a grande aula aqui, não é a de interpretação, mas sim o tratamento de beleza que Joan Crawford (Faye) faz enquanto sob o letreiro de abertura do filme, correias de segurar o queixo, creme pelo rosto todo, limpeza cuidadosa das unhas, escovar o rosto com água quente e sabonete medicinal, meter a cara no gelo em seguida para fechar os poros, duchas vindas de três diferentes para uma leve massagem e nada além de café fraco antes de enfrentar o maquiador e cabeleireiro que obviamente vê seu trabalho facilitado ao tocar pele tão livre de impurezas. Se estivesse viva até hoje, Joan Crawford é quem estaria fazendo comercial da Davene. Ah! Duas aspirinas contra a ressaca! Não tem no filme, mas no livro. Nada de filmes que Joan fez, só falam rapidamente de 'Ice Folies of 1939''; ''Almas em Suplíco/Mildred Pierce', só pancadaria pra cá e pra lá. Tosco por demais, corra e vai ver os filmes de Joan como ''A Viúva Alegre/The Merry Widow" (1925), de Erich von Stroheim; ''O Andarilho/Tramp, Tramp, Tramp" (1926) , com o comediante Harry Langdon (neste fazendo gags no melhor estilo Chaplin ou Keaton); ''Espadas e Corações/Winners of the Wilderness" (1927) com o rei dos faroestes da era muda Tim McCoy; ''O Monstro do Circo/The Unknown" (1927) com o ator das mil faces Lon Chaney, todos esses na era do cinema mudo, poucas atrizes conseguiram brilhar nas duas eras, no falado nos anos 30 foi rainha de bilheteria em filmes como ''Possuída/Possessed" (1931); ''Grande Hotel/Grand Hotel" (1932) , que na época os críticos disseram que ela roubou as cenas da grande Greta Garbo; ''Amor de Dançarina/Dancing Lady (1933); nos anos 40 ganhou o Oscar de Melhor Atriz pelo clássico drama ''Alma em Suplício/Mildred Pierce'' de (Michael Curtiz) em 1945 e outra indicação ao Oscar de Melhor Atriz pelo filme ''Fogueira da Paixão/Possessed'' em 1947; nos anos 50 fez o clássico do faroeste ''Johnny Guitar'' de (Nicholas Ray), além de outra indicação ao Oscar de Melhor Atriz por ''Precipícios D’Alma/Sudden Fear'' de 1952; nos anos 60, participou de um dos seus maiores sucessos de bilheteria no clássico que a reuniu com outra grande dama Bette Davis - ''O Que Terá Acontecido a Baby Jane?/What Ever Happened to Baby Jane? (Robert Aldrich) de 1962; além de estrelado o papel principal na estréia na direção do grande Steven Spilberg em outro clássico do suspense ''Night Gallery", no episódio "Eyes", um show à parte. Nos anos 70, fez participação em algumas séries de grande sucesso na época como ''O Homem de Virgínia'' ou ''O Sexto Sentido'', nessa época já estava muito doente e veio a falecer no dia 10 de maio de 1977. Estrela mais longínqua com sucesso em todas as décadas em que esteve viva impossível.
Só o charme e a elegância de Myrna Loy no auge do sucesso já vale o filme. Mais o script de Frances Goodrich / Albert Hackett e espirituoso e saboroso, dizem que eles improvisaram bastante durante as filmagens, o cãozinho Asta foi uma atração à parte. O filme, o diretor, o roteiro e o ator Powell (excelente), foram indicados ao Oscar, mas Myrna Loy rainha de Hollywood nos anos 30 e 40, não foi indicada nem por este filme, onde está arrasadora e nem nunca, coisas do Oscar.
Último Tango em Paris
3.5 569Desesperadamente profundo e poético, belo, trágico, destaque para a soberba fotografia do veterano Vittorio Storaro, a excepcional trilha sonora de Gato Barbieri, um dos grandes filmes do diretor Bernardo Bertolucci junto com ''O Conformista'' e ''1900'', e claro atuação soberba de Marlon Brando (na sua última grande atuação, que segundo o próprio em sua autobiografia, disse que jamais voltaria a atuar assim), e realmente jamais o fez.
Baleias de Agosto
4.1 82 Assista AgoraSempre quis falar desse filme, mas quando li a crítica do brasileiro Dilson Gomes, ele disse tudo, vou transcrever sua bela crítica: Há vida depois da morte? Qualquer tentativa de resposta será no mínimo improvável. Baleias de Agosto prova que há vida, muita vida, perto da morte. Quem garante os preceitos dessa tese são as octogenárias irmãs Libby Strong (Bette Davis, então com 79 anos) e Sarah Webber (Lillian Gish, então com 91 anos). O que lhes preserva a vida, antes de tudo, são as recordações, lembranças da mãe, dos maridos e das baleias de agosto. A ranzinza e inflexível Libby pouco se preocupa com reformas na velha casa de verão da ilha do Maine. Irremediavelmente cega e Sarah precisa cuidar dela, esta, dedicada à casa e a Libby, vive ''ocupada, sempre ocupada'' (uma tentativa de manter a vida, ou o que resta dela, em constante movimento). Para ela, uma janela panorâmica na sala daria pouco trabalho e grata a satisfação de ver a paisagem marítima próxima à mesa. Mas a intransigência (ou a cegueira) de Libby não permite qualquer mudança. Até mesmo a visita de Nicolas Maranov (Vicent Prince, 78 anos), um nobre foragido da Rússia czarista, parece incomodar Libby. Para Sarah ele é motivo de festa Vaidade e orgulho emergem nos sentimentos fraternos. A amiga Tisha Doughty (Ann Sothern, 78 anos), prepara seu jogo para conquistar Sarah e provocar a separação das irmãs, movida talvez por ciúme. É agosto, no horizonte elas tentam divisar algum sinal das baleias. Lilian Gish surpreende com sua longevidade cinematográfica (ela começou no cinema em 1912); e Bette Davis, há muito considerada a mais talentosa das atrizes americanas, ainda surpreende; quando atua provoca seu interlocutor e consegue fazer a câmara (e o espectador), compactuar com idéias, sentimentos e ''pequenas maldades'' das suas personagens'', porque ela não ganhou o Oscar aquele ano, não da pra entender. Vincent Prince, conhecido como o ''mestre do macabro'', mostra o lado escondido de sua verdadeira face. Um ator que traz aristocracia na postura e na inflexão da voz. Ann Sothern recebeu a única indicação ao Oscar de sua carreira na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante; uma daquelas grandes atrizes mal aproveitadas; aqui está soberba.
Outro veterano ator com mais de 150 filmes no currículo é Harry Carey Jr. retratado um faz-tudo bem humorado e barulhento que entrega suas linhas em um perfeito sotaque do Maine. O roteiro de David Berry, baseado em sua peça homônima, é simples na sua condução, mas rico ao retratar a complexidade dos sentimentos humanos. E revela-se como uma sincera reverência à imperecível capacidade de suas intérpretes.
As Mil Faces do Amor
4.2 4Estréia da sempre ótima Diane Keaton, mas o show quem dá mesmo e a veterana Bea Arthur e Richard S. Castellano como os país que estão incansavelmente tentando dissuadir Richie e Joan de se divorciar. Sylvester Stallone antes da fama faz uma ponta, boa diversão, o filme recebeu o OSCAR.
O Médico e o Monstro
4.0 66É a melhor versão da clássica história de Robert Louis Stevenson; o grande e hoje subestimado diretor Rouben Mamoulian, insistiu em colocar Fredric March e ele ganhou o Oscar e o prêmio de melhor ator no Festival de Veneza.
Miriam Hopkins também teve um excelente desempenho como garota de cabaré aterrorizada por Hyde, sendo memorável a fusão da perna dela, balançando na cama.
O filme é rico no uso de técnicas narrativas e de imagem (algumas herdadas do cinema mudo), o uso funcional das cortinas diagonais, a câmara subjetiva, o som, a fotografia em claro-escuro do brilhante Karl Struss, confirmam o gênio de Mamoulian, em fase cintilante, em fim tudo aqui beira a perfeição.
Um Amor de Vizinha
3.2 105 Assista AgoraMichael Dougals e Diane Keaton (até cantando, uma grande atriz do nível de Bette Davis, Meryl Streep, Anna Magnani, que tem sido mal aproveitada desde ''Tudo em Família'' de 2005, se alguém tiver alguma dúvida do talento dessa moça, basta assistir dois filmes em que ela fez no mesmo ano de 1977 - o drama ''À Procura de Mr. Goodbar '' e a comédia ''Noivo Neurótico, Noiva Nervosa '' que lhe deu o OSCAR, o moça versátil); desempenham muito bem seus papéis, escondendo as deficiências do roteiro. Vale muito assistir esse filme.
Suave é a Noite
3.8 14O filme e romântico, mais foi ousado para época, ainda mais numa superprodução, tratando de temas, mesmo que singelo, como a impotência masculina, homossexualismo, além de mostra um travesti e uma cena e uma criança ingerindo álcool. A bela trilha sonora do mestre Bernard Hermann (dos filme de Hitchcock como o clássico Psicose e de Orson Welles como Cidadão Kane); contou com uma canção, também chamada "Tender Is the Night", de Sammy Fain (música) e Paul Francis Webster (letras), que foi nomeado para o Oscar de Melhor Canção.
O elenco é excelente, Jason Robards (escolha ousada na época, pois não era famoso), Joan Fontaine (como a irmã que apesar de sofisticada e fria e calculista) e Paul Lukas.
A Malvada
4.4 660 Assista AgoraTudo já foi dito sobre esse filme, aqui não é diferente, mas vale a pena falar sempre. Este é um daqueles filmes que melhoram com a idade. Ele é de 1950, de uma época em que não havia necessidade de se recorrer a uma dúzia de escritores para se alinhavar um roteiro fora de propósito.
Quando se fala em “A Malvada” logo vem o nome de Bette Davis na mente. Mas aquele que talvez seja seu papel mais famoso, não lhe rendeu um Oscar de melhor atriz em 1951. Mais espertos Cannes e os New York Film Critics Circle Awards lhe deram o prêmio de Melhor Atriz daquele ano.
Nos bastidores, Anne Baxter se recusou a ser indicada ao Oscar como melhor atriz coadjuvante. O estúdio então acabou colocando as duas em competição direta na categoria “melhor atriz principal”. Isso acabou fazendo com que os votantes da academia se dividissem entre as duas, e nenhuma levasse a estatueta para casa. A novata Judy Holliday acabou vencendo por sua atuação em “Nascida Ontem”.
Apesar do título do filme chamar ''A Atenção para Eve'', quem acabou roubando a cena foi sem dúvidas Margo (Bette Davis é claro, o filme é Davis até os ossos). Até hoje suas frases são cultuadas por fãs. Isso claro, devido à grande contribuição de Bette Davis, que esteve perfeita no personagem, com seu típico ar arrogante e esnobe. Frases como “Pode colocar a estatueta onde seu coração deveria estar”, “Esses fanáticos por autógrafos não são gente”, “Apertem os cintos, hoje será uma noite turbulenta” ou “Detesto sentimentalismo barato”, marcaram época. Qualquer atriz ''com A maiúsculo'', tem que ter essa interpretação como base.
A habilidade de Joseph L. Mankiewicz na direção, a profundidade dos diálogos e a interpretação arrasadora do vasto elenco, com duas das maiores coadjuvantes de todos os tempos: Thelma Ritter e Celeste Holm e ainda deu destaque para o maior símbolo sexual da história do cinema Marilyn Monroe; com destaque mesmo para Bette Davis e Anne Baxter, e Davis tinha muito de Margo Channing: era uma das maiores estrelas do cinema, se não a maior de todas, em 1950.
Bette Davis brilha em cada tomada em que aparece. Entre as atrizes originalmente considerados para jogar Margo Channing foram a inspiração original de Mankiewicz, Susan Hayward , que foi rejeitada por Zanuck como "muito jovem", Marlene Dietrich , classificou como "muito alemã", e Gertrude Lawrence, que foi descartada da disputa quando seu advogado insistiu que Lawrence não tem que beber ou fumar no filme, e que o roteiro seria reescrito para permitir que ela cantasse uma canção. Zanuck queria Barbara Stanwyck, mas ela não estava disponível. Tallulah Bankhead e Ingrid Bergman foram também cogitadas, como era Joan Crawford, que já estava trabalhando no filme The Damned Do not Cry .
Eventualmente, o papel foi para Claudette Colbert, mas quando Colbert feriu gravemente as costas e foi forçada a retirar-se pouco antes do início das filmagens, Bette Davis foi escolhida para substituí-la, Bette Davis é uma das atrizes que têm presença mais forte diante de uma câmara de cinema, e aqui, num papel brilhante, cheio de matizes, ela brilha, talvez a maior interpretação da história do cinema de mulher, do lado dela talvez, Vivien Leigh em ''...E o Vento Levou''; Anna Magnani em ''Roma, Cidade Aberta''; Sophia Loren em ''Duas mulheres''; Maggie Smith em ''A Primavera de uma Solteirona''; Glenda Jackson ''Elizabeth R''; Meryl Streep em ''A Escolha de Sofia''; Ingrid Bergman em "Sonata de outono"; Irene Papas em Electra, a Vingadora; Maria Falconetti em ''O Martírio de Joana D'Arc''; Louise Brooks em ''A Caixa de Pandora''; Marlene Dietrich, em ''O Anjo Azul''; Dorothy Dandridge em ''Carmen Jones''; Giulietta Masina em ''A Estrada da Vida''; Gena Rowlands em ''Uma Mulher Sob Influência''; Glenn Close em Ligações Perigosas''; Romy Schneider em ''O Importante É Amar''...
No filme Davis é Margo Channing estrela de teatro decadente que vê seu reinado ser ameaçado por Eve Harrington (Anne Baxter), uma atriz mais jovem do que ela - mas igualmente ambiciosa, calculista e perigosa; embora como disse a crítica Pauline Kael seja difícil acreditar que Anne Baxter algum dia pudesse ameaçar Bette Davis.
Santa Não Sou
3.8 10Mae West despeja de de forma engenhosa e debochada que só ela sabe fazer com gingar de corpo e malemolência de sempre num de seus melhores filmes.
Drugstore Cowboy
3.7 107 Assista AgoraMatt Dillon fez parte da famosa "Brat Pack", apelido dado a um grupo de jovens atores que frequentemente apareciam juntos em filmes para adolescentes nos anos 80. Junto com Dillon, como Tom Cruise, Matt Dillon, Rob Lowe, C. Thomas Howell, Patrick Swayze, Ralph Macchio, Emilio Estevez, Judd Nelson, Anthony Michael Hall,James Spader e Robert Downey, Jr., Leif Garrett... Outros atores que tiveram ligação com o grupo foram Jon Cryer, John Cusack, Kevin Bacon, Jemi Gertz, Matthew Broderick, Sean Penn e Kiefer Sutherland. É até mesmo Nicolas Cage, Vincent Spano. O termo, feito em cima do nome do grupo Rat Pack dos anos 50 e 60, teve popularidade em uma reportagem da revista New York Magazine sobre um grupo de famosos atores adolescentes. O grupo se caracterizou por seus filmes terem uma crítica a geração patética, cínica, possessiva e ideologicamente árida da época. Os filmes eram feitos com o estereótipo adolescente, onde se localizavam na maioria das vezes no subúrbio de Chicago, focalizando o dia-a-dia dos adolescentes de classe média-alta. Do grupo Sean Penn e Robert Downey, Jr. conseguiram com o tempo respeito de crítica e público. Seguidos por Kiefer Sutherland, Nicolas Cage e Kevin Bacon, estes talvez mais de público. Mas ninguém conseguiu fama e fortuna como Tom Cruise, mas na época Rob Lowe era o favorito, mas um escândalo sexual atrapalhou sua carreira. Matt Dillon nessa época era chamado de o novo James Dean, mas sua carreira teve altos e baixos. Nessa época fez três filmes para adolescentes ícones de uma geração - ''A Um Passo do Abismo/Over the Edge" 1980; ''O Selvagem da Motocicleta/Rumble Fish" 1983; ''Vidas Sem Rumo/The Outsiders" 1983. Mas seu melhor filme da década de 80 foi mesmo ''Drugstore Cowboy'' de Gus Van Sant. Na época Dillon estava com 27 anos, e se sai muito bem, apesar da pele acetinada, perfeita. Ele passa uma pertubação ao seu personagem, que indica, com talento, toda a sua suscetibilidade infantil. Como quando ele ameaça um traficante com seu trabuco perigosamente dependurado nos dedos: sabe-se que ele acabou de se picar, portanto pode disparar por nada um dos muitos momentos estilosos do filme). É um papel que lembra um pouco Rusty James de ''O Selvagem da Motocicleta'' - talvez uma versão mais barra-pesada. O filme conta com uma participação do escritor e ícone beatnik William S. Burroughs.
Atire a Primeira Pedra
4.0 30Faroeaste satírico com muita ação, música e humor. Stewart é o xerife que não gosta de usar armas, mas quando se queima, acaba com os bandidos. Marlene Dietrich, a garota do saloon, esquentada que canta alguns números musicais provocantes no saloon - Last Chance, incluindo o famoso e delicioso ''See What the Boys in the Back Room Will Have''. E num caso de clichê às avessas, a habitual cena de luta no western, se dá entre mulheres, com Frenchy (Dietrich) e Lily (Una Merkel), se atracando em uma briga feia e antológica do cinema. A diva das divas Marlene Dietrich rouba a cena, mostrando que era ótima também nas comédias.
A Irmã Branca
4.2 3A história já na época já estava um pouco ultrapassada, a versão com Lilian Gish em 1923, dizem ser melhor, mas o talento excepcional de Helen Hayes compensa tudo. O primeiro filme dessa grande dama do teatro foi em The Weavers of Life (1917) o último foi A Maldição do Espelho (TV Movie) (1985), ganhou dois Oscar um 1931 e outro em 1970, assista os filmes ''Adeus às Armas (1932)'', ''Anastácia - A Princesa Esquecida (1956)'' e ''Médico e Amante (1931), para entender o talento dessa grande atriz.
Lavoura Arcaica
4.2 381 Assista AgoraLiteratura cinematográfica enfim.
O trabalho de Luiz Fernando Carvalho de quem já admirava pelo seu belíssimo trabalho na mini-série ''Os Maias'', tem uma tarefa difícil de traduzir em linguagem cinematográfica o discurso complexo do narrador e protagonista do romance de Randun Nassar, e consegue, tudo é perfeito as imagens, os sons, o elenco primoroso, tudo em fim. Aliás, Senton mostra mais uma vez que um comediante é o melhor ator que tem.
Floradas na Serra
3.7 19Sempre vi falar de Cacilda Becker, todas as pessoas da arte de modo geral nacionais que eu admiro, sempre falaram do talento e da mulher extraordinária que foi, no teatro quem viu jamais esqueceu, infelizmente, devido minha idade não pude ver, mas nesse filme, se percebe o quanto talento essa estupenda atriz tinha.
Cacilda segundo todos que conviveram com ela, o quanto era generosa e combativa; ela não se definia ideologicamente mas se colocava decididamente contra o arbítrio. Além de dar apoio nos casos de perseguição policial da época devido a ditadura, apoiava também as reuniões noturnas da categoria artística que eram feitas nos teatros, após os espetáculos, inclusive com a presença de estudantes, afim de debater qual atitude tomar diante da situação horrorosa da política (da época!!!).
Mas voltando ao filme, Floradas na Serra é simplesmente magnífico!
Alberto Cavalcanti na época disse: Cacilda Becker não deve nada para as grandes atrizes do mundo, aqui incluídas: Bette Davis, Vivien Leigh, Greta Garbo e Ingrid Bergman.
Destaque também para Miro Cerni o médico galã do filme e o grande Jardel Filho.
O filme é um dos filmes brasileiros que ganharam o título de clássico merecidamente junto com obras imortais, como: Limite (1930), O Pagador de promessas (1962), Vidas Secas (1963), Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964),Terra em Transe (1967), Cidade de Deus (2002), Pixote, a Lei do Mais Fraco (1981), O Bandido da Luz Vermelha (1968),Memórias do Cárcere (1984), Lavoura Arcaica (2001), Ganga Bruta (1933), Vereda da Salvação (1963), etc...
O Caso dos Irmãos Naves
4.2 87 Assista AgoraO nome de Lélia Abramo foi ''esquecido'' ou omitido com dois ''esquecimentos'': primeiro, na cerimônia de entrega do Prêmio Candango, no Festival de Brasília, para os melhores do ano em cinema na época, todo elenco viajou para a capital, menos Lélia, a única vencedora do prêmio acabou nas mãos dela, que levou o prêmio de melhor atriz coadjuvante do festival. Depois, no guia de filmes n°9, de setembro de 1967, na nota publicada à página 3, sobre o filme ''O Caso dos Irmãos Naves'', por Ely Azeredo, o nome de Lélia não consta no texto quando o autor analisa o trabalho dos atores do filme. Segundo a própria também em sua autobiografia - ''VIDA E ARTE - MEMÓRIAS DE LÉLIA ABRAMO''. Curiosamente na ficha técnica feita aqui, mais uma vez seu nome foi esquecido. Ironia não!!!!
Eu Soube Amar
4.1 20Absorvente do início ao fim, o filme, além das primorosas atuações das duas atrizes, tem uma apurada fotografia de Tony Gaudio e uma ótima trilha sonora de Max Steiner. Edmund Goulding um pouco esquecido hoje, esta habilidoso como sempre.
Olympia - Parte 1: Ídolos do Estádio
4.1 19 Assista AgoraA obra prima de Leni Riefenstahl, é Olympia. A qualidade técnica e artística dela, que nos anos 30 do século passado foi escolhida para ser a cineasta da máquina de propaganda política na Alemanha Nazista. Imagine-se uma mulher àquela época , no auge de uma ideologia masculina ditatorial , ser catapultada a um posto com essa responsabilidade. Tinha que ser muito competente mesmo. Mas Leni jogou fora a chance de ter sido a maior cineasta mulher da história ao se envolver com nazismo, ela perdeu e nos também.
Escravos do Desejo
3.7 56 Assista AgoraBette Davis teve sua primeira das onze indicações que recebeu ao Oscar (bem, merecia mais, não entendo porque não foi indicada por filmes como ''A Floresta Petrificada [1936]; ''Mulher Marcada [1937]''; ''Tudo Isto e o Céu Também [1940]''; ''Satã Janta Conosco [1942]''; ''O Coração Não Envelhece [1945]''; ''Dama por Um Dia [1961]''; ''As Baleias de Agosto [1987]'', só para citar alguns), neste filme ela teve um trabalho unanimemente elogiado pela crítica e pelo público na época. A revista LIFE glorificou dizendo: ''É provavelmente a melhor interpretação de uma atriz norte-americana que jamais se viu nas telas''.
Bette está estupenda como ambiciosa e sensual camareira que escraviza um aristocrático estudante de medicina; a indicação ao Oscar de Bette nesse filme foi algo raro que só aconteceu com ela e o ator Paul Muni no ano seguinte, isto foi um candidato de fora do catálogo, que ficou em segundo lugar, sobre os votos finais. Não foi uma nomeação oficial, mas merecia ter levado, embora naquele ano estavam perfeitas também ''Marlene Dietrich em A Imperatriz Galante''; ''Myrna Loy em A Ceia dos Acusados''; ''Grace Moore em Uma Noite de Amor'' e vencedora ''Claudette Colbert em Aconteceu Naquela Noite'', está última estava tão convencida de que ela iria perder o Oscar para candidata de fora do catálogo Bette Davis que ela não compareceu à cerimônia originalmente. Ela foi chamada de uma estação de trem para pegar seu prêmio de academia.
Prêt-à-Porter
3.4 44 Assista AgoraO filme é uma grande brincadeira de Robert Altman sobre o mundo da moda, onde os atores praticamente improvisavam, mas os críticos esperavam uma crítica dura sobre o mundo da moda como Altman geralmente fazia sobre tudo, não entenderam muito a grande brincadeira do diretor, e até mesmo os atores não entenderam muito com exceção de alguns principalmente (Sophia Loren e Kim Basinger) ambas perfeitas, Sophia ganha por sua participação no filme O Prêmio National Board of Review, USA, e recebe uma indicação ao Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante pelo filme; também é o décimo terceiro e último filme que ela fez com seu grande parceiro Marcelo Mastroianni (o filme não tem atores principais, mas Marcelo e Sophia que estão no topo dos créditos do filme e também são os que mais aparecem no filme); crítica sobre o filme - O filme foi recebido pela crítica com uma mistura de aplausos, perplexidade e desdém, o filme causou mal-estar e desconforto entre algumas celebridades da moda, que se sentiram ridicularizadas pelos personagens criados como caricaturas deles próprios. Uma destas estrelas, o estilista Karl Lagerfeld, chegou a discutir pela imprensa com o diretor. A cena final em que dezenas de modelos desfilam nuas pela passarela, após uma crise de falta de criatividade de uma estilista, vivida pela atriz francesa Anouk Aimée , mostrando, na visão de Altman, a temporalidade e futilidade das roupas caríssimas criadas por estes estilistas, tornou-se um clássico.
É uma brincadeira de Robert Altman, tem tudo a ver com época, ele mais uma vez pregou uma grande peça em todos. A cena do strip-tease de Sophia Loren, revivendo a cena célebre de ''Ontem, Hoje e Amanhã'', vale tudo, detalhe Sophia já passava dos 60 anos, grande dama.
Fogo de Outono
4.0 27Primeira obra-prima de William Wyler. No elenco irrepreensível, destaca-se a grande e hoje um pouco esquecida Ruth Chatterton, em inesquecível interpretação na sua despedida de Hollywood, por vontade própria, a atriz se dedicou ao teatro, como a esposa fútil e vazia. O filme é uma verdadeira aula de narração cinematográfica.
A Boneca do Diabo
3.5 22Curioso o filme, com roteiro do próprio Tod Browning, junto com Garrett Fort, Guy Endore e o grande Erich von Stroheim. As cenas em que as miniaturas de gente matam as vítimas são particularmente notáveis e já vale o filme.
Três Amores
4.2 7Crawford aparece muito bem sob as lentes e cuidados do fotógrafo e do figurinista como de praxe. ''O tipo de coisa que os fãs gostam'', como disse um jornal da época. O diretor Brown, um pouco esquecido hoje em dia, tem seu estilo límpido e deu vitalidade à história um tanto banal, mas Crawford sempre vale à pena.
Mamãezinha Querida
3.5 185Como diz o o ator Marcelo Masfield, claro ninguém melhor que a canastra Faye Dunaway para quebrar cabides, escovas de cabelo, latas de sabão em pó e tudo que estivesse à mão na cabeça da pobre criança... sem nunca perder aquele ''olhar de Laura Mars''. E a pequena Mara Hobel chora tanto pelo filme, que só lágrimas daria para fazer duas ou três novelas mexicanas daquelas que o Silvio Santos adora nos irritar repetindo tantas vezes em seu canal em monólogo, mas a grande aula aqui, não é a de interpretação, mas sim o tratamento de beleza que Joan Crawford (Faye) faz enquanto sob o letreiro de abertura do filme, correias de segurar o queixo, creme pelo rosto todo, limpeza cuidadosa das unhas, escovar o rosto com água quente e sabonete medicinal, meter a cara no gelo em seguida para fechar os poros, duchas vindas de três diferentes para uma leve massagem e nada além de café fraco antes de enfrentar o maquiador e cabeleireiro que obviamente vê seu trabalho facilitado ao tocar pele tão livre de impurezas. Se estivesse viva até hoje, Joan Crawford é quem estaria fazendo comercial da Davene. Ah! Duas aspirinas contra a ressaca! Não tem no filme, mas no livro.
Nada de filmes que Joan fez, só falam rapidamente de 'Ice Folies of 1939''; ''Almas em Suplíco/Mildred Pierce', só pancadaria pra cá e pra lá. Tosco por demais, corra e vai ver os filmes de Joan como ''A Viúva Alegre/The Merry Widow" (1925), de Erich von Stroheim; ''O Andarilho/Tramp, Tramp, Tramp" (1926) , com o comediante Harry Langdon (neste fazendo gags no melhor estilo Chaplin ou Keaton); ''Espadas e Corações/Winners of the Wilderness" (1927) com o rei dos faroestes da era muda Tim McCoy; ''O Monstro do Circo/The Unknown" (1927) com o ator das mil faces Lon Chaney, todos esses na era do cinema mudo, poucas atrizes conseguiram brilhar nas duas eras, no falado nos anos 30 foi rainha de bilheteria em filmes como ''Possuída/Possessed" (1931); ''Grande Hotel/Grand Hotel" (1932) , que na época os críticos disseram que ela roubou as cenas da grande Greta Garbo; ''Amor de Dançarina/Dancing Lady (1933); nos anos 40 ganhou o Oscar de Melhor Atriz pelo clássico drama ''Alma em Suplício/Mildred Pierce'' de (Michael Curtiz) em 1945 e outra indicação ao Oscar de Melhor Atriz pelo filme ''Fogueira da Paixão/Possessed'' em 1947; nos anos 50 fez o clássico do faroeste ''Johnny Guitar'' de (Nicholas Ray), além de outra indicação ao Oscar de Melhor Atriz por ''Precipícios D’Alma/Sudden Fear'' de 1952; nos anos 60, participou de um dos seus maiores sucessos de bilheteria no clássico que a reuniu com outra grande dama Bette Davis - ''O Que Terá Acontecido a Baby Jane?/What Ever Happened to Baby Jane? (Robert Aldrich) de 1962; além de estrelado o papel principal na estréia na direção do grande Steven Spilberg em outro clássico do suspense ''Night Gallery", no episódio "Eyes", um show à parte. Nos anos 70, fez participação em algumas séries de grande sucesso na época como ''O Homem de Virgínia'' ou ''O Sexto Sentido'', nessa época já estava muito doente e veio a falecer no dia 10 de maio de 1977. Estrela mais longínqua com sucesso em todas as décadas em que esteve viva impossível.
A Ceia dos Acusados
3.8 45 Assista AgoraSó o charme e a elegância de Myrna Loy no auge do sucesso já vale o filme. Mais o script de Frances Goodrich / Albert Hackett e espirituoso e saboroso, dizem que eles improvisaram bastante durante as filmagens, o cãozinho Asta foi uma atração à parte. O filme, o diretor, o roteiro e o ator Powell (excelente), foram indicados ao Oscar, mas Myrna Loy rainha de Hollywood nos anos 30 e 40, não foi indicada nem por este filme, onde está arrasadora e nem nunca, coisas do Oscar.
Os Flintstones: O Filme
2.7 272 Assista AgoraPutz!!! A Elizabeth Taylor em sua última atuação no cinema, merecia algo bem melhor que esse filme fraquinho demais.