A Rede Globo de televisão exibiu o filme pela primeira vez com o título ''Passageiros da Ilusão'', anos mais tarde o filme foi exibido com outro título ''Vidas cruzadas''. Destaque para participação da veterana Joan Fontaine.
Foi a estréia do futuro grande diretor de cinema Pier Paolo Pasolini de filmes como (''O Evangelho Segundo São Mateus/Il Vangelo Secondo Matteo''; ''Mamma Roma/Idem''; ''Teorema/Idem''; ''Desajuste Social/Accattone''; ''Édipo Rei/Edipo Re''; ''As Mil e Uma Noites/Il Fiore delle Mille e una Notte''), entre outras obras-primas; aqui apenas como roteirista, aliás seu primeiro. Mario Soldati foi uma figura à parte no cinema italiano. Dublê de escritor e cineasta, foi melhor como romancista, mas possui um punhado de filmes que é bom não negligenciar. Tendo se iniciado durante o fascismo, pertenceu à geração dos chamados ‘calígrafos’, que transformou o formalismo e as adaptações literárias em ferramentas para enfrentar a censura do regime.
Mas Soldati também flertou com o neorrealismo, e A Mulher do Rio é considerado um exemplar de neorrealismo tardio, quando o movimento já se esgotara. Como a mulher do rio, Sophia denuncia o ex-amante, pai de seu filho e ele foge da cadeia para se vingar. Uma tragédia envolve o garoto e o relato toma outro rumo.
O grande ponto de interesse deste filme é sem dúvida Sophia Loren. Esta é uma das suas primeiras atuações como atriz principal, mas você já pode notar todos os atributos que fez essa mulher uma deusa do cinema. Dela se vê uma personagem inocente diferente daqueles que mais tarde funciona onde ela interpreta o personagem principal e é engraçado de ver tanto talento dela, só esperando a oportunidade de atuar. Ela é e sempre será uma das mulheres mais sexy e sedutoras que já existiu. O filme em si é uma comédia agradável, sobre uma mulher, chamada Cesira que tenta arranjar um marido de alguma forma. Observe também a parte hilariante de Vittorio de Sicca, como um poeta velho, pobre, que usa todos os truques conhecidos para obter algum dinheiro, causando cenas incrivelmente engraçadas. O final é muito triste, não adequando o Tom do filme. Sua cruel, mas talvez pareça tão real quanto possível. O filme foi originalmente baseado em um roteiro intitulado O quiromante, voltados inteiramente para o personagem interpretado por Franca Valeri, e estava a ser dirigido por Luigi Comencini , que deixou o projeto, no entanto, quando ele estava chateado com a política do Hollywood produtora Titanus para reunir o elenco o melhor do cinema italiano do momento, a fim de garantir o sucesso na redução da co-estrela Valeri, embora central para a narrativa e apoiá-los para o nível de estrelas, Sophia Loren e Vittorio De Sica , assim como Alberto Sordi e Peppino De Filippo em papéis menores. O filme concorreu a Palma de Ouro em Cannes de Melhor Filme naquele ano.
O filme é vagamente baseado na comédia de mesmo nome de Eduardo De Filippo. Mastroianni iria fazer o papel de Gassman, mas estava com agenda cheia, mas como cortesia fez uma ponta como fantasma. Destaque: Para a belíssima fotografia do gênio Tonino Delli Colli de filmes (''A Vida é Bela/La vita è bella"/1997; ''O Nome da Rosa/Der Name der Rose"1986; ''Era Uma Vez na América/Once Upon a Time in America''1984; ''Lacombe Lucien''1974; ''Era uma Vez no Oeste /C'era una volta il West"1969; ''Mamma Roma''1962...).
A minissérie é a vida de Romilda Villani, mãe da famosa atriz italiana Sophia Loren, todos inspirados por um romance autobiográfico de mesmo nome da irmã desta, Maria Scicolone. Intérprete principal da minissérie é a própria Sophia Loren no papel de sua mãe, Romilda Villani. O papel de Sophia Loren, foi confiada a jovem atriz Margareth Madè. O filme foi visto por mais de seis milhões e meio de telespectadores, o filme obteve a maior audiência do domingo.
Curiosidades: "Crianças são loucas, eles acreditam que sua mãe é imortal..."Roger Hanin colocou esta citação de Albert Cohen ressaltou em seu quinto filme como diretor! Demorou sessenta anos e a morte de sua mãe para assinar esta canção de amor filial. Através desta coluna nostálgica, ele revive a adolescência em meio a uma tribo turbulenta, bem como essa mulher bonita, orgulhosa e pobre, que lhe deu o dia, ampliado sob o disfarce de Sophia Loren! As aparições da atriz italiana agora são poucos! Aqui, ela interpretou a mãe soberba na Argélia desde a década de 1940, seu melhor papel desde "Um dia especial"! É simples 'Sol', que irradia... O filme participa do Festival Judaico de Cinema e do Festival de Mar del Plata. Destaque: Lógico para interpretação de Loren, longe das maquiagens pesadas, aliás usa uma maquiagem para aparecer mais cansada uma mulher do povão, Loren dá show.
O diretor Jim Sheridan transforma esse drama é um grande filme, por muitas razões, mas o mais importante é que ele nos dá uma imagem tão completa da vida deste homem. A única parte do corpo que ele podia controlar, o filme tem até humor, atuações arrebatadoras de Brenda Fricker (que mereceu o Oscar de Atriz Coadjuvante, grande atriz pouco utilizada no cinema); Ray Mcanally, e o jovem Hugh O'Conor (estupendo), fazendo o papel do jovem Christy, que transmite a cruel frustração de uma criança brilhante, que todos pensam ser burra, tentando comunicar-se com sua família. O porque ele não foi indicado ao Oscar de Coadjuvante não dá para entender, embora tenha ganho Young Artist Awards de coadjuvante e foi indicado no Screen Actors Guild Awards. Mas o desempenho de Daniel Day-Lewis está arrebatador (um dos Oscar mais justo de todos os tempos), ele dominou as dificuldades físicas de lidar com um corpo tão tortuoso e com a fala defeituosa, ele nos dá o retrato de um homem cuja perspicácia lhe traz pouco alívio, mas cujo humor, desejo sexual, talento e muita teimosia iluminam o que poderia ter sido apenas angustiante. Ele ganhou vários outros prêmios por este filme, inclusive o New York Film Critics de Melhor Ator (pra mim o prêmio mais justo nos E.U.A.).
Brandt um proprietário de uma cadeia de salas de cinema, pôs um anúncio em todos os jornais dos E.U.A.: ''Os atores e atrizes seguintes foram declarados veneno de bilheteria'': em letras garrafais apareciam os nomes de Greta Garbo, Katharine Hepburn, Joan Crawford, Marlene Dietrich, etc... A publicação do citado anúncio nos jornais transtornou a indústria cinematográfica. A MGM permaneceu fiel a suas estrelas e continuo a pagá-las, mas os estúdios não investiram mais dinheiro na produção de filmes onde elas aparecessem. A Paramount não se mostrou tão generosa com Marlene Dietrich e não renovou seu contrato, graças ao fracasso desse filme ''O Amor Nasceu do Ódio''. Mas todas as atrizes citadas em menos de dois anos deram a volta por cima, afinal eram mulheres fortes, grandes atrizes, mulheres à frente de seu tempo. Vamos ficar agora com Marlene Dietrich, as outras vamos citar em outros filmes. No caso de ''O Amor Nasceu do Ódio'' (1937), foi um fracasso de bilheteria, mas é um ótimo filme com uma trilha sonora escrita por Miklós Rózsa , seu primeiro para uma imagem em movimento, utilizando música adicional por Tchaikovsky, e aliás faz uma ponta como pianista; bela fotografia de Harry Stradling Sr.; Dietrich e Robert Donat estão ótimos. Mas Marlene deu a volta por cima no seu filme seguinte ''Atire a Primeira Pedra'' de George Marshall) em 1939.
Três histórias sobre três mulheres diferentes e o homem o qual elas amam. É considerado um clássico da cinematografia italiana. Espirituoso e inesquecível, esta jóia do mestre cineasta Vittorio de Sica foi o vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Os anos 60 e 70 viram o cinema italiano, o francês e, ocasionalmente, o brasileiro explorar a fórmula de episódios. O recurso oferecia muitas vantagens. Podia-se combinar vários diretores de prestígio num só pacote. Traduzir um tema comum numa diversidade de abordagens. Ou conjugar um elenco cheio de nomes atraentes em pequenas histórias protagonizadas por uma estrela. ''Ontem, Hoje e Amanhã'' adota o artifício episódico de um modo incomum. Coloca uma dupla de imensa popularidade (Loren-Mastroianni), sob a direção única de Vittorio de Sica como par recorrente em três histórias passadas em cidades e em camadas sociais que se complementam para formar uma mapa da Itália. No primeiro episódio reúne os típicos elementos da ''comédia à italiana'', com sua combinação de humor popular e comentário social, com Loren no papel de uma mulher barraqueira. O ''ontem'' do título associado ao episódio também tem elementos do neorrealismo. É o mais engraçado de todos, para muitos. O segundo e associado ao ''hoje'', e agora Loren está no papel de uma luxuosa madame, quase irreconhecível para quem acabou de vê-la no primeiro episódio. Ao contrário do primeiro onde tudo acontece e você ri muito, pouco ou quase nada acontece, o que torna o episódio uma paródia do cinema da angústia de Michelangelo Antonioni. O hoje do título remete à nova Itália, nova rica e besta, mas que não sabe o que quer, nem para onde ir. No terceiro episódio, Loren interpreta uma prostituta de classe média, onde um jovem se prepara para a carreira religiosa. A cabeça do jovem transforma Umberto logo se vira com as formas voluptuosas da vizinha e transforma o ''Amanhã'' do título num campo de incertezas. Enquanto o cliente de Loren, o grande Mastraoianni fica esperando no quarto para Loren resolver o problema do jovem, finalmente eles ficam sozinhos. E ele e o público podem contemplar admirados com a estonteante beleza de Loren no mais incompleto e excitante strip-tease da história do cinema, repetido trinta anos depois no filme ''Prêt-à-Porter'' de 1994 com os mesmos atores e com Loren com mais de 60 anos dando um show de sensualidade. Até os anos 80 o diretor De Sica estava no imaginário do público e dos críticos, mas depois os críticos começaram a falar que ele tinha se vendido para um cinema mais comercial nos anos 60, já que ele foi um dos grandes pais do neo-realismo italiano, um dos mais importantes de toda a história do cinema. Mas ele foi e sempre será um grande mestre afinal ele fez grandes filmes nos anos 60, como ''Duas mulheres'' (1960) que deu o Oscar para Sophia Loren, ''Ontem, Hoje e Amanhã'' (1963), que deu o Oscar ao produtor Carlo Ponti de Melhor Filme Estrangeiro.; ''Matrimônio à Italiana'' (1964), indicado ao Oscar de filme estrangeiro; ''O Jardim dos Finzi Contini'' (1970), vencedor também do Oscar de filme estrangeiro. Só para citar apenas De Sica e Fellini tem quatro filmes premiados com o Oscar de Filme Estrangeiro, no caso de De Sica, com os filmes ''Vítimas da Tormenta'' (1947); ''Ladrões de Bicicletas'' (1949); ''Ontem, Hoje e Amanhã'' (1963) e ''O Jardim dos Finzi Contini'' (1970).
Espirituosa comédia, baseada na peça de Bem Hecet e MacCarthur, com roteiro deles mesmos. Produtor da Broadway treina uma ex-modelo de lingerie, para se tornar uma grande atriz, quando ela consegue eles começam um relacionamento. Mas o ciúmes dele acaba por desgastar a relação e ela decide ir embora pra Hollywood. Agora ela se tornou uma grande estrela de Hollywood e ele precisa da ajuda dela para retornar sua carreira em declínio. O filme tem o charme e o talento de Carole Lombard, mas o filme se concentra-se em John Barrymore e ele dá um show com seus acessos de raiva, mudanças bruscas de temperamento, fingimentos e imitações - inclusive, a mais hilariante, de um camelo. Entre os grandes atores do cinema, cinco nomes se destacam na história da sétima arte de forma pessoal. Admiramos Laurence Olivier, Gary Cooper, Marlon Brando, Robert De Niro, James Cagney, Henry Fonda, Ronald Colman, Victor Fleming, Charles Laughton, Paul Muni, George Arliss, Alec Guiness, Emil Jannings, Walter Huston, Daniel Day-Lewis, Marcello Mastroianni, Fred Astaire por exemplo. Mas, para nós, os cinco maiores astros da tela, em todos os tempos, são Fredric March, Spencer Tracy, Cary Grant, Humphrey Bogart e John Barrymore. E é sobre um deles vamos nos ocuparemos desta vez: John Barrymore. Era um ator americano de teatro, cinema e rádio. No palco fez Hamlet e Ricardo III. Seu sucesso continuou com filmes em vários gêneros, tanto no silêncio, quanto na era do som. O membro mais proeminente de uma multi-geração dinastia teatral, ele era o irmão de Lionel e Ethel , e foi o avô paterno da atriz Drew Barrymore. Sucesso em filmes silenciosos incluem AJ Raffles em Raffles, o Amateur Cracksman (1917), Dr. Jekyll e Mr. Hyde (1920), Sherlock Holmes (1922), Beau Brummel (1924), o capitão Ahab em The Sea Fera (1926), Don Juan (1926) e The Beloved Rogue (1927). No falado foi Richard III em ''A Parada das Maravilhas'' (1929) e ainda brilhou em ''Moby Dick'' (1930); ''Svengali'' (1931); ''Grande Hotel'' (1932); ''Jantar às Oito'' (1933); ''O Conselheiro'' (1933); ''Suprema Conquista'' (1934); ''Romeu e Julieta'' (1936); ''Primavera'' (1937); ''Meia-Noite'' (1939); entre outros... No final de 1940, Barrymore começou a perder a capacidade de lembrar suas falas, muito devido à bebida, mesmo assim costumava a roubar as cenas, coisas de um grande ator. A diva Marlene Dietrich fala do mestre - ''Barrymore é o campeão de todas as categorias. Quando cheguei à América, Barrymore era o ator mais célebre de todos os tempos. Também para nós, os europeus, seu nome era sinônimo de magia. Eu o ouvi no rádio e o vi em cena. Era sublime. Quando, anos mais tardes, fiz com ele um programa de rádio, já não era o mesmo e tivemos de apoiá-lo durante todo o espetáculo. Agradeceu-nos, reconhecendo suas debilidades. Quando abandonou o estúdio, todos nós tínhamos lágrimas nos olhos''. Lynn Fontanne dama do teatro disse - "Ele quebrou meu coração por ser tão maravilhoso''. Orson Welles fez amizade com Barrymore em torno deste tempo e, muitas vezes jantaram juntos - "Ele foi tão generoso para um jovem como eu, teatro e bondade e cavalheiresca e tão quente. Ele era um homem tão bom. Um ator digno é digno até o fim. Seus aristocráticos de boa aparência lhe rendeu o título de "A Grande Profile".
Os sete filmes em que Josef von Sternberg dirigidos Marlene Dietrich constituem uma das corridas mais deslumbrantes de criatividade na história do cinema. Lançado pela Paramount Pictures entre 1930 e 1935, estas são obras de beleza formal de tirar o fôlego, profunda filosofia moral e sagacidade devastadora. Segundo Dave Kehr, em muitos aspectos, eles parecem além de, e, talvez, com antecedência de, seu tempo ''A Imperatriz Galante'' (por exemplo não parece ter sido feito em 1934, o filme influenciou cineastas como Orson Welles, François Truffaut, Martin Scorsese...). A qualidade quase abstrata das imagens - latejante, sinuosa, poderosa com padrões compostas em preto e branco e todas as gradações sempre mudando no meio - antecipa um movimento avant-garde americano que não florescem até o final de 1940; as narrativas auto-conscientemente absurdo, com suas coincidências melodramáticos selvagens e cenários exóticos, iria encontrar o seu eco na década de seguinte. Dizem que este o mais fraco filme da dupla, Sternberg teve problemas com a censura e os estúdios, desde o nome ele e Marlene não queriam o nome Dishonored (o estúdio sempre queria um nome chamativo a presença forte de Marlene), eles queriam ''X-27'', mais lógico, durante a Primeira Guerra Mundial, baseado em história original do diretor, Marlene interpreta muito bem o papel da prostituta daí o nome infame original ''Desonrada'', que o serviço de inteligencia austríaco contrata para descobrir um traidor da pátria em favor dos russos. Prova que nunca foi uma atriz absorvida pelo seu mito, mas consciente das possibilidades de expressão que lhe oferecia Sternberg. Segundo Marlene em sua autobiografia fala sobre o episódio dos títulos: - A escolha dos títulos dos filmes sempre foi pretexto para terríveis confrontos entre Von Sternberg e os produtores. Von Sternberg raramente aprovava os títulos escolhidos pelos estúdios e lutava encarniçadamente, com o maior o menor êxito, para tentar modificá-los: não voltaria atrás! A luta deve ter sido encarniçada, interminável, porque, segundo lembro, os chefes da Paramount ameaçaram Sternberg de ''cortar-lhe a verba''. Mas vale muito ver e rever esse belo filme.
Suntuosa cinebiografia musical, glorificando com exageros o empresário Florenz Ziegfeld, personificado pelo ator Powell, sem ser fiel à realidade e, às vezes, longa demais. O filme tem seus tributos, o número "A Pretty Girl Is Like a Melody'' é perfeito. Myrna Loy como a segunda esposa é sempre um charme. Mas Luise Rainer rouba a cena, sendo inesquecível a cena do telefone, quando liga para o ex-marido, felicitando-o pelo novo casamento. Rainer ganhou o Prêmio dos Críticos de Nova Iorque e seu primeiro Oscar de Melhor Atriz. Luise Rainer é uma atriz alemã que fez carreira nos Estados Unidos, apesar de ter feito na realidade apenas três filmes realmente bons, mas ficou na história ao ser a primeira entre atores e atrizes a ganhar duas vezes o Oscar, também a primeira a ganhar duas vezes consecutivas e também a atriz que mais viveu depois de ganhar um Oscar. Era uma grande opositora aos contratos feitos pela MGM com os atores, o que fez com que perdesse seu próprio contrato com o estúdio na década de 30. Outros dizem que seu maior fã o produtor Irving Thalberg morreu prematuramente, interrompendo assim sua possível grande carreira no cinema.
Katharine conquistou o seu primeiro Oscar, interpretando o papel da jovem de Vermont que ambiciona torna-se grande atriz em Nova Iorque, nesta adaptação da peça de Zoe Akins. O diretor Sherman não conseguiu disfarçar a origem teatral do espetáculo. O filme é datado demais. Katharine Hepburn alegou certa vez que usou Ruth Gordon como inspiração para sua performance. Nesse mesmo ano Hepburn fez ''As Quatro Irmãs/Little Women'', e Hepburn ganhou o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Veneza, o Oscar poderia ter dado o Oscar por essa interpretação e não por Manhã de Glória. Confesso que acho um exagero os quatro Oscar ganho por Hepburn e também acho um exagero quando em 1999, ela foi nomeada pelo American Film Institute como a maior estrela feminina de todos os tempos. Acho Bette Davis deveria ter sido a primeira, mas admito que em matéria de currículo de filmes, Hepburn é imbatível. Afinal são poucas as atrizes que tem mais de 15 filmes na categoria quatro a cinco estrelas. Ótima essa Hepburn.
Comédia romântica abordando o clássico triângulo amoroso. Quarto filme de Marlene Dietrich, depois da interrompida (infelizmente), parceria dela com o mestre Joseph Von Stenberg, A fotografia de Charles Lang e de uma elegância sem fim, Marlene está de arrasar e a direção do mestre Lubitsch e pontuada com reticência cinemática.
Em sua autobiografia a diva das divas Marlene Dietrich, fala sobre o grande ator Cybulski - Durante um certo tempo de mina existência achei que a sorte iria me sorrir: foi quando conheci meu bom amigo, o ator polonês Zbigniew Cybulski. Mas morreu acidentalmente, cedo demais. Era suficiente ver o seu rosto uma só vez - por exemplo, em ''Cinzas e Diamantes/Popiol i Diamente, 1958), seu filme mais famoso - para jamais esquecer a impressão causada por aqueles olhos que dissimulava atrás de óculos escuros (...). Jamais vi um ator capaz de interpretar sem utilizas os olhos, e sei que jamais existirá um outro. Tanto melhor! Quem recordar Cybulski, não poderá compará-lo aos demais atores.
Excelente comédia romântica, que tem muito mais a ver com Ernest Lubitsch, então chefe de produção da Paramount, do que com Borzage. Marlene Dietrich como a ladra Madeleine de Beaupré está glamurosa e tem uma alquimia perfeita com o galã Gary Cooper. O primeiro filme de Dietrich após o fim de sua parceria com Von Sternberg foi Desejo ( 1936 ), um sucesso comercial que deu Dietrich uma oportunidade de tentar sua mão em comédia romântica.
Pode não ter sido o primeiro, mas certamente estabeleceu as bases para os filmes noir. Obra prima! O filme é estrelado Fred Macmurray (em grande atuação), como o vendedor de seguros, Barbara Stanwyck (talvez a única falha do filme, pois como femme fatale fica difícil convencer, pois não era sexy e nem bonita, mas era tão boa atriz que até foi indicada ao Oscar de melhor atriz), como uma dona de casa provocante que deseja que seu marido morra e Edward G. Robinson como um regulador de sinistros cujo trabalho é encontrar afirmações falsas.
Um melhores filmes que abordam a velhice e suas limitações, as lembranças e a nostalgia, junto com ''As Baleias de Agosto/The Whales of August - 1987 (com Bette Davis e Ann Sothern'', ''Conduzindo Miss Daisy/Driving Miss Daisy - 1989 (com Jessica Tandy e Morgan Freeman'', ''Num Lago Dourado/On Golden Pond - 1981 (Henry Fonda e Katharine Hepburn)'', ''Tomates Verdes Fritos/Fried Green Tomatoes (com Jessica Tandy e Cicely Tyson)'' e o brasileiro ''Em Família (com Procópio Ferreira e Fernanda Montenegro - 1970)''. O diretor McCarey descreve, com uma amargura trágica, a dolorosa situação dos dois idosos, extraindo sensíveis desempenhos de Victor Moore e Beulah Bondi.
Mais um filme da poderosa dupla Sternberg e Marlene Dietrich, o diretor teve problemas com estúdio, desde o roteiro até o nome do filme, aliás ele e Marlene, nunca gostavam dos títulos que o estúdio colocava; não é tão esplendoroso como ''O Anjo Azul''; ''Marrocos''; ''A Imperatriz Galante'' ou ''O Expresso de Shangai'', mas tem muito charme e o diretor ainda aborda uma possível traição de uma mulher casada em pleno anos trinta, só mesmo o mestre Sternberg. Destaque para o número especial onde a diva canta ''Hot Voodoo'', quando Marlene (linda como nunca), entra no palco, vestida de gorila, e começa a tirar a fantasia, colocando uma vasta peruca loura, rodeada de ninfas. Puro delírio para os olhos.
Com roteiro de Carl Zuckmayer, Heinrich Mann, Karl Vollmöller e Robert Liebmann, baseado no livro “Professor Unrat”, de Heinrich Mann, este clássico do começo do cinema falado alemão é referência obrigatória do expressionismo alemão, um filme de imagens poderosas e detalhes psicológicos complexos. Dirigido por Josef von Sternberg, que revela bem a sua mestria a jogar com luzes e sombras, deu a conhecer a atriz Marlene Dietrich (1901-1992), que aqui tem o seu primeiro grande papel como protagonista, tendo sido catapultada para a fama como estrela internacional (naquele ano ainda não indicavam estrangeiras em papéis estrangeiros ao Oscar, aí Marlene foi indicada pelo seu filme americano ''Marrocos'', do mesmo diretor), além de consagrar Emil Jannings como o maior ator de sua época e solidificar a carreira do diretor Josef von Sternberg. Como curiosidades refira-se que Sternberg decidiu aceitar filmar na Alemanha após uma série de fracassos comerciais nos Estados Unidos e, tal como era comum na época, filmou as versões alemã e inglesa do filme em simultâneo. Os destaques ficam para o perfil psicológico dos personagens e para a atuação sensual e perversamente ingênua de Dietrich. Há diversas considerações a serem feitas sobre o filme. Dentre elas, as características expressionistas encontradas principalmente na cenografia e na fotografia – que abusa do contraste e uso de sombras – a construção dos personagens que sutilmente extrapola os estereótipos do ingênuo solitário e da femme fatale – tanto Lola Lola (nome que acabou virando marca de prostituta em vários filmes até hoje), quanto Rath têm seus desejos, frustrações e orgulho e parece existir, em alguns momentos, uma sincera afinidade entre os dois, sentimento este que não se sustenta, pois Rath a tinha como objeto idealizado de contemplação e a vida ao lado de Lola em nada corresponde aos seus sonhos – a maneira como a degradação de Rath é anunciada pela figura de um palhaço triste do grupo que constantemente encara o professor com olhar melancólico, dentre outras questões. Tecnicamente, o filme permanece até hoje surpreendente. Além da triste fotografia em claro/escuro do mestre Günther Rittau, da direção inspiradíssima de Josef von Sternberg e da grande atuação de Emil Jannings, talvez o maior ator alemão de todos os tempos, e a diva Marlene Dietrich (uma das mais subestimadas grandes atrizes que Hollywood, pouco soube aproveitar), “O Anjo Azul” não apenas se encaixa na lista dos maiores clássicos do cinema, mas também na seleta lista dos filmes que de uma maneira ou de outra contribuíram para o desenvolvimento da indústria cinematográfica como um todo. A criativa utilização do som em “O Anjo Azul” representa um triunfo técnico notável, ainda mais por ter sido feito no começo do cinema falado.
É o seu melhor filme falado, a cena mais engraçada ocorre numa festa elegante, quando ele troca de casaca com o mágico e dela começam a surgir coelhos e ratinhos brancos, nos momentos mais absurdos e embaraçosos. A cena é, de fato, antológica, e sátira, de um modo geral, engraçadíssima. Considerado, junto com Charles Chaplin e Buster Keaton, a trinca de ouro da comédia muda.
O maior sucesso da dupla Joseph Von Stenberg/Marlene Dietrich, dupla só comparável à de Martin Scorsese/Robert de Niro. Salvou a Paramount da falência na época. O grande e veterano fotografo Lee Garmes (de filmes preciosos como ''Negra Profecia/Nobody Home" 1919; ''Disraeli'' 1929; ''Marrocos/Morocco" 1930; ''Desde Que Partiste/Since You Went Away" 1944; ''Agonia de Amor/The Paradine Case" 1947 de Alfred Hitchcock; ''O Pescador da Galiléia/The Big Fisherman" 1959; ''A Dama Enjaulada/Lady in a Cage" 1964; ''Why'' 1973, entre outros), preenche ''o espaço morto'' entre a câmara e o objeto focalizado, com belos e imaginativos expedientes, redes, véus, fumaças, sombras, ar livre, conferindo aos exóticos personagens e à intriga grande poder dramático e atmosférico. Games ganhou seu único Oscar (um absurdo!!!), por este filme. Joseph Von Stenberg também foi indicado como melhor diretor (o troféu jamais foi parar em suas poderosas mãos, mas um absurdo!!!!), o filme também foi indicado ao Oscar de Melhor Filme. A diva das divas Marlene Dietrich para variar está esplendorosa, faz uma prostituta Shanghai Lily que reencontra, num trem aprisionado por rebeldes chineses, o oficial britânico com quem mantivera um romance no passado. E nesse filme que ela diz a famosa frase ''Foi preciso mais de um homem para mudar meu nome para Shanghai Lily''. O diretor Josef von Sternberg sabe como filmar sua atriz principal, e há momentos em que o rosto de Dietrich é tão perfeito quanto uma obra de arte.
Conte Comigo
3.6 66 Assista AgoraLaura Linney foi indicada ao Oscar por este papel e mereceu, mais o show é mesmo do excelente Mark Ruffalo.
Passageiros da Ilusão
3.3 1A Rede Globo de televisão exibiu o filme pela primeira vez com o título ''Passageiros da Ilusão'', anos mais tarde o filme foi exibido com outro título ''Vidas cruzadas''.
Destaque para participação da veterana Joan Fontaine.
A Mulher do Rio
3.9 2Foi a estréia do futuro grande diretor de cinema Pier Paolo Pasolini de filmes como (''O Evangelho Segundo São Mateus/Il Vangelo Secondo Matteo''; ''Mamma Roma/Idem''; ''Teorema/Idem''; ''Desajuste Social/Accattone''; ''Édipo Rei/Edipo Re''; ''As Mil e Uma Noites/Il Fiore delle Mille e una Notte''), entre outras obras-primas; aqui apenas como roteirista, aliás seu primeiro.
Mario Soldati foi uma figura à parte no cinema italiano. Dublê de escritor e cineasta, foi melhor como romancista, mas possui um punhado de filmes que é bom não negligenciar. Tendo se iniciado durante o fascismo, pertenceu à geração dos chamados ‘calígrafos’, que transformou o formalismo e as adaptações literárias em ferramentas para enfrentar a censura do regime.
Mas Soldati também flertou com o neorrealismo, e A Mulher do Rio é considerado um exemplar de neorrealismo tardio, quando o movimento já se esgotara. Como a mulher do rio, Sophia denuncia o ex-amante, pai de seu filho e ele foge da cadeia para se vingar. Uma tragédia envolve o garoto e o relato toma outro rumo.
O Signo de Vênus
3.2 14O grande ponto de interesse deste filme é sem dúvida Sophia Loren. Esta é uma das suas primeiras atuações como atriz principal, mas você já pode notar todos os atributos que fez essa mulher uma deusa do cinema. Dela se vê uma personagem inocente diferente daqueles que mais tarde funciona onde ela interpreta o personagem principal e é engraçado de ver tanto talento dela, só esperando a oportunidade de atuar. Ela é e sempre será uma das mulheres mais sexy e sedutoras que já existiu. O filme em si é uma comédia agradável, sobre uma mulher, chamada Cesira que tenta arranjar um marido de alguma forma. Observe também a parte hilariante de Vittorio de Sicca, como um poeta velho, pobre, que usa todos os truques conhecidos para obter algum dinheiro, causando cenas incrivelmente engraçadas. O final é muito triste, não adequando o Tom do filme. Sua cruel, mas talvez pareça tão real quanto possível. O filme foi originalmente baseado em um roteiro intitulado O quiromante, voltados inteiramente para o personagem interpretado por Franca Valeri, e estava a ser dirigido por Luigi Comencini , que deixou o projeto, no entanto, quando ele estava chateado com a política do Hollywood produtora Titanus para reunir o elenco o melhor do cinema italiano do momento, a fim de garantir o sucesso na redução da co-estrela Valeri, embora central para a narrativa e apoiá-los para o nível de estrelas, Sophia Loren e Vittorio De Sica , assim como Alberto Sordi e Peppino De Filippo em papéis menores. O filme concorreu a Palma de Ouro em Cannes de Melhor Filme naquele ano.
Fantasmas à Italiana
3.4 1O filme é vagamente baseado na comédia de mesmo nome de Eduardo De Filippo. Mastroianni iria fazer o papel de Gassman, mas estava com agenda cheia, mas como cortesia fez uma ponta como fantasma.
Destaque: Para a belíssima fotografia do gênio Tonino Delli Colli de filmes (''A Vida é Bela/La vita è bella"/1997; ''O Nome da Rosa/Der Name der Rose"1986; ''Era Uma Vez na América/Once Upon a Time in America''1984; ''Lacombe Lucien''1974; ''Era uma Vez no Oeste /C'era una volta il West"1969; ''Mamma Roma''1962...).
Ângela: O Preço de uma Paixão
3.7 2Curiosidades: Sophia faz uma Jocasta da Mitologia grega numa versão atual.
Destaque: Para a trilha sonora do veterano Henry Mancini.
Minha Casa é Cheia de Espelhos
3.8 1A minissérie é a vida de Romilda Villani, mãe da famosa atriz italiana Sophia Loren, todos inspirados por um romance autobiográfico de mesmo nome da irmã desta, Maria Scicolone. Intérprete principal da minissérie é a própria Sophia Loren no papel de sua mãe, Romilda Villani. O papel de Sophia Loren, foi confiada a jovem atriz Margareth Madè.
O filme foi visto por mais de seis milhões e meio de telespectadores, o filme obteve a maior audiência do domingo.
SOL
4.0 1Curiosidades: "Crianças são loucas, eles acreditam que sua mãe é imortal..."Roger Hanin colocou esta citação de Albert Cohen ressaltou em seu quinto filme como diretor! Demorou sessenta anos e a morte de sua mãe para assinar esta canção de amor filial. Através desta coluna nostálgica, ele revive a adolescência em meio a uma tribo turbulenta, bem como essa mulher bonita, orgulhosa e pobre, que lhe deu o dia, ampliado sob o disfarce de Sophia Loren! As aparições da atriz italiana agora são poucos! Aqui, ela interpretou a mãe soberba na Argélia desde a década de 1940, seu melhor papel desde "Um dia especial"! É simples 'Sol', que irradia...
O filme participa do Festival Judaico de Cinema e do Festival de Mar del Plata.
Destaque: Lógico para interpretação de Loren, longe das maquiagens pesadas, aliás usa uma maquiagem para aparecer mais cansada uma mulher do povão, Loren dá show.
Meu Pé Esquerdo
4.2 419O diretor Jim Sheridan transforma esse drama é um grande filme, por muitas razões, mas o mais importante é que ele nos dá uma imagem tão completa da vida deste homem. A única parte do corpo que ele podia controlar, o filme tem até humor, atuações arrebatadoras de Brenda Fricker (que mereceu o Oscar de Atriz Coadjuvante, grande atriz pouco utilizada no cinema); Ray Mcanally, e o jovem Hugh O'Conor (estupendo), fazendo o papel do jovem Christy, que transmite a cruel frustração de uma criança brilhante, que todos pensam ser burra, tentando comunicar-se com sua família. O porque ele não foi indicado ao Oscar de Coadjuvante não dá para entender, embora tenha ganho Young Artist Awards de coadjuvante e foi indicado no Screen Actors Guild Awards. Mas o desempenho de Daniel Day-Lewis está arrebatador (um dos Oscar mais justo de todos os tempos), ele dominou as dificuldades físicas de lidar com um corpo tão tortuoso e com a fala defeituosa, ele nos dá o retrato de um homem cuja perspicácia lhe traz pouco alívio, mas cujo humor, desejo sexual, talento e muita teimosia iluminam o que poderia ter sido apenas angustiante.
Ele ganhou vários outros prêmios por este filme, inclusive o New York Film Critics de Melhor Ator (pra mim o prêmio mais justo nos E.U.A.).
O Amor Nasceu do Ódio
4.0 3Brandt um proprietário de uma cadeia de salas de cinema, pôs um anúncio em todos os jornais dos E.U.A.: ''Os atores e atrizes seguintes foram declarados veneno de bilheteria'': em letras garrafais apareciam os nomes de Greta Garbo, Katharine Hepburn, Joan Crawford, Marlene Dietrich, etc... A publicação do citado anúncio nos jornais transtornou a indústria cinematográfica. A MGM permaneceu fiel a suas estrelas e continuo a pagá-las, mas os estúdios não investiram mais dinheiro na produção de filmes onde elas aparecessem. A Paramount não se mostrou tão generosa com Marlene Dietrich e não renovou seu contrato, graças ao fracasso desse filme ''O Amor Nasceu do Ódio''. Mas todas as atrizes citadas em menos de dois anos deram a volta por cima, afinal eram mulheres fortes, grandes atrizes, mulheres à frente de seu tempo. Vamos ficar agora com Marlene Dietrich, as outras vamos citar em outros filmes.
No caso de ''O Amor Nasceu do Ódio'' (1937), foi um fracasso de bilheteria, mas é um ótimo filme com uma trilha sonora escrita por Miklós Rózsa , seu primeiro para uma imagem em movimento, utilizando música adicional por Tchaikovsky, e aliás faz uma ponta como pianista; bela fotografia de Harry Stradling Sr.; Dietrich e Robert Donat estão ótimos. Mas Marlene deu a volta por cima no seu filme seguinte ''Atire a Primeira Pedra'' de George Marshall) em 1939.
Ontem, Hoje e Amanhã
4.1 50 Assista AgoraTrês histórias sobre três mulheres diferentes e o homem o qual elas amam. É considerado um clássico da cinematografia italiana. Espirituoso e inesquecível, esta jóia do mestre cineasta Vittorio de Sica foi o vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Os anos 60 e 70 viram o cinema italiano, o francês e, ocasionalmente, o brasileiro explorar a fórmula de episódios. O recurso oferecia muitas vantagens. Podia-se combinar vários diretores de prestígio num só pacote. Traduzir um tema comum numa diversidade de abordagens. Ou conjugar um elenco cheio de nomes atraentes em pequenas histórias protagonizadas por uma estrela. ''Ontem, Hoje e Amanhã'' adota o artifício episódico de um modo incomum. Coloca uma dupla de imensa popularidade (Loren-Mastroianni), sob a direção única de Vittorio de Sica como par recorrente em três histórias passadas em cidades e em camadas sociais que se complementam para formar uma mapa da Itália.
No primeiro episódio reúne os típicos elementos da ''comédia à italiana'', com sua combinação de humor popular e comentário social, com Loren no papel de uma mulher barraqueira. O ''ontem'' do título associado ao episódio também tem elementos do neorrealismo. É o mais engraçado de todos, para muitos. O segundo e associado ao ''hoje'', e agora Loren está no papel de uma luxuosa madame, quase irreconhecível para quem acabou de vê-la no primeiro episódio. Ao contrário do primeiro onde tudo acontece e você ri muito, pouco ou quase nada acontece, o que torna o episódio uma paródia do cinema da angústia de Michelangelo Antonioni. O hoje do título remete à nova Itália, nova rica e besta, mas que não sabe o que quer, nem para onde ir. No terceiro episódio, Loren interpreta uma prostituta de classe média, onde um jovem se prepara para a carreira religiosa. A cabeça do jovem transforma Umberto logo se vira com as formas voluptuosas da vizinha e transforma o ''Amanhã'' do título num campo de incertezas. Enquanto o cliente de Loren, o grande Mastraoianni fica esperando no quarto para Loren resolver o problema do jovem, finalmente eles ficam sozinhos. E ele e o público podem contemplar admirados com a estonteante beleza de Loren no mais incompleto e excitante strip-tease da história do cinema, repetido trinta anos depois no filme ''Prêt-à-Porter'' de 1994 com os mesmos atores e com Loren com mais de 60 anos dando um show de sensualidade. Até os anos 80 o diretor De Sica estava no imaginário do público e dos críticos, mas depois os críticos começaram a falar que ele tinha se vendido para um cinema mais comercial nos anos 60, já que ele foi um dos grandes pais do neo-realismo italiano, um dos mais importantes de toda a história do cinema. Mas ele foi e sempre será um grande mestre afinal ele fez grandes filmes nos anos 60, como ''Duas mulheres'' (1960) que deu o Oscar para Sophia Loren, ''Ontem, Hoje e Amanhã'' (1963), que deu o Oscar ao produtor Carlo Ponti de Melhor Filme Estrangeiro.; ''Matrimônio à Italiana'' (1964), indicado ao Oscar de filme estrangeiro; ''O Jardim dos Finzi Contini'' (1970), vencedor também do Oscar de filme estrangeiro.
Só para citar apenas De Sica e Fellini tem quatro filmes premiados com o Oscar de Filme Estrangeiro, no caso de De Sica, com os filmes ''Vítimas da Tormenta'' (1947); ''Ladrões de Bicicletas'' (1949); ''Ontem, Hoje e Amanhã'' (1963) e ''O Jardim dos Finzi Contini'' (1970).
Suprema Conquista
4.0 14Espirituosa comédia, baseada na peça de Bem Hecet e MacCarthur, com roteiro deles mesmos. Produtor da Broadway treina uma ex-modelo de lingerie, para se tornar uma grande atriz, quando ela consegue eles começam um relacionamento. Mas o ciúmes dele acaba por desgastar a relação e ela decide ir embora pra Hollywood. Agora ela se tornou uma grande estrela de Hollywood e ele precisa da ajuda dela para retornar sua carreira em declínio. O filme tem o charme e o talento de Carole Lombard, mas o filme se concentra-se em John Barrymore e ele dá um show com seus acessos de raiva, mudanças bruscas de temperamento, fingimentos e imitações - inclusive, a mais hilariante, de um camelo.
Entre os grandes atores do cinema, cinco nomes se destacam na história da sétima arte de forma pessoal. Admiramos Laurence Olivier, Gary Cooper, Marlon Brando, Robert De Niro, James Cagney, Henry Fonda, Ronald Colman, Victor Fleming, Charles Laughton, Paul Muni, George Arliss, Alec Guiness, Emil Jannings, Walter Huston, Daniel Day-Lewis, Marcello Mastroianni, Fred Astaire por exemplo.
Mas, para nós, os cinco maiores astros da tela, em todos os tempos, são Fredric March, Spencer Tracy, Cary Grant, Humphrey Bogart e John Barrymore. E é sobre um deles vamos nos ocuparemos desta vez: John Barrymore. Era um ator americano de teatro, cinema e rádio. No palco fez Hamlet e Ricardo III. Seu sucesso continuou com filmes em vários gêneros, tanto no silêncio, quanto na era do som. O membro mais proeminente de uma multi-geração dinastia teatral, ele era o irmão de Lionel e Ethel , e foi o avô paterno da atriz Drew Barrymore. Sucesso em filmes silenciosos incluem AJ Raffles em Raffles, o Amateur Cracksman (1917), Dr. Jekyll e Mr. Hyde (1920), Sherlock Holmes (1922), Beau Brummel (1924), o capitão Ahab em The Sea Fera (1926), Don Juan (1926) e The Beloved Rogue (1927). No falado foi Richard III em ''A Parada das Maravilhas'' (1929) e ainda brilhou em ''Moby Dick'' (1930); ''Svengali'' (1931); ''Grande Hotel'' (1932); ''Jantar às Oito'' (1933); ''O Conselheiro'' (1933); ''Suprema Conquista'' (1934); ''Romeu e Julieta'' (1936); ''Primavera'' (1937); ''Meia-Noite'' (1939); entre outros...
No final de 1940, Barrymore começou a perder a capacidade de lembrar suas falas, muito devido à bebida, mesmo assim costumava a roubar as cenas, coisas de um grande ator.
A diva Marlene Dietrich fala do mestre - ''Barrymore é o campeão de todas as categorias. Quando cheguei à América, Barrymore era o ator mais célebre de todos os tempos. Também para nós, os europeus, seu nome era sinônimo de magia. Eu o ouvi no rádio e o vi em cena. Era sublime. Quando, anos mais tardes, fiz com ele um programa de rádio, já não era o mesmo e tivemos de apoiá-lo durante todo o espetáculo. Agradeceu-nos, reconhecendo suas debilidades. Quando abandonou o estúdio, todos nós tínhamos lágrimas nos olhos''.
Lynn Fontanne dama do teatro disse - "Ele quebrou meu coração por ser tão maravilhoso''.
Orson Welles fez amizade com Barrymore em torno deste tempo e, muitas vezes jantaram juntos - "Ele foi tão generoso para um jovem como eu, teatro e bondade e cavalheiresca e tão quente. Ele era um homem tão bom.
Um ator digno é digno até o fim.
Seus aristocráticos de boa aparência lhe rendeu o título de "A Grande Profile".
Desonrada
3.8 9Os sete filmes em que Josef von Sternberg dirigidos Marlene Dietrich constituem uma das corridas mais deslumbrantes de criatividade na história do cinema. Lançado pela Paramount Pictures entre 1930 e 1935, estas são obras de beleza formal de tirar o fôlego, profunda filosofia moral e sagacidade devastadora.
Segundo Dave Kehr, em muitos aspectos, eles parecem além de, e, talvez, com antecedência de, seu tempo ''A Imperatriz Galante'' (por exemplo não parece ter sido feito em 1934, o filme influenciou cineastas como Orson Welles, François Truffaut, Martin Scorsese...). A qualidade quase abstrata das imagens - latejante, sinuosa, poderosa com padrões compostas em preto e branco e todas as gradações sempre mudando no meio - antecipa um movimento avant-garde americano que não florescem até o final de 1940; as narrativas auto-conscientemente absurdo, com suas coincidências melodramáticos selvagens e cenários exóticos, iria encontrar o seu eco na década de seguinte. Dizem que este o mais fraco filme da dupla, Sternberg teve problemas com a censura e os estúdios, desde o nome ele e Marlene não queriam o nome Dishonored (o estúdio sempre queria um nome chamativo a presença forte de Marlene), eles queriam ''X-27'', mais lógico, durante a Primeira Guerra Mundial, baseado em história original do diretor, Marlene interpreta muito bem o papel da prostituta daí o nome infame original ''Desonrada'', que o serviço de inteligencia austríaco contrata para descobrir um traidor da pátria em favor dos russos. Prova que nunca foi uma atriz absorvida pelo seu mito, mas consciente das possibilidades de expressão que lhe oferecia Sternberg.
Segundo Marlene em sua autobiografia fala sobre o episódio dos títulos: - A escolha dos títulos dos filmes sempre foi pretexto para terríveis confrontos entre Von Sternberg e os produtores. Von Sternberg raramente aprovava os títulos escolhidos pelos estúdios e lutava encarniçadamente, com o maior o menor êxito, para tentar modificá-los: não voltaria atrás! A luta deve ter sido encarniçada, interminável, porque, segundo lembro, os chefes da Paramount ameaçaram Sternberg de ''cortar-lhe a verba''. Mas vale muito ver e rever esse belo filme.
Ziegfeld - O Criador de Estrelas
3.5 38 Assista AgoraSuntuosa cinebiografia musical, glorificando com exageros o empresário Florenz Ziegfeld, personificado pelo ator Powell, sem ser fiel à realidade e, às vezes, longa demais. O filme tem seus tributos, o número "A Pretty Girl Is Like a Melody'' é perfeito. Myrna Loy como a segunda esposa é sempre um charme. Mas Luise Rainer rouba a cena, sendo inesquecível a cena do telefone, quando liga para o ex-marido, felicitando-o pelo novo casamento. Rainer ganhou o Prêmio dos Críticos de Nova Iorque e seu primeiro Oscar de Melhor Atriz. Luise Rainer é uma atriz alemã que fez carreira nos Estados Unidos, apesar de ter feito na realidade apenas três filmes realmente bons, mas ficou na história ao ser a primeira entre atores e atrizes a ganhar duas vezes o Oscar, também a primeira a ganhar duas vezes consecutivas e também a atriz que mais viveu depois de ganhar um Oscar. Era uma grande opositora aos contratos feitos pela MGM com os atores, o que fez com que perdesse seu próprio contrato com o estúdio na década de 30. Outros dizem que seu maior fã o produtor Irving Thalberg morreu prematuramente, interrompendo assim sua possível grande carreira no cinema.
Manhã de Glória
3.0 22Katharine conquistou o seu primeiro Oscar, interpretando o papel da jovem de Vermont que ambiciona torna-se grande atriz em Nova Iorque, nesta adaptação da peça de Zoe Akins. O diretor Sherman não conseguiu disfarçar a origem teatral do espetáculo. O filme é datado demais. Katharine Hepburn alegou certa vez que usou Ruth Gordon como inspiração para sua performance. Nesse mesmo ano Hepburn fez ''As Quatro Irmãs/Little Women'', e Hepburn ganhou o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Veneza, o Oscar poderia ter dado o Oscar por essa interpretação e não por Manhã de Glória. Confesso que acho um exagero os quatro Oscar ganho por Hepburn e também acho um exagero quando em 1999, ela foi nomeada pelo American Film Institute como a maior estrela feminina de todos os tempos. Acho Bette Davis deveria ter sido a primeira, mas admito que em matéria de currículo de filmes, Hepburn é imbatível. Afinal são poucas as atrizes que tem mais de 15 filmes na categoria quatro a cinco estrelas. Ótima essa Hepburn.
Anjo
4.2 20Comédia romântica abordando o clássico triângulo amoroso. Quarto filme de Marlene Dietrich, depois da interrompida (infelizmente), parceria dela com o mestre Joseph Von Stenberg, A fotografia de Charles Lang e de uma elegância sem fim, Marlene está de arrasar e a direção do mestre Lubitsch e pontuada com reticência cinemática.
Cinzas e Diamantes
4.1 40 Assista AgoraEm sua autobiografia a diva das divas Marlene Dietrich, fala sobre o grande ator Cybulski - Durante um certo tempo de mina existência achei que a sorte iria me sorrir: foi quando conheci meu bom amigo, o ator polonês Zbigniew Cybulski. Mas morreu acidentalmente, cedo demais. Era suficiente ver o seu rosto uma só vez - por exemplo, em ''Cinzas e Diamantes/Popiol i Diamente, 1958), seu filme mais famoso - para jamais esquecer a impressão causada por aqueles olhos que dissimulava atrás de óculos escuros (...).
Jamais vi um ator capaz de interpretar sem utilizas os olhos, e sei que jamais existirá um outro. Tanto melhor! Quem recordar Cybulski, não poderá compará-lo aos demais atores.
Desejo
4.0 4Excelente comédia romântica, que tem muito mais a ver com Ernest Lubitsch, então chefe de produção da Paramount, do que com Borzage. Marlene Dietrich como a ladra Madeleine de Beaupré está glamurosa e tem uma alquimia perfeita com o galã Gary Cooper. O primeiro filme de Dietrich após o fim de sua parceria com Von Sternberg foi Desejo ( 1936 ), um sucesso comercial que deu Dietrich uma oportunidade de tentar sua mão em comédia romântica.
Pacto de Sangue
4.3 247 Assista AgoraPode não ter sido o primeiro, mas certamente estabeleceu as bases para os filmes noir. Obra prima! O filme é estrelado Fred Macmurray (em grande atuação), como o vendedor de seguros, Barbara Stanwyck (talvez a única falha do filme, pois como femme fatale fica difícil convencer, pois não era sexy e nem bonita, mas era tão boa atriz que até foi indicada ao Oscar de melhor atriz), como uma dona de casa provocante que deseja que seu marido morra e Edward G. Robinson como um regulador de sinistros cujo trabalho é encontrar afirmações falsas.
A Cruz dos Anos
4.3 55Um melhores filmes que abordam a velhice e suas limitações, as lembranças e a nostalgia, junto com ''As Baleias de Agosto/The Whales of August - 1987 (com Bette Davis e Ann Sothern'', ''Conduzindo Miss Daisy/Driving Miss Daisy - 1989 (com Jessica Tandy e Morgan Freeman'', ''Num Lago Dourado/On Golden Pond - 1981 (Henry Fonda e Katharine Hepburn)'', ''Tomates Verdes Fritos/Fried Green Tomatoes (com Jessica Tandy e Cicely Tyson)'' e o brasileiro ''Em Família (com Procópio Ferreira e Fernanda Montenegro - 1970)''. O diretor McCarey descreve, com uma amargura trágica, a dolorosa situação dos dois idosos, extraindo sensíveis desempenhos de Victor Moore e Beulah Bondi.
A Vênus Loura
4.0 37Mais um filme da poderosa dupla Sternberg e Marlene Dietrich, o diretor teve problemas com estúdio, desde o roteiro até o nome do filme, aliás ele e Marlene, nunca gostavam dos títulos que o estúdio colocava; não é tão esplendoroso como ''O Anjo Azul''; ''Marrocos''; ''A Imperatriz Galante'' ou ''O Expresso de Shangai'', mas tem muito charme e o diretor ainda aborda uma possível traição de uma mulher casada em pleno anos trinta, só mesmo o mestre Sternberg. Destaque para o número especial onde a diva canta ''Hot Voodoo'', quando Marlene (linda como nunca), entra no palco, vestida de gorila, e começa a tirar a fantasia, colocando uma vasta peruca loura, rodeada de ninfas. Puro delírio para os olhos.
O Anjo Azul
4.2 86 Assista AgoraCom roteiro de Carl Zuckmayer, Heinrich Mann, Karl Vollmöller e Robert Liebmann, baseado no livro “Professor Unrat”, de Heinrich Mann, este clássico do começo do cinema falado alemão é referência obrigatória do expressionismo alemão, um filme de imagens poderosas e detalhes psicológicos complexos. Dirigido por Josef von Sternberg, que revela bem a sua mestria a jogar com luzes e sombras, deu a conhecer a atriz Marlene Dietrich (1901-1992), que aqui tem o seu primeiro grande papel como protagonista, tendo sido catapultada para a fama como estrela internacional (naquele ano ainda não indicavam estrangeiras em papéis estrangeiros ao Oscar, aí Marlene foi indicada pelo seu filme americano ''Marrocos'', do mesmo diretor), além de consagrar Emil Jannings como o maior ator de sua época e solidificar a carreira do diretor Josef von Sternberg. Como curiosidades refira-se que Sternberg decidiu aceitar filmar na Alemanha após uma série de fracassos comerciais nos Estados Unidos e, tal como era comum na época, filmou as versões alemã e inglesa do filme em simultâneo. Os destaques ficam para o perfil psicológico dos personagens e para a atuação sensual e perversamente ingênua de Dietrich.
Há diversas considerações a serem feitas sobre o filme. Dentre elas, as características expressionistas encontradas principalmente na cenografia e na fotografia – que abusa do contraste e uso de sombras – a construção dos personagens que sutilmente extrapola os estereótipos do ingênuo solitário e da femme fatale – tanto Lola Lola (nome que acabou virando marca de prostituta em vários filmes até hoje), quanto Rath têm seus desejos, frustrações e orgulho e parece existir, em alguns momentos, uma sincera afinidade entre os dois, sentimento este que não se sustenta, pois Rath a tinha como objeto idealizado de contemplação e a vida ao lado de Lola em nada corresponde aos seus sonhos – a maneira como a degradação de Rath é anunciada pela figura de um palhaço triste do grupo que constantemente encara o professor com olhar melancólico, dentre outras questões.
Tecnicamente, o filme permanece até hoje surpreendente. Além da triste fotografia em claro/escuro do mestre Günther Rittau, da direção inspiradíssima de Josef von Sternberg e da grande atuação de Emil Jannings, talvez o maior ator alemão de todos os tempos, e a diva Marlene Dietrich (uma das mais subestimadas grandes atrizes que Hollywood, pouco soube aproveitar), “O Anjo Azul” não apenas se encaixa na lista dos maiores clássicos do cinema, mas também na seleta lista dos filmes que de uma maneira ou de outra contribuíram para o desenvolvimento da indústria cinematográfica como um todo. A criativa utilização do som em “O Anjo Azul” representa um triunfo técnico notável, ainda mais por ter sido feito no começo do cinema falado.
O Cinemaníaco
4.3 3É o seu melhor filme falado, a cena mais engraçada ocorre numa festa elegante, quando ele troca de casaca com o mágico e dela começam a surgir coelhos e ratinhos brancos, nos momentos mais absurdos e embaraçosos. A cena é, de fato, antológica, e sátira, de um modo geral, engraçadíssima. Considerado, junto com Charles Chaplin e Buster Keaton, a trinca de ouro da comédia muda.
O Expresso de Xangai
3.7 54O maior sucesso da dupla Joseph Von Stenberg/Marlene Dietrich, dupla só comparável à de Martin Scorsese/Robert de Niro. Salvou a Paramount da falência na época. O grande e veterano fotografo Lee Garmes (de filmes preciosos como ''Negra Profecia/Nobody Home" 1919; ''Disraeli'' 1929; ''Marrocos/Morocco" 1930; ''Desde Que Partiste/Since You Went Away" 1944; ''Agonia de Amor/The Paradine Case" 1947 de Alfred Hitchcock; ''O Pescador da Galiléia/The Big Fisherman" 1959; ''A Dama Enjaulada/Lady in a Cage" 1964; ''Why'' 1973, entre outros), preenche ''o espaço morto'' entre a câmara e o objeto focalizado, com belos e imaginativos expedientes, redes, véus, fumaças, sombras, ar livre, conferindo aos exóticos personagens e à intriga grande poder dramático e atmosférico. Games ganhou seu único Oscar (um absurdo!!!), por este filme. Joseph Von Stenberg também foi indicado como melhor diretor (o troféu jamais foi parar em suas poderosas mãos, mas um absurdo!!!!), o filme também foi indicado ao Oscar de Melhor Filme. A diva das divas Marlene Dietrich para variar está esplendorosa, faz uma prostituta Shanghai Lily que reencontra, num trem aprisionado por rebeldes chineses, o oficial britânico com quem mantivera um romance no passado. E nesse filme que ela diz a famosa frase ''Foi preciso mais de um homem para mudar meu nome para Shanghai Lily''. O diretor Josef von Sternberg sabe como filmar sua atriz principal, e há momentos em que o rosto de Dietrich é tão perfeito quanto uma obra de arte.